SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
3º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 5.17-22; 6.9,10
TEXTO
ÁUREO: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo
vos constituiu bispos [...].” (At 20.28).
INTRODUÇÃO
Para um pastor ter sucesso
na repreensão aos membros da igreja, ele precisa ter duas coisas: 1º conteúdo bíblico
e 2º a forma amorosa. Os capítulos de número cinco e seis são riquíssimos em orientações.
Destacaremos aqui algumas destes conselhos quanto ao trato com os irmãos;
quanto aos falsos mestres; no que diz respeito à ilusão das riquezas e o que
realmente devemos como cristãos priorizar.
I.
O CUIDADO COM O REBANHO
1.
O cuidado com os anciãos (5.1). É preciso tratar os
mais velhos como pais, os da mesma idade como irmãos e os mais novos como
filhos. Pois, a igreja é a família de Deus (Ef 2.19).
2.
O cuidado com as mulheres idosas e viúvas. Deus proíbe
que seu povo aflija os órfãos e as viúvas (Êx 22.22). Um magistrado que oprime
as viúvas está sob o juízo divino (Dt 27.19). (1 Tm 5.3-16): “Honra as viúvas
que verdadeiramente são viúvas...” Nestes
versículos, o apóstolo aborda sobre dois
tipos de viúvas: as idosas e as jovens. Às viúvas idosas obedeceriam a um
critério de inscrição na lista dos necessitados da igreja (vs. 4,5,9,10). Se
ela, mesmo tendo sessenta anos, tivesse filhos, netos, ou até mesmo algum
parente crente, tal viúva deveria ser sustentada por sua família (v. 4,16),
para não ser pesada à igreja (v. 16). Já para às viúvas novas, o apóstolo
recomenda que “(...) Se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não
deem ao adversário ocasião favorável de maledicência” (v. 14).
3.
O cuidado com os ministros fiéis (v.17). Os líderes que são
fiéis ao Senhor e à igreja devem ser estimados e apoiados por todos os
liderados. Paulo estabelece a regra de que os presbíteros que presidem bem
devem ser merecedores de dobrados honorários. “Honorários” pode significar
respeito, mas também inclui a ideia de reembolso financeiro (Mt 15.6). “Dobrados
honorários” contêm as duas ideias. Antes de tudo, são merecedores de respeito
do povo de Deus devido a seu trabalho, mas, se o seu tempo é integralmente dedicado
a esse trabalho, também são merecedores de ajuda financeira. Os que se afadigam
na palavra e no ensino são provavelmente aqueles que gastam tanto tempo na
pregação e no ensino que não podem ter um emprego regular. Aos cristãos de
Corinto ele fez observações idênticas, revelando seu zelo pela manutenção dos
obreiros (1 Co 9.6-10).
II.
O TRATO COM O PRESBITÉRIO
1.
Acusação contra os presbíteros. É estabelecido o
princípio de que nenhuma ação disciplinar ocorra contra um presbítero, a menos
que a acusação seja confirmada por duas ou três testemunhas. Na realidade, esse
mesmo princípio se aplica a uma ação disciplinar contra qualquer membro da
igreja, mas é enfatizado aqui porque havia o risco de os presbíteros serem
acusado injustamente.
2.
A repreensão aos presbíteros. A lei já exigia que não se
podia condenar ninguém com o testemunho de uma única pessoa (Dt 19.15). Porém,
quando uma acusação contra um presbítero procedia de duas ou mais testemunhas e
era verdadeira, e além disso o denunciado persistia no pecado, então o
faltoso deveria ser corrigido na presença de todos. Pecados públicos devem ser
corrigidos publicamente para que haja temor, pois a disciplina visa não apenas
a restaurar o faltoso, mas também a prevenir os demais membros do corpo a não
caírem no mesmo laço. A igreja nunca pode dar ao mundo a ideia de que está
tolerando o pecado. O pecado é maligníssimo.
3. O cuidado com a saúde (v.23). Não há dúvida de que este versículo se refere ao vinho de verdade, e não apenas ao suco de uva. Se não fosse vinho de verdade, não faria sentido o apóstolo enfatizar que se deve usar somente “um pouco”. O conselho de Paulo - “não continues a beber somente água” - significa que Timóteo não deveria beber água sem “um pouco de vinho”. Paulo aconselha o uso de “um pouco de vinho” por causa de seu “estômago” e de suas “frequentes enfermidades”. É claro que, aqui, Paulo refere-se apenas ao uso medicinal do vinho e jamais deve ser interpretado como desculpa a seu uso abusivo.
3. O cuidado com a saúde (v.23). Não há dúvida de que este versículo se refere ao vinho de verdade, e não apenas ao suco de uva. Se não fosse vinho de verdade, não faria sentido o apóstolo enfatizar que se deve usar somente “um pouco”. O conselho de Paulo - “não continues a beber somente água” - significa que Timóteo não deveria beber água sem “um pouco de vinho”. Paulo aconselha o uso de “um pouco de vinho” por causa de seu “estômago” e de suas “frequentes enfermidades”. É claro que, aqui, Paulo refere-se apenas ao uso medicinal do vinho e jamais deve ser interpretado como desculpa a seu uso abusivo.
III.
CONSELHOS GERAIS
1.
Aos que não respeitam a sã doutrina (6.3,4). Uma
das grandes características do falso mestre é a difusão de outra doutrina.
Algumas pessoas tem se desviado da fé por não observarem os conselhos paulinos
com relação a preservação doutrinária (Gl 1.7,8,9; 1Tm 1.57, 1820; 4.1,6,7,1416;
6.1116, 20; 2Tm 1.13; 2.14; 3.1417). Os falsos mestres, por serem arrogantes
e ignorantes, promovem divisões. Proclamam a si mesmos como os donos da
verdade. Gostam de discutir. São obcecados por contendas de palavras. No
entanto, são vazios, não entendem nada, são desprovidos da verdade e escravos
da mentira. Cinco resultados são apresentados: inveja (ressentir-se
por causa dos dons dos outros); provocação (cultivar espírito de
rivalidade e contenda); difamações (espalhar mentiras acerca de
outras pessoas); suspeitas malignas (esquecer-se de que a comunhão se
constrói com a confiança, e não com a suspeita); altercações sem fim (o
fruto da irritação).
a) Os ricos não deveriam ser orgulhosos (1 Tm 6.17a). Essa é a tentação dos ricos. A posse do dinheiro pode levá-los a serem orgulhosos. A pessoa pode ficar soberba porque tem muitas propriedades, porque conseguiu construir um colossal patrimônio. A soberba, porém, é a antessala da ruína. Um rico soberbo não compreendeu nem a vulnerabilidade da vida nem a instabilidade das riquezas.
2.
Aos que querem ser ricos (6.9,10). Ser rico não é e
nunca foi pecado, mas confiar nas riquezas, preferi-las à vida eterna é
fatal para a vida espiritual de alguém. Assim, lutar por uma vida regalada
nesta Terra, estar à busca de obtenção de riquezas, erigir isto como uma
prioridade na vida é praticamente assinar a sua sentença de perdição. A riqueza
como fruto do trabalho e da providência divina é uma bênção. É Deus quem nos dá
força para adquirirmos riqueza. Há muitas pessoas ricas e piedosas. O problema
não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele. O problema não é ter
dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é carregar dinheiro no bolso,
mas carregá-lo no coração. “Nada trouxemos para este mundo, é manifesto que
nada podemos levar dele.” (1Tm
6.7), que Deus é o dono de tudo (Dt 8.11-18; Sl 24.1; Rm 11.36) e que o
contentamento deve estar presente em nossa vida: “Tendo,
porém, com o que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1Tm 6.8). Porém,
os que desprezam tais verdades diz Paulo: (a) Caem em tentação; (b) Em laços;
e, (c) Em muitas concupiscências loucas e nocivas, levando a perdição e ruína (1Tm
6.9). Mas Timóteo deveria seguir: a justiça, a piedade, a fé, o amor, a
paciência, e a mansidão (1Tm 6.11).
3.
Conselhos aos ricos (6.17-19). Nestes versículos Paulo
escreveu de forma detalhada sobre aqueles que desejam ser ricos. Aqui, ele se
refere aos ricos. Veja alguns conselhos que Timóteo deveria dar aos ricos:
a) Os ricos não deveriam ser orgulhosos (1 Tm 6.17a). Essa é a tentação dos ricos. A posse do dinheiro pode levá-los a serem orgulhosos. A pessoa pode ficar soberba porque tem muitas propriedades, porque conseguiu construir um colossal patrimônio. A soberba, porém, é a antessala da ruína. Um rico soberbo não compreendeu nem a vulnerabilidade da vida nem a instabilidade das riquezas.
b)
Os ricos não deveriam depositar a sua esperança, literalmente, na instabilidade
da riqueza (1 Tm 6.17b). Confiar na instabilidade da riqueza
é a mesma coisa que edificar sua casa na areia. Hoje há muitas pessoas
desesperadas. Muitas pessoas perderam seus bens do dia para a noite. A Bíblia
diz: “Porventura fitarás os teus olhos naquilo que é nada? Pois certamente
a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” (Pv 23.5).
Confiar no dinheiro é uma insanidade.
c)
Os ricos deveriam confiar em Deus, que abundantemente nos dá todas as
coisas para delas usufruirmos (1Tm 6.17c). Uma das
grandes ciladas da riqueza é que é difícil tê-la sem confiar nela. E isso é uma
forma de idolatria. É negar a verdade de que Deus é quem abundantemente nos dá
todas as coisas para nossa satisfação. O dinheiro pode lhe dar roupas bonitas,
mas não beleza. Pode lhe dar prazeres, mas não paz. Pode lhe dar aventuras, mas
não felicidade. Pode lhe dar um carro blindado e segurança, mas não proteção
real. Pode lhe dar uma casa, mas não uma família. Pode lhe dar remédios, mas
não saúde. Pode lhe dar bajuladores, mas não amigos. Pode lhe dar satisfação
sexual, mas não amor. Pode lhe dar um rico funeral, mas não vida eterna.
d)
Os ricos devem dar daquilo que recebem de Deus
(1 Tm 6.18) – “que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente
e sejam comunicáveis”. O rico é lembrado de que o dinheiro que ele possui
não é dele. Ele o recebeu para ser administrado. Ele é responsável pelo uso do
dinheiro para a glória de Deus e para o bem-estar de seu próximo. Ele deve
usá-lo para as boas obras e ser generoso com os necessitados.
e)
Os ricos devem fazer investimentos para a eternidade –
“que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam
alcançar a vida eterna”. Jesus disse que devemos ajuntar tesouros lá no céu,
onde os ladrões, a traça e a ferrugem não podem destruí-los. A bolsa de valores
do Céu jamais entra em colapso. As riquezas espirituais jamais podem ser
roubadas. A Bíblia diz que onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração.
Devemos buscar as coisas lá do alto. Devemos buscar em primeiro lugar o reino
de Deus e a sua justiça. Devemos buscar tesouros que sejam um sólido
fundamento. Devemos nos apoderar da verdadeira vida.
O homem que só pensava em
seus banquetes e em suas vestes, e deixou Lázaro faminto e chagado à sua porta,
morreu sem ajuntar tesouros no Céu. Morreu e foi para o inferno, onde acabou
atormentado nas chamas e não recebeu nem mesmo o alívio de uma gota de água (Lc
16.19-31).
O homem que se preparou
apenas para esta vida e não fez nenhuma provisão para a sua alma foi
chamado de louco (cf Lc 12.20,21).
Portanto, aquele que
ajunta tesouros apenas para esta vida descobrirá que, no dia em que sua casa
cair, no dia em que estiver atravessando a ponte que liga o tempo à eternidade,
o dinheiro não poderá ajudá-lo a se apoderar da verdadeira vida. O crente sábio
não entesoura para esta vida, mas para a futura (Mt 6.19-21).
CONCLUSÃO
“Ó Timóteo, guarda o
depósito que te foi confiado...” (1Tm 6.20a). O objeto entregue a Timóteo para
ser protegido por ele é o santo Evangelho. Isto inclui, naturalmente, o que o
apóstolo está escrevendo na carta de 1 Timóteo: todas as ordens dadas a Timóteo
e todo o ensino que esta epístola contém. Timóteo terá de dar conta a Deus
quanto ao que fez com o “depósito”. Que o SENHOR Deus nos ajude!
REFERÊNCIAS:
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo
Renovato de. As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio
inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual
do Visitador Cristão. Rio
de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
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AJUDE AOS NECESSITADOS
Querido (a) leitor (a),
Não me sinto bem em pedir-lhe uma ajuda em
dinheiro, mas não vejo outra saída, principalmente quando se trata em ajudar os
necessitados. Se você acha que pode ajudar com alguma quantia, ficarei bastante
grato.
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