SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
1º
Trimestre/2016
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: 1 Tessalonicenses 4.13-18.
TEXTO ÁUREO: “Depois nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens [...].” (1 Ts 4.17)
INTRODUÇÃO
A mensagem do
arrebatamento da Igreja tem sumido de muitos púlpitos. Quando a Bíblia fala da
vinda do Senhor Jesus, o assunto aparece como um só evento. Significa que o
mesmo Jesus, aquele que se manifestou primeiro em cumprimento às profecias, e
que nasceu da virgem, que viveu em perfeição, morreu pelos pecados do mundo,
ressuscitou e ascendeu ao Céu, há de voltar segunda vez, também em cumprimento
às profecias, para ressuscitar e levar todos quantos morreram salvos, bem como
aqueles que ainda vivos, estiverem preparados, como ensina a Palavra de Deus. Mas
no seu contexto doutrinário, ela tem duas fases distintas. A primeira,
invisível para o mundo, é o arrebatamento da Igreja; a segunda, visível, fala
da vinda de Jesus em glória, especialmente para Israel (Ap 1.8; Zc 14.4).
1.
TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS
1.
A reunião dos salvos no encontro com Cristo. A palavra
“arrebatamento”, no contexto da escatologia cristã, é procedente do verbo grego harpazō, e significa retirar algo com
rapidez e de forma inesperada. Quando o Novo Testamento foi traduzido para o
latim, optou-se pelo vocábulo raptus que,
originando-se do verbo raptare,
comporta os seguintes significados: tirar, arrancar, levar, afastar, impelir,
suprimir, elidir tirar por força, tomar das mãos alguma coisa de forma
violenta. O arrebatamento, por conseguinte, é a retirada brusca, inesperada e
sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada às regiões
celestes, onde unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus. A essa
doutrina, dedica o Novo Testamento, além de outras passagens, dois capítulos
especiais: 1 Co 15 e 1 Ts 4. Nesta passagem, descreve Paulo a transladação
sobrenatural dos santos; naquela, mostra como nossos corpos serão
transformados, instantaneamente, pelo poder do Espírito Santo. O evento
constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger, de
maneira simultânea, diversos fatos que ultrapassam todos os precedentes
históricos, científicos e lógicos do conhecimento humano. Em 1 Ts 4.17 a
palavra “arrebatamento” tem o mesmo sentido no grego que “nosso encontro”, em
Atos 28.15 onde lemos: “...ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao
encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus
e tomou ânimo”. A palavra “encontro”, nesse sentido, significa literalmente “sair”
a fim de voltar com “alguém”. Somente duas passagens focalizam essas palavras
com tal sentido, a saber: no trecho de Gênesis 24.63-67 e Mateus 25.1,6. Na
passagem de Gênesis descreve-se o encontro de Rebeca com Isaque e na passagem
de Mateus ilustra o encontro da Igreja com Cristo.
2. Quem será arrebatado? Os salvos
ressuscitados e vivos transformados (1 Ts 4.16,17). No arrebatamento, todos os
crentes fiéis serão ressuscitados, os que estiverem vivos serão transformados e
trasladados juntamente com os que tiverem sido ressuscitados. Só chegarão ao
Céu aqueles que forem vencedores. Só estarão inscritos os vencedores. Jesus
disse a João, na Ilha de Patmos: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do
meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e
também o meu novo nome” (Ap 3.12). Por tudo isso, que é tão glorioso e além do
que a mente humana possa avaliar, é que João diz: “Amados, agora somos filhos
de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como
também ele é puro” (1 Jo 3.2,3).
II.
O ARREBATAMENTO E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1. A ignorância acerca dos mortos (1 Ts 4.13). Havia muitos
crentes que não acreditava na ressurreição dos mortos. Paulo disse aos irmãos
de Corinto: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como
dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há
ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou” (1 Co 15.12,13). Paulo
sintetiza o evangelho em três fatos essenciais: 1º Cristo morreu pelos nossos
pecados; 2º Ele foi sepultado e 3º Ele ressuscitou dentre os mortos como diz as
Escrituras (1 Co 15.3,4). Sem falar que Paulo destaca três aspectos
fundamentais da doutrina da ressurreição: 1º A ressurreição no passado,como um
fato histórico (1 Co 15.1-11); 2º a ressurreição no presente, como um artigo de
fé (1 Co 15.12-19) e 3º a ressurreição no futuro, como uma esperança bendita (1
Co 15.20-57). A falta de fé na doutrina da ressurreição dos mortos é tão grave
que resulta em questionamentos que podem desacreditar a mensagem do evangelho,
o papel dos pregadores e a certeza da salvação. A ressurreição de Cristo é
nossa garantia no presente: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa
pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Co 15.14). Mas, Ele ressuscitou e: “se
apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (At 1.3). A ressurreição de
Cristo é a nossa garantia no futuro: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos
os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os
mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Co 15.19,20). A
ressurreição dos que dormem em Cristo, marcará o início da vida eterna de
glória da Igreja com o Senhor no Céu.
2. A primeira e a segunda ressurreição. Paulo diz que
Cristo “ressuscitou, segundo as escrituras” (1 Co 15.4b). Abordaremos sobre a “primeira
ressurreição” (Ap 20.5). Ou seja, A RESSURREIÇÃO (“dentre”) OS MORTOS. Esta compreende
“...cada um por sua ordem...” (1Co 15.23). Esta ordem de ressurreição,
cronologicamente é mais ou menos assim: (a) Cristo as primícias (1 Co 15.20, 23); (b)
Os que ressuscitaram por ocasião da ressurreição do Senhor (Mt 27.52-53); (c) Os que são de Cristo na
sua vinda (1 Co 15.23,24 1 Ts 4.16); (d) As duas testemunhas
escatológicas (Ap
11.11,12); (e) Os mártires da Grande
Tribulação (Ap 20.4). A ressurreição dos mortos será um
dos maiores milagres do Universo.
3. A transformação dos crentes que estiverem vivos
quando Cristo voltar. Imediatamente após a ressurreição dos que morreram em
Cristo, os cristãos que estiverem vivos serão transformados e transladados
juntamente com os que tiverem sido ressuscitados. Aos tessalonicenses, Paulo
declarou: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor” (1 Ts 4.17); e aos coríntios, também, disse: “nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados” (1 Co 15.51). Quase que
simultaneamente à ressurreição dos mortos em Cristo naquele momento, os vivos
em Cristo também ouvirão a voz do arcanjo, e num tempo incontável, serão
transformados e arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Tudo isso num átimo
de tempo, “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta;
porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados” (1 Co 15.52). Os corpos mortais serão revestidos de
imortalidade, porque nada terreno ou mortal poderá entrar na presença de Deus.
Será o poder do espírito sobre a matéria, do incorruptível sobre o corruptível
(1 Co 15.53,54). Todos seremos arrebatados. No momento em que a transformação
ocorrer, teremos vencido a matéria. Agora será o espírito que vai reinar sobre
o nosso corpo.
III
– ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE
1. Antes, é preciso vigilância. Tudo acontecerá num
momento! Tanto a ressurreição dos mortos, como o arrebatamento; será num abrir
e fechar de olhos, pelo poder de Deus (Fp 3.21). Poder de Deus significa “extrair
à força”, “arrancar repentinamente”, “num momento rápido, tirar para si”.
Diante dessa realidade espiritual tão profunda, devemos estar preparados a cada
dia, a cada instante. Ao deitar, ao levantar, devemos estar com nossas “bagagem”
espiritual pronta, pois, a qualquer momento “a trombeta de Deus” irá tocar,
anunciando a volta de Jesus Cristo, e faremos nossa grande e última viagem.
2. Depois, viveremos felizes para sempre. São conhecidíssimas as consoladoras palavras de
Jesus aos seus discípulos: “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra
vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”
(Jo 14.3). Aos tessalonicenses, Paulo disse: “[..] e assim estaremos sempre com
o Senhor” (1 Ts 4.17). Vale a pena ser crente, mas se for para ir para o Céu. O
Apóstolo João, em sua primeira Carta, exorta os crentes a se manterem fiéis e puros,
aguardando a volta do Senhor: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não
é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele
tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo
3.2,3). Afinal, sem santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Em breve,
haverá as “Bodas do Cordeiro”, quando ocorrerá a união da Noiva, a Igreja, com
seu Noivo, Jesus Cristo, elevada à condição de esposa eterna; “Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e
já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). A Igreja, glorificada e coroada no céu,
será definitivamente desposada pelo glorioso esposo, Jesus, o Cordeiro. Oh
glória!
CONCLUSÃO
Estudar e meditar sobre o
arrebatamento da Igreja promove nos remidos a fé e a esperança na vinda do
Senhor. A qualquer momento, virá o Senhor Jesus arrebatar a sua Igreja. Esta é
a nossa bendita esperança (Tt 2.13). “Portanto, consolai-vos uns aos outros com
estas palavras” (1 Ts 4.18). Senhor Jesus, em breve a trombeta soará,
proclamando o arrebatamento da tua Igreja. Dá que não estejamos despercebidos,
nem embriagados com as coisas deste mundo. Jesus, ajuda-nos a ser mais
vigilantes e sóbrios! Amém! Devemos estar preparados para encontrar com o
Senhor.
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