SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º TRIMESTRE DE
2014/CPAD
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE: 1 Coríntios 12. 8-11; 13. 1,2
TEXTO ÁUREO: “Assim
também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para
edificação da igreja.” (1 Co
14.12).
INTRODUÇÃO:
Observaremos nesta lição quais os propósitos
dos dons espirituais para a Igreja. Segundo o dicionário BARSA da língua portuguesa, propósito significa “intenção, intento,
resolução, deliberação, decisão, bom senso, juízo, prudência”. Os dons espirituais visam à edificação,
consolação e exortação do povo de Deus e também o enriquecimento da vida
espiritual do crente.
I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1.
A igreja coríntia.
As quatro cidades mais importantes do império
Romano foram: Roma, Corinto, Éfeso e Antioquia. A cidade de Corinto foi a
maior, a mais opulenta e a mais importante cidade da Grécia. Situada no istmo
desde país, orgulhava-se dos seus dois portos, pelos quais passava o comércio
do mundo. Foi terra de grande luxo e licenciosidade, o lugar do culto à deusa
Vênus, acompanhado de ritos vergonhosos. Paulo passou dezoito meses
evangelizando em Corinto, no fim da sua segunda viagem missionária, At 18.1-18.
Provavelmente o costume da cidade influenciou os irmãos da igreja coríntia, a
ponto de Paulo ser informado em Éfeso dos problemas vividos pela igreja. Então,
Paulo, escreveu está carta, como que trazendo respostas e soluções de Deus para
os problemas que a igreja estava vivenciando.
2.
Uma igreja de
muitos dons, mas carnal.
Os crentes de Corinto não eram espirituais,
mas carnais. Eles não eram maduros, mas infantis. Eles tinham carisma, mas não
caráter. Eles tinham dons, mas não caridade. Era uma igreja que vivia em
êxtase, mas não tinha um testemunho consistente. Tinha uma liturgia
extremamente viva, mas a igreja não tinha a prática do evangelho. Faltava amor
entre os crentes e santidade aos olhos de Deus. Era uma igreja de excessos,
onde faltavam ordem e decência.
3.
Dom
não é sinal de superioridade espiritual.
A igreja de Corinto tinha
todos os dons, quanto a isso não há duvidas (“De maneira que nenhum dom vos falta” [1 Coríntios 1.7]).
Porém, a igreja de Corinto tinha, também, problemas em relação ao uso dos dons
espirituais. Muitos crentes usavam os dons como um instrumento de autopromoção.
Essa altivez espiritual é um sintoma de imaturidade. É importante ressaltar que
os dons espirituais não são aferidores de espiritualidade. Você não mede a
espiritualidade de uma igreja pela presença dos dons espirituais nela. O
culto tem três aspectos: Deus é adorado, o povo de Deus é edificado e os
incrédulos são convencidos de seus pecados. Se formos à igreja para adorar com
o propósito de demonstrarmos a nossa espiritualidade, estaremos laborando em
erro. O culto é para a edificação e não para exibição. Lembremo-nos do que disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em
teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos
muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.21-23).
II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS
OUTROS
1.
Edificando
a si mesmo.
Paulo salienta claramente
a diferença entre “falar em línguas” e “falar profético”. “O que fala em língua
desconhecida edifica-se a si mesmo...” (1 Co 14.4). O termo “edificação”
não se trata de sentimentos, sobre os quais um falar ininteligível em línguas até
pudesse causar uma forte impressão. Trata-se de fomentar, fortalecer e
purificar a vida real da igreja. Seu propósito não é a edificação da igreja,
mas a auto edificação.
2.
Edificando
os outros.
Paulo não quer impedir nem
amenizar, na igreja de Corinto, a “busca zelosa de poderes espirituais”. É bom
que os coríntios sejam “zelosos por
espíritos”. Paulo deseja de coração que eles “tenham em plenitude”. Paulo não é um defensor da precariedade na
vida da igreja. Contudo a partir do amor é preciso que nessa riqueza de bens um
só ponto de vista domine tudo “para a
edificação da igreja” (1 co 14.12). O dom que me foi concedido não deve
servir à minha satisfação, à minha grandeza, à minha fama, mas aos outros, aos
irmãos, à igreja e à sua construção.
3.
Edificando
até o não crente.
Os crentes não poderiam
falar em outras línguas ao mesmo tempo, pois isso daria uma confusão no culto e
essa prática poderia levar o indouto, incrédulo, ou não crente que entrasse no
templo a pensar que os crentes estavam loucos. Essa prática não contribuiria
para o entendimento dos incrédulos nem para a edificação dos crentes. Paulo
preferia que os corintos profetizassem, pois, ao fazê-lo, edificariam uns aos
outros, enquanto que se falassem em línguas sem interpretação seus ouvintes não
entenderiam e, portanto, não seriam beneficiados. Ele prefere a edificação
à exibição. Se alguém fala em outra língua, deve orar para que a possa
interpretar, ou para que alguém a possa interpretar (cf 1Co 14.13).
III. EDIFICANDO TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja.
Não é de se admirar que na
primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 14) para falar
a respeito do uso dos dons na igreja. Porém, ao posicionar o capítulo 13 no
centro de todas as ponderações, Paulo fez do amor o critério último, cunhado a
partir daí a regra básica “tudo para edificação da igreja”. O amor é superior a
todos os dons extraordinários. Assim o amor é “o caminho muito além disso,”,
até mesmo além da mais admirável dadiva do Espírito. Que grande condenação
representa essa palavra!
2.
Os
sábios arquitetos do Corpo de Cristo.
Não temos o poder de “fazer
crescer” nada. Não obstante, ele também não crescerá sem nós. Deus é grande “trabalhador”
(1 Co 3.9). A igreja é um templo de Deus e seu alvo a qualidade. Paulo usa a metáfora
do edifício para descrever a igreja. A igreja é o tempo de Deus porque é a
sociedade na qual o Espírito Santo habita. Cada pessoa salva é um templo da
habitação de Deus (1 Co 6.19,20). A igreja local, de igual forma é templo de
Deus (1 Co 6.16,17). A igreja universal também é comparada ao templo de Deus
(Ef 2.19-22). Dessa maneira podemos afirmar que Deus habita em cada crente de
uma igreja local e Deus habita na igreja como o somatório de todos os
convertidos de todos os lugares do mundo.
3.
Despenseiros
dos dons.
“Cada um administre aos
outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus.” (1 Pedro 4.10).
O contexto do texto citado demostra que ser hospedeiro, falar a palavra de Deus
e exercer diaconia são serviços dos dons da graça. O NT, portanto, não restringe
o termo “dom da graça” aos dons particularmente notórios, por ex., curar de
enfermos (1Co 12.9) ou línguas (1Co 12.10; 14.13). Quem pratica de modo alegre
e consciente a hospitalidade provavelmente obteve um carisma para isso. Dessa
forma, os despenseiros de Deus - ministros ou membros da igreja -, precisam ter
muito cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para provisão, alimentação
espiritual e edificação.
CONCLUSÃO:
A Igreja de Jesus Cristo é
a representante dos céus na terra. Ela tem uma missão que transcende a esfera
humana, pois recebeu a incumbência de fazer com que a “ ... multiforme
sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef
3.10). Sua Missão, na Terra, é a proclamação do Evangelho, num mundo hostil às
verdades de Cristo; um mundo que rejeita a Palavra de Deus. Diante dessa
realidade, a Igreja precisa de poder sobrenatural. Os Dons Espirituais são um
arsenal à disposição da Igreja para o cumprimento eficaz de sua Missão na
Terra.
REFERÊNCIAS:
BARSA,
Dicionário da Língua Portuguesa / Barsa Planeta Internacional; [lexicógrafa responsável
Thereza Christina Pazzoli]. Barsa Planeta, São Paulo, 2008.
BÍBLIA.
Português. Bíblia Sagrada. Versão
Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. São Paulo,
1997.
BOYER,
Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA.
São Paulo: Editora Vida, 1998.
KALISHER,
Meno.
O livro dos dons: dons do Espírito
Santo, curas, sinais e milagres. Tradução de Jamil Abdalla Filho. Porto
Alegre: Actual Edições, 2009.
LOPES,
Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como
resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS. Disponível
em: <http://luloure.blogspot.com.br>.
Acesso em: 07 de abril de 2014.
Muito bom que pena deseja ver a sua pessoa explorando em sala de aula. Abraço
ResponderExcluirMuito obrigado amigo...
ExcluirEstou frequentando a Escola Bíblica da Rua do Sol, pois, aos domingos está sendo muito difícil pra mim (pelo menos, por enquanto), mas, logo estarei indo aos domingos.
Abraço.
Saudade!
Amém, meu amigo.
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