segunda-feira, 28 de março de 2016

Lição 1 – A Epístola aos Romanos

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

2º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 1.1-17

TEXTO ÁUREO: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

INTRODUÇÃO

Durante três meses estudaremos a respeito da primeira epístola do cânon paulino, que apesar de ter um enfoque pastoral, é a mais longa e mais teológica de todas suas epístolas. Movido pela paixão que tinha pela evangelização dos gentios e o desejo de conhecê-los pessoalmente, o apóstolo escreveu, excepcionalmente, para uma igreja que ele não havia fundado. Paulo precisava auxiliar a comunidade, formada em sua maioria por gentios e uma minoria de judeus, que enfrentava conflitos com relação aos requisitos necessários para a justificação diante de Deus. Nesta epístola o apóstolo apresenta um espetacular tratado para demonstrar que a justificação se dá por meio da fé e não pelas obras. Na atualidade, muitos não compreendem o que é a salvação e como ela se opera na vida do homem. Ao estudarmos a Epístola aos Romanos, com foco na doutrina da salvação (chamada pelos teólogos de “soterologia”), teremos condição de compreender aquilo que já sentimos e usufruímos e, assim, poder louvar a Deus com a profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus, assim como fez o próprio apóstolo, enquanto escrevia esta carta: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.33-36).

I – AUTOR, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS

1. O autor. “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1). A autoria paulina da Epístola aos Romanos não é colocada em dúvida. Entretanto, desta vez, Paulo não escreveu com suas próprias mãos, mas ditou a carta ao copista Tércio, provavelmente conhecido dos irmãos da igreja de Roma, pois ele aproveita para enviar-lhes saudações (Rm 16.22). Seu nome hebraico é Shaul, o mesmo nome do primeiro rei de Israel, que significa “pedido”. Seu nome romano era Paulus, que significa “pequeno”.

2. Local e data. Com base em Romanos 16.1, sabemos que o apóstolo encontrava-se em Corinto, quando escreveu a epístola, pois Cencréia era a cidade portuária vizinha de Corinto. Paulo estava hospedado na casa de Gaio (Rm 16.23), amigo a quem ele batizou em Corinto (1 Co 1.14). O apóstolo precisava ir a Jerusalém para levar os donativos levantados na Macedônia e na Acaia, para os irmãos pobres da Judéia. Pretendia depois ir para a Espanha, passando a Roma (Rm 15.22-30). À luz destes dados, os expositores do Novo Testamento são unânimes em afirmar que a epístola foi escrita em Corinto entre 57 e 58 d.C.

3. Destinatários. O endereçamento da carta são os versículos 5 e 6. A palavra “gente”, ethne, no grego, significa também “gentio, nação”; é o correspondente goiym, em hebraico; mostra que a carta foi dirigida aos cristãos gentios. É óbvio que a igreja em Roma era composta de judeus e gentios (Rm 2.17; 4.1; 7.1).

II – FORMA LITERÁRIA, CONTEÚDO E PROPÓSITO

1. Forma literária. O esboço da carta obedece à ordem desse tipo de documento, tendo sempre uma saudação e uma oração (Rm 1.1,7,8,16). Uma forma literária bastante comum nos dias de Paulo era a escrita em forma de diálogo.

Em (Rm 1.8-15) Paulo agradece a Deus pela comunidade cristã em Roma. Após as saudações (1.1-7), Paulo faz uma oração de agradecimento pelos cristãos romanos, demonstrando seu interesse pela comunidade (Rm 1.8-15). O fato de Paulo não ser o fundador da igreja não o impediu de orar e reconhecer a fé e o trabalho de seus membros. Seu exemplo evidencia que o interesse coletivo deve estar acima dos interesses pessoais. Ele nos dá um exemplo de como devem ser conduzidas as atividades no Reino de Deus. A comunidade em Roma deve ter se sentido amada, pois o apóstolo tem o cuidado de manifestar o seu desejo ardente de estar com eles, bem como informar que já havia tentado estar com eles, porém sem sucesso. Muitas pessoas são maltratadas por meio de interpretações teológicas antibíblicas que intimidam e provocam pavor, diferente do apóstolo Paulo que fortalece e encoraja o grupo, sem descuidar da verdade do Evangelho.

Já em (Rm 1.16) Paulo era testemunha da justiça de Deus revelada pelo poder do Evangelho. O apóstolo reconhecia a situação em que estava, diante de Deus, antes de conhecer a Jesus e a mudança que o Evangelho fez em sua vida, após o encontro no caminho de Damasco (At 9). Da mesma forma que os judeus e alguns judeu-cristãos que não conseguiam se desvincular de forma definitiva do jugo da lei judaica, ele havia dedicado grande parte de sua vida em defesa dessa religião e tentado impor o peso destas doutrinas e crenças, pensando estar na direção e vontade de Deus. Convicto de sua justificação pela fé e não pelas obras, testifica o seu amor ao Evangelho, a ponto de afirmar: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). No século atual, enquanto muitas pessoas estão se identificando como cristãos evangélicos para tirar vantagem, outros continuam negando sua fé por temer as represálias. Jovem, defenda a bandeira do Evangelho.

2. Conteúdo. O conteúdo da Epístola aos Romanos possui alguns dos maiores temas das Escrituras. São esses temas que tornam essa Epístola a mais teológica do Novo Testamento. É considerada a mais importante obra do apóstolo, não só pela sua extensão (é a mais longa das epístolas paulinas), mas também por ser uma exposição dos fundamentos da doutrina cristã, a mais sistemática de todas as Escrituras. Ao lermos Romanos 1.16,17 observarmos:

a) Evangelho, poder de Deus (v.16). A palavra “evangelho” vem de duas palavras gregas, “eu” que quer dizer “bem”, e de “angelia” que significa “mensagem, notícia, novas”. Assim, a palavra “euangelion” quer dizer “boas novas, notícias alvissareiras” “É o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer” (1.16). A mensagem é que Cristo salva o mais vil pecador (Jo 3.16). A expressão “não me envergonho” é uma figura de linguagem chamada litotes, que significa afirmar pela negação do contrário.

b) A revelação da justiça de Deus (v.17). A “justiça de Deus” aqui não é a justiça pessoal nem legal, mas a justiça com que Deus justifica os pecadores pela fé (Rm 3.21,22). Esse plano de Deus para a salvação não é pelas obras, mas pela fé (Rm 3.24-26). “De fé em fé” significa sola fides — a fé somente. Não é de “fé em obras” ou “de obras em fé” nem tampouco “de obras em obras”. c) A justificação pela fé. Toda a Epístola de Paulo aos Romanos gira em torno da “salvação pela fé”, pois “o justo viverá da fé” (1.17). Essa expressão significa que a salvação é pela fé (Ef 2.8,9; Tt 3.5). Esse é o tema da epístola.

3. Propósito. Aparentemente não tinha um único propósito. Pelo menos quatro podem ser identificados: a) missionário: evidente sentimento paulino de que o trabalho missionário na Ásia e na Grécia já estava completo (Rm 15.19,20) e tencionava levar o Evangelho até a Europa; b) doutrinário: exposição de forma didática e compreensiva das verdades centrais do Evangelho, provável deficiência devido à ausência de um líder apostólico; c) apologético: argumentação sobre a justificação pela fé não parece ser simplesmente informativa, mas uma oposição aos judaizantes que estavam atuando na cidade (Rm 14-15); d) didático: principalmente na seção de prática geral, sobre a moral e a conduta cristã (Rm 12-15), que tem por alvo ensinar, informar e iluminar, e não meramente resolver determinados problemas. e) Edificar os romanos em sua fé: pois eles não tinham líderes ou mestres apostólicos. Ele conhecia os conflitos inevitáveis que se apresentariam aos cidadãos do Reino de Cristo na maior cidade do Império Romano. Esta era uma igreja que não possuía uma Bíblia completa – eles tinham as Escrituras hebraicas (o Antigo Testamento), mas os Evangelhos ainda não haviam sido escritos e as outras Epístolas haviam sido enviadas para outras igrejas. A Epístola aos Romanos, portanto, era a primeira peça de literatura estritamente cristã que esses crentes veriam. Assim, sob a inspiração do Espírito Santo, Paulo, de forma clara e cuidadosa redigiu esta obra prima teológica que traz a forte mensagem do supremo poder de Deus, da salvação pela graça - independentemente das obras, tanto para os gentios como para os judeus -, e da justificação pela fé.
     
III – VALOR ESPIRITUAL

1. Fundamentação doutrinária. Todos os reformadores viam esta Epístola como sendo a chave divina para o entendimento de todas as Escrituras, já que nela Paulo une todos os grandes temas da Bíblia: pecado, lei, julgamento, destino humano, fé, obras, graça, justificação, eleição, o plano da salvação, a obra de Cristo e do Espírito Santo, a esperança cristã, a natureza e vida da igreja, o lugar do judeu e do não-judeu nos propósitos de Deus, a filosofia da igreja e a história do mundo, o significado e a mensagem do Antigo Testamento, os deveres da cidadania cristã e os princípios da retidão e moralidade pessoal. Romanos nos abre uma perspectiva através da qual a paisagem completa da Bíblia pode ser vista e a revelação de como as partes se encaixam no todo se torna clara. Romanos trata de alguns dos temas mais profundos do Cristianismo - as doutrinas da chamada eleição, da predestinação, da justificação, da glorificação e da herança eterna.

2. Renovação espiritual. Os destinatários originais da Epístola aos Romanos experimentaram um grandioso avivamento espiritual mediante a sua leitura. Todavia, a influência espiritual e moral do texto sagrado desta Epístola se estenderam por todo o período da Igreja, proporcionando avivamentos extraordinários na vida de muitas pessoas. Muitos líderes influentes da igreja, em diferentes séculos, dão testemunho do impacto produzido pela Epístola aos Romanos em suas vidas, tendo sido ela, em diversos casos, o instrumento para sua conversão. Esta Epístola, provavelmente mais que qualquer outro livro da Bíblia, tem influenciado a história do mundo de forma dramática. Qualquer cristão que compreender a epístola aos Romanos jamais será a mesma pessoa. Leia o que alguns homens de destaque na história disseram a respeito da epístola.

a) João Wesley. Grande avivalista britânico do século XVIII, fundador da Igreja Metodista, afirma que tudo começou com Romanos.

b) Agostinho. Testemunhou, em 386 a.C. que Romanos 13.13 mudou sua vida.

c) Martinho Lutero. “Fundador da civilização protestante”. Fez uma exposição de Romanos aos seus alunos, de novembro de 1515 a setembro de 1516. É a epístola da Reforma Protestante. Disse que se apenas o Evangelho de João e a Epístola aos Romanos tivessem sobrevivido seriam o suficiente para preservar o Cristianismo. Na verdade, reconhecemos todos os 66 livros da Bíblia com a mesma autoridade e inspiração. A declaração de Lutero, porém, diz respeito meramente ao assunto de ambos os livros por ele citados. Não há dúvida de que a igreja de Roma, a quem a Epístola aos Romanos foi endereçada, experimentou uma tremenda renovação espiritual mediante a sua leitura.

CONCLUSÃO

A Epístola aos Romanos é a maior, a mais rica e a mais abrangente declaração da parte de Paulo sobre o Evangelho. O estudo desta Epístola é vitalmente necessário para a saúde e entendimento espiritual do cristão. Portanto, leiam esta Epístola, pois lhes dará a consciência da dimensão do grande amor de Deus por todos os homens. Ela nos conduzirá a amarmos mais Deus e honrarmos o Senhor Jesus Cristo em nossa maneira de viver. A justiça de Deus é a revelação fundamental do evangelho. Através de Romanos, o cristão pode compreender melhor o que Deus fez em seu favor mediante Jesus Cristo. Assim, você deve, em primeiro lugar, ler a referida epístola repetidas vezes, com oração e humildade, se possível até decorar para ruminar suas palavras no dia-a-dia. Deve procurar entender o que o apóstolo quer dizer com lei, graça, fé, justiça, carne, espírito, etc.


REFERÊNCIAS:

ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 8ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Dicionário Barsa. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
ESEQUIAS, Soares. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ESEQUIAS, Soares. Romanos — O Evangelho da justiça de Deus. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 2º trimestre, CPAD, 1998.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 2º trimestre, CPAD, 2016.
GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIRA, Eliezer. Salvação e Justificação — Os pilares da vida cristã. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2006.
MACARTHUR, John. Romanos: Estudos Bíblicos de Jonh MacArthur. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
NEVES, Natalino das. Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2016.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Lição 13 – O Destino Final dos Mortos

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 16.19-26

TEXTO ÁUREO: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (1 Co 15.19)


INTRODUÇÃO

O que será depois da morte? O que acontece com os salvos, nesse lugar de espera? O que acontece com os ímpios, que passam para a eternidade, sem salvação? Responderemos a seguir todas essas perguntas.

I – O ESTADO INTERMEDIÁRIO

1. O que é? Biblicamente, o Estado Intermediário é um modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. É um lugar espiritual em que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpos sejam ressuscitados, para a vida eterna ou para a perdição eterna. E o estado das almas e espíritos, fora dos seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante Deus. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29). “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).

Logo, o Estado Intermediário não é:

a) Purgatório. Heresia lançada pelos católicos romanos para identificar o Sheol-Hades como lugar de prova, ou de segunda oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para galgarem o céu. Declara a doutrina romana que é uma forma desses mortos serem provados e submetidos a um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina não tem base na Bíblia e é feita sobre premissas falsas. Se o Purgatório fosse uma realidade, então a obra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir sua salvação eterna, precisa garanti-la em vida física. Depois da morte, só resta a ressurreição.

b) Um estado para reencarnações. Não é um lugar de migrações e perambulações espaciais. Os espíritas gostam de usar o texto de Lucas 16.22,23, para afirmarem que os mortos podem ajudar os vivos. Mas Jesus, ao ensinar sobre o assunto, declarou que era impossível que Lázaro ou algum outro que estivesse no Paraíso saísse daquele lugar para entregar mensagem aos familiares do rico. Jesus disse que os vivos tinham “a Lei e os Profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos não podiam sair de seus lugares para se comunicarem com os vivos. Portanto, é uma fraude afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Usam equivocadamente João 3.3 para defenderem a idéia da reencarnação. Vários textos bíblicos anulam essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31).

2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é um termo hebraico que às vezes significa indefinidamente tumba, ou lugar ou estado dos mortos; e outras vezes definidamente, um lugar ou estado dos mortos em que existe o elemento de miséria e castigo, mas nunca um lugar de fidelidade ou bem-aventurança depois da morte. No Novo Testamento Sheol é traduzido por Hades. Normalmente, o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios; Deus livra o justo do Sheol, ou da sepultura (Sl 49.15); o Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios (leia Sl 9.17). Paraíso é uma palavra de origem persa, significa “um parque ou jardim de prazer”. Foi usada pelos tradutores da Septuaginta para significar o jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2 Co 12.4; Ap 2.7), e o contexto demonstra que está em relação com o “terceiro céu”, no qual cresce a árvore da vida – referindo-se necessariamente todas estas passagens a uma vida que se segue após a morte.  

3. O lugar dos mortos. Existe um estado dos mortos salvos e um estado para os ímpios falecidos. Neste estado, ou lugar, há dois “compartimentos” diferentes, opostos um ao outro. Um chamado Paraíso, que está nas regiões celestiais, “para cima” (Pv 15.24a), que serve de “lugar de espera” para os justos, que aguardam a primeira ressurreição, quando irão ao encontro de Cristo para viverem eternamente com Ele. E outro chamado Hades, “para baixo” (Pv15.24b), que serve de “lugar de espera” para os ímpios, que aguardam a “segunda ressurreição”, quando irão para o juízo do trono branco, o Juízo Final, para receberem o castigo por suas obras e serem lançados definitivamente no inferno (cf. Sl 9.17). Observe que o rico, no Hades, “ergueu os olhos”, e viu Lázaro ao longe (em cima), no “Seio de Abraão” (Paraíso) Ver Lc 16.23.

O SHEOL-HADES, ANTES E DEPOIS DO CALVÁRIO:

a) Antes do Calvário. O Sheol-Hades dividia-se em três partes distintas. Para entender essa habitação provisória dos mortos, podemos ilustrá-lo por um círculo dividido em três partes. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada “Paraíso”, “seio de Abraão”, “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segunda é a parte dos ímpios, denominada “lugar de tormento” (Lc 16.23). A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas”, “lugar de prisões eternas”, “abismo” (Lc 16.26; 2 Pe 2.4; Jd v.6). Nessa terceira parte foi aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação (Ap 9.1-12). Não há qualquer possibilidade de contato com esses espíritos caídos; habitantes do Poço do Abismo.

b) Depois do Calvário. Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos após o evento do Calvário. Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no Sheol-Hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do “Paraíso” foi trasladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2 Co 12.2,4), separando-se completamente das “partes inferiores“ onde continuam os ímpios mortos. Somente, os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.

II – A SITUAÇÃO DOS MORTOS

1. O estado intermediário dos salmos. O crente merecia a mesma condenação; mas, havendo-se humilhado diante de Deus, colocou sua confiança naquele cuja morte o livrou das consequências do pecado. O texto de Lucas 16 enseja algumas interpretações quanto ao seu conteúdo. A maioria dos estudiosos da Bíblia entende que se trata de uma parábola; outros contestam, dizendo que, nas parábolas não se cita o nome de nenhum personagem; e há quem diga que é uma lenda judaica. Bom, seja parábola, seja fato real, ou seja lenda judaica, o texto indica o destino oposto dos salvos e dos perdidos, após a morte física.

Nesse período intermediário os salvos:

a) Estão vivos. Mantendo sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência. Afinal, “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Lc 16.22; ver 1 Ts 5.10; Rm 8.10; Ap 6.9-11).

b) Após a morte, é consolado. “e, agora, este é consolado” (Lc 16.25b).

2. Os justos são recebidos pelo Senhor. Após ser “levado pelos anjos” (Lc 16.22) para o “Seio de Abraão”, ou Paraíso (Lc 16.22). Jesus recebe o espírito dos justos (At 7.59).

3. O estado intermediário dos ímpios.  Os ímpios estão no Hades, lugar intermediário, onde aguardam seu julgamento final, para serem enviados para o inferno. O texto bíblico de Lucas 16 nos mostra detalhes importantes acerca do Hades e das que para lá são enviadas.

a) O Hades é um lugar “embaixo”, ou oposto ao céu (seio de Abraão): o rico “ergueu os olhos” vendo “ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (Lc 16.23); “Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno embaixo” (Pv 15.24; ler Pv 5.5; 9.18).

b) Os ímpios sofrem. O ímpio rico estava em “tormentos” (Lc 16.23); “E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (Lc 16.24 – grifo nosso); eles estão “em prisão” (1 Pe 3.19).

c) Os ímpios estão conscientes. Eles vêm o “seio de Abraão”, que corresponde ao Paraíso; o ímpio rico clamava ao “Pai Abraão”, e pedia socorro para seu tormento (Lc 16.24); Os ímpios estão conscientes e lembram-se do que passaram na terra e dos que ficaram para trás (Lc 16.25).

d) Os ímpios não podem ser consolados por ninguém. “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá” (Lc 16.26); é o sofrimento eterno, longe de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador.

e) Aos ímpios é impossível sair do lugar de seu tormento. ”E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá” (Lc 16.26). Salomão disse: “[...] caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará” (Ec 11.3b).

f) Os ímpios não têm oportunidade de se comunicar com os vivos. “E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite” (Lc 16.27-31). Eles são inteiramente responsáveis por não haverem escutado a tempo as advertências das Escrituras. Afinal, após a morte segue-se ao juízo (Hb 9.27).

III – O DESTINO FINAL DOS MORTOS

1. O estado final dos salvos. Os salvos, principalmente com os que estiverem mortos, na vinda de Jesus em glória, quando do arrebatamento da Igreja. Os salvos participam da “primeira ressurreição”. Após a ressurreição, os salvos vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos.

Dois aspectos importantes devem ser considerados:

1º O Espírito Santo é quem ressuscitará os salvos. O apóstolo Paulo disse: “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11 – grifo nosso). A Palavra de Deus nos dá a garantia da ressurreição, pelo fato de Cristo haver sido ressuscitado por Deus, “pelo seu Espírito”.

2º O corpo dos salvos ressuscitados. Nossos corpos ressurretos serão os mesmos que agora possuímos, transformados de modo a se conformarem com a natureza glorificada do corpo de Jesus (Fp 3.21; 1 Jo 3.2). Será um corpo imortal (1 Co 15.53,54). O corpo que vai ressuscitar é o mesmo que foi sepultado no pó, ou destruído no mar, no fogo, ou em qualquer circunstância. O corpo dos salvos será transformado (1 Co 15.35-38).  

2. O estado final dos ímpios. A Bíblia nos fala muito a respeito da ressurreição corporal dos ímpios, que é a “segunda ressurreição”. Veremos alguns versículos que nos dão informações interessantes a respeito desse tema:

1º A segunda ressurreição ocorrerá após o Milênio. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Ap 20.5).

2º Ressuscitarão para o julgamento final. Todos os ímpios terão que comparecer diante do trono branco (Ap 20.11). Na terra, já estão condenados (Jo 3.36).

3º Os ímpios terão um corpo capaz de suportar o fogo do inferno. “E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43,44 – grifo nosso).

4º Os ímpios ceifarão a corrupção. “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção” (Gl 6.8a).

5º Ressuscitarão para vergonha e desprezo eterno. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2 – grifo nosso).

6º Eles ressuscitarão de onde tiverem sido mortos. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia” (Ap 20.13).

7º Serão lançados no inferno. O Salmista disse: “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). O destino final dos ímpios é o inferno, o lugar de sofrimento eterno, reservado aos ímpios.


CONCLUSÃO

Essa doutrina bíblica fortalece a nossa fé ao dar-nos segurança acerca dos mortos em Cristo, e é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, além de renovar a nossa esperança de estar para sempre com o Senhor.



REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGSTÉN, Eurico. A Doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. Escatologia – O estudo das últimas coisas. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 3º trimestre, CPAD, 1998.
Dicionário Barsa. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
ESEQUIAS, Soares. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LOPES, Edson. Fundamentos da Teologia Escatológica. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.
MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
_____. 1 e 2 Tessalonicenses. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
_____. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2016.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
_____. Apocalipse “Versículo por versículo”. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
ZIBORDI, Ciro Sanches. Escatologia – a Doutrina das últimas Coisas. In: Teologia sistemática pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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segunda-feira, 14 de março de 2016

Lição 12 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apocalipse 21.1-5, 24-27

TEXTO ÁUREO: “Porque eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” (Is 65.17)

INTRODUÇÃO

No que concerne ao universo, os céus atuais darão lugar a “novos céus”. A terra que conhecemos será transformada em uma “nova Terra”. Depois de todos os acontecimentos que já estudamos até aqui, chegará de fato o fim de todas as coisas (1 Pd 4.7; 2 Pd 3.7,10), que ensejará um novo início, o começo do “Dia da eternidade” (Lc 20.35; 2 Pd 3.13; Ap 21-22). Antes de começar o Estado Eterno, a Terra e os céus que agora existem serão destruídos para darem lugar a uma nova criação. O Universo dará lugar a um novo céu e uma nova Terra (Ap 21.1; 2 Pd 3.13; Mt 5.5), na qual haverá uma “Santa Cidade” (Ap 21.2).

I – TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS

"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (Ap 21.1); “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis” (Ap 21.5). Uma nova reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus. Deus transformará o Céu e a Terra que hoje conhecemos, de tal forma, que corresponderá a uma nova criação. O apóstolo Pedro descreve isso com contundência: “esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pd 3.12,13). O novo céu e a nova terra serão tão magníficos que tornarão os antigos céus e Terra insignificantes. No capítulo final da profecia de Isaías, o Senhor promete que este novo Céu e esta nova Terra perdurarão para sempre, juntamente com todos os santos de Deus - “Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66.22). Observe que, em um novo universo, a Nova Jerusalém será o foco de todas as coisas.

1. Deus criou os céus. Deus criou “os céus e a terra” em seis dias (Êx 20.11; ver Dt 4.19). Desse modo, há uma diferença entre “os céus”, do espaço sideral, e o céu, onde Deus habita, chamado de “os céus dos céus” (Dt 10.14).

2. A renovação divina dos céus. Haverá um novo céu e uma nova terra, não no sentido de haver outro céu e outra terra, mas a nossa terra e os céus serão feitos novos. Como se diz acerca do pecador salvo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Co 5.17), assim se irá de tudo: As primeiras coisas são passadas [...] eis que faço novas todas as coisas (Ap 21.4,5). Haverá uma extraordinária transformação e processo purificador sem igual no universo: “Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.” (2 Pe 3.7,10).

No Estado Eterno haverá:

1. Governo perfeito. O homem não tem sabido, nem podido governar bem a Terra. Todas as tentativas humanas nesse sentido fracassaram: dos gregos, através da cultura; dos romanos, através da força e da justiça; e dos governantes dos nossos tempos, através da ciência e da política. Mas Cristo exercerá um governo perfeito, no seu tempo. Nunca haverá desordem, insatisfação, injustiça.

2. Habitantes perfeitos. "Nunca mais haverá qualquer maldição" (Ap 22.3). Não haverá mais pecado, o que resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda sorte de maldição (ler Gn 3.17; Gl 3.13).

3. Serviço perfeito. "Os seus servos o servirão" (Ap 22.3). O maior privilégio do homem é servir a Deus. O trabalho para Deus será então perfeito. Culto perfeito. Atividades perfeitas. Quantas maravilhas não aguardam os salvos!

4. Comunhão perfeita. “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles” (Ap 21.3). O novo céu e a nova Terra é a restauração da convivência completa e perfeita entre Deus e os homens, que havia antes que o pecado causasse o atual estado de divisão que existe entre Deus e a humanidade. Como povo de Deus, desfrutaremos comunhão mais próxima com Ele do que jamais imaginamos. Deus mesmo estará com todos os seus santos num relacionamento mais íntimo e afetuoso. Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo João, de vermos Deus como Ele é (1 João 3.2).

5. Visão perfeita. "Contemplarão a sua face" (Ap 22.4). Somente com uma visão perfeita é possível contemplar a face de nosso Senhor. Nenhum homem neste mundo viu a face do Senhor. Nem mesmo Moisés que teve uma íntima comunhão com Deus. Para ele Deus disse: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êx 33.20). A esperança dos fiéis é de contemplar a face de Deus (Salmos 11.7; 17.15). Os vencedores terão este privilégio diante do trono de Deus e do Cordeiro - “Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face” (Ap 22.3,4).

6. Identificação perfeita. "E nas suas frontes está o nome dele" (Ap 22.4). Nome na Bíblia fala de caráter; daquilo que a pessoa de fato é. Haverá então uma perfeita identificação entre Deus e os seus remidos. No Antigo Testamento o sumo sacerdote levava gravadas numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa sagrada, as palavras: "Santidade ao Senhor" (Êx 39.30). Mas no Estado Eterno, onde a santidade é perfeita, o próprio nome de Deus estará sobre a fronte dos seus filhos.

7. Conhecimento Perfeito. Hoje, conhecemos a Deus apenas em parte, mas no Novo Céu e na Nova Terra o nosso conhecimento será perfeito dentro do plano humano, em glória (cf 1Co 13.12).

8. Interação perfeita. "E reinarão pelos séculos dos séculos" (Ap 22.5). No Estado Eterno, ou seja, no Novo Céu e na Nova Terra todos juntos, harmonicamente, e sempre, reinaremos. Isso jamais será conseguido aqui, mas no perfeito Estado Eterno, sim!

Quantas coisas preciosas tem o Senhor reservadas à Sua amada Igreja. Se pudéssemos todos apreciar de fato, pela visão do Espírito, o que é o Céu, a eterna bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto desejo de ir para lá, e nos desprenderíamos tanto das coisas daqui, que o Diabo não teria um só torcedor; um só amigo seu na terra. Inúmeros crentes por não terem essa visão estão demasiadamente presos às coisas deste mundo, que jaz no Maligno (1 João 5.19).

II – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

1. Em Cristo, céus e terra serão congregados. Por causa da desobediência de Adão e Eva os céus e a terra sofreram as consequências. A terra foi a mais prejudicada, a ponto de tornar-se “maldita” (Gn 3.17). Mas no plano glorioso para o planeta, Deus previu que essa maldição seria eliminada, quando houvesse a instauração dos “novos céus e nova terra” (2 Pe 3.13). Paulo demostra que Deus, “segundo o seu beneplácito”, tomou a decisão “de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.10 – grifo nosso). Certamente não poderia ser diferente, pois “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). E tudo é dEle, todas as coisas foram feitas por Ele e foram feitas para Ele (Rm 11.36).

2. Novos céus e nova terra. “Porque eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Com a restauração de todas as coisas, nos novos céus e na nova terra, não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. João viu o panorama divino e maravilhoso da nova realidade do universo e da terra: “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1). Uma das características que farão a diferença entre a terra atual e a “nova terra” é que não haverá mais oceanos. Glórias a Deus pelo seu poder insuperável no controle de todas as coisas.

III – NOVA JERUSALÉM

1. Foi preparada no céu. Sua arquitetura e estrutura são especiais, projetadas por Deus. João disse: “E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2); e será lugar de comunhão e relacionamento com Deus, dos que entraram para o estado eterno. João acrescenta: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus” (Ap 21.3). Os salvos terão corpos espirituais, semelhantes ao de Jesus ressuscitado (Fp 3.21). Quem for fiel até à morte terá o privilégio de conhecer e viver na Cidade Santa.

2. Os muros e as doze portas. “E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas” (Ap 21.12,13). O Supremo Arquiteto esmerou-se em dar beleza à construção da Cidade. “E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente” (Ap 21.21). “E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro” (Ap 21.18). A cidade tem perímetro quadrado, com três portas de cada lado. São encimadas pelos nomes das doze tribos de Israel, numa prova de que Deus tem o cuidado de manter eternamente o pacto feito com Abraão, com Isaque e com Jacó.  

3. Os doze fundamentos da cidade. O muro tem bases significativas em termos proféticos. “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). Os nomes dos apóstolos nos fundamentos representam a Igreja de Cristo como “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), através da “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), que representa a mensagem do evangelho de Cristo. Como tudo na cidade santa tem a glória de Deus, os fundamentos também refletem essa glória. “E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista” (Ap 21.19,20). A beleza da cidade é fora de tudo o que se pode imaginar.

4. Ali não haverá mais tristeza. “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4). Desde sua criação, o motivo mais forte para a tristeza é a morte. Mas, na nova Jerusalém, a morte não mais existirá (Ap 20.14; 1 Co 15.26). Ninguém terá motivos para chorar.

5. Não haverá pecado nem pecadores. “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27); não haverá maldição contra ninguém (Ap 22.3); os corruptos já estarão no inferno; só os salvos viverão na Santa Cidade; todos os ímpios ficarão de fora (Ap 22.15). O apóstolo Paulo disse: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10). Todos os que praticam atos indignos aos olhos de Deus não terão acesso à nova Jerusalém. Seu lugar e destino é o inferno (leia Sl 9.17).

CONCLUSÃO

A verdade acerca dos novos céus e da nova Terra deve intensificar nosso desejo de viver em santidade (2 Pd 3.11). Devemos apegar-nos a essa verdade e permitir que ela nos sustente. Certos de que em breve estaremos diante de Deus, na Nova Jerusalém, devemos ansiar por ser santo e irrepreensível (2 Pd 3.14), isto é, moralmente puros. Nossas vidas devem estar em contraste direto com as vidas ímpias e o ateísmo encontrado no mundo.



REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGSTÉN, Eurico. A Doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. Escatologia – O estudo das últimas coisas. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 3º trimestre, CPAD, 1998.
Dicionário Barsa. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
ESEQUIAS, Soares. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
_____. 1 Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 2º trimestre, CPAD, 2009.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LOPES, Edson. Fundamentos da Teologia Escatológica. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
_____. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2016.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
_____. Apocalipse “Versículo por versículo”. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
ZIBORDI, Ciro Sanches. Escatologia – a Doutrina das últimas Coisas. In: Teologia sistemática pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

sábado, 12 de março de 2016

Perguntas sobre o Juízo Final (Grande Trono Branco):

1)  Os salvos durante o Milênio, passarão pelo Juízo Final?

Não, tendo em vista que os nomes deles estarão no Livro da Vida. Parece provável que eles receberão a plenitude da salvação, incluindo novos corpos, e se ajuntarão ao restante dos santos glorificados assim que forem salvos e se comprometerem com Jesus.

2)  Onde será instalado o Grande Trono Branco?  

Provavelmente será instalado em algum lugar do espaço celestial. Pois, a terra e o céu fugirão da presença desse Trono, e o Trono não poderá ser construído sobre terra (Ap 20.11).

O Juízo Final

TEXTO BASE: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” (Ap 20.11)

INTRODUÇÃO

Em todos os tempos, os ímpios sempre fizeram suas maldades, seus crimes, e praticaram corrupção. E há até quem pense que Deus não está vendo (Pv 15.3 diz que os olhos do Senhor estão em todo lugar), ou não queira fazer nada, diante de tantos pecados e injustiças, violência, crueldade e todos os tipos de crimes. Mas a Palavra de Deus assegura que Deus não é injusto para deixar impune os que praticam a iniquidade; “O culpado não tem por inocente” (Nm 14.18).

I – EVENTOS QUE ANTECEDEM AO JUÍZO FINAL

1. A última revolta de Satanás.
Certamente, parece estranho o fato de Satanás ter sido preso, no final da Grande Tribulação, e a Bíblia afirma que o mesmo será solto no final do Milênio (Ap 20.7-9). Mas Deus não faz nada sem propósito. A soltura de Satanás tem motivos a serem alcançados:
a)   Solto por um pouco de tempo. Para Satanás, não tem mais jeito. Após mil anos, Deus vai soltar o Diabo. Para quê? Certamente, para provar os que nascerão no Milênio, e não terão tido oportunidade de ter sua fé provada diante das tentações malignas.
b)   Para enganar as nações – Gogue e Magogue. Esses nomes são simbólicos; representam o ajuntamento de todas as nações do mundo, enganadas por Satanás, para se rebelarem contra Cristo, após terem experimentado uma “ordem mundial” de prosperidade jamais vista na história da terra. Um mundo sem doenças, desfrutando plena paz, sem guerras, conflitos ou violências. Mas, mesmo assim, os pecadores que nascerem durante o Milênio darão lugar ao engano do Diabo, numa prova de que o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Será um levantamento mundial contra Cristo, pelo poder persuasivo do Maligno. Mesmo diante do Reino Milenial de Cristo, pleno de prosperidade e paz, ao serem confrontados com as tentações, desprezarão Jesus e aceitarão Satanás. O mesmo que fez a multidão que escolheu Barrabás e condenou Jesus (Mt 27.17-21).
c)   Satanás ajuntará as nações. Para combater a Cristo e os povos que entrarão no Milênio, e cercarão Jerusalém (cidade eterna), para a última tentativa de destruir Israel. Serão inumeráveis as hostes, representadas por “Gogue e Magogue”, em número “como a areia do mar”. As nações serão enganadas e se voltarão contra Deus e Israel, sob a liderança satânica. Mas seu fim já está decretado em última instância, no tribunal de Deus. Será preso para sempre, no Inferno.    

2. A prisão eterna de Satanás. Deus mandará os anjos poderosos prender Satanás, lançando-o na prisão eterna para todo sempre (Ap 20.10).

II – O JUÍZO FINAL

1. O que é e quando se dará o Juízo Final? Trata-se de um infinito julgamento, diante do qual está o que é finito: o pobre humano morto. Será logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7,10).

2. Quem será o Juiz? Jesus, o Supremo juiz. Paulo afirma que Deus tem determinado um dia em que com justiça Jesus julgará o mundo (At 17.31).

3. Quem terá de prestar contas ao justo Juiz? 

Os que participarem da segunda ressurreição (Ap 20.5,6). Logo, serão todos que não participarem da “primeira ressurreição”.
Os ímpios de todos os tempos (Ap 20.11,12a).
Os que estiverem vivos, após o Milênio, e se aliarão a Satanás (Mt 25.31-41).
Aqueles que durante a Grande Tribulação tomaram sobre si o sinal da Besta.
Os anjos caídos (Jd 6; 2 Pe 2.4), os anjos caídos serão convocados para receber o seu julgamento. Uns estiveram presos, outros soltos, servindo ao Diabo, mas todos serão julgados.

III – AS BASES DO JUIZO FINAL

1. Livros serão abertos. 

O livro da consciênicia (Rm 2.15; 9.1);
O livro da natureza (Jó 12.7-9; Sl 19.1-5; Rm 1.20);
O livro da lei (Rm 2.12; 3.20);
O livro do Evangelho (Jo 12.48; Rm 12.16);
O livro da memória (Lc 16.25);
O livro das obras (Ap 20.12);
O livro da vida (Ap 20.15; Fp 4.3). Esse livro servirá para provar que os nomes dos perdidos estarão riscados dele.

2. Qual será a sentença. A Bíblia diz em João 3.18,19: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Esse texto nos mostra que os homens são condenados não só pelo fato de cometerem suas más obras, mas por não crerem em Jesus.

CONCLUSÃO

Prezado leitor: tens teu nome escrito no livro da vida? Se ainda não – fazer-o agora o mais depressa possível. “... Ainda há lugar!” (Mt 11.28; Ap 22.17). Pois,chegará o dia: “o dia do Juízo final” quando “... aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançando no lago de fogo” (Ap 20.15). Vem pra Jesus!


REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGSTÉN, Eurico. A Doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. Escatologia – O estudo das últimas coisas. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 3º trimestre, CPAD, 1998.
Dicionário Barsa. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
ESEQUIAS, Soares. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
LAHAYE, Tim. Um milênio literal: Como Ensina as Escrituras. Porto Alegre: Actual Edições, 2006.
_____. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIETH, Norbert. O sermão profético de Jesus: uma interpretação de Mateus 24 e 25. Porto Alegre: Actual Edições, 2005.
LOPES, Edson. Fundamentos da Teologia Escatológica. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
_____. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2016.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
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ZIBORDI, Ciro Sanches. Escatologia – a Doutrina das últimas Coisas. In: Teologia sistemática pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.