Você que gostaria de conselhos, mas não sabe onde encontrar? Não se preocupe, pois estás no lugar certo. Este BLOG foi feito para você tirar todas as suas dúvidas. Aqui você encontrará dicas de como resolver seus problemas, Subsídio para a Escola Dominical (Lição Jovens e Adultos – CPAD), Estudos, Pregações, Sermões etc.
domingo, 27 de setembro de 2015
"Bem-aventurado o que espera..." (Daniel 12.12ª).
Quem
nunca ouviu o provérbio: “Quem espera, sempre alcança”. O salmista disse: “Esperei
com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” [Salmos
40.1]. Abraão foi provado por longo tempo, mas foi abundantemente recompensado
saber esperar em Deus. O Senhor o provou através de uma demora em cumprir a
promessa. Satanás o provou pela tentação, Sara o provou por sua impertinência;
os homens o provaram pelo ciúme, desconfiança e oposição. Ele, porém, suportou
tudo pacientemente. Não discutiu a veracidade da promessa, não limitou o poder
de Deus, não duvidou da sua fidelidade, nem magoou o seu amor. Antes, curvou-se
à soberania de Deus, submetendo-se à sua infinita sabedoria e ficou em
silêncio, apesar das demoras, esperando a ocasião determinada pelo Senhor. E
assim, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa. As promessas de Deus
não podem deixar de ser cumpridas. Os que pacientemente esperam não serão
decepcionados. A expectação da fé será recompensada. Ei! A conduta de Abraão
condena um espírito apressado, reprova a murmuração, recomenda o espírito
paciente e encoraja uma quieta submissão á vontade e aos caminhos de Deus.
Lembre-se de que Abraão foi provado, de que ele esperou pacientemente; recebeu
a promessa e foi satisfeito. Imite seu exemplo, e receberá a mesma bênção.
A Salvação Prometida no Éden
Textos
Bíblico:
Gn 3.1-15; 1 Co 15.22
I. A Salvação é o tema principal da Bíblia
Na Bíblia vemos:
a) A provisão da Salvação,
2 Tm 1.9;
b) A necessidade da
Salvação, Rm 3.23;
c) A promessa da Salvação,
At 10.43;
d) O convite para a
Salvação, Mt 11.28;
e) A iniciativa humana
para a Salvação, Tg 4.8;
f) O preço da Salvação, 1
Pe 1.18,19.
II. A Promessa do Salvador
Diante do fracasso
humano, Deus pôs em execução seu plano de redenção Ef 1.4; 3.9, ao prometer um salvador Gn 3.15, que viria através da semente da mulher, Jesus Cristo (Is 7.14; Gl 4.4). Esta promessa
anuncia a vitória da semente da mulher, através das épocas (Gn 3.15; 4.25;
5.29; 8.18; 9.1,26; 12.1-3; 17.5-7; 28.3,4; 33.11; 49.10; 2 Sm 7.12,13; Is
7.14; 9.6; 11.1-4; Mt 1.20-23). Desde o inicio, Satanás procurou impedir o
comprimento da Palavra do Criador, mas não conseguiu (Gn 4.8; 32.6; Êx 1.15-22;
1 Sm 18.11; 2 Cr 22.10; Mt 2.16). A referida promessa apresentava duas
mensagens:
1) A semente da mulher esmagaria a cabeça
da serpente. Gn 3.15 isto foi feito por Jesus
Cristo na cruz (Lc 10.18; Jo 12.31; Rm 16.20; Cl 2.15; 1 Jo 3.8; 5.5; Ap
12.10).
2) O calcanhar da semente da mulher seria ferido. Havia
um preço a ser pago, isto fala do sofrimento e morte de Jesus Cristo (Is 53.3,4,14; Mt 4.1-10; Lc 22.39-44; Jo 12.31-33).
III. A salvação
prefigurada
Deus imolou uma vítima,
cuja pele serviu para cobrir a nudez de Adão e Eva (Gn 3.21). Este animal
prefigura, de modo claro, a obra realizada por Jesus Cristo na cruz, por nossos
pecados (1 Pe 3.18; 2 Co 5.21; Rm 5.6-8).
Conclusão:
Devemos vigiar, o Diabo
nosso adversário, trabalha de todas as maneiras para nos apartar da maravilhosa
comunhão com Deus. Porém, se resistirmos as suas ciladas, seremos vencedores, através
da obra do Salvador prometido no Éden, cujo sangue nos purifica de todo pecado
(1 Jo 1.7).
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Lição 13 – A Manifestação da Graça da Salvação
SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
3º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Tito 2.11-14; 3.4-6
TEXTO
ÁUREO: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os
homens.” (Tito 2.11).
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do 3º
Trimestre de 2015. Estudaremos a respeito da graça da Salvação, a mais
extraordinária manifestação do amor divino para com a humanidade. A graça de
Deus traduz a bondade do Senhor e o seu desejo de favorecer o homem, de ser
misericordioso com o ser humano, ainda que o homem não mereça esta benevolência
divina, vez que pecou e se rebelou contra o seu Criador. Entretanto, apesar do
pecado, Deus mostrou seu amor em relação ao homem, por intermédio da sua graça.
Sem que o homem mereça coisa alguma, Deus providenciou um meio pelo qual o
homem pudesse retornar a conviver com Ele. Ele enviou seu Filho para que
morresse em nosso lugar e satisfizesse a justiça divina. Portanto, a todos
quantos crerem na obra do Filho, Deus permite que venha novamente a ter
comunhão com Ele, ainda que imerecidamente. É este favor imerecido que consiste
na Graça de Deus.
I.
A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS
1.
A graça Comum. Graça – “hessed”, no hebraico; “charis”,
no grego; “gratia”, no latim -, tem o sentido de ser um favor imerecido
concedido por Deus à humanidade. Imerecido, porque o homem perdeu todo e
qualquer direito, ou privilégio junto ao seu Criador, por causa do pecado.
Deus não é apenas o
Criador da Terra, do homem, e de tudo que nela há, mas, pela sua Graça Comum,
ou Universal, ele é também o Sustentador de todas as coisas, incluindo a
existência do homem, conforme afirmou Paulo, em Atenas: “Porque nele vivemos, e
nos movemos, e existimos...” (Atos 17.28).
Sem a Graça comum, ou
Universal, que é um favor imerecido que ele quis e continua concedendo ao
homem, não haveria vida sobre a terra. Deus, através de sua Graça Comum,
abençoa todos os homens, crentes e incrédulos. Foi o que o Senhor Jesus deixou
claro, quando afirmou: “... porque faz que o seu sol se levante sobre maus
e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45).
Assim, quer o homem saiba
disto, ou não; quer reconheça ou não a misericórdia de Deus; quer seja grato ou
não, na verdade a sua vida está nas mãos de Deus e é sustentado pela sua Graça.
É Deus quem controla o dia
e a noite, que administra as estações do ano, que mantém a regularidade dos
movimentos de rotação e translação da terra, que mantém o equilíbrio da cadeia
alimentícia, que regula o sistema de defesa do corpo humano, entre tantos
outros benefícios concedidos pela sua Graça Comum, ou Universal. Por isto, nós
que conhecemos a Palavra de Deus, dizemos que “As misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).
2.
A Graça Salvadora. Sem qualquer mérito humano, mas
unicamente pela sua graça, Deus quis prover um meio de salvar o ser humano. E
proveu. E a graça salvadora de Deus não tem limites, é inesgotável, é abundante.
Por isto ela envolve todo o mundo, é suficiente para predispor toda a
humanidade a tornar-se merecedora da Redenção Divina, oferecendo-lhe a
oportunidade de escapar da justa e inevitável condenação – “Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus,
nosso Senhor” (Rm 6.23.) E porque é o “Deus de toda a graça”, conforme está
escrito em 1 Pedro 5.10, ele “...quer que todos se salvem e venham ao
conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Nesse sentido, e para que isto pudesse
acontecer foi que “... a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a
todos os homens” (Tito 2.11).
3.
Graça justificadora e regeneradora. A graça de Deus é a
fonte da justificação do homem (cf Rm 3.24; Ef 2.8). Ela substitui o
pecado na vida do homem, que é justificado pela fé em Cristo Jesus. Quando
somos justificados, somos atingidos pela graça divina (Rm 5.18), graça que
sobrepuja a nossa velha natureza, de tal sorte que o apóstolo diz que “onde o
pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20). Também na vida do justificado,
a graça reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor
(Rm 5.21).
A graça, portanto, passa a
ser o critério do nosso relacionamento com Deus. Somos, a todo momento, atingidos
pelo favor imerecido do Senhor. É por este motivo que o tempo em que vivemos é
denominado de “dispensação da graça” (cf. Ef 3.2), ou seja, o período em que o
relacionamento de Deus para com os homens é regido pela “graça”, pelo favor
divino em relação ao homem que não leva em consideração os méritos humanos.
A justificação é recebida
pela fé quando o ser humano crê em Jesus, aceitando-o como seu único e
suficiente Salvador, ou seja, no momento em que ocorre a conversão, quando se
torna uma “nova criatura” (2 Co 5.17). Desta feita, a pessoa torna-se partícipe
da família de Deus, como bem diz o apóstolo Paulo: “Assim que já não sois
estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus”
(Ef 2.19).
4.
Graça santificadora. A santificação é parte integrante da
vida cristã, e o cristão que não deseja a santificação está perdendo o temor a
Deus. Como Deus deseja também nos auxiliar no processo de santificação, Ele nos
dá o seu Santo Espírito para habitar em nós e nos orientar nesta separação do
mundo, ou seja, separação do pecado (não dos pecadores). A graça de Deus só
pode ser eficaz, na vida do convertido, se ele se dispuser a negar-se a si
mesmo, para ter uma vida de santidade.
A santificação é um
processo espiritual, que tem início na conversão, e deve prosseguir por toda a
vida do crente, até a morte, ou o seu encontro com Cristo, em sua vinda. É o
estado vivencial daquele que é santo, que vive em santidade. A falta de
santificação anula os efeitos da regeneração e da justificação. Diz a Bíblia:
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor" (Hb 12.14).
A vida cristã somente pode
progredir e se desenvolver se houver separação do pecado, o que deve ser
perseguido até o dia do arrebatamento da Igreja. A salvação é um contínuo
processo que, iniciando-se na regeneração, fruto do arrependimento e da
conversão, prossegue, após a justificação, mediante a santificação, até o seu
instante final, que é a glorificação.
II.
A CONDUTA DO SALVO EM JESUS
1.
Sujeição às autoridades (v. 1). “Lembra-lhes que se
sujeitem aos que governam, às autoridades sejam obedientes estejam prontos para
toda boa obra...” [Tt 3.1].
Paulo pede a Tito para
lembrar aos cristãos das assembleias de Creta as responsabilidades em relação
ao governo deles. O enfoque cristão ensina que todos os governos são ordenados
por Deus (Rm 13.1). Um regime pode ser não-cristão ou até anticristão, mas qualquer
governo é melhor do que nenhum governo. A ausência de governo leva à anarquia,
e um povo não pode sobreviver por muito tempo sob a anarquia.
O cristão precisa se
conscientizar de que ele tem dupla cidadania: é cidadão do Céu e também do
mundo. Ele deve obediência a Deus e também às autoridades constituídas. Duas
coisas são exigidas do cristão em relação às autoridades:
- Em primeiro lugar, submissão (Tt
3.1). Aqueles que governam são autoridades constituídas pelo próprio Deus
e devem ser respeitados. O cristão deve ser um cidadão exemplar, estando pronto
para toda boa obra. Ele não é um problema para a sociedade, mas um
benfeitor. O cristão deve ser cooperativo nos assuntos que envolvem toda a
comunidade, uma vez que a cidadania celestial (Fp 3.20) não o isenta de suas
responsabilidades como cidadão da terra. O cristão deve cumprir as leis e
instruções das autoridades civis e pagar seus impostos com fidelidade (Rm 13.6).
- Em segundo lugar, obediência (Tt
3.1). A obediência civil é responsabilidade do cristão. Ele não pode ser
anarquista nem agitador social, uma vez que resistir à autoridade é insurgir-se
contra o próprio Deus que permitiu que ele assumisse o cargo de autoridade.
Entretanto, a obediência civil tem limites. O Estado não é dono da consciência
dos homens. Se um governo determina que o cristão desobedeça a Deus, então ele
deve se opor, sob o principio de Atos 5.20: “Antes, importa obedecer a Deus do
que aos homens”. Sempre que o Estado se torna absolutista e opressor,
invertendo e subvertendo a ordem, promovendo o mal e coibindo o bem, os
cristãos têm o direito e até o dever de desobedecer. A autoridade é constituída
por Deus para promover o bem e coibir o mal (Rm 13.4).
2.
O relacionamento do cristão (v. 2). “não difamem a ninguém;
nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com
todos os homens” [Tt 3.2].
Paulo nos ensina que o
cristão deve relacionar-se positivamente não apenas com as autoridades, mas
também com seus pares, ou seja, com todos os membros da comunidade. Devemos ter
relacionamentos corretos não apenas dentro da igreja, mas também com os não
crentes.
O apóstolo Paulo menciona
quatro atitudes que um cristão deve cultivar no trato com seus concidadãos:
a)
não difamar a ninguém, ou seja, não destruir a reputação das pessoas –
“não difamem a ninguém...”. A difamação é um assassinato
moral. É usar a espada da língua para ferir e destruir a reputação das pessoas.
O cristão não deve caluniar ninguém. Aqueles que foram alvos da benignidade de
Deus não podem ser instrumentos de maldade para ferir as pessoas. Uma das
maneiras mais aviltantes de promover a si mesmo é falar mal dos outros.
b)
não ser contencioso, ou seja, não destruir o relacionamento com as
pessoas - "[...] nem sejam altercadores...". Altercar
é criar confusão, provocar contendas, envolver-se em discussões que ferem as
pessoas e destroem os relacionamentos. Devemos pavimentar o caminho do diálogo
em vez de sermos geradores de conflitos. Aqueles que foram reconciliados com
Deus devem buscar a reconciliação com as pessoas em vez de serem altercadores.
c) não
cavar abismos, mas construir pontes de contato com as pessoas - "[...]
mas cordatos...". O cristão precisa ser uma pessoa
polida. Sua língua deve ser bênção e não maldição. Precisamos tratar uns aos
outros com dignidade e respeito. Precisamos viver em paz uns com os outros.
d) ser
cortês - "[...] dando provas de toda cortesia, para com todos os
homens”'. Parece muito apropriado que a cortesia deva ser
ensinada como uma das virtudes cristãs. Essencialmente, significa pensar de
maneira amável acerca de outras pessoas, colocar os outros em primeiro lugar,
dizer e fazer coisas graciosas. A cortesia serve aos outros antes de si mesmo,
prontifica-se em ajudar e expressa pronta apreciação pela gentileza recebida.
Jamais é mal-educada, vulgar ou rude.
“... mostrando toda
mansidão para com todos os homens” (ARC). A mansidão não é um atributo
natural. Não é virtude, é graça. Alguém disse que “mansidão é aquela atitude
humilde que se expressa na submissão às ofensas, livre de malícia e de desejo
de vingança”. Ser manso não é ser frouxo ou ficar impassível diante dos
problemas. Ser manso não é ser tímido ou covarde. Não é manter a paz a qualquer
custo. Uma pessoa mansa é aquela que entregou seus direitos a Deus.
3.
A lavagem da renovação do Espírito Santo (v. 3). “Porque
também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados,
servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja,
odiosos, odiando-nos uns aos outros” [Tt 3.3].
O pecado atingiu todas as
nossas faculdades: razão, emoção e volição. Estávamos perdidos e condenados. Se
Deus não tivesse colocado seu coração em nós estaríamos arruinados
inexoravelmente.
Em Tito 3.3, Paulo faz um
diagnóstico sombrio da nossa condição antes de sermos salvos:
a)
Insensatez. “Nós éramos insensatos”. Nossa
mente estava corrompida pelo pecado. A estultícia e a insensatez eram as marcas
registradas da nossa vida. Nossos conceitos estavam errados, nossos valores
distorcidos e nossos desejos corrompidos.
b)
Desobediência. “Nós éramos desobedientes”. Nosso
coração, além de tolo e obtuso, era também rebelde e desobediente à autoridade
divina e humana. Nossa inclinação era toda para o mal. Éramos transgressores da
lei e rendidos a toda sorte de pecado. Estávamos depravados não só na mente,
mas também na moral.
c)
Extravio. “Nós éramos extraviados”. Sem Deus, sem a salvação em
Cristo, o homem é um extraviado, como ovelha errante (Mt 9.36); cada passo que
dávamos era para nos afastar mais de Deus. Mas bem-aventurado é aquele que age
como o "filho pródigo", o qual tomou a decisão sábia de retornar
humilhado à casa do pai, onde foi recebido com amor e misericórdia (Lc 15.18-24).
d)
Servindo a “várias concupiscências e deleites”. Ou
seja, nós éramos escravos de toda sorte de paixões e prazeres. Estávamos
com a coleira do diabo no pescoço. Éramos vítimas de forças malignas que não
podíamos controlar. Vivíamos presos com grossas cordas, sujeitos a toda sorte
de desejos pervertidos e embriagados por todas as taças dos prazeres mais
aviltantes. Sentíamos total anorexia pelos banquetes de Deus, mas profunda
voracidade pelo cardápio do pecado.
e)
Vivendo em Malícia e inveja. “Nós vivíamos em
malícia e inveja”. Nossa mente era cheia de maldade e sujeira. Vivíamos
rendidos à inveja, cobiçando o que não nos pertencia. A malícia ou maldade é o
que se faz quando se deseja o mal a alguém; a inveja é ressentir-se e desejar o
bem que outros têm. Essas duas atitudes insensatas interrompem todo relacionamento
humano.
f)
Odiosos, odiando. “Nós éramos odiosos e vivíamos odiando-nos
uns aos outros”. Nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros
estava em crise. Éramos odiosos e, por isso, odiávamos. Fazíamos o que éramos.
Quando o nosso relacionamento com Deus está rompido, não conseguimos conviver
conosco nem com as outras pessoas. Longe de Deus somos uma verdadeira guerra
civil ambulante.
III.
AS BOAS OBRAS E O TRATO COM OS HEREGES
1.
A prática das boas obras (v. 8). “Fiel é a palavra, e isto
quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às
boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens” [Tt 3.8].
Todos aqueles que creem em
Deus procuram aplicar-se às boas obras. As boas obras não são a causa, mas a
evidência da salvação. Não somos salvos pelas boas obras, mas para as boas
obras. Não são as nossas boas obras que nos levam para o céu; nós é que as levamos
para o céu (Ap 14.13).
2.
Como tratar com os hereges (v. 10). “Ao homem herege,
depois de uma e outra admoestação, evita-o” [Tt 3.10].
Um herege é simplesmente
uma pessoa que decidiu que está certa e que todos os demais estão equivocados.
Tito deveria evitar pessoas que gostavam de criar partidos dentro da igreja e
semear a cizânia da heresia e da discórdia. Nada machuca mais a igreja do que
aqueles que se apartam da verdade e vivem criando mal-estar, ferindo a
comunhão, falando mal das pessoas e maculando sua honra.
O que perturbava as
igrejas de Creta era a tendência de os falsos mestres formarem grupos
dissidentes, dividindo assim o corpo de Cristo. O erro dessas pessoas estava
ligado tanto à doutrina quanto à ética, tanto à teologia quanto à vida. Eram
pessoas facciosas. Deliberadamente persistiam em dividir a união da
igreja. Paulo ensina que não devemos nos envolver com as discussões tolas dos
falsos mestres. As pessoas que estão ocupadas fazendo a obra do Senhor não têm
tempo para discussões inúteis. Infelizmente, muitos acabam discutindo e dando
atenção demasiada aos ensinos que são contrários a Palavra de Deus. Muitos
acabam tendo um fim trágico: a apostasia.
CONCLUSÃO
Paulo termina a Epístola
pastoral de Tito rogando a graça de Deus sobre todos os crentes (“A graça seja
com vós todos. Amém!” Tt 3.15). A graça é a fonte da vida e melhor do que a
vida. Por ela somos salvos, por ela vivemos e por ela entraremos nos paramos
celestiais. Deus abençoe a todos que nos acompanharam neste trimestre letivo. Deixo
para meditação do amado (a) leitor (a) Números 6.24-26 que diz: “O Senhor te
abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha
misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.”
REFERÊNCIAS:
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo
Renovato de. As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio
inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual
do Visitador Cristão. Rio
de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
*****************************************************************************
AJUDE AOS NECESSITADOS
Querido (a) leitor (a),
Não me sinto bem em pedir-lhe uma ajuda em
dinheiro, mas não vejo outra saída, principalmente quando se trata em ajudar os
necessitados. Se você acha que pode ajudar com alguma quantia, ficarei bastante
grato.
Deposite qualquer valor:
AGÊNCIA: 0785
CONTA: 0370643 DIG. 5
BANCO: Bradesco.
Mais informações, envie-nos um email para hsqueiroz@bol.com.br
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Quão grande és tu
Hoje
vemos muitos pregadores se apresentando como astros, como estrelas, como
heróis. Fazem da igreja um teatro, do púlpito um palco e da mensagem uma peça teatral.
São pregadores que buscam os holofotes, que gostam dos aplausos e que são
amantes do dinheiro, mais do que da glória de Deus. Há aqueles que apreciam
cantar diante do espelho o hino 526 da Harpa Cristã: “Quão grande és tu”. São
pregadores que só pregam para grandes auditórios, que andam sempre acompanhados
de seguranças e só se hospedam em hotéis cinco estrelas, exigindo pelas suas
colossais apresentações polpudos cachês. A máscara do orgulho pode oferecer por
um tempo uma sensação de poder, e quando cai, não se apenas se quebra, mas
também reduz a pó àquele que a usou. A Bíblia diz que a soberba precede a ruína
(Provérbios 16.18). O que se exaltar será humilhado (Mateus 23.12). Quem quiser
ser o primeiro será o último (Marcos 9.35).
A máscara da piedade
A máscara da piedade atenta contra o próximo. Traímos o próximo quando
apontamos um caminho pelo qual não andamos. Falseamos a verdade ao proclamarmos
uma mensagem que nós mesmos não abraçamos. Ferimos o próximo quando condenamos
nos outros um pecado que nós mesmos cometemos. Somos desonestos quando
projetamos nos outros nossos erros. Tornamo-nos falsos quando condenamos nos
outros o que nós mesmos fazemos. Os falsos piedosos são os mestres do pecado.
Seus pecados são mais hipócritas e mais pérfidos. Mais hipócritas porque
praticam em segredo aquilo que condenam em público. Eles engajam-se contra o
pecado em público e o praticam às escondidas. E ficam escandalizados quando a
máscara cai. Jesus disse que seria melhor amarrar uma pedra no pescoço e
afogar-se no mar do que ser pedra de tropeço para alguém (Mateus 18.8). O escândalo
é uma pedra de tropeço. Quando a máscara cai, muita gente fica decepcionada,
perplexa e ferida. Outros se escandalizam e retrocedem no caminho, cheios de
dúvidas e mágoas.
Diótrefes, um soberbo exclusivista
“Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que
procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à
memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não
contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e
os lança fora da igreja. Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de
Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.” (3 João 9-11).
Diótrefes se considerava o
dono da igreja. Cada pessoa nova que chegava na igreja era vista como uma
ameaça à sua liderança. Seu orgulho era tão doentio que não conseguia ter
prazer em ver pessoas novas integrando-se na igreja: enxergava-as como rivais.
Ele não abria mão de ocupar a primazia. Tudo estava na mão dele. Julgava-se o
centro de todas as coisas. Dessa mesma forma alguns agem ainda hoje e pretendem
governar a igreja de Deus com rigor, com despotismo e com insensibilidade,
ainda que escondidos atrás de pesadas máscaras de uma falsa espiritualidade e
de um santo zelo pelas tradições da igreja.
Soberba exclusivista dos pastores
Há
muitos pastores que mostram uma soberba exclusivista, julgando que apenas eles
possuem a verdade. Apenas os membros das igrejas que eles dirigem irão para o
céu, e os de outras denominações irão para o inferno. Julgam-se mais santos,
mais sábios, mais fortes que os outros. Condenam todos que não esposam suas
ideias. Encastelam-se numa torre de marfim e olham a todos de cima para baixo.
Desprezam os humildes, humilham os fracos, pisam os indefesos e constroem monumentos
aos seus próprios nomes.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Lição 12 – Exortações Gerais
SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
3º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Tito 2.1-8
TEXTO
ÁUREO: “Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra
incorrupção, gravidade, sinceridade” (Tito 2.7).
INTRODUÇÃO
Nesta Aula estudaremos o
capítulo 2 de Tito. Neste capítulo 2, Paulo se volta para a supervisão pastoral
das comunidades cretenses, direcionando suas exortações a grupos selecionados
por idade, sexo e posição social. Ele requer de cada um dos grupos um alto
padrão de conduta. Ao requerer isso ele demonstra sua preocupação tanto com a
boa reputação da igreja quanto com o avanço do evangelho num ambiente de
moralidade duvidosa. Os crentes, principalmente os líderes, deveriam professar
sua fé em Deus por meio da conduta. Os falsos mestres não viviam o que
pregavam. Havia um abismo entre o que eles falavam e o que eles faziam. Tito
deveria agir de forma diametralmente oposta aos falsos mestres. Não poderia
haver contradição entre a teologia e a ética de Tito. Não poderia existir
dicotomia entre o seu ensino e o seu comportamento.
I.
O MODO CORRETO DE FALAR DO LÍDER
1.
“Fala o que convém à sã doutrina” (v. 1). Os falsos
mestres não viviam o que pregavam. Pela própria conduta, eles negavam as
grandes verdades da fé. Havia um abismo entre o que eles falavam e o que esses
faziam. Quem pode mensurar o dano contra o testemunho cristão praticado por
aqueles que professavam grande santidade, mas viviam uma mentira? A tarefa
designada a Tito (e a todos os servos do Senhor) era falar [ensinar] “o que
convém à sã doutrina”. Ele tinha de eliminar o terrível abismo existente entre
o discurso e a vida do povo de Deus. Na realidade, esta é a ideia central da
epístola: a maneira prática de viver a sã doutrina com boas obras. Tito 2.2-15
dá exemplos práticos do que essas boas obras deveriam ser.
Não basta à igreja assumir
um papel crítico e denunciar as heresias dos falsos mestres e seu desvio de
caráter; é preciso, sobretudo, proclamar a verdade. Combate-se a heterodoxia
com a ortodoxia. Combate-se a heresia com a verdade. Em vez de Tito apenas ficar
na retranca e na defesa contra os falsos mestres, deveria partir para o ataque,
proclamando a sã doutrina.
2.
Saber falar e saber ouvir. O Líder que é sábio:
a)
Pensa antes de falar. Todos nós batalhamos contra a tentação de
falar antes de pensar, talvez uma palavra áspera ou crítica usada
desnecessariamente, talvez uma expressão de raiva ou ódio. Uma simples palavra
mal empregada pode levar uma nação à beira da guerra, destruir uma amizade de
toda a vida, desfazer uma família ou arruinar um casamento. Por isso, esta
advertência de Tiago: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio
para falar, tardio para se irar" (Tiago 1.19).
O que Tiago quer dizer com
“tardio” é que devemos refletir primeiro, e não falar de imediato. É preciso
saber a hora de falar e também o que falar. O que temos a dizer é verdadeiro? É
oportuno? Edifica? Transmite graça aos que ouvem? Geralmente falamos antes de
pensar, de ouvir, de orar, de medir as consequências. Devemos ter muito cuidado
com isso, pois: "a morte e a vida estão no poder da língua..." (Pv
18.21). As palavras podem dar vida ou matar. Quem fala demais acaba caindo em
pecado. Precisamos, pois, estar atentos sobre o que falamos, como falamos,
quando falamos, com quem falamos e por que falamos. Davi orava a Deus e pedia:
"Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus
lábios!" (Sl 141.3).
Há um ditado popular que
diz: “Em boca fechada não entre mosquito”. Falar sem pensar é consumada tolice.
Responder antes de ouvir é estultícia. Proferir palavras torpes e desandar a
boca para espalhar impropérios e maldades é perversidade sem tamanho. Esse não
pode ser o caminho do justo. Uma pessoa que teme a Deus reflete antes de falar,
sabe o que falar e como falar. Sua língua não é fonte de maldades, mas canal de
bênção para as pessoas. Diz o sábio: “O coração do justo medita o que há de
responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más” (Pv 15.28).
“Tardio para falar” e
“pronto para ouvir” é sinal de sabedoria, de maturidade emocional e espiritual.
Quem lidera tem que desenvolver a capacidade de escutar as pessoas, ainda que
não concorde com elas.
b)
Fala com temperança. Quem sabe conversar com calma
demonstra inteligência. Quem ouve e analisa antes de emitir sua opinião, pode
falar com mais eficácia. Diz o sábio: “A resposta branda desvia o furor, mas a
palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1); “... a língua branda quebranta os ossos”
(Pv 25.15). Aqui, o sábio nos mostra que não é a palavra branda que desvia o
furor, mas a resposta branda. Isso é mais do que ação, é reação. Mesmo diante
de uma ação provocante, a pessoa tem uma reação branda. É como colocar água na
fervura e acalmar os ânimos. Em outras palavras, é ter uma reação
transcendental. O oposto disso é a palavra dura e deselegante.
3.
Integridade no falar. O crente deve ter uma linguagem
sempre sadia e irrepreensível -“Linguagem sadia e irrepreensível, para que o
adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.8).
Nos dias em que vivemos,
em que "tudo é relativo", é preciso lembrar que o falar do crente
deve ser sim, sim, não, não, e o que sai disto é de procedência maligna (Mt 5.37).
Equivocam-se os faladores da atualidade que acham que suas palavras não são
levadas em conta pelo Reto e Supremo Juiz. Não só nossas ações, mas também
nossas palavras são levadas em conta diante de Deus. Tenhamos muito cuidado com
o que falamos, pois tudo está sendo anotado perante o Senhor - “Mas eu vos digo
que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do
Juízo” (Mt 12.36). Que possamos dizer como Jó: “Nunca os meus lábios falarão
injustiça, nem a minha língua pronunciará engano” (Jó 27.4).
- "Linguagem
sadia e irrepreensível...". O púlpito não pode ser um palco em que o
pregador usa piadas e gracejos inconvenientes e incompatíveis com a santidade
da mensagem. Não apenas a mensagem é santa, mas também a forma de comunicá-la
deve ser santa.
- "[...] para que o
adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso
respeito". A descrição que Paulo faz do adversário pode incluir os
críticos pagãos do cristianismo, bem como os indivíduos indispostos dentro da
comunidade. A melhor defesa contra os adversários é a completa integridade na
pregação, tanto na forma quanto no conteúdo. Devemos ser zelosos quanto à
doutrina e também quanto à forma pela qual ensinamos a doutrina, pois nossos
adversários sempre buscarão motivos para nos acusar. Não podemos deixar brechas
para o inimigo nos atacar.
II.
EXORTAÇÕES AOS IDOSOS, AOS JOVENS E SERVOS
1.
Como os idosos devem portar-se. “Quanto aos homens
idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no
amor e na constância” (v. 2). Os homens idosos são citados primeiro, porque deveriam
ser os pioneiros a aplicar a sã doutrina. A vida deles deveria recomendar a
doutrina que professavam. Os homens idosos deveriam demonstrar quatro
virtudes cardeais:
a) Deveriam
ser “temperantes”, ou seja, ter domínio próprio. Aqui,
a palavra “temperante” tem a ver com o domínio do vinho. A palavra grega
traduzida para temperante significa literalmente “sóbrio”, em contraposição a
ser muito indulgente com o vinho. Trata-se de uma pessoa que tem seus apetites
sob controle. A falta de disciplina e de limites em qualquer área da vida e o
uso imoderado do vinho causavam muitos transtornos na comunidade cristã da ilha
de Creta. “Os prazeres desenfreados custam muito mais do que valem”.
b) Deveriam
ser “respeitáveis”, ou seja, ter reputação aprovada.
Trata-se de uma pessoa que tem vida ilibada, caráter impoluto, bom testemunho
dos de fora. É uma pessoa que não tem brechas no escudo da sua fé. Alguém que
não pode ser acusado de escândalo.
c) Deveriam
ser “sensatos”, ou seja, ter equilíbrio nas atitudes. Trata-se
daquela pessoa que mede suas palavras, seus gestos, suas ações e suas reações.
É aquele homem que vive sob controle, que sabe governar cada instinto e paixão.
d) Deveriam
ser “sadios na fé, no amor e na constância”, ou seja, ter maturidade
espiritual. Fé, amor e esperança são a trilogia
neotestamentária da maturidade cristã. A maturidade cristã tem a ver com a
teologia que abraçamos, com o nosso relacionamento com Deus e com os irmãos e,
também, com a maneira que nos comportamos diante das pressões da vida.
2.
As mulheres idosas devem ser exemplo para as mais novas. “As
mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a
santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem” (v. 3).
Paulo destaca duas coisas
importantes que devem caracterizar as mulheres idosas:
a) Elas
devem ser cuidadosas quanto à maneira de viver -
“Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu
proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho”.
Aqui, Paulo mostra dois
aspectos: positivo e negativo.
- Quanto ao aspecto
positivo, as mulheres idosas devem ter um procedimento irretocável,
exemplar: ”... sérias em seu proceder...”. A idade avançada torna a
pessoa mais responsável.
- Quanto ao aspecto
negativo, as mulheres idosas devem evitar dois sérios pecados:
· O
pecado da calúnia – “não caluniadoras...”. As mulheres idosas não devem
falar mal pelas costas nem ser boateiras. Nada é mais pernicioso para a vida da
igreja do que o pecado da língua. Tiago diz que a língua é fogo e veneno. A
língua fere, destrói e mata (Tg 3.1-10). Salomão diz que "a morte e a vida
estão no poder da língua" (Pv 18.21). Podemos matar ou dar vida a um
relacionamento dependendo da maneira pela qual nos comunicamos.
· O
pecado da embriaguez – “... não escravizadas a muito vinho”. A
embriaguez é um vício degradante em todas as pessoas, mas quando mulheres que
deveriam ser exemplo de conduta capitulam-se à embriaguez, isso se constitui
num terrível escândalo.
b) Elas
devem ser cuidadosas quanto a maneira de ensinar –
“sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a
amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3b,4). As mulheres idosas deveriam não
apenas praticar o bem, mas ser mestras do bem. Deveriam não apenas ser exemplo,
mas também instruir as jovens recém-casadas a amar seus maridos e filhos. Esse
ensino desenrola-se na dinâmica da vida.
A igreja precisa tanto dos
mais velhos quanto dos mais jovens, e uns devem ministrar aos outros. É
importante destacar que a instrução só pode acontecer onde existe comunicação e
comunhão. É preciso construir pontes de comunicação entre os idosos e os jovens.
O conflito de gerações precisa ser resolvido antes que a instrução logre êxito.
3.
Os jovens cristãos (v. 6). Os jovens devem ser
exortados a serem criteriosos em tudo. O próprio Tito deveria se encarregar
desse trabalho de encorajar os jovens a viver um alto padrão. Juventude não é
sinônimo de imaturidade. O padrão para os jovens não é inferior nem eles estão
isentos da responsabilidade de viver de forma cuidadosa em todas as áreas da
vida (1 Tm 4.12).
Paulo não incitou Tito a
ensinar as mulheres jovens. Em nome da discrição, esse ministério é confiado às
mulheres idosas. Tito, porém, é aconselhado a exortar os jovens, e a
advertência específica é que eles sejam criteriosos e tenham autocontrole. Paulo
está pensando no controle de temperamento e da língua, da ambição e da avareza,
e especialmente dos apetites carnais, inclusive compulsões sexuais, de modo que
o jovem cristão permaneça dentro do imutável padrão cristão de castidade antes
do casamento e de fidelidade depois dele.
Trata-se de um conselho
apropriado, considerando que a juventude é um período cheio de entusiasmo, de
energia turbulenta e de impulsos ardentes. Em todas as áreas da vida, eles
precisam aprender o controle e o equilíbrio.
- José do Egito se
manteve puro mesmo quando a mulher de Potifar o abordou, e isso ocorreu várias
vezes. Ele preferiu ser preso numa masmorra e manter sua consciência livre e
pura a viver em liberdade, mas prisioneiro do pecado. A mais sombria de todas
as masmorras é a prisão da culpa. Não há remédio humano que possa aliviar a dor
da culpa. José preferiu ser um prisioneiro livre a ser um livre prisioneiro.
- O profeta Daniel resolveu
firmemente no seu coração não se contaminar, mesmo quando ainda era um
adolescente.
Os dois, José e Daniel, só
puderam liderar eficazmente outras pessoas porque antes dominaram a si mesmos.
Ninguém pode servir a outros até que tenha dominado a si mesmo. A Bíblia diz
que melhor é "[...] o que domina o seu espírito, do que o que toma uma
cidade" (Pv 16.32).
III.
O BOM EXEMPLO EM TUDO
1.
Bom exemplo (vv. 7,8). A vida do líder é a vida da sua
liderança. Ele ensina não apenas com palavras, mas, sobretudo, com exemplo. Os
falsos mestres dizem e não fazem, mas os mestres da verdade devem dizer e
fazer. Dizer e não fazer é hipocrisia. Nós precisamos de modelos; eles nos dão
direção, desafios e inspiração. Paulo se ofereceu como exemplo para a igreja de
Corinto (1 Co 11.1). Ele deu ordens a Timóteo a ser padrão dos fiéis (1 Tm 4.12).
Agora, ordena a Tito a ser padrão para os crentes na prática de boas obras
(Tt 2.7). Nós precisamos de modelos vivos. Precisamos de líderes que
preguem aos ouvidos e aos olhos. Que falem a sã doutrina e também demonstrem a
verdade que pregam com o seu modo de viver. O ensino e o exemplo, o verbal e o
visual, sempre formam uma combinação poderosa.
2.
Incorrupção da doutrina. Paulo diz que deve haver um
estreito paralelo entre a doutrina e o comportamento de Tito. Seu ensino deve
se caracterizar pela integridade. Integridade significa que o ensino deve
corresponder à fé entregue aos santos definitivamente. “Incorrupção” ou
“incorruptibilidade” tem a ver com o pastor sincero que não pode ser corrompido
do caminho da verdade. Infelizmente, hoje, temos visto igrejas que “vendem”
bênçãos por dinheiro, utilizam manipulação psicológica para arrecadar mais
recursos das pessoas; fazem “curas” e “milagres”, em troca do vil metal. Isso é
corrupção. Isso é uma vergonha!
3.
Gravidade e sinceridade. “gravidade e sinceridade (v7)”
indicam um ensino com reverência, para que as palavras de Tito fossem
respeitadas e levadas a sério. Reverência denota um alto tom moral na exposição
da sã doutrina. Um pregador irreverente é uma contradição. A vida do pregador
não pode estar em oposição à sua mensagem. Muitos escândalos têm perturbado a
igreja do Senhor Jesus, ao longo da história, por causa de comportamento
irresponsável e vulgar de alguns obreiros.
Completando a lista de
recomendações, Paulo diz que Tito deve ter “linguagem sadia e irrepreensível,
para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”(Tt
2.8). Tito deveria estar acima de quaisquer críticas sobre a maneira como ele
ensinava. Devido ao seu papel exclusivo em Creta, a sua vida deveria exibir um
grau admirável de correção. Ele estaria exposto constantemente. Cada palavra de
Tito seria avaliada de modo que ele continuasse acima de censuras ou
condenações. A sua vida exemplar, os seus ensinos e a sua linguagem
envergonhariam aqueles que pudessem desejar dizer mal dele. Isso se aplica a
todos aqueles que estão em evidência na obra do Senhor, principalmente aqueles
que se dedicam ao espinhoso ministério do ensino.
CONCLUSÃO
Uma igreja local é a
materialização da igreja visível. Nela, podem-se observar os diversos tipos de
pessoas que aceitam a Cristo, de verdade ou não. Os que são crentes verdadeiros
demonstram ser novas criaturas pelo seu porte, testemunho e por suas obras. Os
que são falsos crentes também se revelam por seu caráter, expresso em sua
conduta. A Palavra de Deus é o referencial para todo comportamento cristão, em
todas as faixas etárias da vida.
REFERÊNCIAS:
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo
Renovato de. As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio
inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual
do Visitador Cristão. Rio
de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
*****************************************************************************
AJUDE AOS NECESSITADOS
Querido (a) leitor (a),
Não me sinto bem em pedir-lhe uma ajuda em
dinheiro, mas não vejo outra saída, principalmente quando se trata em ajudar os
necessitados. Se você acha que pode ajudar com alguma quantia, ficarei bastante
grato.
Deposite qualquer valor:
AGÊNCIA: 0785
CONTA: 0370643 DIG. 5
BANCO: Bradesco.
Mais
informações, envie-nos um email para hsqueiroz@bol.com.br
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
TRÊS CLASSES MAIS DESACREDITADAS DA NAÇÃO
A
igreja perdeu a capacidade de influenciar, pois está como o sal sem sabor que
provoca náuseas, em vez de apetite. A igreja está sendo mais conhecida na mídia
pelos seus escândalos do que pela sua piedade. Em recente pesquisa em nosso
país, foi constatado que as três classes mais desacreditadas da nação são os políticos,
os policiais e os pastores. Aqueles que deveriam ser a maior referência de
caráter na nação estão se tornando em pedras de tropeço, cometendo escândalos os
mais vergonhosos.
CONVERTIDO ou CONVENCIDO
As
pessoas entram para a igreja, mas não transformadas. Elas se se tornam evangélicas,
mas não nasceram de novo. O caráter não é transformado. Elas não se tornam
novas criaturas. A vida não muda, a família não muda, a conduta não muda. Elas
continuam construindo sobre a areia. Isso porque o evangelho não está mais presente
nos púlpitos como verdade absoluta. Os pregadores estão falando mais de autoajuda
do que da ajuda do alto. Eles pregam mais sobre o que o homem pode alcançar do
que sobre a gloriosa obra da graça de Deus a favor do homem. Na verdade, os
pregadores estão atrás de aplausos e riqueza, em vez de buscarem a glória de
Deus e a salvação dos perdidos.
A máscara da piedade
“Mas,
qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe
fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na
profundeza do mar.” (Mateus 18.6).
A
máscara da piedade atenta contra o próximo. Traímos o próximo quando apontamos
um caminho pelo qual não andamos. Falseamos a verdade ao proclamarmos uma
mensagem que nós mesmos não abraçamos. Ferimos o próximo quando condenamos nos
outros um pecado que nós mesmos cometemos. Somos desonestos quando projetamos
nos outros nossos erros. Tornamo-nos falsos quando condenamos nos outros o que
nós mesmos fazemos. Os falsos piedosos são os mestres do pecado. Seus pecados
são mais hipócritas e mais pérfidos. Mais hipócritas porque praticam em segredo
aquilo que condenam em público. Eles engajam-se contra o pecado em público e o
praticam às escondidas. E ficam escandalizados quando a máscara cai. Jesus
disse que seria melhor amarrar uma pedra no pescoço e afogar-se no mar do que
ser pedra de tropeço para alguém (Mateus 18.6). O escândalo é uma pedra de
tropeço. Quando a máscara cai, muita gente fica decepcionada, perplexa e ferida.
Outros se escandalizam e retrocedem no caminho, cheios de dúvidas e mágoas.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Lição 11 – A Organização de uma Igreja Local
SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
3º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Tito 1.4-14
TEXTO
ÁUREO: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as
coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como
já te mandei.” (Tito 1.5).
INTRODUÇÃO
Em continuidade ao estudo
das “Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais”, estudaremos a partir desta
Aula a Epístola de Tito. Esta é a mais breve das três cartas pastorais escritas
pelo apóstolo Paulo. Tito foi incumbido de pôr em ordem o que Paulo deixara
inacabado nas igrejas de Creta, inclusive a instituição de presbíteros nessas
igrejas (Tt 1.5); ajudar as igrejas a crescerem na fé, no conhecimento da
verdade e em santidade (Tt 1.1); e silenciar falsos mestres que perturbavam a
fé dos cristãos dessa ilha. Ele, na condição de presbítero supervisor, deveria
estabelecer igrejas "de cidade em cidade", ministrar a palavra de
edificação e advertência contra os falsos cristãos, repreendendo-os de modo
veemente. Não era fácil a missão de Tito.
I.
A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO
1.
O intento da Epístola. O principal intento desta Epístola
é dar conselhos e orientar ao jovem pastor Tito a respeito dos seguintes temas:
a)
A organização das igrejas (Tt 1.5). Muitas coisas
estavam fora de lugar nas igrejas de Creta. Tito foi deixado lá para colocá-las
em ordem. Essas coisas incluíam o ensino da sã doutrina, a aplicação da
disciplina, o combate aos falsos mestres e a instrução da sã doutrina aos
crentes.
b)
A liderança das igrejas (Tt 1.5-9). Paulo tinha uma
solene preocupação com o governo da igreja. Uma igreja bíblica precisa ter
líderes sãos na fé e na conduta. Paulo deixa claro que o objetivo supremo do
governo da igreja é a preservação da verdade revelada.
c)
O combate aos falsos mestres e às falsas doutrinas (Tt 1.10-16). A
liderança da igreja precisa vigiar para que os lobos que estão do lado de fora
não entrem; nem os lobos vestidos de peles de ovelha, disfarçados dentro da
igreja, arrastem após si os discípulos (At 20.29-31).
d)
O ensino da sã doutrina (Tt 2.1). A igreja não deveria
ficar apenas na defensiva, combatendo os falsos mestres, mas deveria,
sobretudo, engajar-se no ensino da sã doutrina.
e)
A promoção da ética cristã (Tt 2.2-10). Paulo
dá orientações claras para os líderes e para os liderados. As prescrições
apostólicas contemplam os idosos, os recém-casados, os jovens e os servos. Não
é suficiente ter doutrina sã, é preciso também ter vida santa. A doutrina
sempre deve converter-se em vida. Quanto mais conhecemos a verdade, tanto mais
deveríamos viver em santidade.
f)
A prática das boas obras (Tt 2.11-14; 3.8,14). Não
somos salvos pelas boas obras, mas demonstramos nossa salvação por meio delas.
A salvação é pela fé somente, mas a fé salvadora nunca vem só; ela é
acompanhada das boas obras. A fé é a causa; as boas obras são o resultado da
salvação. As nossas boas obras não nos levam para o céu, mas nos acompanham
para o céu (Ap 14.13).
g)
A submissão às autoridades (Tt 3.1-11). A ilha de Creta
havia sido subjugada por Roma em 67 a.C., e desde então permaneceu resistente
ao jugo colonial romano. Paulo já havia destacado a atitude insubordinada dos
cretenses (Tt 1.10,16). Agora, Tito deveria orientar os cristãos de Creta a
serem submissos aos seus governantes. A obediência dos cristãos como cidadãos
deveria ornar a doutrina que pregavam.
O cristão tem dupla
cidadania: é cidadão do céu e também do mundo. Ele deve obediência a Deus e
também às autoridades constituídas. Duas coisas são exigidas do cristão em
relação às autoridades:
-
Em primeiro lugar, submissão (Tt 3.1). Aqueles que governam
são autoridades constituídas pelo próprio Deus e devem ser respeitados e
obedecidos. A obediência civil é responsabilidade do cristão. Ele não pode ser
anarquista nem agitador social, uma vez que resistir à autoridade é insurgir-se
contra o próprio Deus que a constituiu.
-
Em segundo lugar, obediência (Tt 3.1). A submissão implica
obediência e cumprimento dos deveres. O cristão deve ser cooperativo nos
assuntos que envolvem toda a comunidade, uma vez que a cidadania celestial (Fp
3.20) não o isenta de suas responsabilidades como cidadão da terra.
2.
Data em que foi escrita. Devido à semelhança dos temas e
da linguagem, os conservadores creem que Tito foi escrito por volta do mesmo
período ou um pouco depois de 1 Timóteo. De qualquer modo, o livro foi escrito
entre 1 e 2 Timóteo, e não depois de 2 Timóteo. Embora seja impossível fixar
uma data exata, é provável que tenha sido entre 64 e 66 d.C. O lugar possível
de origem é a Macedônia.
3.
Um viver correto. Uma vez que os crentes novos
convertidos eram egressos do paganismo, a igreja nascente estava enfrentando
muitas dificuldades, tanto externas quanto internas. A ilha de Creta era
uma região altamente marcada pela devassidão moral e pela disseminação de
muitas heresias. As igrejas, ainda incipientes, corriam sérios riscos de ser
atacadas por esses perigos morais e espirituais. Somente sob uma liderança
bíblica e moralmente sadia a igreja poderia resistir a esse cerco ameaçador. Provavelmente,
Paulo esteve na ilha de Creta na companhia de Tito no intervalo entre suas duas
prisões em Roma. Depois da sua partida, Satanás se esforçou não só para
derrotar o governo da igreja, mas também para corromper a fé dos novos
convertidos com falsas doutrinas. Por isso, Paulo urge em mandar Tito para
tratar da ordem na igreja e exigir que os irmãos vivam de maneira correta e
santa. A santificação - sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14) - é
um processo gradual e contínuo que conduz ao aperfeiçoamento do caráter e da
vida espiritual do crente, tornando-o participante da natureza divina (2Pe 1.4).
II.
O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS
1.
Qualificação dos pastores. As características do presbítero
exaradas neste texto têm mais a ver com a vida dele do que com o seu
desempenho. A vida do líder é a vida da sua liderança. A vida precede o
ministério e é sua base. Portanto, ele precisa ser irrepreensível.
O retrato que Paulo traça
do presbítero (Tt 1.6) ou bispo (1.7) é emoldurado pela irrepreensibilidade. O
presbítero não pode deixar brechas no seu escudo moral. Seu ofício é público e
sua reputação pública precisa ser inquestionável.
Pelo texto, o presbítero
precisa ser irrepreensível em três áreas distintas:
A) IRREPREENSÍVEL COMO
LÍDER DE SUA FAMÍLIA - Tt 1.6
Nesta área, ele precisa
ser irrepreensível em dois pontos vitais:
1)
Como marido de uma mulher. Marido de uma só mulher quer
dizer marido fiel à sua esposa, ou seja, um homem livre de qualquer suspeita
quanto à sua relação matrimonial, íntegro em sua conduta conjugal.
2)
Irrepreensível como pai. O presbítero precisa ser o sacerdote
do seu lar, o líder espiritual da sua família. Deve criar seus filhos na
disciplina e admoestação do Senhor. Se o presbítero não sabe governar a própria
casa, como poderá governar a igreja de Deus?, pergunta o apóstolo Paulo (1Tm 3.4,5).
Obviamente isso se aplica aos filhos que vivem com a família sob a autoridade
do pai.
B) IRREPREENSÍVEL COMO
DESPENSEIRO DE DEUS - Tt 1.7,8
Neste aspecto, Paulo
aborda o assunto sob duas perspectivas: primeiro, ele trata do
aspecto negativo, isto é, o que um presbítero não deve ser; segundo, do
aspecto positivo, isto é, o que o presbítero deve ser e ter. Vejamos, em
resumo, estes aspectos.
B1) ASPECTOS NEGATIVOS -
defeitos que o presbítero não deve ter. O presbítero não deve ser:
1)
Soberbo. Soberba é aquela pessoa que exalta a si mesma,
que só se preocupa consigo mesma e olha para os outros com discriminação e
desprezo.
2)
Iracundo. A Bíblia não classifica toda ira como pecado (Ef
4.26); o que ela condena é o homem genioso, esquentado, de estopim curto, que,
além de irar-se com facilidade, também fica remoendo por longo tempo a sua ira.
Um homem que nutre mágoas e ressentimentos em seu coração definitivamente não
está preparado para exercer o presbiterato.
3)
Dado ao vinho. O apóstolo Paulo é claro quando escreve
aos efésios: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas
enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
4)
Violento. Trata da violência tanto verbal quanto física.
Aquele que governa os outros precisa governar primeiro suas emoções, ações e
reações.
5)
Cobiçoso de torpe ganância. Os cretenses eram conhecidos
como indivíduos inveteradamente gananciosos (Tt 1.10-13). Alguém disse que eles
se apegavam ao dinheiro como as abelhas ao mel. Os presbíteros precisam ser
homens despojados dessa torpe ganância (Tt 1.7). Veja a recomendação do
apóstolo Pedro: “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que
também sou presbítero... apascentai o rebanho de Deus que está entre vós,
tendo cuidado dele...não por torpe ganância...” (1 Pe 5.1,2).
B2) ASPECTO POSITIVO – o
que o presbítero deve ser e ter. O presbítero deve ser conhecido pelo que ele é
e faz. Ele deve ornar o seu caráter como despenseiro de Deus com as seguintes
virtudes:
1)
Deve ser hospitaleiro. A hospitalidade na igreja
primitiva era uma necessidade vital para o avanço missionário da igreja. Sem
hospitalidade os missionários itinerantes teriam sua atividade estancada. E
mais, nos primeiros dois séculos da era cristã não havia templos, por isso, as
igrejas reuniam-se em casas (Rm 16.5; 1 Co 16.19; Fm 2). Hoje, esta prática
está em desuso. Todavia, quando a hospitalidade for estritamente necessária, a
recomendação é clara: “Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a
hospitalidade” (Hb 13.1,2).
2)
Deve ser amigo do bem. O presbítero precisa ser um
homem amante das boas ações. Ele não tem prazer mórbido de falar mal dos
outros, mas tem grande deleite em dizer o bem das pessoas. Ele não apenas chora
com os que choram, mas também se alegra com os que se alegam.
3)
Deve ser moderado. O presbítero deve ter o domínio
completo sobre suas paixões e desejos, o que impede de ir além do que a lei e a
razão lhe permitem e aprovam. Explicando melhor, o presbítero precisa ter
equilíbrio, domínio próprio, autocontrole. Só se consegue ser assim com a unção
do Espírito sobre sua vida (ler Ec 9.8).
4)
Deve ser justo. O presbítero é um homem que não usa
dois pesos e duas medidas. Ele não faz acepção de pessoas nem tolera
preconceitos. Ele é justo no falar e no agir.
5)
Deve ser piedoso, santo. Deus não usa grandes talentos,
mas homens piedosos. Nós estamos à procura de melhores métodos, e Deus
está à procura de melhores homens. Deus não unge métodos, unge homens piedosos.
6)
Deve ter domínio próprio. Ninguém está apto para liderar
os outros se não tem domínio de si mesmo. Aquele que domina a si mesmo é mais
forte do que aquele que domina uma cidade.
C) IRREPREENSÍVEL COMO
MESTRE DA PALAVRA - Tt 1.9.
Nesta etapa é tratada a
relação do presbítero com a igreja local. Refere-se ao ministério de ensino da
Palavra de Deus. Paulo menciona três coisas importantes:
(1)
O presbítero precisa demonstrar fidelidade doutrinária. “Retendo
firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina...". O presbítero precisa
ser um estudioso das Escrituras. Ele precisa afadigar-se na Palavra (1 Tm 5.17).
Paulo diz que os presbíteros têm dois ministérios com respeito à Palavra de
Deus: (a) edificar a igreja pela sã doutrina; (b) rejeitar os falsos mestres
que espalham doutrinas perniciosas.
(2)
O presbítero precisa demonstrar capacidade para o ensino. Paulo
prossegue: “para que seja poderoso... para admoestar com a sã
doutrina...". A capacidade para exortar não vem da força, das
técnicas da psicologia nem mesmo do ofício que o presbítero ocupa, mas do
conhecimento da verdade para aplicar corretamente as Escrituras. A exortação
não é fruto de capricho ou opinião pessoal do presbítero, mas do reto ensino
das Escrituras. Sua exortação está fundamentada no reto ensino da verdade.
(3)
O presbítero precisa demonstrar habilidade na apologética. Paulo
diz que o presbítero precisa ser “[...] poderoso [...] para convencer os
contradizentes”. Somente um indivíduo que tem destreza na verdade pode
confrontar os falsos mestres, combater os falsos ensinos e convencer aqueles
que contradizem a Palavra de Deus.
Essas são as qualificações
dos líderes espirituais na igreja local. Deve-se notar que nada se diz sobre
proezas físicas, realizações educacionais, posição social ou habilidade nos
negócios. Uma pessoa simples pode ser presbítero qualificado pela boa reputação
espiritual e o seu caráter notório. O verdadeiro pastor está profunda e
vitalmente envolvido na vida espiritual da igreja pelo ensinamento, exortação,
encorajamento, repreensão e correção.
2.
Crentes, porém, problemáticos. Depois de falar dos
atributos dos verdadeiros mestres, Paulo passa a descrever as características
dos falsos mestres. Havia muitos falsos mestres, especialmente os da circuncisão,
ou seja, os judaizantes. Paulo menciona duas facetas desses falsos mestres:
- Eles eram desordenados
[insubordinados] (1.10). Os falsos mestres eram rebeldes e falastrões.
Enquanto os presbíteros se colocavam debaixo da autoridade das Escrituras, eles
se insurgiam contra ela e faziam isso com palavras insolentes e vazias. Os
falsos mestres se negavam a obedecer à sã doutrina e à liderança constituída da
igreja.
- Eles eram enganadores (1.10). A
vida deles era errada e a doutrina deles era falsa. Suas palavras não produziam
nenhum benefício espiritual. Ao contrário, privavam as pessoas da verdade e as
induziam ao erro. Em vez de levar os homens à verdade, esses falsos mestres os
faziam afastar-se dela. Em vez de firmar as pessoas na fé, os desviavam dela.
Os principais encrenqueiros eram “os da circuncisão”, isto é, os mestres judeus
que professavam ser cristãos e ainda assim insistiam em que os cristãos
deveriam ser circuncidados e observar os ritos judaicos para poder ser salvo.
Tratava-se da negação prática da autossuficiência da obra de Cristo.
3. Não dar ouvidos a ensinos falsos. “Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância” (Tt 1.11). Paulo, aqui, trata da influência dos falsos mestres referido no versículo anterior. Esses falsos mestres eram itinerantes que saíam de casa em casa espalhando o veneno letal de sua falsa doutrina, tentando embaraçar os novos convertidos com seu falacioso e enganoso ensino. Segundo Hernandes Dias Lopes, o ensino desses falsos mestres era fundamentalmente transtornador em vez de ser transformador. Eles não buscavam os pagãos nem queriam fazer discípulos entre os que viviam perdidos na mais tosca imoralidade (cf Tt 1.12), mas iam atrás daqueles que haviam abraçado a fé cristã para desviá-los da sã doutrina. Andavam de casa em casa, ensinando suas heresias, interessados não na vida espiritual das pessoas, mas no seu dinheiro. Eles usavam a religião para encher o próprio bolso. O vetor desses falsos mestres era o dinheiro e o lucro. Não eram pastores do rebanho, mas lobos que procuravam devorar as ovelhas. Homens como esses era preciso “tapar a boca”. Eles deviam aprender que a igreja não é uma democracia anarquista e que há limite na liberdade de expressão. Eles tinham pervertido “casas inteiras”. Isso sugere que eles estavam sorrateiramente propagando doutrinas perniciosas. Esse é o método preferido das seitas (2 Tm 3.6). Ainda hoje as seitas heréticas seguem a mesma trilha.
3. Não dar ouvidos a ensinos falsos. “Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância” (Tt 1.11). Paulo, aqui, trata da influência dos falsos mestres referido no versículo anterior. Esses falsos mestres eram itinerantes que saíam de casa em casa espalhando o veneno letal de sua falsa doutrina, tentando embaraçar os novos convertidos com seu falacioso e enganoso ensino. Segundo Hernandes Dias Lopes, o ensino desses falsos mestres era fundamentalmente transtornador em vez de ser transformador. Eles não buscavam os pagãos nem queriam fazer discípulos entre os que viviam perdidos na mais tosca imoralidade (cf Tt 1.12), mas iam atrás daqueles que haviam abraçado a fé cristã para desviá-los da sã doutrina. Andavam de casa em casa, ensinando suas heresias, interessados não na vida espiritual das pessoas, mas no seu dinheiro. Eles usavam a religião para encher o próprio bolso. O vetor desses falsos mestres era o dinheiro e o lucro. Não eram pastores do rebanho, mas lobos que procuravam devorar as ovelhas. Homens como esses era preciso “tapar a boca”. Eles deviam aprender que a igreja não é uma democracia anarquista e que há limite na liberdade de expressão. Eles tinham pervertido “casas inteiras”. Isso sugere que eles estavam sorrateiramente propagando doutrinas perniciosas. Esse é o método preferido das seitas (2 Tm 3.6). Ainda hoje as seitas heréticas seguem a mesma trilha.
III.
A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPUROS
1.
Tudo é puro para os puros (v.15). “Todas as coisas são
puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque
tanto a mente como a consciência deles estão contaminados”.
Este versículo nada tem a
ver com as coisas pecaminosas em si e condenadas na Bíblia. Este provérbio deve
ser entendido à luz do contexto. Pelo contexto, percebemos que Paulo aplica
essa declaração aos alimentos e devemos ter cuidado para não generalizar. Estaremos
em apuros se retirarmos do contexto as palavras “todas as coisas são puras para
os puros” e as tomarmos como uma declaração de verdade absoluta em todas as
áreas da vida.
Paulo não estava falando
de questões de moralidade concreta, de coisas inerentemente certas ou erradas.
Ele estava discutindo questões moralmente neutras, coisas que eram corrompidas
para o judeu que vivia sob a lei, mas perfeitamente legítimas para um cristão
que vivia debaixo da graça. O exemplo, comer carne de porco era proibido ao
povo judeu do Antigo Testamento, mas o Senhor Jesus mudou tudo quando disse que
nada que entra no homem pode contaminá-lo (Mc 7.15). Ao dizer isso, ele
considerou puros todos os alimentos (Mc 7:19). Paulo ecoou essa verdade ao
afirmar: “Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se
não comermos, e nada ganharemos, se comermos” (1 Co 8.8).
2.
Nada é puro para os impuros (v. 15). Quando Paulo diz: “Todas
as coisas são puras para os puros”, ele quer dizer que para o cristão nascido
de novo todos os alimentos são puros, mas “para os impuros e descrentes nada é
puro”. Não é o que o homem come que o contamina, mas o que são de seu coração
(Mc 7.20-23). Se a vida interior do homem é impura, se ele não tem fé no Senhor
Jesus, nada é puro para ele.
Muitas pessoas têm
inescrupulosamente usado esse texto para justificar comportamentos reprováveis,
vendo, ouvindo e manuseando coisas vergonhosas. O cristão que se entrega a
práticas eróticas pecaminosas e diz que são puras porque seu coração é puro usa
a Palavra de Deus como desculpa para pecar. Pedro refere-se a isso ao afirmar
que “deturpam as Escrituras para a própria destruição deles” (2 Pedro 3.16).
3.
Conhecem a Deus, mas o negam com as atitudes (v. 16). “Confessam
que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e
desobedientes, e reprovados para toda boa obra”.
Aqui, Paulo diz que os
falsos mestres, ou seja, os judaizantes, professam conhecer a Deus, entretanto,
o negam por suas obras. Eles apresentam-se como cristãos, mas a prática não
condiz com a confissão. Para ampliar sua sagaz repreensão, o apóstolo os denuncia
como “abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra”. O
comportamento deles era abominável.
Cada crente deve
representar o Senhor Jesus aqui na Terra, devendo ser uma cópia do Salvador e
mostrar Cristo ao mundo. Essa é uma tremenda responsabilidade.
Alguém disse que Deus tem
um sobrenome. Ele foi chamado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ele não se
sentia envergonhado de ser o Deus destes homens (Hb 11.16b). Como é que Deus se
sentiria se tivesse o meu nome como o Seu sobrenome? É bom enfatizar que o
crente está sob vigilância constante. Quando falamos do nosso Salvador e da
vida que Ele nos oferece, tudo o que dizemos é filtrado através daquilo que os
outros observam em nós.
A causa do Cristianismo
tem sido mais prejudicada pelos seus seguidores do que pelos seus oponentes,
porque o mundo compara frequentemente a profissão de fé de um cristão com a
prática da mesma. Dizem, com uma certa razão, que se o Cristianismo é aquilo
que nós defendemos ser, então as nossas vidas deveriam ser diferentes. Quantas
vezes Cristo é difamado por “políticos cristãos” de linguagem vulgar,
compromissos duvidosos, associações obscuras? É incalculável a desonra causada
ao nome de Jesus.
Aqueles, dentre nós, que
defendem o título de cristão, têm obrigação de agir em conformidade com ele. “É
contraditório alguém dizer que crê, e agir como se não cresse”. “A nossa
conduta revela a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus”.
CONCLUSÃO
A Igreja é um organismo
vivo, e é organizada. Assim sendo, é necessário que nela haja ordem e, por
conseguinte, progresso, mesmo porque o seu arquiteto é o próprio Deus
Todo-Poderoso – o qual não é de confusão, mas de ordem -, que a arquitetou
antes mesmo da “fundação do mundo para que fôssemos santos e irrepreensíveis
diante dele em amor” (Ef 1.3,4). Todavia, é bom ressaltar que Jesus não fundou
uma organização eclesiástica e nem estrutural. Ele criou um organismo vivo, com
a Sua presença, em obediência a princípios divinos, a fim de prevalecer sobre o
império das trevas e da maldade. Mas com o crescimento da Igreja, fez-se
sentir a necessidade de haver uma estrutura organizacional administrativa e
eclesiástica, de recrutar pessoas dedicadas para ajudarem nas tarefas
espirituais e sociais da mesma. E onde há pessoas servindo deve haver quem as
lidere, para que o seu serviço seja harmonioso e sem atropelos.
REFERÊNCIAS:
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo
Renovato de. As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio
inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual
do Visitador Cristão. Rio
de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
*****************************************************************************
AJUDE AOS NECESSITADOS
Querido (a) leitor (a),
Não me sinto bem em pedir-lhe uma ajuda em
dinheiro, mas não vejo outra saída, principalmente quando se trata em ajudar os
necessitados. Se você acha que pode ajudar com alguma quantia, ficarei bastante
grato.
Deposite qualquer valor:
AGÊNCIA: 0785
CONTA: 0370643 DIG. 5
BANCO: Bradesco.
Mais informações, envie-nos um email para
hsqueiroz@bol.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)