terça-feira, 13 de agosto de 2024

Os Profetas do Medo: Uma Reflexão Crítica

 



Introdução

 

Vivemos em tempos desafiadores, marcados por incertezas políticas, econômicas e ambientais. Nesse cenário, a figura dos "profetas do medo" emerge como uma presença constante, ampliando ansiedades e promovendo discursos alarmistas. Esses indivíduos, muitas vezes com acesso a plataformas influentes, desempenham um papel preocupante ao difundir visões catastrofistas, que, em vez de informar e preparar a sociedade para os desafios reais, acabam por fomentar o pânico e a paralisia social.

 

A Retórica do Catastrofismo

 

Os profetas do medo constroem suas narrativas em torno de cenários apocalípticos, onde o futuro é invariavelmente sombrio. Eles se valem de previsões exageradas, muitas vezes descoladas de dados científicos robustos, para reforçar a ideia de que estamos à beira de um colapso iminente (Castells, 2009). Ao destacar exclusivamente aspectos negativos e ignorar os avanços e resiliências da sociedade, esses profetas criam uma atmosfera de desesperança (Bauman, 2006).

 

Esse tipo de retórica tem um impacto direto sobre o estado emocional e psicológico das pessoas. A exposição contínua a previsões catastróficas pode levar a um aumento dos níveis de estresse e ansiedade, minando a capacidade de ação das pessoas (McNair, 2017). Em vez de incentivar um engajamento proativo na busca de soluções, o discurso do medo tende a gerar uma sensação de impotência, levando ao fatalismo ou à apatia (Chomsky, 2002).

 

A Manipulação da Informação

 

Um dos aspectos mais preocupantes da atuação dos profetas do medo é a manipulação da informação. Eles se apropriam de dados, muitas vezes fora de contexto, para validar suas teses, ignorando a complexidade dos problemas e as múltiplas perspectivas necessárias para compreendê-los (McNair, 2017). Essa abordagem não só desinforma, como também distorce o debate público, polarizando a sociedade e dificultando a construção de consensos (Chomsky, 2002).

 

O uso seletivo de informações para promover o medo é uma prática eticamente questionável, pois desconsidera o princípio fundamental do jornalismo e da comunicação, que é informar com precisão e equilíbrio (Foucault, 1975). Ao priorizar o impacto emocional sobre a veracidade e a análise crítica, esses profetas traem a confiança do público, que depende de fontes confiáveis para tomar decisões conscientes (McNair, 2017).

 

O Medo como Instrumento de Controle

 

Além dos danos psicológicos e sociais, o medo tem sido historicamente utilizado como uma ferramenta de controle. Governos, corporações e outras instituições de poder frequentemente se apropriam do discurso dos profetas do medo para justificar medidas autoritárias, restringir liberdades e suprimir a dissidência (Arendt, 1973). Ao convencer a população de que está sob uma ameaça constante e iminente, esses atores conseguem legitimar ações que, em tempos normais, seriam amplamente contestadas (Foucault, 1975).

 

Essa dinâmica cria um ciclo vicioso, onde o medo alimenta a aceitação de políticas repressivas, que por sua vez, reforçam o estado de medo. Isso pode levar a uma erosão gradual das liberdades civis e a uma sociedade menos democrática, onde o debate público é sufocado pelo medo de represálias (Arendt, 1973).

 

O Papel da Resistência e da Esperança

 

Diante desse cenário, é fundamental que resistamos à tentação de sucumbir ao medo. Isso não significa ignorar os desafios que enfrentamos, mas abordá-los com uma postura crítica e informada, que privilegie a esperança e a ação coletiva (Freire, 1997). Precisamos valorizar as vozes que, em vez de semear o pânico, promovem o diálogo construtivo, a cooperação e a busca por soluções (Sennett, 2008).

 

A esperança não deve ser confundida com ingenuidade. Ela é, antes de tudo, uma escolha consciente de acreditar na capacidade humana de superar adversidades e de construir um futuro melhor (Freire, 1997). Ao rejeitar o discurso do medo, afirmamos nosso compromisso com a justiça, a solidariedade e a liberdade, valores essenciais para a construção de uma sociedade mais equitativa e democrática (Bauman, 2006).

 

Conclusão

 

Os profetas do medo desempenham um papel tóxico na sociedade contemporânea, alimentando inseguranças e desinformação. Para enfrentá-los, é necessário promover uma cultura de esperança, baseada na informação responsável e no engajamento cívico. Somente assim poderemos construir um futuro mais resiliente e justo, onde o medo não seja usado como arma contra o bem comum.

 

 

Referências:

 

Castells, M. (2009). Communication Power. Oxford University Press.

Bauman, Z. (2006). Medo Líquido. Zahar.

Chomsky, N. (2002). Media Control: The Spectacular Achievements of Propaganda. Seven Stories Press.

McNair, B. (2017). Fake News: Falsehood, Fabrication and Fantasy in Journalism. Routledge.

Foucault, M. (1975). Vigiar e Punir: História da Violência nas Prisões. Vozes.

Arendt, H. (1973). The Origins of Totalitarianism. Harcourt Brace Jovanovich.

Sennett, R. (2008). The Craftsman. Yale University Press.

Freire, P. (1997). Pedagogia da Esperança: Um Reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra.


domingo, 24 de setembro de 2023

RECEITA DE BOLO DE CENOURA

 Segue abaixo uma receita básica de bolo de cenoura deliciosa:

Ingredientes:

Para o bolo:

3 cenouras médias (cerca de 300g), descascadas e picadas

3 ovos

1 xícara de óleo vegetal

2 xícaras de açúcar

2 xícaras de farinha de trigo

1 colher de sopa de fermento em pó

1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)

Uma pitada de sal

Para cobertura:

4 colheres de sopa de chocolate em pó ou cacau em pó

4 colheres de sopa de açúcar

2 colheres de sopa de manteiga

4 colheres de sopa de leite

Instruções:

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma forma de bolo (aproximadamente 22 cm de diâmetro) com manteiga e polvilhe com farinha de trigo ou utilize papel-manteiga para forrar o fundo da forma.

Em um liquidificador, coloque as cenouras picadas, os ovos, o óleo e a essência de baunilha (se estiver usando). Bata até obter uma mistura homogênea.

Em uma tigela grande, misture o açúcar, a farinha de trigo, o fermento em pó e uma pitada de sal.

Coloque a mistura líquida do liquidificador na tigela com os ingredientes secos e a mistura até que todos os ingredientes estejam bem combinados.

Deite a massa na forma preparada e leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 35-40 minutos, ou até que um palito inserido no centro do bolo saia limpo.

Enquanto o bolo está assando, prepare uma cobertura: Em uma panela, derreta a manteiga em fogo baixo. Adicione o chocolate em pó ou o cacau em pó, o açúcar e o leite. Mexa constantemente até obter uma calda aquosa. Retire do fogo e reserve.

Quando o bolo estiver pronto, retire-o do forno e espere esfriar um pouco na forma antes de desenformar.

Desenforme o bolo em um prato de servir e, em seguida, despeje a cobertura de chocolate por cima.

Deixe o bolo esfriar completamente antes de cortar e servir. Aproveite o seu delicioso bolo de cenoura!

Este bolo de cenoura é uma sobremesa clássica que muitas pessoas adoram. Você também pode decorá-lo com pedaços de cenoura ralada ou nozes picadas, se desejar. Bom apetite!

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Estudo Bíblico sobre O Salmo 23

 O Salmo 23 é um dos salmos mais conhecidos e amados da Bíblia. Ele é atribuído ao rei Davi e oferece uma mensagem de conforto, confiança e segurança nas exceções de Deus. Vamos realizar um estudo bíblico sobre o Salmo 23 para entender suas principais mensagens e aplicá-las à nossa vida:

Título: Salmo 23: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará."

Contexto: O Salmo 23 faz parte do livro de Salmos, que é uma coletânea de cânticos e poemas utilizados no estímulo e na expressão da fé em Deus. É um salmo que expressa a confiança profunda de Davi no cuidado e na orientação de Deus em sua vida.

Estudo Bíblico:

1 - O Senhor é o meu pastor: Este versículo começa com uma afirmação poderosa da relação de confiança entre o salmista (Davi) e Deus. Ao declarar que o Senhor é seu pastor, Davi está regularizando a liderança e o cuidado de Deus em sua vida. Para nós, isso significa que podemos confiar plenamente em Deus como nosso guia e protetor.

2 - Nada me faltará: Davi afirma que, sob os cuidados de Deus, nada lhe faltará. Isso não significa que nunca enfrentaremos dificuldades ou carências materiais, mas que Deus suprirá nossas necessidades essenciais e nos sustentará em todas as situações. É uma expressão de confiança na provisão divina.

3 - Repouso em pastos verdesjantes: O versículo 2 descreve Deus nos fazendo repousar em pastos verdesjantes e conduzindo-nos às águas tranquilas. Essa imagem simboliza a ideia de que Deus nos oferece descanso, nutrição espiritual e paz em nossa jornada.

4 - Guia pelas veredas da justiça: O Senhor guia o salmista pelas "veredas da justiça". Isso implica em sermos guiados pelo caminho da retidão e da obediência a Deus. Deus nos orienta em nossa vida espiritual e moral.

5 - A presença na adversidade: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo." Este versículo enfatiza a presença de Deus nas situações mais difíceis e sombrias de nossa vida. Mesmo quando enfrentamos desafios, podemos ter a certeza de que Deus está conosco e nos protege.

6 - Consolo e provisão: O versículo 5 fala sobre Deus preparando uma mesa na presença dos inimigos. Isso simboliza o consolo e a provisão de Deus, mesmo em meio à adversidade. Ele unge nossa cabeça com óleo, um gesto de cuidado e honra.

7 - Bondade e misericórdia: O salmo termina com uma declaração de que a bondade e a misericórdia de Deus seguirão o salmista por todos os dias de sua vida. Isso enfatiza a fidelidade de Deus e Sua disposição de cuidar de nós continuamente.

Aplicação Prática:

O Salmo 23 nos convida a confiar plenamente em Deus como nosso pastor e guia.

Lembramos que Deus supremo nossas necessidades e nos conduz em retidão.

Mesmo nas situações mais difíceis, podemos confiar na presença e no cuidado de Deus.

Devemos buscar a retidão e a conformidade a Deus em nossa vida diária.

O salmo nos lembra da importância da gratidão por Sua paciência e misericórdia.

Em resumo, o Salmo 23 é um hino de confiança em Deus, nosso Pastor Divino, que nos guia, protege, supremo e consola. É um salmo de profundo conforto e esperança, lembrando-nos de que podemos descansar na graça e nas providências de Deus em todas as situações da vida.

Estudo bíblico sobre Romanos 12.7: "Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, tenha dedicação ao ensino.”

 O versículo de Romanos 12:7, faz parte do capítulo 12 da Epístola aos Romanos, escrito pelo apóstolo Paulo. Ele faz parte de uma seção em que Paulo exorta os crentes a viverem suas vidas de maneira que glorifiquem a Deus, utilizando os dons e talentos que receberam para servir aos outros e edificar a comunidade cristã. Vou elaborar um estudo bíblico sobre esse versículo:

Versículo:

Romanos 12:7 (Nova Versão Internacional): “Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino.”

Contexto:

Antes de analisar especificamente o versículo 7, é importante entender o contexto mais amplo em que ele se encontra. No capítulo 12 de Romanos, Paulo está exortando os crentes a viverem uma vida transformada e a dedicarem-se a Deus de maneira integral. Ele começa o capítulo incentivando os crentes a oferecerem seus corpos como sacrifício vivo a Deus e não se conformarem com os padrões deste mundo, mas serem transformados pela atualização da mente.

Estudo Bíblico:

1 - Identificação de Dons e Talentos: O versículo 7 começa com "Se é ministério..." Isso nos lembra que Deus nos capacitou de maneira única e nos deu dons e talentos diferentes. O primeiro passo para aplicar este versículo é identificar qual é o seu ministério, isto é, qual é a área em que Deus o chamou para servir e como Ele o capacitou.

2 - “Se é ministério, seja em ministrar”: Paulo está enfatizando que, se alguém foi capacitado por Deus para servir em um ministério específico, deve fazê-lo com dedicação e compromisso. Isso significa que devemos abraçar nossos dons e não desperdiçá-los, mas usá-los para o bem dos outros e para a glória de Deus.

3 - "Se é ensinar, haja dedicação ao ensino": Paulo menciona especificamente o ensino como um dos ministérios. Se você tem o dom de ensinar, a exortação é ser dedicada ao ensino. Isso implica em estudar, preparar-se bem, e compartilhar o conhecimento de maneira clara e eficaz. O ensino na fé cristã é uma responsabilidade séria, e aqueles que são chamados para ensinar devem fazê-lo com diligência.

4 - Dedicação e Serviço: Em ambos os casos, seja no ministério em geral ou no ensino, a ênfase está na dedicação e no compromisso. Devemos servir e ensinar não de forma negligente ou superficial, mas com zelo e dedicação.

5 - Edificação da Comunidade: Lembre-se de que o objetivo final de usar nossos dons e ministérios é a edificação da comunidade cristã e a glória de Deus. Quando servimos e ensinamos com dedicação, estamos contribuindo para o crescimento espiritual dos outros e para a unidade da igreja.

6 - Discernimento e Oração: Para saber qual é o nosso ministério e como servir melhor, é importante buscar discernimento por meio da oração e da orientação do Espírito Santo. Converse com líderes espirituais e busque oportunidades de servir na igreja local.

7 - Aplicação Pessoal: Finalmente, aplique pessoalmente esse ensinamento em sua vida. Identifique seus dons e talentos, seja em ministério ou ensino, e esteja disposto a dedicar-se com diligência a servir e ensinar conforme Deus o capacitar.

Este versículo de Romanos 12:7 é um lembrete poderoso de que cada um de nós tem um papel único na obra de Deus e que devemos exercer nossos dons e ministérios com dedicação, passeios ao bem da comunidade cristã e à honra de Deus. Ele nos chama a viver vidas de serviço e compromisso em nossa jornada de fé.

O que a Bíblia diz sobre o aborto

 A Bíblia não aborda explicitamente o tema do aborto de maneira direta, como em muitas questões éticas e morais, deixando espaço para interpretações e debates. No entanto, muitos cristãos e estudiosos da Bíblia buscam discernir princípios e ensinamentos que possam ser aplicados ao tópico do aborto com base em passagens bíblicas relacionadas à vida, à criação e à moralidade.

A interpretação da Bíblia sobre o aborto pode variar entre diferentes denominações cristãs e indivíduos. Aqui estão algumas das principais considerações e passagens frequentemente mencionadas:

1 - O princípio da santidade da vida: Muitos cristãos acreditam que a Bíblia ensina a santidade da vida humana e que a vida é um dom de Deus. Passagens como Gênesis 1.26-27, que afirmam que o ser humano foi criado à imagem de Deus, são frequentemente citadas para sustentar a visão de que a vida humana é sagrada.

2 - "Não matarás": O mandamento "Não matarás", que se encontra no Êxodo 20.13, é frequentemente citado como uma proibição geral contra a destruição deliberada da vida humana. Alguns cristãos argumentam que o aborto violaria esse princípio, considerando o feto como uma vida humana desde a concepção.

3 - Concepção e conhecimento de Deus: Algumas passagens, como Salmo 139.13-16, são interpretadas por alguns cristãos como indicativas de que Deus conhece e forma o feto no ventre materno, o que pode ser visto como uma indicação de que o feto é reconhecido por Deus como uma vida.

4 - Contexto cultural e histórico: É importante considerar o contexto cultural e histórico em que a Bíblia foi escrita. Questões médicas e éticas relacionadas à gravidez eram diferentes na época bíblica, e na Bíblia não abordavam explicitamente os procedimentos de aborto moderno.

5 - Diversidade de opiniões: Dentro da cristandade, existem opiniões divergentes sobre o aborto. Alguns cristãos, como os católicos romanos, ensinam a proibição estrita do aborto em qualquer circunstância, enquanto outros grupos cristãos podem ter posições mais flexíveis, como permitir o aborto em casos de risco à vida da mãe ou em situações de estupro.

6 - Contexto pessoal e ético: As definições e interpretações sobre o aborto podem variar significativamente entre os indivíduos, mesmo dentro da mesma tradição religiosa. Alguns cristãos podem basear suas decisões sobre o aborto em sua própria consciência, experiências pessoais e orientação religiosa.

Em resumo, a Bíblia não fornece uma resposta direta e inequívoca sobre o aborto, e a interpretação deste tema varia amplamente entre os cristãos. A posição de um indivíduo ou de uma denominação religiosa sobre o aborto depende frequentemente de como eles interpretam as passagens bíblicas relevantes à luz de sua fé, ética e compreensão da vida humana.

A relação entre fé e política

 A relação entre fé e política é um tema complexo e multifacetado que tem sido objeto de debate e reflexão ao longo da história. Essa interseção entre crença religiosa e envolvimento político tem implicações significativas para a sociedade, a governança e a liberdade religiosa. Neste artigo, exploraremos a influência da fé na política, destacando os principais pontos dessa relação.


1. Origens da relação entre fé e política:


A relação entre fé e política tem raízes profundas na história da humanidade. Em muitas culturas antigas, líderes políticos eram frequentemente considerados como representantes ou agentes de poderes divinos. Isso conferia legitimidade e autoridade aos governantes. No entanto, à medida que as sociedades se tornaram mais pluralistas e diversas, a relação entre fé e política se tornou mais complexa.


2. A laicidade do Estado:


Em muitos países modernos, a separação entre religião e Estado é um princípio fundamental. Isso significa que as instituições religiosas e políticas são independentes uma da outra. A laicidade do Estado visa proteger a liberdade religiosa dos cidadãos, garantindo que a fé não seja imposta pelo governo. No entanto, mesmo em estados laicos, a fé continua a influenciar a política de várias maneiras.


3. Votação e influência religiosa:


A fé desempenha um papel significativo nas escolhas dos eleitores. Em muitos países, grupos religiosos organizados têm influência política substancial. Por exemplo, nos Estados Unidos, os evangélicos cristãos têm exercido influência considerável nas eleições, moldando debates sobre questões como aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo e educação.


4. Valores e ética na política:


A fé também desempenha um papel importante na formação dos valores e ética dos líderes políticos. Muitos políticos baseiam suas decisões e políticas em princípios religiosos. Isso pode ser visto na defesa de políticas sociais justas, ajuda aos necessitados e promoção da paz com base em ensinamentos religiosos de amor e compaixão.


5. Conflito entre fé e política:


A interseção entre fé e política nem sempre é harmoniosa. Em alguns casos, questões religiosas podem levar a conflitos políticos. Disputas sobre controle de locais religiosos sagrados, direitos das minorias religiosas e interpretação de leis com base em crenças religiosas podem criar tensões significativas.


6. Liberdade religiosa:


A liberdade religiosa é um princípio fundamental em muitas democracias. Isso implica que as pessoas têm o direito de praticar sua fé sem interferência do governo. No entanto, questões relacionadas à liberdade religiosa podem surgir quando as práticas religiosas entram em conflito com leis ou regulamentos governamentais.


7. Responsabilidade dos líderes religiosos:


Líderes religiosos desempenham um papel importante na política, seja como defensores de causas sociais, voz moral na sociedade ou facilitadores de diálogo entre grupos em conflito. Suas palavras e ações podem influenciar a opinião pública e moldar debates políticos.


8. Desafios contemporâneos:


Na era moderna, a globalização e a comunicação instantânea tornaram as questões de fé e política ainda mais interconectadas. Questões como extremismo religioso, radicalização e terrorismo também destacam os desafios que podem surgir quando a religião é usada como justificação para a violência.


9. Diálogo inter-religioso:


Para promover a coexistência pacífica e a compreensão mútua, o diálogo inter-religioso desempenha um papel crucial. Essas conversas entre representantes de diferentes tradições religiosas buscam encontrar áreas comuns de acordo e promover a tolerância religiosa.


10. Conclusão:


A relação entre fé e política é complexa e multifacetada. Ela pode ser uma fonte de inspiração para ações altruístas, bem como uma fonte de conflito. Em sociedades democráticas, é essencial equilibrar a liberdade religiosa com o respeito pelos princípios democráticos de igualdade e justiça para todos. A compreensão e o diálogo são ferramentas poderosas para navegar nesse terreno complexo e garantir que a fé e a política possam coexistir de maneira pacífica e construtiva.

Um plano de aula para uma turma da creche, com crianças de 2 a 3 anos de idade.

 Um plano de aula para uma turma da creche, com crianças de 2 a 3 anos de idade. Lembre-se de que as atividades devem ser flexíveis para atender às necessidades individuais das crianças e podem variar de acordo com os recursos disponíveis:


Tema da aula: Cores e Formas


Objetivos:


Identificar e nomear cores básicas.

Reconhecer e nomear formas geométricas simples.

Desenvolver habilidades motoras finas.

Atividades:


1. Roda de conversa (15 minutos):


Cumprimentar as crianças e perguntar sobre suas cores favoritas.

Mostrar cartões com cores diferentes e pedir que identifiquem e nomeiem as cores.


2. Caça às cores (20 minutos):


Espalhar brinquedos coloridos pela sala.

Pedir às crianças que encontrem objetos de uma cor específica e tragam de volta.


3. Arte (20 minutos):


Fornecer folhas de papel e lápis de cor.

Encorajar as crianças a desenhar formas geométricas e colori-las.


4. Lanche (15 minutos):


Servir um lanche saudável e discutir as cores dos alimentos.


5. Hora da história (15 minutos):


Ler um livro com imagens coloridas e formas para enfatizar os conceitos aprendidos.


6. Atividade de grupo (20 minutos):


Montar um quebra-cabeça simples de formas e cores.


7. Hora do jogo livre (30 minutos):


Fornecer brinquedos e materiais de arte para brincadeiras criativas e exploratórias.


8. Encerramento (10 minutos):


Revisar as cores e formas aprendidas.

Cantar uma música relacionada às cores.

Lembre-se de que as crianças da creche têm curta atenção, então mantenha as atividades curtas e envolventes. Adapte o plano de acordo com o progresso e o interesse das crianças. É importante criar um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento das habilidades das crianças nessa faixa etária.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Modelo de combinados para turma do Ensino Fundamental e Ensino Médio

Combinados são regras e acordos que ajudam a manter a ordem e a boa convivência na sala de aula. Aqui está um modelo de combinados que você pode adaptar para uma turma do Ensino Fundamental:

Vamos lá!

1. Respeito

Respeitaremos uns aos outros, professores e funcionários da escola.

Ouviremos atentamente quando alguém estiver falando, levantando a mão para falar.

Não usaremos palavras ou gestos ofensivos.

2. Pontualidade

Chegaremos à escola e à sala de aula no horário previsto.

Não interromperemos a aula chegando atrasados.

3. Materiais Escolares

Traremos todos os materiais necessários para a aula.

Cuidaremos dos nossos materiais para que eles durem mais tempo.

4. Organização

Manteremos nossas mesas e áreas de trabalho limpas e organizadas.

Guardaremos nossos pertences nos lugares designados.

5. Participação

Contribuiremos ativamente nas atividades em sala de aula.

Respeitaremos as opiniões e ideias dos colegas.

6. Tarefas de Casa

Completaremos as tarefas de casa a tempo.

Pediremos ajuda aos professores quando necessário.

7. Uso de Eletrônicos

Seguiremos as regras da escola sobre o uso de dispositivos eletrônicos.

Não usaremos dispositivos durante as aulas, a menos que sejam permitidos pelo professor.

8. Lanches e Alimentação

Comeremos apenas nos horários adequados e nas áreas designadas.

Evitaremos trazer alimentos que possam causar alergias a outros colegas.

9. Comportamento em Sala de Aula

Manteremos um comportamento adequado na sala de aula, evitando distrações e interrupções.

Não usaremos objetos que possam perturbar a aula.

10. Resolução de Conflitos

Quando houver conflitos, tentaremos resolvê-los de forma e respeitosa, envolvendo o professor quando necessário.

11. Segurança

Seguiremos todas as regras de segurança da escola.

Seremos responsáveis ​​pela nossa segurança e pela segurança dos outros.

12. Cumprimento das Regras

Entendermos que cumprir esses combinados é importante para o nosso aprendizado e convivência.

Respeitaremos as consequências definidas pelos professores em caso de quebra de combinados.

Estes combinados são apenas um exemplo. Eles podem ser adaptados de acordo com a idade da turma e conforme as necessidades específicas da escola. É importante que os alunos participem da criação desses combinados para que se sintam responsáveis ​​por cumpri-los e para que a convivência na sala de aula seja mais harmoniosa.

O Segredo do Bosque Mágico

 


Havia uma vez um pequeno vilarejo no coração de um bosque profundo e mágico. Neste vilarejo, vivia uma garotinha chamada Mia. Mia tinha cabelos dourados e olhos curiosos que brilhavam como estrelas. Ela era conhecida por todos como a criança mais curiosa da aldeia.


Certo dia, enquanto brincava perto de uma grande árvore, Mia ouviu um sussurro suave vindo das folhas. Ela se aproximou lentamente da árvore e perguntou: "Quem está aí?"


O sussurro se transformou em uma risadinha alegre. "Sou eu, Sibilo, o espírito do Bosque Mágico. Tenho um segredo para compartilhar com você, Mia."


Os olhos de Mia se arregalaram de empolgação. "Um segredo? Conte-me, Sibilo!"


Sibilo explicou: "Em algum lugar profundo deste bosque, há uma cachoeira mágica que concede um desejo a quem a encontra. Mas, Mia, para alcançá-la, você deve primeiro superar três desafios."


Mia estava determinada a encontrar a cachoeira mágica e disse: "Eu aceito o desafio, Sibilo!"


O primeiro desafio era encontrar o rio escondido. Mia seguiu o sussurro do vento e o brilho das estrelas, e logo encontrou um riacho secreto que fluía silenciosamente sob as raízes das árvores.


O segundo desafio era atravessar a Ponte da Coragem. A ponte era feita de folhas e cipós, balançando sobre um desfiladeiro profundo. Mia deu um passo hesitante, mas lembrou-se de sua determinação e atravessou com coragem.


Finalmente, o terceiro desafio era decifrar o Enigma das Pedras Cantantes. Mia encontrou uma clareira com estranhas pedras brilhantes. Elas começaram a emitir sons musicais, e Mia percebeu que as pedras estavam cantando uma melodia mágica. Ela escutou atentamente e, com a ajuda de Sibilo, desvendou o enigma.


Com os três desafios superados, Mia chegou à cachoeira mágica. Era uma queda d'água deslumbrante que brilhava como cristais. Mia fechou os olhos e fez seu desejo com todo o coração: "Quero que todos no vilarejo tenham sempre saúde e felicidade."


O Bosque Mágico respondeu ao desejo de Mia, e o vilarejo floresceu com saúde e alegria. As pessoas começaram a perceber que Mia havia trazido uma mudança positiva, e ela compartilhou a história do Bosque Mágico com todos.


Os anos passaram, e Mia cresceu, mas ela nunca perdeu sua curiosidade. Ela continuou a explorar o bosque e ajudar sua comunidade sempre que podia. As árvores e animais do bosque se tornaram seus amigos leais.


Um dia, quando Mia era uma jovem mulher, ela encontrou uma árvore ancestral, a mesma onde ouvira o sussurro de Sibilo. A árvore estava envelhecida e cansada. Mia se aproximou e disse: "Você não está sozinha, querida amiga. O Bosque Mágico sempre cuidará de você."


A árvore começou a brilhar e se rejuvenescer. Mia sabia que seu amor e cuidado haviam trazido vida nova à árvore e ao bosque. O Bosque Mágico respondeu ao seu carinho, criando um arco-íris brilhante que atravessou o céu.


A partir desse dia, Mia se tornou a guardiã do Bosque Mágico, e sua história foi contada de geração em geração. Ela ensinou às crianças do vilarejo sobre a importância da coragem, da bondade e do amor pela natureza.


E assim, o Bosque Mágico permaneceu um lugar de maravilhas e mistérios, lembrando a todos que os verdadeiros tesouros da vida podem ser encontrados quando se tem um coração aberto e uma alma curiosa.


E esta é a história de Mia, a garotinha curiosa que desvendou o segredo do Bosque Mágico e compartilhou sua magia com o mundo.


Fim.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

COMO FAZER UM PERFIL INICIAL DA TURMA - 2023

 PERFIL INICIAL DA TURMA - 2023

Em 2023 a turma do (Colocar o ano) exemplo: 4º ano A inicia o ano letivo composta por (Colocar a quantidade de estudantes) exemplo: 25 alunos, sendo (Colocar a quantidade de meninas) exemplo: 15 meninas e (Colocar a quantidade de meninos) exemplo: 10 meninos, com a faixa etária entre (colocar a idade dos alunos) exemplo: 9 e 12 anos de idade, todos residem no entorno da escola, situada no (Colocar o bairro) exemplo: bairro de Camelinha, ou em suas adjacências.  (Relatar os alunos que possuem necessidades especiais) exemplo: Na turma existem 3 alunos que apresentam necessidades especiais: uma aluna possui deficiência física na perna, não comprometendo sua aprendizagem; um estudante tem fenilcetonuria uma doença que causa atraso na aprendizagem; e uma estudante que possui paralisia cerebral, tendo suas capacidades físicas e motoras comprometidos e necessitando de apoio em tempo integral.

(Relatar sobre as hipóteses de leitura e escrita) exemplo: Os estudantes encontram-se nas seguintes hipóteses de leitura e escrita: 15 alunos encontram-se no nível alfabético com a escrita de palavras complexas, 6 alunos estão na hipótese alfabético com a escrita de palavras simples e 4 alunos não apresentam escrita alfabética (desses 4 estudantes, 2 apresentam necessidades especiais).

(Relatar a fluência na leitura) exemplo: Com relação à fluência leitora: 15 alunos leem com desenvoltura textos com grande extensão; 2 alunos leem textos de pequena extensão; 4 alunos leem de forma pausada; e 4 alunos não leem. Há 3 alunos que não escrevem o nome próprio completo, necessitando da ficha individual para escrevê-lo. Sobre a produção textual: 16 alunos produzem textos com autonomia, necessitando de algumas orientações com relação a escrita de algumas palavras com sílabas complexas, pontuação e acentuação; e 9 alunos não produzem.

(Relatar sobre o componente curricular de Matemática) exemplo: No componente curricular de Matemática 22 alunos são participativos; 3 alunos não conseguem resolver situações problemas envolvendo as quatro operações; 19 conseguem resolver situações problemas envolvendo as quatro operações; 22 alunos cooperam com as outras disciplinas. A relação interpessoal da turma é excelente, tanto na sala de aula como fora dela. A maioria dos alunos são muito frequentes, faltando apenas quando estão doentes ou por motivos familiares.

(Relatar no geral) exemplo: No geral são estudantes interessados em aprender e com grande potencial para avançar e concluir o ano letivo compreendendo as habilidades e competências estabelecidas para o 4º ano. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Lição 10 Adulto na íntegra - Escola Bíblica Dominical – CPAD

Lição 10 - A Restauração Nacional e Espiritual de Israel

TEXTO ÁUREO

“E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.” (Rm 11.26)

VERDADE PRÁTICA

A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 28.13-15

Deus não deixará Israel até que se cumpra tudo o que disse a Jacó

Terça - Jr 31.17

A restauração de Israel é uma promessa de Deus

Quarta - Ez 37.21,22

Primeiro vem a restauração nacional, o que já aconteceu, e depois a espiritual

Quinta - Zc 12.10

Esse é o dia em que Israel reconhecerá o Senhor Jesus

como o seu Messias

Sexta - Lc 1.32,33

Essa promessa anunciada pelo anjo Gabriel ainda não se cumpriu

Sábado - Hb 8.8-11

A Nova Aliança envolve Israel e o mundo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ezequiel 37.1-14

1 - Veio sobre mim a mão do SENHOR; e o SENHOR me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos,

2 - e me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos.

3 - E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor JEOVÁ, tu o sabes.

4 - Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR.

5 - Assim diz o Senhor JEOVÁ a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.

6 - E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR.

7 - Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.

8 - E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.

9 - E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.

10 - E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

11 - Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados.

12 - Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.

13 - E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo meu.

14 - E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o SENHOR, disse isso e o fiz, diz o SENHOR.

 

Hinos Sugeridos: 15, 39, 526 da Harpa Cristã

 

INTRODUÇÃO

A lição de hoje é um estudo sobre a restauração nacional e espiritual de Israel. A visão que Ezequiel teve do vale de ossos secos descreve, numa linguagem metafórica, como Israel voltará a ser uma nação soberana reconhecida na comunidade internacional, ou seja, a palavra profética contempla uma restauração completa: política e espiritual.

PALAVRA-CHAVE

Restauração

 

I - SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1. Os ossos secos (vv. 1,2).

O profeta não diz como exatamente Deus o levou ao vale, mas a expressão “e o SENHOR me levou em espírito” (v.1) se refere à maneira de como Deus lhe entregou esses oráculos, ou seja, por meio de visão, como já havia acontecido antes (Ez 1.1; 8.3; 11.24). Ele foi conduzido em visão e colocado no meio de um vale cheio de ossos secos, que estavam sequíssimos. Essa revelação é uma profecia que anuncia, de antemão, a restauração nacional de Israel depois de muitos séculos de dispersão entre as nações, seguida pela restauração espiritual.

 

2. O Significado.

Nos versículos 11-14, Deus explica a Ezequiel o significado da visão. A palavra profética esclarece que “estes ossos são toda a casa de Israel” (v.11). Muitos dos dispersos haviam perdido a esperança e se sentiam totalmente destruídos: “Os nossos ossos secaram”, expressão que significa ruína definitiva, “e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados”. O discurso não diz quando os oráculos foram entregues ao profeta, mas, com base no versículo 11, podemos afirmar que isso aconteceu logo que Ezequiel recebeu a notícia da destruição de Jerusalém e do Templo (Ez 33.21). Se esse pensamento puder ser confirmado, isso significa que a dispersão já estava concluída (2 Rs 25.10,11; 2 Cr 36.20).

3. As promessas de Deus.

O mesmo Deus que fez as feridas Ele mesmo as ligará (Os 6.1). O mesmo Deus que advertiu o povo, ainda nos dias de Moisés, da diáspora em caso de desobediência aos mandamentos de Javé (Lv 26.33-37; Dt 28.25,36,37), prometeu trazê-lo de volta (Jr 31.17; Ez 11.17). A dispersão de Israel entre as nações é identificada com o vale de ossos secos da visão de Ezequiel. Essa visão serviu para aumentar a esperança do povo durante os séculos de perseguições entre as nações na diáspora. A visão vislumbra a restauração nacional e em seguida a espiritual.

 

SINOPSE I

A restauração de Israel é necessária porque se trata de uma promessa divina.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A Interpretação do Vale de Ossos Secos

“Em todo o Antigo Testamento, a junção do novo concerto com a terra renovada está mais bem explicada em Ezequiel 37. O profeta conta a visão que teve de um vale cheio de ossos secos, os ossos secos de pessoas mortas há muito tempo. O Senhor lhe disse que informasse estes ossos que o Espírito de Deus entrará neles e os reavivará de volta à vida. Quando isso acontece, Ezequiel fica espantosamente admirado e, em um instante, os esqueletos se enchem de carne e tendões e um ser vivo – de fato, um exército – se põe de pé. A interpretação é dada. Estes ossos são Israel, morto em pecado e no exílio. O reavivamento é o ato gracioso de Deus reavivar o povo e estabelecê-lo de volta na Terra Prometida. Este é um povo, Israel e Judá, pois não será apenas Judá que voltará do exílio babilônico (Ez 37.15-17). Quer dizer, este é o Israel escatológico, a nação reunida desde os confins da terra nos últimos tempos (v.21). O povo de Israel se tornará um povo na terra e terá somente um rei, o descente de Davi (v.24). Nunca mais os israelitas cairão na desobediência idólatra, porque são um povo limpo que para sempre permanecerá assim” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.410).

 

II - SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1. As diásporas de Israel e Judá. 

A Primeira Diáspora começou em 605 a.C. quando o rei Nabucodonosor subordinou Jeoaquim, rei de Judá, aos babilônios (2 Rs 24.1,2; Dn 1.1,2). O cativeiro assírio de 722 a.C. faz parte da primeira dispersão (2 Rs 17.23). Mesmo com o fim do cativeiro de Judá por meio do decreto de Ciro, rei da Pérsia, em 538 a.C. (2 Cr 36.20-22; Ed 1.1,2), a maioria dos judeus jamais retornou à terra de Israel. Desde então, eles continuaram por toda parte. Nos tempos do Novo Testamento havia comunidades judaicas nos grandes centros urbanos no vasto império romano. Então, a profecia de Ezequiel se refere a uma diáspora posterior.

 

2. Renasce Israel.

O retorno dos judeus, a que se refere a profecia, diz respeito à segunda diáspora anunciada de antemão pelo Senhor Jesus (Lc 21.24). Essa dispersão judaica durou mais de 1.800 anos, sendo iniciada no ano 70 d.C. por ocasião da destruição de Jerusalém pelos romanos, e foi concluída com a fundação do Estado de Israel em 27 de novembro de 1947, na primeira Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro, Osvaldo Aranha, quando foi pronunciada por grande maioria de votos (33 x 14) a favor da Partilha da Palestina, com 10 abstenções. Estavam criadas as bases legais para o estabelecimento do Estado de Israel.

 

O dia 14 de maio de 1948 foi a data da publicação do primeiro diário oficial do país, o dia em que as tropas britânicas deixaram o país e Ben Gurion, o primeiro chefe do Estado, como ministro de Israel, assumiu o governo do país. Desde então, Israel se torna uma nação soberana.

 

3. Restauração nacional (vv.6-8).

Primeiro, a restauração nacional, isto é, quando todos os ossos se juntaram e formaram os nervos, e as carnes recobriram esses ossos, estava, pois, o corpo pronto – a restauração de Israel, em um só dia, e depois das “dores de parto” (Is 66.8). Essa profecia é geralmente interpretada como o sofrimento do povo judeu no período nazista que terminou com o renascimento de Israel. A fundação do Estado de Israel é cumprimento da promessa do retorno (Ez 36.24; 37.21; Am 9.14,15).

 

SINOPSE II

Israel experimentou duas diásporas, ou seja, duas dispersões. A primeira aconteceu com os assírios e babilônios; a segunda, com os romanos.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

Duas restaurações

“Por meio do Espírito Santo, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam ‘toda a casa de Israel’ (v.11), i. e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. Deus mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv.4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: (1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv.7,8), e (2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv.9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de Deus e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv.11-14). Não há menção da duração do tempo entre duas etapas” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1223).

 

III - SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1. O testemunho de Deus para o mundo.

Israel é uma testemunha contínua de Deus sobre a Terra. As potências estrangeiras que levaram os filhos de Israel à diáspora, diz o profeta Jeremias, vão desaparecer da Terra. Isso se cumpre hoje (Jr 30.11), mas a promessa garante a existência de Israel até o fim de tudo. Israel está aí, os ossos secos já reviveram, o corpo foi formado “mas não havia neles espírito”, diz a palavra profética (v.8). É isso que falta hoje em Israel.

2. O status de Jerusalém entre as nações.

As potências estrangeiras pressionam o governo de Israel sobre o status de Jerusalém, entre outras coisas. Israel é um Estado soberano desde 1948, uma nação reconhecida pelas Nações Unidas, depois de mais de 18 séculos de diáspora, mas está ainda sob pressão internacional. Jerusalém continua sendo pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem, como anunciou o Senhor Jesus (Lc 21.24). 

 

3. Restauração espiritual.

Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28). A palavra profética vislumbra essa promessa (v.14). É o que falta no momento em Israel. Devemos amar o povo de Israel e orar pela paz de Jerusalém (Sl 122.6).

 

SINOPSE III

O renascimento de Israel como nação soberana é um dos maiores milagres do século XX. Isso é uma prova da fidelidade de Deus e da veracidade da Bíblia.

 

CONCLUSÃO

Nem mesmo as duas diásporas dos judeus e as constantes perseguições promovidas pelos antissemitas puderam neutralizar as promessas divinas. Israel sobreviveu a todas as intempéries da vida e existe como nação soberana desde 1948. A visão do vale de ossos secos revela a situação dos judeus na diáspora e, ao mesmo tempo, anuncia, de antemão, o poder e a misericórdia de Deus em restaurar o seu povo Israel e transformá-lo em uma nação soberana e poderosa no meio da Terra.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a visão do vale de ossos secos anuncia?

Essa revelação é uma profecia que anuncia de antemão a restauração nacional de Israel, depois de muitos séculos de dispersão entre as nações, seguida pela restauração espiritual.

2. O que a palavra profética esclarece sobre a visão de Ezequiel?

A palavra profética esclarece que “estes ossos são toda a casa de Israel” (Ez 37.11).

3. Quando iniciou e terminou a Segunda Diáspora?

A Segunda Diáspora começou no ano 70 d.C. com a destruição de Jerusalém pelos romanos e terminou com a fundação do Estado de Israel em 1947/1948.

4. Desde quando Israel voltou a ser um Estado soberano?

Israel é um Estado soberano desde 1948, uma nação reconhecida pelas Nações Unidas, depois de mais de 18 séculos de diáspora.

5. Quando será a restauração espiritual de Israel?

Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28).

 

Fonte: SOARES, Esequias. A Justiça Divina: A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel: Lição 10 - A Restauração Nacional e Espiritual de Israel. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 4º trimestre, CPAD, 2022.