Subsídios para a Escola Bíblica Dominical (EBD) —
IPAD (Igreja Pentecostal Assembleia de Deus)
LEITURA TEMÁTICA:
“E a multidão que ia
adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o
que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” (Mateus 21:9)
LEITURA EM CLASSE: SALMOS 24.7-10
7. Levantai, ó portas, as
vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
8. Quem é este Rei da
Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.
9. Levantai, ó portas, as
vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
10. Quem é este Rei da
Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)
VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo é o Rei da Glória
revelado desde o Antigo Testamento até o Apocalipse, Aquele que reina com
autoridade absoluta sobre toda a criação visível e invisível. Ele é o Senhor
forte e poderoso, vitorioso nas batalhas espirituais, o Rei dos Exércitos e o
Messias prometido que venceu o pecado, o inferno e a morte.
SÍNTESE TEXTUAL
O Salmo 24 apresenta uma declaração
majestosa sobre o governo universal de Deus e a entrada triúmfica do Rei da
Glória. Tal revelação alcança sua plenitude em Jesus Cristo, identificado pelo
povo como “o Filho de Davi” e aclamado com “Hosana nas alturas!” (Mt 21:9). O
salmo descreve o Senhor como forte, poderoso e vitorioso, ecoando atributos que
o Novo Testamento aplica a Cristo (Hb 1:3; Ap 5:12). Esta lição demonstra que
Jesus é o cumprimento profético do Rei anunciado por Davi, aquele que entra nos
portais eternos com poder e majestade (Sl 24:7-10), estabelece Seu Reino entre
nós (Lc 17:21) e virá consumá-lo em glória (Ap 11:15). Em Cristo, o Rei da
Glória habita com Seu povo e conduz a Igreja em vitória.
INTRODUÇÃO
O Salmo 24 é um dos textos mais
profundos sobre a realeza divina nas Escrituras. Ele retrata Deus como o
Criador de todas as coisas — “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e
aqueles que nele habitam” (Sl 24:1) — e como o Rei que reivindica Sua presença
no meio do Seu povo. Historicamente, o salmo acompanha a entrada da Arca da
Aliança em Jerusalém, ato que simbolizava a instalação do trono de Deus no meio
da nação. Contudo, o significado profético do texto transcende seu momento
histórico e aponta para uma realidade maior: a vinda do Messias, o verdadeiro
Rei da Glória.
O Novo Testamento identifica Jesus
Cristo como esse Rei. Ele é o “Verbo que se fez carne” (Jo 1:14), o Rei
prometido a Davi (2Sm 7:12-16), o Senhor forte que venceu o diabo no deserto (Mt
4:1-11) e o Salvador que conquistou a morte por meio da ressurreição (1Co
15:20-22). Quando entrou em Jerusalém montado em um jumento, cumpriu a profecia
de Zacarias 9:9 e foi aclamado como o Rei messiânico (Mt 21:4-9). Após Sua
ressurreição e ascensão, Deus O exaltou soberanamente (Fp 2:9-11) e O revelou
como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16). Assim, esta lição examina
profundamente quem é esse Rei da Glória, como Davi O anunciou, como Sua
presença se manifestou na Arca da Aliança e como Ele se revela plenamente em
Jesus Cristo.
I — O CONTEXTO DO SALMO 24
1. A
autoria e o propósito do salmo
O Salmo 24 é atribuído a Davi, rei,
profeta e adorador. Ele escreveu este salmo em um contexto de profunda
celebração espiritual: a transferência da Arca da Aliança para Jerusalém,
conforme 2 Samuel 6:12-19. Tal evento representava mais do que uma mudança
física; simbolizava a entronização de Deus no coração político e religioso da
nação. Davi compreendia que nenhum governo, exército ou estrutura poderia
prosperar sem a presença do Senhor. Por isso declara: “Do Senhor é a terra e a
sua plenitude” (Sl 24:1). Essa afirmação ecoa passagens como Êxodo 19:5 e
Deuteronômio 10:14, que mostram a soberania total do Criador. O propósito do
salmo é conduzir o povo a reconhecer Deus como Rei supremo, Criador de todas as
coisas e detentor do direito absoluto sobre o mundo e sobre Seu povo. Além
disso, o salmo tem caráter litúrgico, sendo usado nos cultos do templo. Ele
combina doutrina, adoração e convocação espiritual, levando Israel a se lembrar
de que a presença de Deus é a chave para a vitória e para a vida espiritual
autêntica.
2.
A estrutura litúrgica do salmo
O Salmo 24 possui uma estrutura
litúrgica que demonstra seu uso cerimonial no culto público de Israel. Ele
apresenta um diálogo antífona entre sacerdotes, levitas e adoradores. A
primeira parte (Sl 24:1-2) exalta o domínio universal de Deus. A segunda parte
(Sl 24:3-6) questiona: “Quem subirá ao monte do Senhor?” e responde: o de mãos
limpas e coração puro. Essa seção lembra a santidade exigida em Levítico 19:2 e
Hebreus 12:14: “Sem santidade ninguém verá o Senhor.” A última parte (Sl 24:7-10)
traz uma convocação dramática: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças”. As
portas simbolizam o portal da cidade e do templo. Um grupo pergunta: “Quem é
este Rei da Glória?” e outro responde: “O Senhor forte e poderoso, o Senhor
poderoso na guerra.” Esta dinâmica mostra que o salmo era usado em procissões,
talvez quando sacerdotes se aproximavam do templo carregando a Arca. É como
Êxodo 15:3 declara: “O Senhor é homem de guerra.” A estrutura revela ordem,
reverência e exaltação ao Rei divino.
3.
A dimensão escatológica
Embora o salmo seja histórico, ele
contém forte dimensão profética e escatológica. O Rei da Glória não se limita à
figura literal da Arca entrando em Jerusalém, mas aponta para o Messias
prometido. Os profetas já anunciavam um Rei vindouro: Isaías 9:6-7 fala de um
governo eterno sobre os ombros do Filho; Miqueias 5:2 descreve o governante que
viria de Belém. No Novo Testamento, Jesus cumpre essas profecias. Ele é o
“Filho de Davi” (Mt 21:9), o “Pastor” anunciado (Jo 10:11) e o “Rei humilde” de
Zacarias 9:9, cuja entrada em Jerusalém ecoa o salmo. Quando o povo clamou:
“Hosana ao Filho de Davi!”, estava reconhecendo que Ele era o Rei esperado.
Além disso, o salmo aponta para a entrada celestial de Cristo após Sua
ascensão: “Assentou-se à direita da majestade nas alturas” (Hb 1:3). Apocalipse
19:11-16 mostra Cristo retornando como Rei dos reis. Assim, o salmo aponta para
o passado, o presente e o futuro do reinado divino.
4.
O Senhor dos Exércitos
O título “Senhor dos Exércitos” (YHWH
Tseva’ot) é um dos mais gloriosos de Deus nas Escrituras. Ele aparece mais de
250 vezes na Bíblia. Revela Deus como o Comandante supremo das legiões
celestiais, dos exércitos de anjos e de todas as forças invisíveis que cumprem
Seus decretos. Em 1 Samuel 17:45, Davi declara a Golias: “Eu venho a ti em nome
do Senhor dos Exércitos”, indicando que a vitória não depende da força humana.
Em 2 Reis 6:17, Eliseu vê carros e cavalos de fogo ao redor. Isaías O vê em
Isaías 6:3 e os serafins clamam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos
Exércitos.” O Salmo 24 identifica este mesmo Deus como “o Senhor forte e
poderoso” e “poderoso na guerra”. Esta designação também aponta para Cristo,
que lidera os exércitos celestiais em Apocalipse 19:14. Portanto, o Rei da
Glória não é apenas Rei espiritual, mas Rei militar vitorioso, invencível e
soberano.
SUBSÍDIO
BIBLIOGRÁFICO I — O CONTEXTO DO SALMO 24
O Salmo 24 integra o famoso tríptico
messiânico composto pelos Salmos 22, 23 e 24. Juntos, eles revelam o Messias
sofredor (Sl 22), o Pastor que guia Seu rebanho (Sl 23) e o Rei da Glória que
reina em majestade (Sl 24). Teólogos como Derek Kidner e Franz Delitzsch
afirmam que o salmo não apenas celebra a entrada da Arca, mas aponta
profeticamente para o advento do governo messiânico. A tradição judaica usava
este salmo no primeiro dia da semana, associando-o simbolicamente à criação e
ao domínio total de Deus. O salmo é profundamente cristológico porque apresenta
um Rei que entra triunfante nos portais eternos, linguagem que se harmoniza
perfeitamente com a ascensão de Cristo em Atos 1:9-11 e com Sua exaltação em
Filipenses 2:9-11. A expressão “Rei da Glória” destaca a divindade absoluta do
personagem descrito. No Novo Testamento, apenas Jesus cumpre plenamente esse
título. Ele venceu a morte (Ap 1:18), derrotou os principados e potestades (Cl
2:15) e foi exaltado à mais alta posição. A pergunta repetida no salmo — “Quem
é este Rei da Glória?” — encontra sua resposta definitiva em Cristo. Ele é o
Senhor dos Exércitos que lidera os anjos (Mt 26:53) e que retornará como
guerreiro vitorioso (Ap 19:11-16). Assim, o salmo é uma visão profética e
teológica que aponta diretamente para a majestade do Cristo exaltado.
II —
DAVI E A ARCA DA ALIANÇA
1.
A presença de Deus entre o povo
A Arca da Aliança simbolizava a
presença real de Deus no meio de Israel. Em Êxodo 25:22, Deus declara: “Ali
virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório.” Tal afirmação revela
que a Arca não era apenas um objeto religioso, mas o trono do Deus vivo entre
Seu povo. Em Números 7:89, Moisés ouvia a voz de Deus de entre os querubins.
Davi compreendia profundamente essa verdade; por isso a presença da Arca era
prioridade para seu governo. Em 1 Crônicas 13:3, ele diz: “Tragamos de volta
para nós a Arca do nosso Deus, porque nos dias de Saul não a buscamos.” Ele
sabia que sem Deus a nação ficaria vulnerável, espiritualmente fraca e
politicamente instável. A Arca representava o governo, a orientação e a
proteção divina. Além disso, era lembrete da aliança feita no Sinai (Êx 19:5).
Na presença de Deus, Israel encontrava direção, perdão e vitória (Sl 16:11; 2Cr
20:15). Davi entendia que nenhum rei, exército ou estratégia humana poderia
substituir a presença do Senhor.
2.
A primeira tentativa fracassada
Davi desejou trazer a Arca para
Jerusalém, mas sua primeira tentativa fracassou dramaticamente porque ele
ignorou as instruções divinas. Em 2 Samuel 6:3-7, eles colocaram a Arca sobre
um carro novo — prática proibida, pois a Arca deveria ser transportada nos
ombros dos levitas (Êx 25:14; Nm 4:15). Uzá tocou na Arca quando os bois
tropeçaram, e Deus o feriu imediatamente. Este episódio demonstra que boas
intenções não substituem a obediência à Palavra. Davi ficou temeroso e
frustrado (2Sm 6:8-9), lembrando que Deus não aceita informalidade no trato com
o sagrado. Hebreus 12:28-29 declara que devemos servir a Deus com reverência,
“porque o nosso Deus é fogo consumidor.” O erro de Davi ensina que o culto e o
serviço a Deus devem seguir Suas diretrizes e não métodos humanos. Deus não precisa
de criatividade que substitua mandamentos, mas de obediência fiel. Este
fracasso trouxe arrependimento e temor saudável, preparando Davi para buscar ao
Senhor corretamente.
3.
A segunda tentativa bem-sucedida
Após reconhecer seu erro, Davi buscou
instrução nas Escrituras (1Cr 15:13-15). Na segunda tentativa, os levitas
carregaram a Arca como Deus ordenara. O ambiente foi marcado por sacrifícios,
alegria e reverência. Em 2 Samuel 6:14-19, Davi dança diante do Senhor com todo
o seu vigor, expressando adoração genuína e profunda gratidão. A presença da
Arca trouxe bênção para a casa de Obede-Edom (2Sm 6:11), demonstrando que a
presença de Deus produz prosperidade espiritual e material. Davi oferece
holocaustos, distribui pão e carne para todo o povo e abençoa a congregação em
nome do Senhor dos Exércitos. Salmos 100:2 declara: “Servi ao Senhor com
alegria.” A celebração não era emocionalismo vazio, mas resposta santa à
presença divina. A segunda tentativa revela que Deus honra quem O busca
corretamente (Jr 29:13) e que a obediência abre caminhos para a manifestação
gloriosa do Senhor.
4.
A Arca como sombra de Cristo
A Arca da Aliança é uma das mais ricas
tipologias de Cristo no Antigo Testamento. Dentro dela estavam as tábuas da lei
(Êx 25:16), simbolizando em Cristo o cumprimento perfeito da Lei (Mt 5:17). O
maná representava Jesus como o Pão da Vida (Jo 6:51). A vara de Arão que floresceu
representava Sua ressurreição e sacerdócio eterno (Hb 7:24). O propiciatório
sobre a Arca refletia Cristo como nosso sacrifício definitivo (Rm 3:24-25).
Assim como a Arca era o lugar da presença divina entre os homens, Cristo é o
Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23). Quando a Arca subiu a Jerusalém, apontava
para o dia em que Cristo também entraria na cidade sendo aclamado como Rei (Lc
19:37-38). A Arca era o centro do culto; Cristo é o centro da fé. A Arca era
objeto único; Cristo é Salvador perfeito. Tudo nela anuncia o Messias.
SUBSÍDIO
BIBLIOGRÁFICO II — DAVI E A ARCA DA ALIANÇA
Estudiosos como Gordon Wenham, Walter
Kaiser e Andrew Hill destacam que a Arca da Aliança é uma das mais completas
prefigurações de Cristo nas Escrituras. Seu conteúdo físico, sua função
litúrgica e seu simbolismo espiritual convergem para o Messias. As tábuas da
Lei revelam Cristo como o Verbo encarnado (Jo 1:1,14). O maná aponta para
Cristo como alimento celestial (Jo 6:48-51). A vara de Arão indica Sua
ressurreição e autoridade sacerdotal eterna (Hb 7:23-25). O propiciatório
revela Sua obra expiatória perfeita (Rm 3:25; Hb 9:12). Além disso, a Arca era
o trono de Deus entre os homens, e Cristo é a manifestação plena de Deus (Cl
1:15; Hb 1:3). A entrada da Arca em Jerusalém prefigura a entrada messiânica de
Cristo no Domingo de Ramos (Mt 21:1-9). A rejeição de Mical à adoração de Davi
revela contraste entre quem reconhece o Rei e quem não O aceita — cena repetida
no ministério de Jesus (Jo 1:11). A Arca apontava para o culto verdadeiro;
Cristo realiza esse culto. Ela era transporte da presença; Ele é a presença.
Ela se movia; Ele reina eternamente. Portanto, entender a Arca é compreender
Cristo.
III —
O REI DA GLÓRIA
1.
Jesus como cumprimento messiânico
Jesus Cristo é o cumprimento direto e
pleno das profecias messiânicas do Antigo Testamento. Isaías 9:6-7 profetiza um
Rei cujo governo não terá fim. Jeremias 23:5-6 fala do Renovo justo descendente
de Davi. Miqueias 5:2 anuncia o nascimento do Messias em Belém. Todas essas
profecias se cumprem exclusivamente em Jesus. Na entrada triunfal, Ele é
aclamado como “Filho de Davi” (Mt 21:9). Ele é Rei desde o nascimento (Mt 2:2),
Rei na morte (Jo 19:19) e Rei na eternidade (Ap 19:16). Ele cumpre o Salmo 24
porque somente Ele é o Rei digno de entrar nos portais eternos. Sua realeza não
é política nem terrena, mas espiritual, eterna e soberana (Lc 17:21). Ele
governa pela Palavra, pelo Espírito e pela verdade.
2.
O Rei forte e poderoso
O Salmo 24 declara que o Rei da Glória
é “forte e poderoso, poderoso na batalha”. Essa descrição se cumpre plenamente
em Cristo. Ele venceu Satanás no deserto (Mt 4:1-11), expulsou demônios com
autoridade (Mc 1:32-34), curou enfermos (Mt 8:16-17) e acalmou tempestades (Mc
4:39). Ele é o “Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5). Sua força também se revela na
cruz, onde Ele derrotou principados e potestades (Cl 2:15). Na ressurreição,
mostrou poder sobre a morte (1Co 15:54-57). Ele é o Senhor dos Exércitos, o
Deus guerreiro que nunca perde batalhas. Nenhuma força humana, espiritual ou
demoníaca pode resistir ao Seu domínio. Sua força não destrói Seus súditos;
liberta, transforma e vivifica. Ele é o Rei invencível.
3.
O Rei dos Exércitos celestiais
Apocalipse 19:11-14 descreve Cristo
como o comandante dos exércitos celestiais. Ele cavalga um cavalo branco e é
chamado “Fiel e Verdadeiro”. Seus olhos são como chama de fogo, de Sua boca sai
uma espada afiada e em Seu manto está escrito: “Rei dos reis e Senhor dos
senhores.” Esta imagem revela que Cristo não é apenas Rei espiritual, mas
Comandante supremo das hostes celestiais, assim como o Deus do Antigo
Testamento era chamado de Senhor dos Exércitos (1Sm 17:45; Is 6:3). Os anjos
são Seus servos (Hb 1:14). Ele envia, ordena, protege e julga. Cada batalha
espiritual travada pela Igreja é sustentada pelo poder do Rei que comanda todo
o céu. Ele não luta sozinho, mas lidera o exército santo que o acompanha em
vitória eterna.
4.
A entrada triunfal e a entrada final
A entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém (Mt 21:1-9) não foi apenas um evento simbólico, mas um ato profético
que antecipa Sua entrada final na glória. Ele entra montado em um jumento,
cumprindo Zacarias 9:9. O povo clama “Hosana!”, reconhecendo Sua realeza. Mas
essa entrada antecede outra: a entrada final e gloriosa descrita em Apocalipse
1:7, quando todo olho O verá. Enquanto a primeira entrada revela humildade e
oferta de salvação, a segunda revelará glória e juízo. Mateus 25:31 declara que
Ele virá em glória e se assentará no trono para julgar as nações. Os portais
eternos se abrirão definitivamente e toda língua confessará que Ele é Senhor
(Fp 2:11). A primeira entrada anuncia o Reino; a segunda consumará o Reino.
SUBSÍDIO
BIBLIOGRÁFICO III — O REI DA GLÓRIA
Teólogos como Millard Erickson, John
Stott e Wayne Grudem afirmam que o título “Rei da Glória” aplicado a Cristo é a
síntese perfeita da cristologia bíblica. Ele é Deus encarnado (Jo 1:1,14), Redentor
(Ef 1:7), Sacerdote eterno (Hb 7:24), Cordeiro que foi morto (Ap 5:12), e ainda
assim Rei soberano (Ap 19:16). Cristo reúne em Si todas as funções messiânicas.
Sua entrada em Jerusalém revela o Messias humilde, enquanto Sua ascensão revela
o Messias glorificado (At 1:9-11). Ele está acima de todo principado, poder e
domínio (Ef 1:20-22). O Salmo 24 encontra seu cumprimento definitivo quando
Cristo entra nos portais celestiais após Sua vitória na cruz. Os anjos O
recebem, o céu se abre e o Cristo ressurreto é entronizado para sempre (Hb
1:3). Seu reino é eterno e indestrutível. Ele virá julgar, governar e restaurar
todas as coisas (At 3:21). O Rei da Glória é Jesus — ontem, hoje e eternamente.
CONCLUSÃO
O Salmo 24 apresenta o Rei da Glória, e as Escrituras revelam que esse Rei é Jesus Cristo. Ele é o Criador (Cl 1:16), o Redentor (Ef 1:7), o Deus forte (Is 9:6), o Senhor dos Exércitos (Ap 19:14). Ele entrou em Jerusalém como Rei humilde e entrará novamente como Rei glorificado. Como Igreja, precisamos abrir as portas do coração, da família, da congregação e da vida espiritual para receber o Rei. Não existe neutralidade diante dEle. Quem reconhece Sua realeza vive em santidade (1Pe 1:15-16), adoração (Jo 4:24), submissão (Tg 4:7) e missão (Mt 28:19-20). O Rei da Glória não é apenas tema teológico: é realidade viva. Ele reina, governa, salva, cura, liberta e voltará. Que toda a Igreja proclame: “Levantai, ó portas... e entrará o Rei da Glória!” (Sl 24:7-10).
REFERÊNCIAS:
BERGSTEN,
Eurico. Teologia Sistemática. 13.
impr. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio
de Janeiro: CPAD, 2004.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio
de Janeiro: CPAD, 2011.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio
de Janeiro: CPAD, 2005.
BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional - NVI. São
Paulo: VIDA, 2000.
BOYER,
Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GEISLER,
Norman. Teologia Sistemática (vol. 2).
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
GILBERTO,
Antonio. Bíblia com Comentário de
Antonio Gilberto. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
PEDRO,
Severino. A Doutrina do Pecado. 1.
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
RENOVATO,
Elinaldo in Teologia Sistemática
Pentecostal. 1. ed. (16a imp.) Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
RIBAS,
Degmar (Trad.). Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2.
SILVA,
Severino Pedro da. O Homem. Corpo, Alma
e Espírito. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
VINE, W.
E., UNGER, Menil E & WHITEJR., Willian. Dicionário Vine. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.







Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, ele é importante para a melhora do conteúdo deste BLOG. Obrigado,Humberto Queiroz!