terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Rápida observação sobre a vida e morte de Buda, Confúcio, Maomé e Jesus

O nascimento de Jesus é anunciado pelo anjo Gabriel. Não temos nenhum relato de que o anjo tenha anunciado o nascimento de Buda, Confúcio, Maomé ou qualquer outra pessoa, e nenhuma profecia foi dada concernente à vida e à morte deles. Vale lembrar que esses “messias” também não ressuscitaram dentre os mortos. Jesus sim. A sepultura de Jesus está vazia, a deles está ocupada pela poeira dos seus restos mortais.

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"... não havia lugar para eles na estalagem" (Lucas 2.7).

Jesus ao nascer, foi posto em uma manjedoura, por sua mãe, por não haver lugar para ele na estalagem. A manjedoura servia de cocho para alimentos dos animais. Aquele que alimentaria milhares de multidões, foi colocado em um lugar usado para alimentar animais.
A história do Natal é um relato sobre o notável amor de Deus: Onde o Filho de Deus se fez Homem, para que os filhos dos homens se tornassem filhos de Deus.

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

No Natal comemoramos o nascimento de Jesus Cristo.
O anjo Gabriel apareceu à Maria e lhe disse que Deus a havia escolhido para ser mãe do Salvador. Maria perguntou ao anjo Gabriel como isso seria possível, pois ela não era casada. Então, o anjo Gabriel respondeu que o Espírito Santo desceria e a envolveria com a sua sombra. Ela creu, e pouco tempo depois já se achava grávida. Depois de casados, Maria e José foram até Belém, cidade onde José  nasceu. Quando chegaram lá, Maria sentiu dores de parto e deu à luz a Jesus. Como não havia lugar nas hospedeiras, ela o colocou em uma manjedoura. Que neste natal, Jesus Cristo possa nascer em nossos corações, nos trazendo amor, paz e felicidade.

"Porque para Deus nada é impossível" (Lucas 1.37).

Feliz Natal Com Jesus Cristo.

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terça-feira, 25 de julho de 2017

Avivamento não é...

Avivamento não é um espetáculo teatral. Não é imitação. Não é apego ao ritual. Não é confusão de sentimentos. Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos. Avivamento não é pulos, gritos, danças e correrias. Avivamento que apenas levanta as mãos para o alto, mas não as estende para o necessitado não agrada a Deus. Avivamento em que a pessoa apenas saltita e pula, mas não vive em santidade, é ofensa a Deus. Avivamento que apenas verbaliza coisas bonitas para Deus, mas não leva Deus a sério na vida é fogo estranho diante do Senhor.

Avivamento que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é avivamento, é barulho aos ouvidos de Deus.

Mais do que nunca é preciso tocar a trombeta em Sião e condenar a ideia de que precisamos imitar o mundo para atrair o mundo. As práticas mundanas têm entrado nas igrejas, para vergonha nossa e para derrota nossa. O avivamento que agrada a Deus precisa ser em espírito e em verdade. O avivamento precisa ser bíblico, senão é fogo estranho. O avivamento bíblico leva as pessoas a temerem a Deus, a confiarem em Deus. O verdadeiro avivamento leva as pessoas a se voltarem para Deus.

“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” (Habacuque 3.2).

Que Deus tenha misericórdia da nossa geração.

domingo, 23 de julho de 2017

Geração do "manto", "reteté", "canela de fogo" etc.

Nossa geração está cada vez mais distante de Deus e da Palavra de Deus. É a geração do "manto", "reteté", "canela de fogo" etc. Não tem nada de Deus, nada da Palavra de Deus. Só fazem barulho, igual "siri na lata". Não querem saber do Deus da Palavra, muito menos da Palavra de Deus. É a geração do “grito”, “pulo”, “macha”, “carrinho de fogo”, e assim por diante. Deus se utilizou do profeta Oséias para dizer: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” (Oséias 4.6).

Será que não está acontecendo o mesmo com nossa geração? Para essa geração, avivamento é pulo, grito, correria, quedas na unção etc. Todavia, o avivamento bíblico é mudança de vida, de atitude, de direção. Nossa geração precisa seguir o conselho do profeta Oséias: “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor...” (Oséias 6.3).


“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” (Habacuque 3.2).

Que Deus tenha misericórdia da nossa geração. 

Reflexão Sobre A Vida

Valorize cada segundo de sua vida, pois, hoje estamos aqui, amanhã poderemos partir.

A vida é frágil, sabendo isso: viva!

Viva cada segundo como se fosse o último. 

Ame mais!

Perdoe mais!

Brinque mais!

Sorria mais!

Enfim, deixe sua marca, pois, estamos nessa vida de passagem.

#PenseNisso

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Caio Fábio Exclusivo - Antes de Tudo, Reconexão


O "Caio Fábio Exclusivo - Antes de Tudo, Reconexões" é um serviço do renomado pastor e psicanalista Caio Fábio, o qual tem centenas de livros escritos, um programa de TV Online (Vem e Ve TV) que funciona 24 horas, tendo programa ao vivo diariamente, mais de 100 mil seguidores no facebook, seus vídeos no youtube alcançam dezenas de milhares de visualizações.

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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Lição 3: A Santíssima Trindade: um só Deus em três Pessoas

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

3º Trimestre/2017 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13

TEXTO ÁUREO: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28.19).

INTRODUÇÃO

A doutrina da Trindade é um ensino misterioso e de difícil compreensão da fé cristã. Informo que seria insensato afirmar que podemos dar uma explicação completa sobre ela. Sabendo que Deus não pode ser compreendido pela mente humana, se fosse, não seria Deus; como entendia Agostinho, “Deus é incompreensível, mas não incognoscível”. Sobre este assunto, só podemos saber, a respeito de Deus, e da Trindade, o pouco que as Escrituras nos revelam. A tripla personalidade de Deus é, exclusivamente, uma verdade da Revelação. Por definição, temos que Deus é uma Unidade, uma essência divina, existindo em Três Pessoas na Divindade, sendo essas Três: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Não há nas Escrituras o termo Trindade. O Credo Atanasiano diz: “Adoramos um Deus em Trindade, e Trindade em Unidade, sem confundir as Pessoas, sem separar a substância”. Cada uma das Três Pessoas da Trindade é Deus, sendo iguais em autoridade, glória e poder. Cada uma igual às outras, merecendo o mesmo culto, a mesma devoção, a mesma confiança e fé (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11). É importante conhecermos bem esta doutrina para estarmos sempre “preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pd 3.15).

I - CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITÁRIAS

1. A unidade na Trindade (1Co 12.4-6). Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas, separadas, mas que em poder e glória são iguais, são infinitas, eternas e trabalham com um mesmo objetivo. A gora, atenção, a “substância” de Deus é Deus, não um monte de “ingredientes” que misturados produzem a divindade. Deus é um, e só um. Este é o grande brado do judaísmo chamado Shema (Dt 6.4). Em 1Co 12.4-6, Paulo distingue de forma clara as três pessoas da Trindade, dizendo: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos”. Em Ef 4.4-6, Paulo ainda reforça o argumento, dizendo: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”. Paulo afirma que não falava com sabedoria humana, mas com palavras que o Espírito Santo ensinava (1Co 2.13). A fé monoteísta prossegue ao longo do Novo Testamento. Paulo ainda escreve: “No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele” (1Co 4.6). A observação de Paulo sobre “muitos deuses e muitos senhores”, conforme os eruditos do Novo Testamento, igualmente se refere aos governadores humanos com grande poder (muitos dos quais eram adorados como deuses), bem como aos deuses pagãos. Em nenhum caso Paulo os estava igualando ao Deus Criador. O que afirma em sua carta aos Gálatas é: “Ora, o mediador não é de um só, mas Deus é um” (Gl 3.20). Outras passagens do Novo Testamento que atestam a unidade de Deus são: Jo 5.44; 17.3; 1Tm 1.17; 6.15 e Jd 25.

2. A bênção apostólica (2 Co 13.13). A bênção apostólica é uma declaração da bênção de Deus sobre a vida daqueles que creem n'Ele e que se manifesta através da Trindade. 2Co 13.13 é a passagem mais antiga em que aparece uma bênção em nome de Deus Pai, de Jesus Cristo e do Espírito Santo. A bênção apostólica escrita por Paulo basicamente significa a expressão do desejo eficaz de que o Deus Triuno abençoe os redimidos capacitando-os com as virtudes do amor, graça e comunhão. Usualmente, Paulo concluía suas epístolas registrando uma bênção final, em sua maioria apresentam uma fórmula mais simplificada em comparação à bênção registrada em 2Co13.13. Não era intuito dele ensinar doutrina, mas apenas um ‘fecho’ de suas cartas, porém, vê-se que desde cedo, os crentes conhecem o conceito trinitário, considerando que esta epístola foi escrita cerca de 55-57 dC.

3. O Deus trino e uno revelado (Ef 4.4-6). Novamente, encontramos, no texto acima, a fórmula trinitária: o Deus-Pai, o Deus-Filho e o Deus-Espírito. Cada uma das três Pessoas desempenha um papel na igreja. Essa verdade, ensinada primeiramente aos crentes de Éfeso, consta também do Credo de Atanásio – não se deve confundir as Pessoas; Pai é Pai, Filho é Filho e Espírito Santo é Espírito Santo. Um só Pai, um só Filho e um só Espírito Santo. O Credo de Atanásio, subscrito pelos três principais ramos da Igreja Cristã, é geralmente atribuído a Atanásio, Bispo de Alexandria (século IV), mas estudiosos do assunto conferem a ele data posterior (século V). Sua forma final teria sido alcançada apenas no século VIII. O texto grego mais antigo deste credo provém de um sermão de Cesário, no início do século VI. O credo de Atanasio, com quarenta artigos, é um tanto longo para um credo, mas é considerado “um majestoso e único monumento da fé imutável de toda a igreja quanto aos grandes mistérios da divindade, da Trindade de pessoas em um só Deus e da dualidade de naturezas de um único Cristo”.
Segue o texto do Credo de Atanásio:
1. Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustente a fé universal. 2. A qual, a menos que cada um preserve perfeita e inviolável, certamente perecerá para sempre. 3. Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade. 4. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância. 5. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. 6. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade. 7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo. 8. O Pai é não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado. 9. O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado. 10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. Contudo, não há três eternos, mas um eterno. 12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas um não criado e um ilimitado. 13. Do mesmo modo, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. 14. Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente. 15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. 16. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus. 17. Portanto o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor. 18. Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor. 19. Porque, assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores. 20. O Pai não foi feito de ninguém, nem criado, nem gerado. 21. O Filho procede do Pai somente, nem feito, nem criado, mas gerado. 22. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. 23. Portanto, há um só Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. 24. E nessa Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor. 25. Mas todas as três pessoas co-eternas são co-iguais entre si; de modo que em tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em trindade, como a trindade em unidade deve ser cultuada. 26. Logo, todo aquele que quiser ser salvo deve pensar desse modo com relação à Trindade. 27. Mas também é necessário para a salvação eterna, que se creia fielmente na encarnação do nosso Senhor Jesus Cristo. 28. É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem. 29. Ele é Deus eternamente gerado da substância do Pai; homem nascido no tempo da substância da sua mãe. 30. Perfeito Deus, perfeito homem, subsistindo de uma alma racional e carne humana. 31. Igual ao Pai com relação à sua divindade, menor do que o Pai com relação à sua humanidade. 32. O qual, embora seja Deus e homem, não é dois mas um só Cristo. 33. Mas um, não pela conversão da sua divindade em carne, mas por sua divindade haver assumido sua humanidade. 34. Um, não, de modo algum, pela confusão de substância, mas pela unidade de pessoa. 35. Pois assim como uma alma racional e carne constituem um só homem, assim Deus e homem constituem um só Cristo. 36. O qual sofreu por nossa salvação, desceu ao Hades, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. 37. Ascendeu ao céu, sentou à direita de Deus Pai onipotente, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. 38. Em cuja vinda, todo homem ressuscitará com seus corpos, e prestarão conta de sua obras. 39. E aqueles que houverem feito o bem irão para a vida eterna; aqueles que houverem feito o mal, para o fogo eterno. 40. Esta é a fé Universal, a qual a não ser que um homem creia firmemente nela, não pode ser salvo.

II - O DEUS TRINO E UNO

1. Uma questão crucial. Dentro da língua portuguesa é difícil falarmos em Trindade e compreendermos o verdadeiro sentido da palavra. A primeira impressão é a existência de três pessoas da divindade que se relacionam, entre si, no projeto divino de salvação da humanidade. Porém, o cristianismo é herdeiro da teologia judaica, essencialmente monoteísta, aceitando a revelação de Deus na história de Israel. Ao longo da história da Igreja, para ajuizar o sentido das questões sobre a Trindade, entre os séculos IV e VI, foram convocados concílios que definiram o relacionamento entre as pessoas trinitárias. Primeiramente, o Concílio de Nicéia, em 325, - controvérsia entre Ário e Atanásio, sobre a igualdade da natureza do Filho com o Pai, ou prevalece a posição de Atanásio a respeito da igualdade do Filho com o Pai.A formulação do credo niceno, em 325, era a seguinte: "Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem e sofreu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente deve vir para julgar os vivos e os mortos: e no Espírito Santo”.

2. A Trindade. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo…” (Mt 28.19). Esta fórmula tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima Trindade. Na Divindade há três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pode parecer um paradoxo, mas Deus é três e um simultaneamente. Precisamos fazer distinção entre o termo "pessoa" e "natureza". As pessoas em Deus são três, mas uma só é a natureza, que consiste na onipotência, onisciência, onipresença etc. Vários exemplos foram apresentados para exemplificar esse caso; porém, o triângulo equilátero é o que mais se aproxima desse conceito. Acompanhe: O triângulo é indivisível, assim como Deus (simbolizado por toda a figura). Todavia, cada lado é distinto do outro e, contudo, formam a mesma figura, que só existe com os três lados iguais; assim, tomando a analogia, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e vice e versa; porém, eles constituem o mesmo Deus. A individualidade pessoal é mantida, bem como a unidade. Assim, Deus não é somente o Pai, nem somente o Filho, e nem tampouco somente o Espírito Santo. Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. [...] A Trindade no Antigo Testamento:
  a) Gênesis 1:26, 27 — Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança". O verbo "fazer", nesse caso, aponta para um ato criativo, e somente Deus pode criar. Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". O interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e invisíveis (João 1:1, 3; Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:10), o que inclui necessariamente o homem. Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que o homem tem a Jesus como seu Criador, logo, o homem carrega Sua imagem, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem foi criado. Já em Jó 33:4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou". E quem é esse Deus? Resposta: Pai, Filho e Espírito Santo. É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis 3:22; 11:7-9; Isaías 6:8. Alguns dizem tratar-se de plural de majestade, ou seja, é uma forma de expressão onde o indivíduo fala do plural que não revela necessariamente uma pluralidade participativa. Todavia, isso não funciona em Gênesis 1:26, 27, pois outros textos bíblicos deixam claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo criaram o homem; logo, não está em jogo nenhum plural de majestade, mas um ato criativo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Os demais textos, portanto, devem ser interpretados seguindo-se essa mesma linha de raciocínio.
  b) Deuteronômio 6:4 — "Escuta, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová" (TNM). Esse texto é usado para desacreditar a doutrina da Trindade, mas, ao contrário disso, é o texto que prova que na unidade de Deus existe uma pluralidade, dando abertura para a concepção trinitariana. Como assim? Na língua hebraica, existem duas palavras para expressar unidade, a saber, ’ehadh e yehidh. A primeira designa uma unidade composta ou plural. Exemplo: Gênesis 2:24 diz que o homem e a mulher seriam uma (’ehadh) só carne, ou seja, dois em um. A segunda palavra é usada para expressar unidade absoluta, ou seja, aquela que não permite pluralidade. Exemplo: Juízes 11:34 diz que Jefté tinha uma única (yehidh) filha. Qual dessas palavras é empregada em Deuteronômio 6:4? A palavra ’ehadh, o que indica que na unidade da Divindade há uma pluralidade.
A Trindade no Novo Testamento: A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo. Os textos bíblicos abaixo alistados (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Levando-se em conta que Deus é único (Isaías 43:10) e que ele não partilha sua glória com ninguém (Isaías 42:8; 48:11), é interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia atingir, nem muito menos uma "força ativa" (agente passivo).
  a) Mateus 28:19 — A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", seria estranho que as pessoas fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um anjo, e de uma "força ativa"; aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"? Tudo isso só faz sentido se Jesus e o Espírito Santo forem Deus, assim como o Pai.
  b) Lucas 3:22 — No batismo do Filho, lá estão o Espírito Santo e o Pai; como sempre, inseparáveis. Essa é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.
  c) João 14:26 — Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em seu próprio nome, isto é, de Cristo.
  d) 2ª Coríntios 13:13 — Outra fórmula trinitária, onde aparece o Filho, em primeiro lugar, com sua graça ou benignidade imerecida; depois, o Pai, com seu amor; e finalmente, o Espírito Santo, com a comunhão ou participação que dele procede.
  e) 1ª Pedro 1:1, 2 — Pedro fala aos escolhidos, que foram eleitos segundo a presciência do Pai, santificados pelo Espírito e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.
  f) Outros versículos — Romanos 8:14-17; 15:16, 30; 1ª Coríntios 2:10-16; 6:1-20; 12:4-6; 2ª Coríntios 1:21, 22; Efésios 1:3-14; 4:4-6; 2ª Tessalonicenses 2:13, 14; Tito 3:4-6; Judas 20, 21; Apocalipse 1:4, 5 (compare com 4:5) etc. É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas das passagens bíblicas acima citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas? As TJ objetam dizendo que mencionar as três Pessoas juntas, não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 22:32), bem como Pedro, Tiago e João (Mateus 17:1) sempre são citados juntos; contudo, isso não os torna um. O que as TJ não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum o apostolado. E o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina, ou simplesmente, a divindade.

III - AS CRENÇAS INADEQUADAS

1. Os monarquianistas dinâmicos. Ainda no primeiro século surgiram os que Tertuliano chamou de monarquianistas (do grego monarchia - governo exercido por uma única pessoa). Os monarquianistas dinâmicos (do grego dynamis “força, poder”, pois diziam que Deus deu força e poder a Jesus, adotando-o como Filho), negavam a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade. Esta heresia era o prenúncio do arianismo, que, no início de terceiro século, negava a eternidade de Jesus, pois considerava Cristo um deus de segunda categoria, igual ao ensino das Testemunhas de Jeová. Essa doutrina dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizâncio, Artemão e Paulo de Samosata. 

2. Os monarquianistas modalistas. Monarquianistas modais ou modalistas ensinavam que as três pessoas da Trindade manifestavam-se de vários modos, daí o nome modalista. Defendidos por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago, ensinavam que o Pai nasceu e sofreu, e que Jesus era o Pai. Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do latim Pater “Pai” e passus de patrior “sofrer” - o Pai encarnou-se em Cristo e sofreu com Ele). No Oriente eram chamados sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade, sendo, portanto, uma só Pessoa. Esse ensinamento do bispo Sabélio é hoje chamado de sabelianísmo ou modalismo. Sabélio usava a palavra “pessoa” para cada Pessoa da Trindade, mas para ele essa “pessoa” tinha o sentido de máscara ou manifestações diferentes de uma mesma Pessoa Divina. Na sua concepção o Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomes de três estágios ou fases diferentes. Ele era Pai na criação e na promulgação da Lei; Filho na encarnação, Espírito Santo na regeneração. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Prãxeas, quando pela primeira vez este apologista usa o termo Trinitas (“Trindade”) para a Divindade: “Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade em uma Trindade, colocando em sua ordem os três: Pai, Filho e Espírito Santo; três contudo,... não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, pois é de um só Deus que esses graus, formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo.

3. O arianismo. O Arianismo vem de Arius, ou Ário, um professor do início do século 4 D.C. Um dos assuntos mais antigos e provavelmente mais importante a ser debatido entre os cristãos da antiguidade foi a questão da divindade de Cristo. Era Jesus verdadeiramente Deus em carne ou era Jesus um ser criado? Era Jesus Deus ou apenas como Deus? Arius defendia a ideia de que Jesus foi criado por Deus como o primeiro e mais importante ato da Criação. O Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em Si mesmo. O Arianismo engana-se ao interpretar referências sobre Jesus estando cansado (João 4:6) e Jesus não sabendo a data do Seu retorno (Mateus 24:36). Sim, é difícil compreender como Jesus poderia estar cansado e/ou não saber algo, mas dizer que Jesus era um ser criado não é a resposta. Por favor leia o nosso artigo sobre a união hipostática para uma explicação sobre esses assuntos. Jesus era completamente Deus, mas também era completamente humano. Jesus não se tornou um ser humano até a sua encarnação. Portanto, as limitações de Jesus como um ser humano não têm nenhum impacto em sua natureza ou eternidade divina. A segunda má interpretação do Arianismo é o significado de “primogênito” (Romanos 8:29; Colossenses 1:15-20). Os arianos interpretam “primogênito” nesses versículos como se dissessem que Jesus “nasceu” ou foi “criado” como o primeiro ato de Criação. Esse não é o caso. Jesus mesmo proclamou a sua auto-existência e eternidade (João 8:58; 10:30). João 1:1-2 nos diz que Jesus “estava com Deus”. Nos tempos bíblicos, o filho primogênito de uma família ocupava uma posição de grande honra (Gênesis 49:3; Êxodo 11:5; 34:19; Números 3:40; Salmos 89:27; Jeremias 31:9). É neste sentido que Jesus é o primogênito de Deus. Jesus é o membro preeminente da família de Deus. Jesus é o ungido, o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Jesus não “nasceu”, na verdade, Ele se tornou o Senhor sobre toda a criação como o “primogênito” de Deus. Depois de mais ou menos um século de debates em vários conselhos da igreja primitiva, a Igreja Cristã oficialmente denunciou o Arianismo como uma doutrina falsa. Desde então, o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé Cristã. No entanto, o Arianismo nunca morreu, mas tem continuado pelos séculos de várias formas diferentes. As Testemunhas de Jeová de hoje defendem uma posição parecida com a dos arianos em relação à natureza de Cristo. Assim como a igreja primitiva, precisamos renegar quais ataques na divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.


IV - RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE

1. Esclarecimento. História do unicismo moderno (o retorno da velha heresia sabeliana) Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das igrejas Assembléias de Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos arredores de Los Angeles, na Califórnia, numa cerimônia de batismo. O preletor, R. E. McAlister, disse que os apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e quando as pessoas ouviram isso ficaram atônitas. McAlister foi notificado que seu ensino possuía elementos heréticos. Ele tentou esclarecer sua prédica, mas ela já havia produzido efeito. Um de seus ouvintes era John Sheppe que após aquela mensagem, passou uma noite em oração, refletindo a mensagem de McAlister e concluiu que Deus havia revelado o batismo verdadeiro que seria somente em nome de Jesus. Também Franck J. Ewart, australiano, adotou essa doutrina e em 15 de abril de 1914 levantou uma tenda em Belvedere, ainda nos arredores de Los Angeles, e passou a pregar sobre a fórmula batismal de Atos 2.38. Comparando com Mt 28.19, chegou à conclusão de que o nome de Deus seria então somente o nome Jesus. É verdade que o batismo somente no nome de Jesus era praticado por pastores pentecostais como Howard Goss e Andrew Urshan, mas foi somente com Franck J. Ewart que o batismo em nome de Jesus desenvolveu teor teológico próprio. Assim, em 15 de abril de 1914, Franck J. Ewart e Glenn Cook se batizaram mutuamente com a nova fórmula. Esse movimento começou então a crescer em cima dessa polêmica e ficou conhecido por vários nomes como: Nova Questão, movimento Somente Jesus, o Nome de Jesus, Apostólico, ou Pentecostalismo Unicista. A essência da doutrina unicista é a centralização no nome de Jesus. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e Espírito Santo são apenas nomes singulares de Jesus. Assim, o que parecia ser apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à idéia de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de Deus ou de Jesus. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não crer que Jesus seja Deus, mas ironicamente pelo fato de crer que Deus é só Jesus.
3 – Principais grupos unicistas modernos
-Igreja Evangélica Voz da Verdade (IEVV);
-Igreja Só Jesus;
-Igreja Local (Witness Lee)
-Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes;
-Tabernáculo da Fé.
-A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
-Ministério Internacional Creciendo en Gracia
-Igreja Cristo Vive (do apostolo Miguel Ângelo)
-Pentecostal Novo Nascimento em Cristo e outras.

2. A definição de Tertuliano. ‘Neologista’ = aquele que faz uso ou é simpatizante de neologismos; neologizante, neólogo. Neologismo é o processo de criação de uma nova palavra na língua devido à necessidade de designar novos objetos ou novos conceitos ligados às diversas áreas. Com exímio uso do latim, Tertuliano foi o primeiro a usar o termo Trinitas para designar a Trindade. Expôs também a tese de que o Pai e o Filho eram da mesma substância. Antecipou-se em um século ao Símbolo de Nicéia. Tertuliano escreve “antes de todas as coisas, Deus estava sozinho, sendo Ele seu próprio universo. Ele estava sozinho, entretanto, no sentido em que não havia nada de externo a Ele, pois mesmo então Ele não estava realmente sozinho, já que Ele tinha consigo aquela Razão que Ele possuía em Si mesmo, isto é, sua própria Razão”. Em outra passagem ele tenta explicar, mais claramente que os seus antecessores, o ser-outro ou a individualidade desta razão imanente ou verbo. Ele explica que a racionalidade ou o discurso, por meio do qual o homem cogita e faz planos é, de uma certa maneira, um “outro” e um “segundo” no homem, e assim é com o Verbo divino, com o qual Deus raciocina desde toda a eternidade e que constitui “um segundo para consigo.

3. Formulação definitiva da Trindade. Do site Wikipédia temos: “O Primeiro Concílio de Constantinopla se realizou em 381, foi debatida a natureza de Cristo e o arianismo. Sendo este o primeiro Concílio Ecumênico realizado em Constantinopla, foi convocado de forma cesaropapista por Teodósio I em 381. O concílio aprovou o Credo niceno-constantinopolitano, e tratou de outros assuntos teológicos. O concílio reuniu-se na Igreja de Santa Irene de maio a julho de 381. É reconhecido como o segundo concílio ecumênico pela Igreja Católica, Nestoriana, Ortodoxa e uma série de outros grupos cristãos. O Concílio de Constantinopla (381) foi convocado pelo imperador Teodósio I, que no ano anterior havia oficializado o cristianismo católico e trinitário como a religião do Império Romano. Esse concílio coroou de uma vez por todas os esforços de Atanásio e dos três capadócios ao condenar todos os tipos de subordinacionismo e sabelianismo (modalismo). Revisou o Credo do Nicéia, tornando mais claras certas expressões e acrescentando um terceiro artigo sobre o Espírito Santo e a igreja. Esse importante documento ficou conhecido na história como Credo Niceno ou Niceno-Constantinopolitano. Os pneumatomacianos ou macedonianos negavam a divindade do Espírito Santo. Os chamados pais capadócios (Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa) foram importantes pensadores cristãos dominaram o cenário teológico na segunda metade do 4° século e trabalharam juntos para tornar vitoriosa a fé nicena. Eram amigos de Atanásio e desenvolveram o seu pensamento teológico. Eles criaram as fórmulas que tornaram possível o consenso da maior parte dos teólogos orientais em torno da questão trinitária. Tomaram para si a tarefa de definir mais claramente a unidade e a diversidade existentes na Divindade, inclusive a terminologia adequada para isto, ou seja, de que em Deus há três hipóstases (subsistências individuais) e apenas uma “ousia” ou essência divina. Todos os três viveram na Capadócia, a região orienral da Ásia Menor, parte da moderna Turquia.


CONCLUSÃO

Tem coisas que aceitamos pela fé, a doutrina da trindade é uma delas. Podemos considerar a doutrina da Trindade um dos pilares do cristianismo ortodoxo. No entretanto, pelo menos no contexto brasileiro, demonstramos pouca consideração e há até mesmo um desconhecimento acerca dela. A razão disso talvez seja o pragmatismo que a religião brasileira tem como base. As pessoas só se interessam por aquilo que entendem que pode ser útil para sua vida. Elas querem coisas práticas e estão enjoadas de teoria. Esse é justamente o motivo pelo qual não gostam de estudar teologia. Por aqui vale mais as “experiências” com Deus, relegando a teoria ao esquecimento. Com esta pequena teoria apresentada, podemos compreender que Deus nos é revelado como Pai, Filho e Espírito Santo, cada um com atributos pessoais distintos, mas sem divisões de natureza, essência ou ser. E por que é importante conhecer e crer assim? Assim como no início do cristianismo, a Trindade tem sido motivo de controvérsias. Até para Trinitaristas, uma compreensão nebulosa, pode levar a uma falsa adoração. Este estudo é pouco para compreendermos o assunto, ele está mais para uma exortação à pesquisa.

REFERÊNCIAS:

BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Matthew Henry. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/07/licao-3-santissima-trindade-um-so-deus_12.html
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
_____. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SOARES, Esequias. A Razão da Nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
_____. Lições Bíblicas: A Razão da Nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. Rio de Janeiro, CPAD, 3º. Trimestre de 2017.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.

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quinta-feira, 13 de julho de 2017

Modelo de sermão

Tema: Feche a porta

Texto Bíblico: João 20.19-23

INTRODUÇÃO:

Deus deseja realiza prodígios e maravilhas em nosso meio, mas, na maioria das vezes precisamos fechar a porta.

Vejamos o que pode acontecer quando fechamos a porta:

I- Noé experimentou a salvação atrás de uma porta fechada (Gênesis 7.16);

II- Eliseu despertou o morto atrás de uma porta fechada (2 Reis 4.33);

III-   Uma viúva ficou rica atrás de uma porta fechada (2 Reis 4.5-7);

IV- O povo de Deus está seguro atrás de uma porta fechada (Isaías 26.20) OBS.: Jesus é essa porta [João 10.9];

V- As recompensas de Deus são recebidas atrás de uma porta fechada (Mateus 6.6);

VI- O Senhor se revela atrás de uma porta fechada (João 20.19-23);

VII- O incrédulo está na frente de uma porta fechada (Mateus 25.10-13; Lucas 13.25).

CONCLUSÃO:

Tem coisas que Deus só faz em nossas vidas, quando fechamos a porta. O que você está esperando? Feche a porta e experimente o sobrenatural de Deus em sua vida.

OBS.: Que Deus te use poderosamente ao utilizar esse simples esboço. Esse é meu desejo.
#Glórialeluia

P.S.: Seja criativo (a) e elabore os esboços de cada ponto em negrito. Ou se desejar, pode pregar da forma que está.

domingo, 9 de julho de 2017

Lição 2: O Único Deus Verdadeiro e a Criação

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

3º Trimestre/2017 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Dt 6.4; Gn 1.1

TEXTO ÁUREO: “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Mc 12.29).

INTRODUÇÃO

O assunto desta lição é tríplice. Como introdução, vale lembrar que a Bíblia, não obstante ser um livro que trata essencialmente de Deus e do seu relacionamento com a humanidade, ela não tem como objetivo maior provar a existência de Deus. A existência de Deus é um fato indiscutível, portanto pacífico, no decorrer de toda a narrativa bíblica. Aqueles que se dão ao estudo comparativo das religiões são unânimes em testemunhar que a crença na existência de Deus é de natureza praticamente universal. Essa crença acha-se arraigada até entre as nações e tribos menos civilizadas da terra. Contudo, isto não quer dizer que não exista aqui e ali indivíduos que negam completamente a existência de Deus, como nos revela a Escritura: um Ser supremo e pessoal, existente por si mesmo, consciente e de infinita perfeição, que faz todas as coisas de acordo com um plano pré-determinado. Outros creem na existência de Deus, porém não como a Bíblia ensina, o que se constitui noutra forma de negação de Sua existência. A forma de negação da existência de Deus é muito variada através da História. Dentre as mais conhecidas formas de negação da existência de Deus, destacam-se o ateísmo, o agnosticismo, o deísmo, o materialismo e o panteísmo. Até mesmo uma compreensão equivocada a partir das Escrituras, se torna uma forma de negação, assim, como compreendem a pessoa divina os Testemunhas de Jeová, os Adventistas, os Unicistas? Tal é a importância do estudo da Teologia como forma de não incorrermos no mesmo erro. Teologia é necessária para o crente: Por causa da penetrante descrença e heresias desta época (1Pe 3.15b; Lc 18.8; Ef 4.14); Porque Deus não quis nos dar as Escrituras em forma sistematizada (Mt 13.11-13), deixando a nós o estudá-las e sistematizá-las (2Tm 2.15); Para desenvolver em nós o caráter de Cristo (só crendo certo é que podemos viver certos) (Ef 4.13); Para podermos servir ao Senhor efetivamente (2Tm 4.2; Tt 1.9).


l – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO

1. O Shemá. Shemá Israel ("Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Dt 6.4-9). Para a maior parte dos israelitas, a Shema é o coração mesmo do judaísmo. O Shema é a primeira frase que judeu escuta ao nascer e a última ao morrer. É uma confissão de fé. E essa confissão de fé tem sido interpretada pelos judeus de forma que impede a compreensão da crença cristã na divindade de Cristo e na Trindade. A palavra Shema é o primeiro vocábulo hebraico dessa passagem, e significa “ouve”. A premissa aceita entre os judeus é que essa declaração ensina que Deus é indivisivelmente uno. Conseqüentemente, eles levantam a seguinte objeção: Não posso crer nessa pessoa, Jesus, que os cristãos consideram Deus”. Para eles, a Shema parece haver silenciado para sempre o argumento que envolve a crença cristã histórica na deidade de Jesus. Entretanto, um exame cuidadoso do trecho de Deuteronômio 6:4 na verdade estabelece, ao invés de refutar, a pluralidade de Deus. Uma completa revisão do texto hebraico revela essa verdade acima de qualquer dúvida razoável. O incrível é que a Shema é uma das mais pode rosas declarações em favor da tri-unidade de Deus que se pode encontrar na Bíblia inteira. A própria palavra que alegadamente argumenta contra o ensino da tri-unidade de Deus realmente afirma que em Deus há pluralidade, pois a última palavra hebraica da Shema é echad, um substantivo coletivo, em outras palavras, um substantivo que demonstra unidade, ao mesmo tempo que se trata de uma unidade que contém várias entidades. 

2. O monoteísmo. O termo “monoteísmo” vem de duas palavras: “mono” (um) e “theism” (crença em Deus). Especificamente, é a crença que apenas um só Deus é o criador, sustentador e juiz de toda a criação. O monoteísmo difere do henoteísmo, o qual é a crença em vários deuses com um Deus supremo acima deles. Também se opõe ao politeísmo, o qual é a crença na existência de mais de um deus. O site Logos Apologética traz uma pesquisa interessante: “De acordo com a Enciclopédia Cristã Mundial de David Barrett, cerca de 85 por cento da população mundial acredita em algum tipo de deus (dos 15 por cento restantes que são ateus e agnósticos, 14 por cento residem em países comunistas), e 53 por cento da população do mundo é monoteísta, alegando que derivam sua fé de Abraão (cristãos, judeus e muçulmanos). Tal crença onipresente exige uma explicação, mas os evolucionistas tentam explicar a origem deste fenômeno generalizado”. As chamadas Religiões Abraâmicas são as três grandes religiões monoteístas, possuem sua origem comum em Abraão. Embora aparentados com os judeus, árabes adoram outro deus.

3. O monoteísmo judaico-cristão. Paulo, no primeiro capítulo de Romanos, escreve alicerçado sobre o monoteísmo. Ele assevera que a própria natureza comprova isso desde o princípio: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis” (Rm 1.20). Paulo ensinou que os homens não têm desculpa por se terem tornado idolatras politeístas, porquanto as evidências da razão e da natureza mostram-se tão firmemente contrárias a tal desenvolvimento. Rm 1.23 ss é trecho que mostra o que sucedeu, em face dos homens haverem corrompido a imagem de Deus e distorcido a razão, ao promoverem a idolatria, com seu inerente politeísmo. Aí começam os problemas morais dos homens (ver o vs. 24), e o juízo divino aguarda por eles. Não obstante a pregação paulina consistir na mesma teologia judaica, o que vemos no desenrolar destas duas religiões são conceitos diametralmente diferentes acerca da pessoa de Deus. Algumas pessoas equivocadamente atribuem uma mesma natureza ao cristianismo e ao judaísmo, entretanto, apesar de várias semelhanças ambas as religiões são essencialmente diferentes. Como princípio básico, o judaísmo tem o monoteísmo que é a crença em um único Deus, rejeitando que Este seja dividido em partes, mesmo se essa divisão Divina seja misteriosa ou não. Sem compreenderem o dogma da divindade da pessoa de Jesus e do Espírito Santo, afirmam que os cristãos são politeístas. O dogma da Santíssima Trindade está inserido em um contexto histórico, isto é, possui uma história de crenças que se concretiza como um artigo de fé, proclamado em 325 no concílio de Nicéia, onde foram discutidas questões cristológicas, por exemplo, as levantadas pelo arianismo que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus.

II – CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1. O modelo criacionista. Explicando o criacionismo, o Físico Adauto Lourenço afirma: “Existem três criacionismos distintos: o científico, o religioso e o bíblico. No primeiro caso, é possível sim demonstrar cientificamente que o universo e a vida foram criados. Só não é possível demonstrar quem criou. Por exemplo, eu pego um relógio e é fácil demonstrar de forma científica que o objeto foi criado e não surgiu espontaneamente. Independente de provar quem o criou. São duas coisas totalmente distintas. O criacionismo científico trabalha apenas a questão se o universo e a vida foram criados ou surgiram espontaneamente. Já os religiosos tentam explicar por que uma determinada divindade teria criado o universo e a vida. E o bíblico é descritivo, não explica o porquê, apenas cita o que Deus fez. Normalmente, quando falamos de criacionismo, as pessoas associam apenas aos dois últimos. Poucas pessoas, principalmente no meio acadêmico, conhecem a respeito do criacionismo científico. Não são todos iguais. Os nossos centros de ensino não permitem o ensino do criacionismo e existe um motivo para isso. Muitas pessoas não conhecem o criacionismo científico e querem ensinar a questão religiosa ou bíblica. Obviamente a escola é para ensinar ciência. A proposta do criacionismo científico não é religiosa, embora possua implicações religiosas”.

2. O modelo evolucionista. Adauto Lourenço continua: “A teoria da evolução diz que os seres humanos, no caso os Neandertais e os Homo sapiens, teriam vindo de um ancestral comum aos gorilas, chimpanzés e talvez possivelmente aos orangotangos. Analisando o aspecto da ancestralidade, não temos evidências genômicas para comprovar isso [O cientista argumenta em suas palestras que as pesquisas utilizaram um número reduzido de genes para fazer a comparação do homem e do macaco. Por isso, na análise total a semelhança genômica entre as duas espécies seria praticamente nula]. A única possibilidade, então, seria a interpretação do registro fóssil. A interpretação é algo interessante. Não temos uma sequência que mostre seres humanos evoluindo de um ancestral comum aos gorilas e chimpanzés. Temos fósseis como o Australophitecus [na teoria da evolução, este animal é considerado o ancestral direto do homem moderno], em que um dos mais conhecidos é a Lucy [fóssil encontrado em 1974 e apresentada como o elo perdido da sequência da evolução humana]. No entanto, a estrutura óssea mostra questões interessantes a respeito de suas patas, principalmente o sistema locomotor inferior. Esse sistema não permitia a esse animal ficar em pé, ou seja, não tem nada de ancestralidade do ser humano. A imagem de uma Lucy em pé nas suas patas inferiores não existe. Nós sabemos isso por várias publicações científicas de pesquisadores que têm trabalhado no estudo especificamente do sistema locomotor do Australophitecus. Por isso, sabemos que eles nunca foram criaturas que ficaram em pé como o ser humano fica. A evidência é que não houve evolução porque todos esses fósseis que estão sendo encontrados são muito semelhantes aos chimpanzés, gorilas e orangotangos. Eles não são semelhantes aos seres humanos. Ou seja, se pegar esses fósseis e fizer um estudo, o desvio da estrutura do fóssil é muito pequeno ao comparar entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. É gigantesca ao comparar com o ser humano. Daí, falam que eram pequenas transições. Não! Eram apenas pequenas variações entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. Não era evolução da espécie para chegar ao ser humano. Mas eu entendo que não é essa a compreensão da maioria dos cientistas, principalmente os evolucionistas. Agora, a verdade científica não é estabelecida por número de adeptos, é estabelecida em laboratório. O desvio desses fósseis, com respeito a formas de vida que nós conhecemos hoje, é um desvio menor em função dos chimpanzés, gorilas e orangotangos? Ou é menor com respeito ao ser humano? A resposta é óbvia: os Australophitecus são muito mais parecidos com chimpanzés, gorilas e orangotangos do que qualquer coisa com seres humanos. Chamá-los de ancestrais humanos ou hominídeos é um exagero. O que temos encontrado até o presente momento nos fósseis dos chamados hominídeos é um desvio praticamente zero comparado com gorilas, chimpanzés e orangotangos. Quando se compara ser humano, o desvio é enorme. A estrutura morfológica dos artelhos das patas inferiores do Australophitecus é exatamente igual à de chimpanzés, gorilas e orangotangos. Aquilo não é um pé. É praticamente a mesma estrutura das mãos. As pessoas argumentam que é porque estava no início do processo evolutivo. Não! Isso não é o início do processo evolutivo, é a forma daquele organismo. A própria estrutura dos Australophitecus mostra que eram extremamente preparados para subir em árvore como os gorilas e chimpanzés. O ser humano não é preparado para subir em árvores. A nossa coluna vertebral não funciona desse jeito. O nosso centro de gravidade não funciona assim. Os macacos inclusive têm centro de gravidade diferente do nosso para facilitar essa atividade. Estão mandando olhar o registro fóssil e é exatamente isso que estamos fazendo. Os Australophitecus seriam nada mais, nada menos que pequenas variações dos gorilas, chimpanzés e orangotangos que temos hoje. Eles teriam existido no passado e provavelmente estão extintos atualmente.

III – A CRIAÇÃO

1. A criação do Universo. Ex nihilo nihil fit é uma expressão latina que significa nada surge do nada. É uma expressão que indica um princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir do nada. A frase é atribuída ao filósofo grego Parménides. O termo "creatio ex nihilo" refere-se a Deus criando tudo a partir do nada. No início, Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1). Antes desse momento, não havia nada. Deus não fez o universo dos blocos de construção preexistentes. Ele começou do zero. É interessante notar que a Bíblia nunca expressamente afirma que Deus fez tudo do nada, mas está implícito. Em Hebreus 11.3 lemos: "Pela fé entendemos que os mundos foram moldados pela palavra de Deus, de modo que as coisas que são vistas não foram feitas de coisas que são visíveis". O site Theopedia (em inglês) afirma que “Os primeiros pais da igreja como Theophilo, Justino Mártir e Orígenes realmente acreditavam que a matéria era preexistente com Deus. Tomados do pensamento platônico , esses pais da igreja acreditavam que Deus "ordenou" essa questão caótica e deu a sua forma e forma, resultando na criação do mundo. Há muitos problemas associados a essa visão, e é por isso que, no século IV, os teólogos rejeitaram essa visão”.

2. A narrativa da criação em Gênesis 1. Gênesis 1.1 diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra…”. Depois, em Gênesis 2.4, aparenta ser o caso que uma história diferente sobre a Criação começa. No entanto, essas passagens descrevem o mesmo evento da Criação. Transcrevo a seguir parte do artigo ‘Esclarecendo questões cristãs’, disponível no Blog Questões Cristãs: “GÊNESIS 2:1 - Como o mundo pôde ser criado em seis dias?
PROBLEMA: A Bíblia diz que Deus criou o mundo em seis dias (Êx 20:11). Mas a ciência moderna declara que isso levou bilhões de anos. As duas posições não podem ser verdadeiras.
SOLUÇÃO: Há basicamente duas maneiras para superar esta dificuldade.
Primeiro, alguns eruditos argumentam que a ciência moderna não está certa. Insistem em dizer que o universo tem apenas alguns milhares de anos e que Deus criou todas as coisas em seis dias literais (6 dias de 24 horas, ou seja, 144 horas). Para sustentar esta posição, eles apresentam os seguintes pontos:
1. Cada dia do Gênesis tem "tarde e manhã" (cf. Gn 1:5,8,19,23,31), o que é próprio do dia de 24 horas na Bíblia.
2. Os dias foram numerados (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia etc), uma característica peculiar dos dias de 24 horas na Bíblia.
3. Êxodo 20:11 compara os seis dias da criação com os seis dias de uma semana (literal) de trabalho de 144 horas.
4. Há evidência científica que suporta uma idade jovem (de milhares de anos) para a Terra.
5. Não haveria como a vida sobreviver por milhões de anos do dia três (1:11) ao dia quatro (1:14) sem Lua.
Outros eruditos da Bíblia afirmam que o universo pode ter bilhões de anos, sem que com isso se esteja sacrificando um entendimento literal de Gênesis 1 e 2. Argumentam que:
1. Os dias de Gênesis 1 podem ter tido um período de tempo antes da contagem dos dias (antes de Gênesis 1:3), ou um intervalo de tempo entre os dias. Há intervalos em outras partes da Bíblia (como em Mateus 1:8, onde três gerações são omitidas, em comparação com 1 Crônicas 3:11-14).
2. A mesma palavra hebraica para "dia" (yom) é empregada em Gênesis 1 e 2 como um período de tempo maior que 24 horas. Por exemplo, Gênesis 2:4 faz uso desta palavra no sentido do período total da criação de seis dias.
3. Às vezes a Bíblia emprega a palavra "dia" para longos períodos de tempo: "Um dia é como mil anos" (2 Pe 3:8; cf. SI 90:4).
4. Há alguns indícios em Gênesis 1 e 2 de que os dias poderiam ser períodos maiores que 24 horas:
a)   No terceiro "dia" as árvores cresceram da semente à maturidade, e produziram semente   segundo a sua espécie (1:11-12). Esse processo normalmente leva meses ou anos.
b)   No sexto "dia" Adão foi criado, foi dormir, deu nome a todos os (milhares de) animais, procurou por companhia, foi dormir, e Eva foi criada de sua costela. Tudo isso parece exigir um tempo bem maior que 24 horas.
c)   A Bíblia diz que Deus "descansou" no sétimo dia (2:2), e que ele ainda está no seu descanso da criação (Hb 4:4). Assim, o sétimo dia já tem tido uma duração de milhares de anos. Dessa forma, os outros dias bem que poderiam ter tido milhares de anos também.
5. Êxodo 20:11 pode estar fazendo simplesmente uma comparação de unidade por unidade dos dias de Gênesis com uma semana de trabalho (de 144 horas), e não uma comparação minuto a minuto. Conclusão: Não se demonstra contradição alguma em fatos, entre Gênesis 1 e a ciência. Há apenas um conflito de interpretações. Ou os cientistas de hoje em sua maioria estão errados ao insistirem que o mundo tem bilhões de anos, ou então alguns dos intérpretes da Bíblia estão equivocados ao insistirem em dizer que foram apenas 144 horas que durou a criação, ocorrida há alguns milhares de anos antes de Cristo, sem intervalos de tempo correspondentes a milhões de anos. Mas, em qualquer dos casos, não se trata de uma questão de inspiração das Escrituras, mas de sua interpretação (em relação a dados científicos).

CONCLUSÃO

Nos encontramos com Deus na Sua Palavra, um encontro que nos dá conhecimento, que nos habilita a descrevê-Lo como Deus, e que nos capacita a viver para Ele. Para servi-Lo adequadamente precisamos conhecer Sua essência. Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e atributos. Há duas substâncias: matéria e espírito. Sua substância é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou propriedades dessa substância. Atributos é a manifestação do Ser de Deus. Ao longo da história da Igreja, a fé cristã confrontou adversários dentro e fora dela. Já no ano 50 d.C., a Igreja se reúne no Concílio de Jerusalém para decidir questões das leis judaicas e os cristãos gentios. Em 325 d.C. em Nicéia, combateu-se o arianismo; desse Concílio temos o credo. Enfim, a Igreja precisa estar atenta aos ataques aos pilares da fé, os crentes devem estar atentos aos acontecimentos e prontos a “batalhar diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3).

REFERÊNCIAS:

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ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.