sábado, 15 de novembro de 2025

LIÇÃO 11: JESUS É O REI DA GLÓRIA

 

Subsídios para a Escola Bíblica Dominical (EBD) — IPAD (Igreja Pentecostal Assembleia de Deus)

  

LEITURA TEMÁTICA:

“E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” (Mateus 21:9)


LEITURA EM CLASSE: SALMOS 24.7-10

7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.

9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)


VERDADE PRÁTICA

Jesus Cristo é o Rei da Glória revelado desde o Antigo Testamento até o Apocalipse, Aquele que reina com autoridade absoluta sobre toda a criação visível e invisível. Ele é o Senhor forte e poderoso, vitorioso nas batalhas espirituais, o Rei dos Exércitos e o Messias prometido que venceu o pecado, o inferno e a morte.


SÍNTESE TEXTUAL

O Salmo 24 apresenta uma declaração majestosa sobre o governo universal de Deus e a entrada triúmfica do Rei da Glória. Tal revelação alcança sua plenitude em Jesus Cristo, identificado pelo povo como “o Filho de Davi” e aclamado com “Hosana nas alturas!” (Mt 21:9). O salmo descreve o Senhor como forte, poderoso e vitorioso, ecoando atributos que o Novo Testamento aplica a Cristo (Hb 1:3; Ap 5:12). Esta lição demonstra que Jesus é o cumprimento profético do Rei anunciado por Davi, aquele que entra nos portais eternos com poder e majestade (Sl 24:7-10), estabelece Seu Reino entre nós (Lc 17:21) e virá consumá-lo em glória (Ap 11:15). Em Cristo, o Rei da Glória habita com Seu povo e conduz a Igreja em vitória.


INTRODUÇÃO

O Salmo 24 é um dos textos mais profundos sobre a realeza divina nas Escrituras. Ele retrata Deus como o Criador de todas as coisas — “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24:1) — e como o Rei que reivindica Sua presença no meio do Seu povo. Historicamente, o salmo acompanha a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém, ato que simbolizava a instalação do trono de Deus no meio da nação. Contudo, o significado profético do texto transcende seu momento histórico e aponta para uma realidade maior: a vinda do Messias, o verdadeiro Rei da Glória.

O Novo Testamento identifica Jesus Cristo como esse Rei. Ele é o “Verbo que se fez carne” (Jo 1:14), o Rei prometido a Davi (2Sm 7:12-16), o Senhor forte que venceu o diabo no deserto (Mt 4:1-11) e o Salvador que conquistou a morte por meio da ressurreição (1Co 15:20-22). Quando entrou em Jerusalém montado em um jumento, cumpriu a profecia de Zacarias 9:9 e foi aclamado como o Rei messiânico (Mt 21:4-9). Após Sua ressurreição e ascensão, Deus O exaltou soberanamente (Fp 2:9-11) e O revelou como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16). Assim, esta lição examina profundamente quem é esse Rei da Glória, como Davi O anunciou, como Sua presença se manifestou na Arca da Aliança e como Ele se revela plenamente em Jesus Cristo.


I — O CONTEXTO DO SALMO 24

 

1. A autoria e o propósito do salmo 

O Salmo 24 é atribuído a Davi, rei, profeta e adorador. Ele escreveu este salmo em um contexto de profunda celebração espiritual: a transferência da Arca da Aliança para Jerusalém, conforme 2 Samuel 6:12-19. Tal evento representava mais do que uma mudança física; simbolizava a entronização de Deus no coração político e religioso da nação. Davi compreendia que nenhum governo, exército ou estrutura poderia prosperar sem a presença do Senhor. Por isso declara: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude” (Sl 24:1). Essa afirmação ecoa passagens como Êxodo 19:5 e Deuteronômio 10:14, que mostram a soberania total do Criador. O propósito do salmo é conduzir o povo a reconhecer Deus como Rei supremo, Criador de todas as coisas e detentor do direito absoluto sobre o mundo e sobre Seu povo. Além disso, o salmo tem caráter litúrgico, sendo usado nos cultos do templo. Ele combina doutrina, adoração e convocação espiritual, levando Israel a se lembrar de que a presença de Deus é a chave para a vitória e para a vida espiritual autêntica.

 

2. A estrutura litúrgica do salmo

O Salmo 24 possui uma estrutura litúrgica que demonstra seu uso cerimonial no culto público de Israel. Ele apresenta um diálogo antífona entre sacerdotes, levitas e adoradores. A primeira parte (Sl 24:1-2) exalta o domínio universal de Deus. A segunda parte (Sl 24:3-6) questiona: “Quem subirá ao monte do Senhor?” e responde: o de mãos limpas e coração puro. Essa seção lembra a santidade exigida em Levítico 19:2 e Hebreus 12:14: “Sem santidade ninguém verá o Senhor.” A última parte (Sl 24:7-10) traz uma convocação dramática: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças”. As portas simbolizam o portal da cidade e do templo. Um grupo pergunta: “Quem é este Rei da Glória?” e outro responde: “O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.” Esta dinâmica mostra que o salmo era usado em procissões, talvez quando sacerdotes se aproximavam do templo carregando a Arca. É como Êxodo 15:3 declara: “O Senhor é homem de guerra.” A estrutura revela ordem, reverência e exaltação ao Rei divino.

 

3. A dimensão escatológica

Embora o salmo seja histórico, ele contém forte dimensão profética e escatológica. O Rei da Glória não se limita à figura literal da Arca entrando em Jerusalém, mas aponta para o Messias prometido. Os profetas já anunciavam um Rei vindouro: Isaías 9:6-7 fala de um governo eterno sobre os ombros do Filho; Miqueias 5:2 descreve o governante que viria de Belém. No Novo Testamento, Jesus cumpre essas profecias. Ele é o “Filho de Davi” (Mt 21:9), o “Pastor” anunciado (Jo 10:11) e o “Rei humilde” de Zacarias 9:9, cuja entrada em Jerusalém ecoa o salmo. Quando o povo clamou: “Hosana ao Filho de Davi!”, estava reconhecendo que Ele era o Rei esperado. Além disso, o salmo aponta para a entrada celestial de Cristo após Sua ascensão: “Assentou-se à direita da majestade nas alturas” (Hb 1:3). Apocalipse 19:11-16 mostra Cristo retornando como Rei dos reis. Assim, o salmo aponta para o passado, o presente e o futuro do reinado divino.

 

4. O Senhor dos Exércitos

O título “Senhor dos Exércitos” (YHWH Tseva’ot) é um dos mais gloriosos de Deus nas Escrituras. Ele aparece mais de 250 vezes na Bíblia. Revela Deus como o Comandante supremo das legiões celestiais, dos exércitos de anjos e de todas as forças invisíveis que cumprem Seus decretos. Em 1 Samuel 17:45, Davi declara a Golias: “Eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos”, indicando que a vitória não depende da força humana. Em 2 Reis 6:17, Eliseu vê carros e cavalos de fogo ao redor. Isaías O vê em Isaías 6:3 e os serafins clamam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos.” O Salmo 24 identifica este mesmo Deus como “o Senhor forte e poderoso” e “poderoso na guerra”. Esta designação também aponta para Cristo, que lidera os exércitos celestiais em Apocalipse 19:14. Portanto, o Rei da Glória não é apenas Rei espiritual, mas Rei militar vitorioso, invencível e soberano.

 

SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO I — O CONTEXTO DO SALMO 24

O Salmo 24 integra o famoso tríptico messiânico composto pelos Salmos 22, 23 e 24. Juntos, eles revelam o Messias sofredor (Sl 22), o Pastor que guia Seu rebanho (Sl 23) e o Rei da Glória que reina em majestade (Sl 24). Teólogos como Derek Kidner e Franz Delitzsch afirmam que o salmo não apenas celebra a entrada da Arca, mas aponta profeticamente para o advento do governo messiânico. A tradição judaica usava este salmo no primeiro dia da semana, associando-o simbolicamente à criação e ao domínio total de Deus. O salmo é profundamente cristológico porque apresenta um Rei que entra triunfante nos portais eternos, linguagem que se harmoniza perfeitamente com a ascensão de Cristo em Atos 1:9-11 e com Sua exaltação em Filipenses 2:9-11. A expressão “Rei da Glória” destaca a divindade absoluta do personagem descrito. No Novo Testamento, apenas Jesus cumpre plenamente esse título. Ele venceu a morte (Ap 1:18), derrotou os principados e potestades (Cl 2:15) e foi exaltado à mais alta posição. A pergunta repetida no salmo — “Quem é este Rei da Glória?” — encontra sua resposta definitiva em Cristo. Ele é o Senhor dos Exércitos que lidera os anjos (Mt 26:53) e que retornará como guerreiro vitorioso (Ap 19:11-16). Assim, o salmo é uma visão profética e teológica que aponta diretamente para a majestade do Cristo exaltado.


 II — DAVI E A ARCA DA ALIANÇA

 

1. A presença de Deus entre o povo

A Arca da Aliança simbolizava a presença real de Deus no meio de Israel. Em Êxodo 25:22, Deus declara: “Ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório.” Tal afirmação revela que a Arca não era apenas um objeto religioso, mas o trono do Deus vivo entre Seu povo. Em Números 7:89, Moisés ouvia a voz de Deus de entre os querubins. Davi compreendia profundamente essa verdade; por isso a presença da Arca era prioridade para seu governo. Em 1 Crônicas 13:3, ele diz: “Tragamos de volta para nós a Arca do nosso Deus, porque nos dias de Saul não a buscamos.” Ele sabia que sem Deus a nação ficaria vulnerável, espiritualmente fraca e politicamente instável. A Arca representava o governo, a orientação e a proteção divina. Além disso, era lembrete da aliança feita no Sinai (Êx 19:5). Na presença de Deus, Israel encontrava direção, perdão e vitória (Sl 16:11; 2Cr 20:15). Davi entendia que nenhum rei, exército ou estratégia humana poderia substituir a presença do Senhor.

 

2. A primeira tentativa fracassada

Davi desejou trazer a Arca para Jerusalém, mas sua primeira tentativa fracassou dramaticamente porque ele ignorou as instruções divinas. Em 2 Samuel 6:3-7, eles colocaram a Arca sobre um carro novo — prática proibida, pois a Arca deveria ser transportada nos ombros dos levitas (Êx 25:14; Nm 4:15). Uzá tocou na Arca quando os bois tropeçaram, e Deus o feriu imediatamente. Este episódio demonstra que boas intenções não substituem a obediência à Palavra. Davi ficou temeroso e frustrado (2Sm 6:8-9), lembrando que Deus não aceita informalidade no trato com o sagrado. Hebreus 12:28-29 declara que devemos servir a Deus com reverência, “porque o nosso Deus é fogo consumidor.” O erro de Davi ensina que o culto e o serviço a Deus devem seguir Suas diretrizes e não métodos humanos. Deus não precisa de criatividade que substitua mandamentos, mas de obediência fiel. Este fracasso trouxe arrependimento e temor saudável, preparando Davi para buscar ao Senhor corretamente.

 

3. A segunda tentativa bem-sucedida

Após reconhecer seu erro, Davi buscou instrução nas Escrituras (1Cr 15:13-15). Na segunda tentativa, os levitas carregaram a Arca como Deus ordenara. O ambiente foi marcado por sacrifícios, alegria e reverência. Em 2 Samuel 6:14-19, Davi dança diante do Senhor com todo o seu vigor, expressando adoração genuína e profunda gratidão. A presença da Arca trouxe bênção para a casa de Obede-Edom (2Sm 6:11), demonstrando que a presença de Deus produz prosperidade espiritual e material. Davi oferece holocaustos, distribui pão e carne para todo o povo e abençoa a congregação em nome do Senhor dos Exércitos. Salmos 100:2 declara: “Servi ao Senhor com alegria.” A celebração não era emocionalismo vazio, mas resposta santa à presença divina. A segunda tentativa revela que Deus honra quem O busca corretamente (Jr 29:13) e que a obediência abre caminhos para a manifestação gloriosa do Senhor.

 

4. A Arca como sombra de Cristo

A Arca da Aliança é uma das mais ricas tipologias de Cristo no Antigo Testamento. Dentro dela estavam as tábuas da lei (Êx 25:16), simbolizando em Cristo o cumprimento perfeito da Lei (Mt 5:17). O maná representava Jesus como o Pão da Vida (Jo 6:51). A vara de Arão que floresceu representava Sua ressurreição e sacerdócio eterno (Hb 7:24). O propiciatório sobre a Arca refletia Cristo como nosso sacrifício definitivo (Rm 3:24-25). Assim como a Arca era o lugar da presença divina entre os homens, Cristo é o Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23). Quando a Arca subiu a Jerusalém, apontava para o dia em que Cristo também entraria na cidade sendo aclamado como Rei (Lc 19:37-38). A Arca era o centro do culto; Cristo é o centro da fé. A Arca era objeto único; Cristo é Salvador perfeito. Tudo nela anuncia o Messias.

 

SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO II — DAVI E A ARCA DA ALIANÇA

Estudiosos como Gordon Wenham, Walter Kaiser e Andrew Hill destacam que a Arca da Aliança é uma das mais completas prefigurações de Cristo nas Escrituras. Seu conteúdo físico, sua função litúrgica e seu simbolismo espiritual convergem para o Messias. As tábuas da Lei revelam Cristo como o Verbo encarnado (Jo 1:1,14). O maná aponta para Cristo como alimento celestial (Jo 6:48-51). A vara de Arão indica Sua ressurreição e autoridade sacerdotal eterna (Hb 7:23-25). O propiciatório revela Sua obra expiatória perfeita (Rm 3:25; Hb 9:12). Além disso, a Arca era o trono de Deus entre os homens, e Cristo é a manifestação plena de Deus (Cl 1:15; Hb 1:3). A entrada da Arca em Jerusalém prefigura a entrada messiânica de Cristo no Domingo de Ramos (Mt 21:1-9). A rejeição de Mical à adoração de Davi revela contraste entre quem reconhece o Rei e quem não O aceita — cena repetida no ministério de Jesus (Jo 1:11). A Arca apontava para o culto verdadeiro; Cristo realiza esse culto. Ela era transporte da presença; Ele é a presença. Ela se movia; Ele reina eternamente. Portanto, entender a Arca é compreender Cristo.


 III — O REI DA GLÓRIA

 

1. Jesus como cumprimento messiânico

Jesus Cristo é o cumprimento direto e pleno das profecias messiânicas do Antigo Testamento. Isaías 9:6-7 profetiza um Rei cujo governo não terá fim. Jeremias 23:5-6 fala do Renovo justo descendente de Davi. Miqueias 5:2 anuncia o nascimento do Messias em Belém. Todas essas profecias se cumprem exclusivamente em Jesus. Na entrada triunfal, Ele é aclamado como “Filho de Davi” (Mt 21:9). Ele é Rei desde o nascimento (Mt 2:2), Rei na morte (Jo 19:19) e Rei na eternidade (Ap 19:16). Ele cumpre o Salmo 24 porque somente Ele é o Rei digno de entrar nos portais eternos. Sua realeza não é política nem terrena, mas espiritual, eterna e soberana (Lc 17:21). Ele governa pela Palavra, pelo Espírito e pela verdade.

 

2. O Rei forte e poderoso

O Salmo 24 declara que o Rei da Glória é “forte e poderoso, poderoso na batalha”. Essa descrição se cumpre plenamente em Cristo. Ele venceu Satanás no deserto (Mt 4:1-11), expulsou demônios com autoridade (Mc 1:32-34), curou enfermos (Mt 8:16-17) e acalmou tempestades (Mc 4:39). Ele é o “Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5). Sua força também se revela na cruz, onde Ele derrotou principados e potestades (Cl 2:15). Na ressurreição, mostrou poder sobre a morte (1Co 15:54-57). Ele é o Senhor dos Exércitos, o Deus guerreiro que nunca perde batalhas. Nenhuma força humana, espiritual ou demoníaca pode resistir ao Seu domínio. Sua força não destrói Seus súditos; liberta, transforma e vivifica. Ele é o Rei invencível.

 

3. O Rei dos Exércitos celestiais

Apocalipse 19:11-14 descreve Cristo como o comandante dos exércitos celestiais. Ele cavalga um cavalo branco e é chamado “Fiel e Verdadeiro”. Seus olhos são como chama de fogo, de Sua boca sai uma espada afiada e em Seu manto está escrito: “Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Esta imagem revela que Cristo não é apenas Rei espiritual, mas Comandante supremo das hostes celestiais, assim como o Deus do Antigo Testamento era chamado de Senhor dos Exércitos (1Sm 17:45; Is 6:3). Os anjos são Seus servos (Hb 1:14). Ele envia, ordena, protege e julga. Cada batalha espiritual travada pela Igreja é sustentada pelo poder do Rei que comanda todo o céu. Ele não luta sozinho, mas lidera o exército santo que o acompanha em vitória eterna.

 

4. A entrada triunfal e a entrada final

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt 21:1-9) não foi apenas um evento simbólico, mas um ato profético que antecipa Sua entrada final na glória. Ele entra montado em um jumento, cumprindo Zacarias 9:9. O povo clama “Hosana!”, reconhecendo Sua realeza. Mas essa entrada antecede outra: a entrada final e gloriosa descrita em Apocalipse 1:7, quando todo olho O verá. Enquanto a primeira entrada revela humildade e oferta de salvação, a segunda revelará glória e juízo. Mateus 25:31 declara que Ele virá em glória e se assentará no trono para julgar as nações. Os portais eternos se abrirão definitivamente e toda língua confessará que Ele é Senhor (Fp 2:11). A primeira entrada anuncia o Reino; a segunda consumará o Reino.

 

SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO III — O REI DA GLÓRIA

Teólogos como Millard Erickson, John Stott e Wayne Grudem afirmam que o título “Rei da Glória” aplicado a Cristo é a síntese perfeita da cristologia bíblica. Ele é Deus encarnado (Jo 1:1,14), Redentor (Ef 1:7), Sacerdote eterno (Hb 7:24), Cordeiro que foi morto (Ap 5:12), e ainda assim Rei soberano (Ap 19:16). Cristo reúne em Si todas as funções messiânicas. Sua entrada em Jerusalém revela o Messias humilde, enquanto Sua ascensão revela o Messias glorificado (At 1:9-11). Ele está acima de todo principado, poder e domínio (Ef 1:20-22). O Salmo 24 encontra seu cumprimento definitivo quando Cristo entra nos portais celestiais após Sua vitória na cruz. Os anjos O recebem, o céu se abre e o Cristo ressurreto é entronizado para sempre (Hb 1:3). Seu reino é eterno e indestrutível. Ele virá julgar, governar e restaurar todas as coisas (At 3:21). O Rei da Glória é Jesus — ontem, hoje e eternamente.

 

 CONCLUSÃO

O Salmo 24 apresenta o Rei da Glória, e as Escrituras revelam que esse Rei é Jesus Cristo. Ele é o Criador (Cl 1:16), o Redentor (Ef 1:7), o Deus forte (Is 9:6), o Senhor dos Exércitos (Ap 19:14). Ele entrou em Jerusalém como Rei humilde e entrará novamente como Rei glorificado. Como Igreja, precisamos abrir as portas do coração, da família, da congregação e da vida espiritual para receber o Rei. Não existe neutralidade diante dEle. Quem reconhece Sua realeza vive em santidade (1Pe 1:15-16), adoração (Jo 4:24), submissão (Tg 4:7) e missão (Mt 28:19-20). O Rei da Glória não é apenas tema teológico: é realidade viva. Ele reina, governa, salva, cura, liberta e voltará. Que toda a Igreja proclame: “Levantai, ó portas... e entrará o Rei da Glória!” (Sl 24:7-10). 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemática. 13. impr. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

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BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

GEISLER, Norman. Teologia Sistemática (vol. 2). Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

GILBERTO, Antonio. Bíblia com Comentário de Antonio Gilberto. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

RENOVATO, Elinaldo in Teologia Sistemática Pentecostal. 1. ed. (16a imp.) Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2.

SILVA, Severino Pedro da. O Homem. Corpo, Alma e Espírito. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

VINE, W. E., UNGER, Menil E & WHITEJR., Willian. Dicionário Vine. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

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