SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º
Trimestre/2016
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 6.1–12
TEXTO
ÁUREO: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo
da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6.14).
INTRODUÇÃO
No capítulo anterior o
apóstolo discorre sobre a justificação e a graça encontrada em Cristo Jesus. No
capítulo estudado nesta lição, o apóstolo continua o assunto falando agora da
eficácia da graça provida por Deus, através de Jesus Cristo. Expõe ao povo
sobre a nulidade de viver nos rudimentos da velha doutrina, e desafia-o a viver
uma nova vida para Deus, ofertando seus membros como instrumentos de justiça. Até
aqui temos visto que o homem é salvo pela graça de Deus, sem as obras da lei. O
capítulo 6 de Romanos mostra que a vida cristã requer santidade e um coração
puro. A graça não significa que o cristão esteja isento de suas
responsabilidades diante de Deus, da Igreja e da sociedade. Há
incompatibilidade entre o cristão e o pecado. Esse é o tema desta lição.
I
– OS INIMIGOS DA GRAÇA
1.
Antinomismo. O Antinomismo
gr. Anti: contra; Nomos: lei, literalmente
contra a Lei ou contra o sistema da
Lei. É uma das heresias mais antigas da História da Igreja. Em Rm 5.20,21
Paulo diz: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado
abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte,
também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso
Senhor.” O apóstolo tinha propriedade para falar sobre a privação daqueles que
estavam debaixo da lei. Certamente ele tinha em mente a rejeição de Jesus pelos
judeus, além de o terem entregado aos romanos para ser crucificado. E o próprio
Paulo, quando motivado pelo rigor da lei perseguia os cristãos, pensando estar
fazendo um favor para Deus. Paulo e os judeus de sua época, pela lei, afundaram
no pecado. O que disse Jesus com relação aos judeus e seus algozes, durante sua
crucificação? Foram somente palavras de perdão e misericórdia “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34a). Para Paulo, no caminho
de Damasco, Ele disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4). A graça
de Cristo superabundou para Paulo e demais judeus que creram nEle. Paulo não
podia deixar de testemunhar da liberdade que ele alcançou em Cristo. Os
antinomianos acreditavam que podiam viver no pecado e, ainda assim, estarem
livres da condenação eterna (Rm 6.1-7; 3.7; 4.1-25). Segundo os adeptos dessa
teoria, uma vez que o homem foi justificado pela fé em Cristo, nenhuma
obrigação moral é necessária agora. O apóstolo os persuade: “Porque vós,
irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar
ocasião à carne” (Gl 5.13; Rm 6.1-3).
2.
Paulo não aceita e não confirma o antinomismo. "Que
diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais
abundante?" (Rm 6.1). As perguntas do apóstolo nos versículos 1 e 2 são
diretamente em decorrência dos versículos 20 e 21 do capítulo anterior: “...
onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Paulo esclarece que isso não
significa que devamos pecar e continuar a pecar para recebermos mais graça.
Essas perguntas são o ponto de partida para esclarecer a necessidade de
santificação dos crentes, para que ninguém venha confundir a graça de Deus com
abuso da liberdade cristã.
3. Legalismo. Legalismo significa: Analisar sem questionar, prevalecer à ideia das leis, sem abrir opções de mudanças na mesma. Segundo este, só se adquire a salvação e a excelência moral mediante a lei mosaica. Este sistema, defendido por certos judeus cristãos em Roma, ensinava que a justificação era decorrente das obras da Lei (Rm 3.27-31; Gl 3-4). Paulo os exorta: “Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei” (Rm 3.20). Em Romanos 6.15, o apóstolo tem em mente o judeu legalista, quando pergunta: "Pois quê? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!"
II – A VITÓRIA DA GRAÇA
3. Legalismo. Legalismo significa: Analisar sem questionar, prevalecer à ideia das leis, sem abrir opções de mudanças na mesma. Segundo este, só se adquire a salvação e a excelência moral mediante a lei mosaica. Este sistema, defendido por certos judeus cristãos em Roma, ensinava que a justificação era decorrente das obras da Lei (Rm 3.27-31; Gl 3-4). Paulo os exorta: “Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei” (Rm 3.20). Em Romanos 6.15, o apóstolo tem em mente o judeu legalista, quando pergunta: "Pois quê? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!"
II – A VITÓRIA DA GRAÇA
1.
A graça destrói o domínio do pecado. "Sabendo isto: que o
nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja
desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado" (Rm 6.6). Precisamos
observar duas coisas nesse versículo:
1ª
O velho homem crucificado (v.6a). Não confundir com
Gálatas 5.24: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões
e concupiscências”, pois, no v.6, o apóstolo fala de algo que já nos aconteceu,
enquanto que, em Gálatas, ele fala de algo que acontece com todos os que são
crucificados com Cristo. A primeira (v.6a) fala de morte definitiva, legal —
cravado, abolido legalmente —, e é algo passado; enquanto que a segunda diz
respeito à morte moral, que é contínua, repetitiva. Essa morte espiritual do cristão,
com respeito à santidade, é morte para o pecado; e a de Gálatas 5.24 é a
mortificação do “eu”.
2ª
Desfeito o corpo do pecado (v.6b). Essa expressão,
usada pelo apóstolo, denota a natureza pecaminosa que se exterioriza por meio
do corpo. O pecado foi abolido legalmente na morte de Cristo, e com Ele,
morremos (2 Co 5.14). Diante disso não há como servir a um tirano destronado
nem obedecer a um sistema caído. A palavra grega para “desfeito” tem o sentido
de “vencido, dominado” e não destruído. A expressão: “A fim de que não sirvamos
mais ao pecado”, assinala o propósito de tudo isso. Ou seja: devemos servir
unicamente a Cristo, que é o nosso Senhor.
2.
A graça destrói o reinado da morte. "Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus,
nosso Senhor" (Rm 6.23). Pecado é tudo o que é contrário
ao que DEUS quer (sua vontade) e ao que o Senhor disse
sua Palavra. Quem trabalha para o pecado (senhor, patrão), receberá como salário
a morte. Que o Deus nos guarde, afinal, o pecado escondido é revelado pela
santidade de DEUS e punido por sua perfeita justiça.
3.
A graça e os efeitos do pecado. O pecado nos separa de
Deus: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os
vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.2).
Todavia a graça de Deus (Jesus) se manifestou nos dando acesso ao Pai: “Porque
a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens” (Tt 2.11). Deus
enviou a graça (Jesus) para morrer por todos: “Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
III
– OS FRUTOS DA GRAÇA
1.
A graça liberta. “Porque o pecado não terá domínio sobre
vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14). A
salvação pela graça traz como resultado a santificação (1 Co 6.11). “Não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo mortal” (Rm 6.12), implica viver em retidão
moral, de maneira irrepreensível e inculpável no meio de uma geração perversa e
corrompida (Fp 2.15; Cl 1.22; 1 Ts 2.10). Jesus disse que o pecado escraviza: “Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é
servo do pecado” (Jo 8.34). Somente a
graça seria capaz de desfazer o domínio do pecado: "Mas, agora, libertados
do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna" (Rm 6.22).
2. Exigências da graça. "Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus,
nosso Senhor" (Rm 6.11). A expressão “vivos para Deus” significa viver em
santidade. A santificação é um dos aspectos da salvação, bem como a
justificação e regeneração (1 Co 6.11; Tt 3.5-7). O termo original grego, hagiasmos,
“santificação”, significa “separar do mundo, apartar-se do pecado, consagrar”.
Pois, sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
3.
A graça santifica. "Mas, agora, libertados do pecado e
feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida
eterna" (Rm 6.22). A palavra "santificação" significa "separação".
A graça de Deus (Jesus) nos separou para Ele. A santificação aparece aqui nesse
texto como um fruto da graça. Tendes o vosso fruto para a santificação. Em
outras palavras: "a recompensa que recebemos é a santificação" (Rm
6.22) — e este é, de fato, o assunto da presente seção da epístola (capítulos
6-8). Os que foram justificados estão agora sendo santificados; se um homem não
está sendo santificado, não há razão para crer que foi justificado.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS:
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2004.
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e a Bíblia. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
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_____. Guia do Leitor
da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio
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ZUCK, Roy B. Teologia
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