SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
3º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 3.1-4,8-13
TEXTO
ÁUREO: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” (1 Tm 3.2).
INTRODUÇÃO
O pastorado não se resume
ao púlpito da igreja; amplia-se na solidão do gabinete e na discrição das
visitas, cujos resultados só o tempo pode mostrar. Da mesma forma o diaconato
não só deve ser servo na igreja, mas, também fora dela. Nesta aula aprenderemos
sobre as qualificações da liderança da igreja. Em 1Tm 3.1-13, o apóstolo aborda
os predicados dos bispos ou pastores e do diácono.
I.
QUEM DESEJA O EPISCOPADO
1.
“Excelente obra deseja”. Paulo diz que aqueles que
aspiram ao episcopado [encargo de bispo] excelente obra almejam (1 Tm 3.1). Mas
também é um trabalho árduo. Não é uma obra para gente preguiçosa, mas uma obra
que exige todo esforço, todo empenho e todo zelo. As demandas internas e
externas do rebanho são exaustivas, entre elas o cuidado para com as pessoas do
rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica
e o constante desafio de se dedicar à oração e ao ensino da Palavra de
Deus. É bom ressaltar, ainda, que o episcopado não é uma plataforma de
privilégios, mas um campo de trabalho árduo. É um chamado para o serviço, e não
para o estrelato. O episcopado é mais serviço e menos status. É trabalho, mais
do que honra. É dedicação da vida, do tempo, dos talentos e dos dons a Deus e a
seu povo.
2.
A chamada. O ministério pastoral não vem do homem, vem de
Deus. O chamado divino, mediante a convicção interna, referendada pelo
testemunho externo, atesta a legitimidade do ministério. Ninguém deve exercer a
liderança sem ter convicção de que este é um chamado de Deus; por outro lado,
ninguém deve fazê-lo sem uma profunda aspiração. Nenhuma pessoa deve exercer a
liderança espiritual da igreja por constrangimento (1Pe 5.2). Vale lembrar que
o episcopado não deve ser fruto de acordos e arranjos ministeriais, por
amizade, família ou condição social ou financeira. Deve ser resultado de um
relacionamento sério com Deus, o dono da obra. Paulo foi chamado desde o ventre
(Gl 1.15). Nem todos são chamados assim. Mas quem é chamado, não só tem a
convicção da chamada, mas apresenta um perfil que agrada a Deus. Não há uma
única forma da chamada.
3.
O preparo. O preparo de um pastor é contínuo, não termina
quando conclui um seminário teológico, mas se dá durante toda a sua jornada. Em
o Novo Testamento vemos que os apóstolos foram chamados, mas só foram enviados
após algum tempo de aprendizado com Jesus (Mc 6.7; Mt 10.16; Lc 10.1). O
exemplo de Paulo também é bem significativo. Ele foi chamado por Jesus, já
possuía o conhecimento das Escrituras Sagradas, pois teve como professor o
grande mestre Gamaliel (At 22.3), mas partiu para a Arábia e ali ficou três
anos se preparando para exercer ser ministério junto aos gentios (Gl 1.17,18). Após
dez anos, Paulo foi enviado pelo Espírito Santo (At 13.4) para realizar a obra
missionária efetivando o seu apostolado. Portanto, Deus chama, porém, o preparo
cabe aos seus servos.
II.
QUALIFICAÇÕES E ATRIBUIÇÕES DOS PASTORES E DIÁCONOS (3.1-13)
1.
Atribuições dos pastores (vv. 1-7). Os que almejam o
serviço do pastorado precisam compreender as qualificações ou atribuições que
tal atividade exige. O líder e a igreja local precisam ver no aspirante ao
ministério as qualificações exigidas na Palavra de Deus. No texto de 1 Tm
3.1-7 o apóstolo Paulo apresenta uma lista de 15 qualificações exigidas
para um homem ocupar o presbiterado ou o pastorado da igreja, e apenas uma se
refere à habilidade de ensino. Observe que a maioria são qualificações morais e
apenas uma está relacionada à habilidade intelectual. Na verdade, os requisitos
para ocupar uma posição de liderança na igreja exigem mais excelência moral do
que intelectual. No texto de 1 Timóteo 3.1-7, vemos algumas qualificações, que
podem ser resumidas num conjunto de indicações, que por sua vez podem ser
divididas em três grupos:
1º
QUALIFICAÇÕES ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.
a)
A primeira qualificação, como não poderia deixar de ser, é ter uma vida
irrepreensível (1 Tm 3.2). O retrato que Paulo traça do
bispo é emoldurado pela irrepreensibilidade. John Stott corretamente diz que
isso não quer dizer que os candidatos teriam de ser totalmente isentos de
falhas e defeitos, pois nesse caso todos seriam desqualificados. A palavra
empregada é anenkletos - “sem culpa, não passível de acusação” - e
não anômos - “sem mácula”. O pastor ou presbítero não pode deixar
brechas no seu escudo moral. Seu ofício é público e sua reputação pública
precisa ser inquestionável.
b)
Ser apto para ensinar (1 Tm 3.2). Uma das tarefas mais
importantes e essenciais de qualquer líder de igreja é ensinar as Escrituras
aos membros da congregação. O pastor deve entender e ser capaz de transmitir as
verdades profundas das Escrituras, como também lidar com aqueles falsos
pregadores ou ensinadores que as tratam de maneira inadequada.
c)
Ter bom testemunho diante da igreja e dos descrentes (1 Tm 3.7). O
pastor é um homem que deve ter bom testemunho na comunidade. Aqueles que estão
de fora é uma referência aos não-cristãos. Sem esse bom testemunho,
ele se torna sujeito às acusações dos homens e opróbrio do diabo. Essas
acusações podem vir tanto de cristãos como de não-cristãos. Quando Satanás
captura homens em sua armadilha, ele os aprisiona para ridicularizar,
escarnecer e desprezar.
d)
Não deve ser neófito, inexperiente (1 Tm 3.6). A
maturidade espiritual é essencial para o exercício episcopal. Os novos
convertidos podem tornar parte no ministério de Deus, mas não devem ser
colocados em posições de liderança até que sejam firmemente enraizados na sua
fé, com um modo de vida solidamente cristão e um conhecimento da Palavra de
Deus. De outra forma, o novo crente, “ensoberbecendo-se, cairá na condenação do
diabo”. O orgulho pode tornar aqueles que são imaturos suscetíveis à influência
de pessoas inescrupulosas. A imaturidade é o portal da soberba, e a soberba é o
solo escorregadio onde o diabo derruba muitos líderes.
2º
QUALIFICAÇÕES FAMILIARES. Ser irrepreensível como líder de
sua família (1 Tm 3.2,4; Tt 1.6). Nesta área, ele precisa ser irrepreensível em
dois pontos vitais:
1º
Marido de uma só mulher. Ou seja, marido fiel à sua
esposa, um homem livre de qualquer suspeita quanto à sua relação matrimonial,
íntegro em sua conduta conjugal. Ele não pode ser um homem adúltero, mantendo
relacionamentos extraconjugais; nem polígamo, casando-se com várias mulheres.
Ele deve amar sua esposa “como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou
por ela” (Ef 5.25).
E 2º Irrepreensível como pai. O pastor precisa ser o sacerdote
do seu lar, o líder espiritual da sua família. Deve criar seus filhos na
disciplina e admoestação do Senhor. Embora um pai não possa determinar a
salvação de seus filhos, pode preparar o caminho do Senhor por intermédio da
instrução da Palavra, da amorosa disciplina. Se o pastor não sabe governar a
própria casa, como poderá governar a igreja de Deus? (1 Tm 3.5). Obviamente
isso se aplica aos filhos que vivem com a família sob a autoridade do pai.
3º
QUALIFICAÇÕES MORAIS. “Convém, pois, que o bispo seja [...]
honesto, hospitaleiro... não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de
torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento” (1 Tm 3.2,3).
a)
Ser honesto, sincero, autêntico (3.2). A honestidade é
indispensável ao líder, que deve se credenciar, como nenhum outro, para habitar
no tabernáculo de Deus (cf. Sl.15).
b)
Hospitaleiro (acolhedor), sabendo tratar bem as pessoas (3.2). A
hospitalidade na igreja primitiva era uma necessidade vital para o avanço missionário
da igreja. As hospedarias eram excessivamente caras, sofrivelmente sujas e
notoriamente imorais. Sem hospitalidade os missionários itinerantes teriam sua
atividade estancada. E mais, nos primeiros dois séculos da era cristã não havia
templos, por isso, as igrejas reuniam-se em casas (Rm 16.5; 1Co 16.19; Fm 2).
Hoje, esta prática está em desuso. As circunstâncias exigem que os pregadores
itinerantes se hospedem em pousadas ou hotéis, e não mais em residências. Não
por falta da liberalidade de irmãos, mas porque as circunstâncias favorecem a
essa práxis. Todavia, quando a hospitalidade for estritamente necessária, a
recomendação é clara: “Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a
hospitalidade” (Hb 13.1,2).
c)
Não dado ao vinho – não usuário de bebidas alcoólicas (3.3). Um
pastor não pode ser um beberrão. A embriaguez não combina com o ministério do
pastoreio. O mesmo apóstolo que orientou Timóteo a beber um pouco de vinho por
motivos terapêuticos (1 Tm 5.23) agora declara que um pastor dado ao vinho não
está apto para a liderança da igreja de Deus. Aliás, o obreiro deve ser pessoa
que não se deixe dominar por qualquer vício, seja ele qual for, pois não pode,
como qualquer crente, deixar-se dominar por coisa alguma (cf. 1 Co 6.12).
d)
Não espancador, ou seja, não violento, agressivo (3.3). Um
pastor busca as ovelhas para apascenta-las, e não para golpeá-las. Um pastor
não pode agredir as pessoas com palavras e atitudes. Não pode ser rude com as
ovelhas. O pastor é alguém que atrai as pessoas por sua doçura e graça. As
pessoas correm para ele na hora da aflição. Uma pessoa violenta agride, humilha
e machuca os outros.
e)
Não ser contencioso, briguento (3.2; 2 Tm 2.24). Ele
não insiste em seus próprios direitos, mas tem temperamento constante e agradável.
f)
Ser sóbrio (3.2). Isto significa que a vida do pastor
deve estar marcada pela moderação, por limites, sem nada extremo ou excessivo,
com ausência de extravagâncias.
g)
Deve ser simples, moderado (3.3). Em seu trabalho na
igreja, o pastor precisa de graça, paciência e de espírito manso e conciliador.
h)
Não ser ganancioso ou avarento, ou seja, amante do dinheiro (3.3; 6.5-10). O
pastor deve ter uma atitude adequada para lidar com as finanças da igreja. Isto
afeta o uso ético dos fundos da igreja e a administração de programas
apropriados para arrecadação de dinheiro. Muitos possíveis líderes combinam o
amor ao dinheiro com uma natureza contenciosa e acabam brigando na igreja por
causa de assuntos financeiros. Uma pessoa assim não deve ser escolhida para
liderar.
III.
O DIACONATO (8-13)
1.
Os diáconos. A palavra “diácono” significa “aquele que
serve”. O diácono – diákonos – é o servo que coopera com aqueles que
se dedicam à oração e ao ministério da Palavra. Os primeiros diáconos foram
nomeados assistentes dos apóstolos (At 6.1-7). Há dois ministérios na Igreja: a
diaconia das mesas (At 6.2,3) – ação social – e a diaconia da Palavra – a
pregação do Evangelho. O ministério das mesas não substitui o ministério da
Palavra, nem o ministério da Palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum
dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos são ministérios cristãos que
exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito Santo, para exercê-los. A única
diferença está na forma que cada ministério assume, exigindo dons e chamados
diferentes.
2.
Chamado para servir. Assim como os pastores, aqueles que
almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a Deus e aos irmãos. Como
foi dito acima, a obra dos doze apóstolos e a obra dos sete diáconos são
igualmente chamados de diakonia (At 6.1,4 - “ministério” ou
“serviço”). A primeira é o “ministério da Palavra” (At 6.4) ou o trabalho
pastoral; a segunda, o “ministério junto às mesas” (At 6.2) ou o trabalho
social. Ambos são ministérios cristãos, ou seja, meios de servir a Deus e ao
seu povo.
3.
Qualificações. As qualificações do diácono são
semelhantes às dos pastores (cf. 1 Tm 3 e Tito 1). Contudo, sua função é
provavelmente um pouco diferente, uma vez que o diácono executa algumas das
tarefas mais práticas da administração e manutenção de uma igreja. Vejamos
algumas qualificações do diácono à luz de 1 Tm 3.8-10:
1ºTer
caráter Moral (1Tm 3.8 - ARA). “Semelhantemente,
quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não
inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância”. O Pastor Hernandes
Dias Lopes, analisando o caráter moral dos diáconos, diz que eles devem ser: a) respeitáveis (3.8a). Os
diáconos precisam ser dignos de respeito, ter caráter impoluto, vida
irrepreensível e conduta ilibada. b) de
uma só palavra (3.8b). Os diáconos precisam ser verdadeiros, íntegros
em suas palavras e consistentes em sua vida. Não devem ser boateiros dados a
mexericos. Não dizem uma coisa aqui e outra acolá. Não devem ser maledicentes
nem jogam uma pessoa contra a outra. Suas palavras têm peso. Eles são
absolutamente confiáveis no que dizem. c)
não inclinados a muito vinho (3.8c). Os diáconos devem ser cheios do
Espírito Santo (At 6.3), e não cheios de vinho (Ef 5.18). Quem é governado pelo
álcool não pode administrar a casa de Deus. d) não cobiçosos de sórdida ganância (3.8d). Os diáconos lidam
com as ofertas do povo de Deus e administram os recursos financeiros da igreja
na assistência aos necessitados. Não podem ser como o Judas Iscariotes que roubava
a bolsa (cf João 12.6). Não podem cobiçar o que devem repartir. Não podem
desejar para si o que devem entregar para os outros.
2º
Ter caráter espiritual (1 Tm 3.9,10). “Guardando o
mistério da fé em uma pura consciência. E também estes sejam primeiro provados,
depois sirvam, se forem irrepreensíveis”. a)
Íntegros na teologia da vida (3.9) - “Guardando o mistério da fé em
uma pura consciência”. Aqui, o termo “mistério” significa “verdades
outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”. Os diáconos precisam
compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina
cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautados pela
Palavra de Deus. b) provados e
experimentados (Atos 6.10; 3.10). Atos 6.10 diz que os diáconos devem ser
primeiramente provados. Isso significa que eles devem ser observados por algum
tempo e talvez ganhar pequenas responsabilidades na igreja local. Depois de
provarem ser confiáveis e fiéis, então podem receber responsabilidades maiores.
Depois, exerçam o diaconato; ou simplesmente “sirvam” (1Tm 3.10 - ARC). Assim
como no caso dos presbíteros, o destaque não é o cargo eclesiástico, mas o
serviço para o Senhor e seu povo. Em qualquer lugar em que um homem for
irrepreensível em sua vida pessoal e pública, terá permissão para servir como
diácono (1Tm 3.10 – ARA). E 3º Ter
caráter familiar (1 Tm 3.12) - “Os diáconos sejam maridos de uma
mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas”. É satisfatório dizer
que, como os pastores, os diáconos não devem ter nenhuma reprovação em sua vida
conjugal. Eles devem governar bem seus filhos e a própria casa. Não conseguir
isso é um defeito de caráter do cristão, segundo o Novo Testamento. Isso não
significa que os homens devem ser déspotas e mandões, mas que seus filhos devem
ser obedientes e testemunhem a verdade.
IV.
SERVIÇO – RAZÃO DE SER DO MINISTÉRIO
1.
O exemplo do Mestre. Paulo diz que Jesus assumiu a forma
de servo, mais que isso, a forma de "escravo".
"... sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e
morte de cruz" (Fp 2.6-8).
A expressão "tomando a forma de servo",
"significa aparecer em uma condição humilde e desprezível". Em sua
forma de servo, Jesus demonstrou seu caráter e sua personalidade, dando exemplo
de humildade, quando, na véspera de sua crucificação, tomou uma toalha e uma
bacia com água e lavou os pés dos discípulos (João 13.4,5).
É bom enfatizar que o objetivo
de Jesus Cristo nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal
para a sua igreja, mas a de serviço, conforme demonstra sua resposta aos filhos
de Zebedeu: “mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós,
quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o
primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45).
2.
O exemplo de Paulo. Paulo era um servo fiel. Ele não
media esforço para servir. Ele cuidava das ovelhas do Senhor com ternura, como
uma mãe que acaricia seus filhos - “antes, fomos brandos entre vós, como a ama
que cria seus filhos” (1 Ts 2.7). A ênfase da mãe é a gentileza e a ternura.
Paulo era como uma mãe afetuosa cuidando do seu bebê. Ele demonstrou pelos seus
filhos na fé amor intenso, cuidado constante, dedicação sem reserva, paciência
triunfadora, provisão diária, afeto explícito, proteção vigilante e disciplina
amorosa. Muitos obreiros lideram o povo de Deus com truculência e rigor
despótico. São ditadores implacáveis, e não pastores amorosos. Esmagam as
ovelhas com sua autoridade auto imposta, em vez de conduzir o rebanho com a
ternura de uma mãe. Pedro escreveu que o obreiro deve apascentar o rebanho do
Senhor “tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância” (1 Pe 5.2). E por falar em ganância, atualmente há muitos falsos
obreiros que se aproveitam dos fiéis e da igreja para obter ganho financeiro.
Isso é uma vergonha! Paulo exorta a Tito e a Timóteo que um dos requisitos para
quem deseja ser pastor é não ser cobiçoso de torpe ganância (Tt 1.7; 1 Tm
3.3).
3.
O exemplo de Timóteo. Timóteo foi um dos líderes mais
destacado da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas. Ele era
jovem, tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua
obra. Ele era um bom exemplo do que um ministro e missionário de Deus deve ser.
O apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante líder
espiritual: (a) um estudante zeloso e obediente à Palavra de Deus (2 Tm 3.15);
(b) um servo perseverante e digno de Cristo (1 Ts 3.2); (c) um homem de boa
reputação (At 16.2); (d) amado e fiel (1 Co 4.17); (e) com solicitude genuína
pelo próximo (Fp 2.20); (f) fidedigno (2 Tm 4.9,21) e; (g) dedicado a Paulo e
ao evangelho (Fp 2.22; Rm 16.21). Portanto, Timóteo foi um pastor exemplar, que
demonstrou ter um caráter irrepreensível. Precisamos, urgentemente, de homens
de Deus como Timóteo. Oremos para que isso aconteça.
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição, quão
importante é que a igreja tenha pastores, presbíteros e diáconos para o seu bom
funcionamento e para que o rebanho do Senhor possa ser conduzido pelos trilhos
da sã doutrina. Precisamos de pastores que amem a Deus mais do que seu sucesso
pessoal. O mundo observa os ministros fora do púlpito para avaliar o seu
verdadeiro valor.
REFERÊNCIAS:
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo
Renovato de. As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio
inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual
do Visitador Cristão. Rio
de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS,
Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
Louvado seja o Senhor, muito obrigado gostei imenso deste ensinamento, porque este é o verdadeiro caminho para um pastor, diácono e mestre de uma igreja de Deus.
ResponderExcluirAmém, obrigado.
Excluir