SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º TRIMESTRE DE
2014/CPAD
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE: 1 Coríntios 12.4,9-11
TEXTO ÁUREO: “A minha
palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder, Para que a vossa
fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1 Co
2.4,5).
INTRODUÇÃO:
Jesus, em seu ministério terreno, demostrou
que não viera trazer mais uma corrente filosófica para o mundo. Jesus começou,
transformando “água em vinho” (Jo 2.10).
“Curou cegos” (Mc 10.51,52; Jo 9.6,7),
“paralíticos” (Mt 8.6,13; 9.6,7),
“[...] e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e
tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.”
(Mt 4.24). Jesus fez o que nenhum
líder de religião fizera ou haveria de fazer: ressuscitou mortos, inclusive
Lazaro, cujo corpo já entrara em estado de decomposição avançada (Jo 11.43). Além de demostrar o poder
sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade, repreendendo o vento e o mar
(Mt 14.22-34). E, para provar que
tinha suprema autoridade sobre todos os poderes, expulsou demônios, libertando
os oprimidos do Diabo (Mt 8.28-34). A
história da igreja é uma história de pregação e de poder de Deus. Meditaremos
sobre os dons de poder, tão
necessário nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo, “SABE, porém,
isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1).
I – O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1.
O que significa
fé?
A palavra fé (gr. pisteuõ; lat. Fides) “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e
a prova das coisas que se não veem.” (Hb
11.1). Para o autor de Hebreus a fé é
uma esperança absolutamente segura de que o que se crê é verdade e o que se
espera tem que sobrevir. Não é a esperança que olha para frente com um anelo
ansioso; é a esperança que enfrenta o futuro com absoluta certeza. Não é a
esperança que se refugia num possivelmente, mas sim que se funda numa
convicção. Logo, fé é a confiança que
depositamos em todas as providências de Deus. É a crença de que Ele está no
comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção
que a sua palavra é a verdade.
2.
A fé como um dom.
É a operação sobrenatural da fé para
realização de coisas tidas como impossíveis na expansão do Reino de Deus. Esse
dom é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que
não tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de Deus, que atende
a seus propósitos. E só é dado a quem já tem fé em Deus e em suas promessas.
“[...] se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa
daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.” (Mt 17.20).
3.
Exemplo
bíblico do dom da fé.
O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2 Rs 1.10-12, onde lemos que o rei
enviou um capitão de cinquenta com seus cinquenta, pedido que o profeta
descesse do monte e fosse até o rei, mas o texto é claro que por duas vezes o
profeta Elias disse: “Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma
a ti e aos teus cinquenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a
ele e aos seus cinquenta.” (2 Rs 1.10,12).
Certamente vemos esse dom operando na vida de Daniel. Quando soube do decreto do rei, proibindo que alguém
fizesse qualquer pedido ou suplica a qualquer pessoa ou a qualquer Deus, e não
unicamente ao rei, seria lançado na cova dos leões famintos, Daniel continuou
orando ao Senhor, como o fazia três vezes ao dia (Dn 6.10). Daniel foi salvo da morte (Dn 6.23). O próprio rei viu que Daniel tinha fé em seu Deus. O apóstolo Paulo, em sua viagem a
Roma, foi vítima de um grande naufrágio. Escapando na Ilha de Malta, ele e os
demais náufragos foram acolhidos com hospitalidade. Ali, experimentou um
milagre extraordinário. Ao colocar alguns pedaços de madeiras numa fogueira,
foi picado por uma cobra venenosa, conhecida na região. Os nativos logo
imaginaram que Paulo iria morrer dentro de poucas horas, pois sabiam que o
efeito do veneno era mortal. Mas, o servo do Deus, simplesmente, sacudiu a mão
e a víbora cai no fogo, e nada lhe aconteceu (At 28.1-6). Os bárbaros acharam que o apostolo Paulo era um deus,
mas, na verdade, ele era um homem de Deus.
II – DONS DE CURAR (1 Co 12.9)
1.
O
que são os dons de curar?
São um dom plural na sua
constituição e operação. A palavra “curar” está no plural no texto grego,
indicando diferentes “curas” para vários tipos de moléstias ou enfermidades. A
pluralidade dos dons de curar parece indicar que há pessoas que têm o dom de
orar por determinadas enfermidades; e outras, para orar por outros tipos de
doenças. Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física,
por meios divinos e sobrenaturais (Mt
4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30).
2.
A
redenção e as curas.
“E não só ela, mas nós
mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos,
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” (Rm 8.23). A adoção pela
qual o crente espera refere-se à redenção
do nosso corpo, sua libertação do pecado e da limitação, cuja pressão
estamos constantemente sentindo, enquanto temos nossos corpos mortais. Neste
mundo o homem é corpo e espírito; e no mundo de glória será salvado o homem
total. Só que seu corpo já não será mais vítima da corrupção e instrumento do
pecado: será um corpo espiritual apto para a vida de um homem espiritual. Enquanto
não recebemos o corpo glorioso estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
3.
A
necessidade desses dons.
Devido à multiplicação
assustadora das doenças, sem dúvida, os dons de curar são muito necessários. É
desejável que os crentes em Jesus Cristo procurem “com zelo os melhores dons” (1 Co 12.31). Deus não muda, “Porque eu,
o SENHOR, não mudo [...]” (Ml 3.6);
Jesus Cristo continua o mesmo, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e
eternamente.” (Hb 13.8); e o Espírito
Santo continua a distribuir os dons espirituais aos que os buscam com zelo, “Porque
a um pelo Espírito é dada [...]” (1 Co
12.8).
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE
MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas.
Estes dois vocábulos que
designam este dom, no original, estão no plural. São operações de milagres
extraordinários, surpreendentes e espantosos para levar os incrédulos à
conversão: convencer os céticos e fortalecer os crentes fracos e duvidosos
quanto à suficiência infinita de Deus. O dom de milagres provoca o
desprendimento de energia divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem
natural das coisas. Um milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no
reino natural.
2.
Exemplos
bíblicos.
Moisés,
na travessia do Mar Vermelho. O povo de Israel, com cerca de 3 milhões de
pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à sua frente, acossado
pelo exército de Faraó. Mas Deus fez o impossível, alterando o curso dos
elementos da natureza (Êx 14.21,22). Josué, o fenômeno em que o sol se
deteve por quase um dia inteiro, para que Josué pudesse vencer os amorreus, é
um exemplo típico de um milagre ou de maravilhas operada por Deus envolvendo
seus servos. Pelas leis da mecânica celeste, o sol se põe, no final da tarde.
Mas, se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os poderosos
exércitos inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E Josué, o
líder da tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em Deus, ao
determinar que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no vale de
Aijalom (Js 10.13,14). Eliseu, em meio a uma grave crise
climática, em Israel, uma viúva clamou ao profeta Eliseu para que seus dois
filhos não fossem levados cativos para pagar dívidas deixadas pelo seu esposo.
Eliseu perguntou o que ela tinha em casa, e, em resposta, a mulher disse que só
tinha “uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).
O profeta Eliseu, disse à mulher que conseguisse muitos vasos com seus
vizinhos, e os enchesse com aquela pequena quantidade de azeite. A mulher
obedeceu ao profeta, e presenciou, com seus filhos um milagre extraordinário.
Imediatamente a viúva foi contar ao homem de Deus o que havia ocorrido, o
profeta de Deus disse: “[...] Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e
teus filhos vivei do resto.” (2 Rs 4.7).
3.
Distorções
no uso dos dons de curar e de operações de maravilhas.
Os dons de curar e de operações de maravilhas devem ser usados de
forma consciente, se você possui esses dons ou deseja possuí-los, lembre-se que
eles foram recebidos de graça: “[...] de
graça recebestes, de graça dai.” (Mt 10.8). Logo, os dons de curar e de operações de maravilhas assim como os demais
dons, devem ser usados para edificação da igreja da mesma forma que foram
recebidos: de graça. Se é da vontade de Deus, e motivo para glorificação ao seu
nome, ele pode conceder autoridade a qualquer um de seus servos para operar
milagres extraordinários.
CONCLUSÃO:
Nestes tempos trabalhosos
a que se refere o apóstolo Paulo (2 Tm 3.1), a igreja cristã está sendo
submetida aos piores ataques de sua história. Todavia, mediante os dons de poder, a autoridade e o poder
divinos manifestam-se no crente de maneira sobrenatural sobre o mundo físico.
Esses dons são: Fé, Curas, e Operação de Maravilhas. Os dons
de poder fazem parte do arsenal espiritual que garante a vitória da igreja
contra as hostes do mal.
REFERÊNCIAS:
BARSA,
Dicionário da Língua Portuguesa / Barsa Planeta Internacional; [lexicógrafa responsável
Thereza Christina Pazzoli]. Barsa Planeta, São Paulo, 2008.
BÍBLIA.
Português. Bíblia Sagrada. Versão
Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. São Paulo,
1997.
BOYER,
Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA.
São Paulo: Editora Vida, 1998.
GILBERTO, Antonio.
1 Coríntios: Os problemas da Igreja e
suas soluções. In Lições Bíblicas para a Escola Dominical. 2º Trimestre de
2009. Rio de Janeiro: CPAD.
KALISHER,
Meno.
O livro dos dons: dons do Espírito
Santo, curas, sinais e milagres. Tradução de Jamil Abdalla Filho. Porto
Alegre: Actual Edições, 2009.
LOPES,
Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como
resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
RENOVATO,
Elinaldo. DONS ESPÍRITUAIS &
MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2014.
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