SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º TRIMESTRE DE
2014/CPAD
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE: 1 Coríntios 12.8-10; Atos 6.8-10; Daniel 2.19-22
TEXTO ÁUREO: “Que fareis,
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (1 Co
14.26).
INTRODUÇÃO:
Por intermédio dos dons de revelação, a
Igreja de Cristo manifesta sabedoria, ciência e discernimento sobrenaturais.
Esses dons são concedido ao homem salvo, para que, por eles, a “multiforme
sabedoria” divina seja manifestada no meio da Igreja, e os crentes em Jesus
sejam protegidos das sutilezas do Adversário e das maquinações humanas contra a
fé cristã.
I – A PALAVRA DA SABEDORIA
1.
Conceito.
A palavra grega que traduzimos por sabedoria é sofhia. Clemente de Alexandria a definiu como “o conhecimento das
coisas humanas e divinas e de suas causas”. Aristóteles a descreveu como “a
luta por alcançar os melhores fins e utilizando os melhores meios”. Esta
sabedoria é mais elevada; é nada menos que o conhecimento do próprio Deus. Provém nem tanto do pensamento e da mente
como da comunhão com Deus. É a sabedoria que conhece a Deus. Conhecimento – em grego, gnosis – significa algo muito mais
prático. É o conhecimento que sabe agir diante de qualquer situação.
2.
A Bíblia e a
palavra de sabedoria.
No Antigo Testamento, temos alguns exemplos
marcantes dessa revelação da sabedoria de Deus. Vemos tal sabedoria na
construção do Tabernáculo (Êx 36.1,2). O profeta Daniel tinha deste dom,
segundo relata o escritor sagrado (Dn 1.17; 5.11,12; 10.1). Em o Novo
Testamento, há diversas referências quanto à aplicabilidade dessa sabedoria
divina. Paulo exorta aos colossenses a que saibam transmitir a palavra aos
ouvintes, dizendo: “Andai com sabedoria para com os que estão de
fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com
sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.5,6). A
falta dessa sabedoria de Deus pode causar graves prejuízos à pregação do
evangelho. Na vida de Jesus, como o “Filho do Homem”, por diversas vezes, ele
demostrou essa sabedoria vinda do alto. Ao chegar à sua pátria, causou profunda
admiração em seus conterrâneos, por causa da sabedoria como que ministrava a
mensagem. “E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte
que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas
maravilhas? Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e
seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as
suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?” (Mt 13.54-56).
3.
Uma
liderança sábia.
Há Pastores, que usam o
púlpito, de maneira arrogante e prepotente. Criticam a igreja ‘A’, igreja ‘B’,
Chamando-as de ‘igrejinhas fundos de quintal’ etc. Certa vez ouvir um pastor
dizer: “nas outras igrejas estão servindo bolotas
de porcos, mas na nossa igreja servimos a Palavra de Deus”. A
sabedoria desses tipos de Pastores não é do Espírito Santo. “Essa não é a
sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” (Tg 3.15). A
sabedoria que vem do alto aconselha, orienta, consola, caso isso não aconteça,
essa sabedoria é terrena, animal e diabólica.
II – PALAVRA DA CIÊNCIA
1.
O
que é?
É a manifestação da
ciência ou do conhecimento de Deus, concedido ao homem salvo. Trata-se de uma
mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a
respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Este dom prevê
um conhecimento extraordinário e sobrenatural. A palavra da ciência não é
adivinhação nem expressão de tentativa de erro e acerto. É dada pelo Espírito
Santo.
2.
Sua
função.
O dom da palavra da
ciência visa à edificação da igreja. Deus nos dá dons para servirmos uns aos
outros e não para tocarmos trombeta exaltando nossas virtudes ou habilidades.
Um indivíduo jamais deveria acender as luzes da ribalta sobre si mesmo no
exercício do dom espiritual. A finalidade do dom espiritual não é a
autopromoção, mas a edificação do próximo.
3.
Exemplos
bíblicos da palavra da ciência.
Este dom certamente
operava nos profetas Eliseu (2 Rs 5.25,26); Aías (1 Rs 14.1-8). Quando o
profeta Samuel disse a Saul que as jumentas do pai já haviam sido encontradas,
foi pela ciência ou conhecimento de Deus (1 Sm 9.15-20).
III. DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom de discernir os espíritos.
É a identificação
sobrenatural de operações de espíritos quanto à sua origem e intenções:
espíritos enganadores, demoníacos e humanos. É um dom defensivo que evita que
sejamos enganados pelo adversário. Em determinadas ocasiões, uma manifestação
espiritual pode apresentar-se, no meio da congregação, ou diante de um servo de
Deus. Aparência de genuína, e ser uma manifestação diabólica, ou artimanha de
origem humana. Pelo entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível
avaliar a origem das manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os
espíritos o servo de Deus ou a igreja não será enganada.
2.
As
fontes das manifestações espirituais.
As manifestações
espirituais podem ter basicamente, três fontes (origens): de Deus, do maligno e
do homem (da carne). Através desse dom, em suas diversas manifestações, a
igreja pode detectar a presença de demônios, no meio da comunidade ou
congregação, a fim de expulsá-los em nome de Jesus.
3.
Discernindo
as manifestações espirituais.
A manifestação espiritual
precisa passar por duas provas de sua legitimidade: 1ª A prova doutrinária e 2ª a
prova prática.
A prova doutrinária pode basear-se no ensino do apóstolo João, em (1
Jo 4.1-6). Provai. Significa fazer passar por um teste com propósito
de se aprovar. Vem de Deus no
sentido que se origina nEle, e provém dEle. Por isso, João, pede aos crentes
que provem se realmente os espíritos têm sua origem e procedência em Deus.
A prova prática tem base no ensino de Jesus, quando advertiu acerca
dos falsos profetas, que podem ser conhecidos pelos “seus frutos”, ou seja,
pelo seu caráter, demonstrado em seu testemunho, na vida prática (Mt 7.15-20).
Aqueles que entram pelo caminho apertado precisam se precaver contra os falsos profetas, que dizem guiar os
crentes, mas que na realidade praticam a mentira. Disfarçados como ovelhas não deve ser entendido como a vestimenta
de profeta, mas é um contraste evidente aos lobos perversos. O povo de Deus de todas as épocas precisou estar
alerta contra os líderes mentirosos (cf., Dt 13.1; At 20.29; 1 Jo 4.1; Ap
13.11-14). Pelos seus frutos. As
doutrinas proferidas por esses falsos profetas, mais do que as obras que
praticam, uma vez que a aparência exterior pode não despertar suspeitas. O
teste do profeta é a sua conformidade com as Escrituras (1 Co 14.37; Dt
13.1-5). Árvore má. Uma árvore
arruinada, sem valor, inútil. A falta de utilidade de uma árvore como essa
exige a sua imediata retirada do pomar para que não prejudique as outras.
CONCLUSÃO:
Considere-se a
proliferação, inclusive dentro das igrejas, de falsas doutrinas, de imitação
dos dons, de modernismo teológicos, de inovações antibíblicas, de falsos
avivalistas, de “milagreiros” ambulantes etc. Os dons de saber ou dons de
revelações são de grande necessidade aos santos, habilitando-os a entenderem
muito mais e a combaterem os espíritos do erro e suas artimanhas por toda
parte. Que o Senhor conceda à sua igreja dons de revelação a muitos crentes,
inclusive líderes, para presidirem a igreja local com segurança espiritual e
doutrinária.
REFERÊNCIAS:
BARSA,
Dicionário da Língua Portuguesa / Barsa Planeta Internacional; [lexicógrafa responsável
Thereza Christina Pazzoli]. Barsa Planeta, São Paulo, 2008.
BÍBLIA.
Português. Bíblia Sagrada. Versão
Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. São Paulo,
1997.
BOYER,
Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA.
São Paulo: Editora Vida, 1998.
GILBERTO,
Antonio. 1 Coríntios: Os problemas da
Igreja e suas soluções. In Lições Bíblicas para a Escola Dominical. 2º
Trimestre de 2009. Rio de Janeiro: CPAD.
KALISHER,
Meno.
O livro dos dons: dons do Espírito
Santo, curas, sinais e milagres. Tradução de Jamil Abdalla Filho. Porto
Alegre: Actual Edições, 2009.
LOPES,
Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como
resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
RENOVATO, Elinaldo. DONS ESPÍRITUAIS
& MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário.
Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
STAMPS,
Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
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