SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º TRIMESTRE DE
2014/CPAD
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE: Efésios 4.7-16
TEXTO ÁUREO: “E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores” (Ef 4.11).
INTRODUÇÃO:
Estudaremos acerca dos dons ministeriais, são eles: ‘apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores’, eles identificam uma diversidade enorme de funções, ofício
e atividades, de homens, chamados por Deus, e designados pela igreja local,
para exercerem a operacionalidade de serviços ou ministério. Nesta aula
observaremos o Ministério de Apóstolo.
I – O COLÉGIO APOSTÓLICO
1.
O termo
“apóstolo”.
A palavra apóstolo em
grego tem o significado de um enviado, um
mensageiro ou um delegado. Logo,
Apóstolo é uma pessoa comissionada por Cristo para ir onde Ele ordenar.
2.
O colégio
apostólico.
O
grupo dos 12 primeiros discípulos de Jesus (Mt
4.12-25; 10.2-4 Mc 14-20; Lc 5.1-11; Jo 1.35-51), que foram convidados por
Ele para dar início ao seu ministério terreno. Esses 12 apóstolos passaram
aproximadamente 3 anos aprendendo aos pés do Mestre dos mestres. Logo em
seguida colocaram em pratica tudo o haviam aprendido com o maior Mestre da História.
3.
A
singularidade dos doze.
Eles tiveram o privilegio
de estarem sempre com Cristo. Mesmo sendo homens cheios de defeitos, tiveram um
treinamento aos pés do Mestre dos mestres. Sobre a singularidade dos doze, vale observar que: 1º Foram chamados por Jesus. Jesus em seu ministério terreno teve
muitos discípulos (Mt 8.21; 9.57-62).
Todavia, para cumprir a grande missão, Jesus selecionou apenas 12, e lhes deu
credenciais e poder para se tornarem apóstolos (Mt 10.1; Lc 6.12). 2º
Receberam autoridade espiritual. “E, CHAMANDO os seus doze discípulos,
deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem
toda a enfermidade e todo o mal.” (Mt 10.1). Todos nós temos essa autoridade
espiritual (Mc 16.17,18), porém, inicialmente, essa autoridade foi concedida
aos 12 discípulos. 3º Tinham delegação
de Cristo. “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou
sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os
pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.” (Jo 20.21-23). Logo, os 12 não foram
apenas “enviados”, mas tiveram um mandato especial. Observe o grau de
autoridade dos 12 quando Jesus diz: “Àqueles
a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados...” (Jo 20.23).
II – O APÓSTOLO PAULO
1.
Saulo
e sua conversão.
A narrativa da conversão
de Saulo foi inserida na história da expansão do Evangelho na Palestina. (At 9.1-31). Conforme o Evangelho
avançava na direção do mundo gentio, Deus preparava um vaso escolhido para ser
o principal instrumento nessa missão. A conversão de Saulo também está relatada
em (At 22.4-16; 26.12-18). Embora Saulo nascesse e fosse criado na cidade gentia de
Tarso, na Cilícia (At 22.3), estudou
em Jerusalém aos pés de Gamaliel, um dos notáveis rabinos judeus daquele tempo
(At 5.34). Era considerado um aluno
brilhante (Gl 1.14) e um zeloso
fariseu (Fp 3.5). Agora Saulo
executou o papel do mais zeloso representante dos judeus na perseguição à
igreja. A violência de sua perseguição está descrita em (At 26.10,11). Seu alvo era compelir os cristãos a negar a sua fé
sob pena de prisão e até mesmo morte. Todavia, o jato de luz apareceu a Saulo
perto do meio-dia (At 22.6; 26.13),
mas a luz era mais forte do que a luz do sol. E uma voz que informou a Saulo
que ao perseguir os cristãos ele perseguia a Cristo. A transformação de Saulo
deixou seus ouvintes muito admirados (At
9.21,22). Saulo agora seria perseguido por causa do Evangelho de Cristo.
2.
Um
homem preparado para servir.
Em 2 Tm 4.7 temos a declaração de um líder-servo que soube cumprir a sua tarefa: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”. O Combate para Paulo foi mais do que uma
batalha feroz e momentosa; foi uma competição, uma corrida que exigiu todo o
entusiasmo de um espírito fervoroso e consagrado (At 20.24). Combater o bom
combate implica em tê-lo ganhado. Carreira,
a palavra pode significar uma volta na pista de corrida. Paulo terminou a
sua carreira com sucesso e passou a
fé aos outros. Guardei., guardar não significa somente “preservar”, mas também “observar e praticar”. A fé é o testemunho completo do
Evangelho, retrocedendo às palavras de Jesus aos seus discípulos (Rm 10.17; Hb 2.3,4; Ap 14.12).
3.
“O
menor dos apóstolos”.
Paulo se considera,
comparado com os outros apóstolos, como uma criança abortiva (1 Co 15.8) que
seja olhada entre crianças perfeitamente formadas, porque ele foi elevado do
seu papel de perseguidor ao de apóstolo. Os 12 apóstolos responderam ao chamado
amoroso do Salvador, mas o chamado de Paulo na Estrada de Damasco quase teve o
elemento da força em si. Portanto, ele magnifica a graça de Deus que veio a ele (Ef 3.8; 1 Tm 1.15).
III. APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef
4.11)
1. Ainda há apóstolos?
Apóstolos como eles (12) não existem mais. Eles eram apóstolos no
sentindo escrito da palavra, e nas circunstancias em foram chamados e enviados
por Jesus. Jesus disse aos seus apóstolos: “E vós sois os que tendes permanecido
comigo nas minhas tentações” (Lc 22.28).
Os discípulos estiveram com Cristo durante todo o seu ministério terreno e
puderam compartilhar momentos bons e ruins.
2.
Apóstolos
fora dos doze.
Jesus separou 70
discípulos, que, sendo enviados, foram de 2 em 2, cumprindo assim o papel de
apóstolos (Lc 10.1). Mas, além deles,
o Novo Testamento também cita outros exemplos de apóstolos, como Paulo (1 Co 15.9; Rm 1.1; 2 Co 1.1), Barnabé (At 14.14) entre outros
apóstolos (Rm 16.7; Gl 1.19; 1 Ts 2.6,7).
3.
O
ministério apostólico atual.
Os apóstolos originais do
Novo Testamento não têm sucessores. O ministério dos 12, ou do colégio
apostólico, não se repete. Nenhum dos 70, nem qualquer dos apóstolos da Igreja
Primitiva; ou dos tempos antigos, modernos, atuais, ou futuros, jamais terá seu
nome nos fundamentos da Nova Jerusalém. Atualmente o que vemos como ministério
de caráter apostólico, é o trabalho
dos missionários, quando são enviados para desbravar campos, em
países de povos não alcançados pelo evangelho de Cristo. O ministério de
caráter apostólico deve ser desenvolvido, na atualidade, ao lado dos demais
ministérios, indispensáveis à unidade e à edificação do corpo de Cristo.
CONCLUSÃO:
O ministério apostólico no
sentido escrito da palavra, não existe mais. Todavia, o ministério de caráter apostólico,
realizados por missionários e evangelizadores, com a finalidade de estabelecer
igrejas, em diversos lugares, é perfeitamente atual.
REFERÊNCIAS:
BARSA,
Dicionário da Língua Portuguesa / Barsa Planeta Internacional; [lexicógrafa responsável
Thereza Christina Pazzoli]. Barsa Planeta, São Paulo, 2008.
BÍBLIA.
Português. Bíblia Sagrada. Versão
Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. São Paulo,
1997.
BOYER,
Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA.
São Paulo: Editora Vida, 1998.
GILBERTO,
Antonio. 1 Coríntios: Os problemas da
Igreja e suas soluções. In Lições Bíblicas para a Escola Dominical. 2º
Trimestre de 2009. Rio de Janeiro: CPAD.
KALISHER,
Meno.
O livro dos dons: dons do Espírito
Santo, curas, sinais e milagres. Tradução de Jamil Abdalla Filho. Porto
Alegre: Actual Edições, 2009.
LOPES,
Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como
resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
RENOVATO,
Elinaldo. DONS ESPÍRITUAIS &
MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2014.
STAMPS, Donald. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.