SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
2º
Trimestre/2017
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 4.8-16.
TEXTO
ÁUREO: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que
Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos
seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4).
INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Gênesis,
o homem estava em perfeita comunhão com Deus, no capítulo 4 a raça humana já
não tem comunhão com Deus, antes está completamente morta e tende para o mal.
Este capítulo também revela como o pecado se espalhou na primeira família e
então na sociedade. Verdadeiramente a depravação bem cedo floresceu e se
espalhou. A oferta de Caim foi rejeitada porque ele mesmo não era justo diante
de Deus. A Bíblia toda ensina que nada do que nós oferecemos a Deus é aceito se
não estivermos corretos diante dEle [Gn 4.5, Hb 11.6; Is 1.10-15]. Caim se
achou no direito te tirar a vida do próprio irmão por pura inveja. O pecado do
capítulo 3 está tomando uma nova cara. Vemos em Caim inveja, cobiça, ódio, ira…
Triste realidade: a violência cresce! Vemos claramente a violência crescendo a
cada dia. A crueldade dos homens parece não ter fim. Primeira vítima da
violência, Abel (hb Havel; "fôlego", "vapor", "exalação"
ou simplesmente "nada". Algo considerado "perecível", um
prenúncio de seu destino, morto ainda bem jovem. O escritor de Hebreus o classificou
como "justo" (Hb 11.4), enquanto que do réprobo Caim é dito que era
um filho “do diabo” (1Jo 3.10), porque “suas obras eram más” (v. 12). Caim era
“abominável ao Senhor” (Pv 3.32; 11.20; 16.5), assim como tudo dele: suas
“mãos” (6.16-17), seus “lábios mentirosos” (12.22), seus “pensamentos” (15.26),
seu “sacrifício” e “caminho” (15.8-9).). Caim e Abel foram pessoas gratas a
Deus, isso num tempo em que nenhuma lei prescrevia que devessem algum tipo de
oferta, ou seja, ambos deram voluntariamente. Cada um deles ofertou conforme o
fruto do seu trabalho. Contudo, Deus atenta somente para Abel, não pela
qualidade de sua oferta, mas pela disposição do coração. Deus primeiro se
agradou da pessoa de Abel, e então de sua oferta; o que mostra que ele não foi aceito
por causa de sua oferta, mas por causa de seu caráter espiritual e digno.
Aprendemos que as melhores obras dos crentes são imperfeitas e estão manchadas
pelo pecado, e somente são aceitáveis a Deus através de Jesus Cristo, em quem,
e em quem unicamente, que é o amado, suas pessoas são aceitas e agradáveis a
Deus. Notemos que o autor da Epístola aos Hebreus observa,que pela fé, Abel
ofereceu mais excelente sacrifício que Caim (Hb 11.4).
I.
A OFERTA DE ABEL
1.
Uma oferta agradável a Deus. É bom esclarecer o
seguinte: note o seguinte texto:“e a Sete também nasceu um filho; e chamou o
seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR.” (Gn 4.26);
aparentemente, há uma contradição, não é? Como se explica isso? “E aconteceu ao
cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel
também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o
SENHOR para Abel e para a sua oferta.” (Gn 4.3,4); a resposta é simples, de
fato, sempre houveram verdadeiros adoradores a Deus, começando pelos nossos
pais, Adão e Eva, passando por outros tantos, ocorre que o que houve de
especial em Gn 4.26 é que agora a população já estava maior, se fala em
adoração pública, distinta das realizadas anteriormente, quando era restrita ao
seio do lar, esta é a diferença, uma é reservada, a outra é pública. Nenhum
homem pode ser justificado ou salvo por suas obras, e portanto nenhum homem
pode ser aceito por Deus por esta causa; Como já dito na introdução, foi o
caráter espiritual e digno de Abel que o tornou apto a ofertar. Não há a ideia
de barganha com o que é a obrigação do crente, contrariamente ao que é ensinado
em alguns púlpitos, Deus não negocia bênçãos. Deus não nos deve nada, se Ele
nos dá algo é por sua maravilhosa graça, não pelo nosso merecimento. E a
primeira primícias que Ele quer é a nossa vida. Não há oferta ou trabalho que
esconda uma vida de pecados ou dedicadas a outras atividades. Da mesma forma
que não existe dedicação à Igreja que substitua a permanente entrega das nossas
vidas a Deus. O adorador e sua oferta são inseparáveis, pela fé, Abel obteve
testemunho de ser justo, pois Deus aprovou suas ofertas; sem fé, nem Caim, nem
suas ofertas eram agradáveis a Deus (Hb 11.4,6). A exemplo de Jó, Deus tem
prazer em destacar as virtudes, as motivações corretas do coração, as ações que
glorificam Seu Nome e refletem Seu caráter. O importante na adoração é a
atitude de coração e mente. A verdadeira adoração não é apenas forma e
cerimônia, mas realidade espiritual que está em harmonia com a natureza de
Deus, em verdade, transparente, sincera e de acordo com os mandamentos bíblicos.
2.
Uma oferta profética. Cada um dos irmãos trouxe uma oferta
voluntária apropria da a sua vocação (Gn 32.13-21); Abel trouxe das primícias
(Dt 26.1-11) e do melhor que o adorador tinha a oferecer: o primeiro e o
melhor, pelo que, Caim deixou de trazer os dois. Alguns estudiosos apontam para
o fato de que Abel trouxe um sacrifício de sangue, enquanto Caim não o fez.
3.
Uma oferta valiosa. O louvor de Abel ainda ecoa o fato de
que um verdadeiro adorador deve vir com fé, apresentando o sacrifício exigido
por Deus. Deus deu testemunho da justiça de Abel porque o justo vive da fé, ou
seja, de toda palavra que sai da boca de Deus. A justificação de Deus é de
vida, pois Ele cria o justo, e o declara justo “Pois assim como por uma só
ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”
(Rm 5.18). O problema da rejeição de Caim não estava na voluntariedade e nem na
sua oferta. O problema estava em Caim, pois primeiro ele foi rejeitado, para
depois a oferta ser rejeitada (Gn 4.5). Ao oferecer voluntariamente seu
sacrifício, Abel foi justificado por Deus, foi aceito por Deus, e consequentemente
também a sua oferta (Hb 11.4). Abel sabia da existência de Deus por intermédio
de seus pais, e ao aproximar-se para ofertar, tinha plena certeza que Deus
recompensa aqueles que O buscam. O mesmo fato pode ser observado com Abraão: “Creu
Abrão no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15.6), e Paulo
atesta “Não obstante, aquele que não trabalha, mas crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé e imputada como justiça” (Rm 4.5). Finalizando o tópico, da
própria terra, o sangue de Abel clamou por vingança (Gn 4.10), mas o sangue de
Jesus, usando a mesma figura, ‘fala coisas superiores’, clama pelo perdão dos
filhos de Deus! (Hb 9.12-15;10.19-22). Note que é neste sentido que o texto de
Hb 12.24 diz que o sangue de Cristo “fala melhor que o de Abel” – o de Abel
clama por vingança, o de Cristo por perdão!
II.
A INJUSTIÇA CONTRA ABEL
1.
Abel era um homem justo. Abel recebeu pouca revelação,
mas creu. E Deus o purificou graciosamente por meio da fé e da obediência. E se
a Escritura dá o testemunho de uma fé salvadora como essa, qualquer outra fé
que não essa, é enganosa, falsa, controversa, manipuladora, escravizante. Pois
há um só meio de salvação, como diz Paulo e apenas um Mediador entre Deus e os
homens, e o próprio Jesus afirmou ser ele o Caminho, não “um” caminho. Se você
tem qualquer outra fé que não essa testemunhada na Escritura, livre-se dela, ou
ela se livrará de você. Segundo o relato de Hebreus 11.4, Abel ofereceu ao
Senhor um melhor sacrifício do que o de Caim. Como já vimos anteriormente, Deus
avalia a qualidade do culto que prestamos; a oferta de Abel foi melhor do que a
de seu irmão porque Deus viu o interior (Gn 4.7). Não podemos desassociar nossa
vida cotidiana de nosso culto ao Senhor. De nada adianta nossas mãos erguidas
na adoração se durante a semana nossa vida está associada com o pecado.
2.
Abel, o primeiro mártir. Seu nome significa sopro, vaidade,
vapor. E tão rapidamente Abel subiu da terra, foi morto, desapareceu de entre
os viventes. Mas o seu testemunho de fé falou a todos os homens que viriam
depois dele. Falou que as promessas de Deus reservam coisas excelentes a se
esperar e que se tornariam fatos, embora naquele momento ainda não fossem
visíveis ao olho. É exatamente isso o que a fé de Abel fala. Ela fala de coisas
superiores aos infortúnios desta vida. Mesmo depois de morto sua fé fala coisas
superiores à própria morte. Pois a Palavra da fé diz: Se vivemos, para o Senhor
vivemos; e se morremos, para o Senhor morremos; assim, quer vivamos, quer
morramos, somos do Senhor (Rm 14.8). Jesus Cristo, o Justo também foi morto por
ter obedecido ao Pai. O sangue de Abel clama por vingança e maldição (Gn 4.10,11).
Porém o sangue de Jesus fala coisas superiores ao de Abel (Hb 12.24), por que
não clama por vingança e maldição, mas por reconciliação, paz, bênção,
justificação, liberdade. Era isso que a fé de Abel e sua oferta gritavam quanto
aquilo que ele esperava, embora não visse. Outro seria morto em seu lugar – era
essa sua convicção, e isso foi imputado a ele como justiça por Deus. Sua fé,
afinal, falava da graça prometida.
3.
O sangue de Abel. O tema do amor fraterno ocorre muito
cedo na Escritura; desde o início, fica claro que Deus coloca uma alta
prioridade na maneira como irmãos se relacionam. Nest5a passagem, a questão da
responsabilidade de um pelo outro surge pela primeira vez. Caim pergunta: “Sou
eu guardador do meu irmão?” O termo usado para guardador (Hb shamar) significa
“guardar, proteger, prestar atenção, ou considerar.” Somos nós responsáveis
pelos outros? “Sem sombra de dúvida” é a resposta de Deus. Nós não somente
somos guardadores do nosso irmão, como também somos responsáveis pelo nosso
tratamento e pela nossa maneira de relacionar-se com os nossos irmãos (de
sangue e espirituais). Em virtude do pecado de Caim contra o seu irmão, Deus o
amaldiçoa em toda a terra, retira a sua habilidade para o cultivo da terra e o
sentencia a uma vida como fugitivo e errante. Isto indica claramente que a
falta de amor fraterno destina a pessoa à esterilidade e ausência de propósito
na vida. Ao longo da Bíblia, o Senhor podia ter perguntado a muita gente pelos
seus irmãos. O Senhor, hoje, ainda continua a fazer essa pergunta a cada um de
nós: “Onde está o teu irmão?” Só que nós também respondemos: “Não sei. Será que
eu sou o guarda do meu irmão? Gn 4.9 retrata um encontro de Caim com Deus, logo
após o assassinato de Abel. Ao ler esse texto, destaca-se a expressão “meu
irmão”. É como uma cobrança de algo que parece não fazermos mais: Será que
temos falhado com algum irmão? Será temos nos preocupado ou até mesmo nos
esquecido de alguns deles? Com alguns somos mais chegados e nos importamos
mais, já outros nos parecem ser indiferentes. “Portanto, recebei-vos uns aos
outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus” (Rm 15.7); “Pai...
quando eu estava com eles, GUARDAVA-OS no teu nome que me deste, e protegi-os,
e nenhum deles se perdeu” (Jo 17.12) - Que diferença! Jesus não só os guardou,
mas selou seu compromisso com seus irmãos entregando sua própria vida. Ao passo
que o sangue de Abel clama por vingança (Is 26.21; Mt 23.35; Ap 6.10) o de
Cristo clama por perdão (Hb 12.24).
III.
UM HOMEM QUE AGRADOU A DEUS
1.
Abel soube agradar a Deus. Na tentativa de agradar a Deus o
homem se lança em jejuns, orações, penitências, abstinências, meditação,
caridade, confissões, esmolas, etc., mas somente pela fé, a que uma vez foi
dada aos santos, é possível tornar-se agradável a Deus (Jd 1.3). O que podemos
oferecer a Deus que seja tão precioso a ponto de ser agradável a Ele? A única
coisa que realmente nos pertence nesta vida: nosso coração. Não há nada mais
precioso do que o nosso coração, a sede de todos os pensamentos e sentimentos –
que controla nossa ser. Através da Bíblia, a única abordagem que agrada a Deus
é lhe obedecer no que ele manda. Porém esta questão envolve muito mais do que
isso. Deve-se lembrar que ao lidar com a palavra de Deus, estamos lidando com
Deus. A coisa que Deus exige é uma reverência para com ele que comove até a
obediência, seja esta obediência em relação a uma proibição, ou uma questão de
honrar o silêncio de Deus, ou de examinar as Escrituras para ter certeza
daquilo que ele quer. Quando Deus repetiu a Isaque as promessas dadas a Abraão,
ele disse que cumpriria estas promessas, “Porque Abraão obedeceu à minha
palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as
minhas leis” (Gênesis 26.4-5). Quando Saul falhou em cumprir o que Deus lhe
havia dito, Samuel disse a ele: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de
carneiros” (1 Samuel 15.22). O coração de um filho amável procura obedecer ao
pai. Se amarmos a Deus, vamos querer fazer a sua vontade, independente de como
ele expressá-la. Jesus falou daqueles que estavam dispostos a fazer a vontade
do Pai (João 7.17). A prova mais verdadeira da devoção a Deus não é
simplesmente fazer a sua vontade, mas fazer a sua vontade porque assim
desejamos. Note também que o amor por outros cristãos é tanto uma característica
da nova natureza dos crentes quanto da vida justa (Jo 13.35). Aquele que ama de
verdade não se deixa dominar nem pela inveja nem pelo ódio.
2.
Abel, buscou a Deus. A base do capítulo 11 de Hebreus é,
do princípio ao fim, um exemplo de que os antigos também viveram por fé.
“Porque pela fé os antigos obtiveram bom testemunho. As 20 repetições da
expressão “pela fé” no capítulo onze, indicam que a salvação sempre tem sido
pela fé. Mesmo Abel, não foi salvo pelo sacrifício que ofereceu a Deus, mas
pela sua fé no Senhor. Do mesmo modo Enoque agradou a Deus, e Noé foi herdeiro
da justiça (Hb 11.5,7), os quais devemos imitar, como exemplo”. Deus quer ser
adorado e louvado em espírito e em verdade. Não é cerimonialismo, tradições ou
invenções impostas pelos homens, mas adoração que saia de um coração contrito,
quebrantado. O autor aos Hebreus nos pede: "Por meio de Jesus, portanto,
ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios
que confessam o seu nome" (Hb 13.15).
3.
Caim agradou ao Diabo. Já vimos que o ponto central da
questão da rejeição de Caim foi o seu coração mau, por isso, Deus rejeitou a
sua oferta. Enquanto Abel não se valia do sacrifício para buscar o favor de
Deus, mas sim da fé, Caim, esperava algum mérito pela oferta, pois não dedicava
o seu coração a Deus. (Hb 11.4). No texto de Gênesis o único indício que temos sobre
o motivo de Deus não aceitar a oferta de Caim está no versículo 7: “Se você
fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à
porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”. O problema de Caim
era “não fazer o bem”. Muitos interpretes tentam explicar essa recusa e três
possibilidades são as mais sugeridas:
a. A primeira sugestão é
que Abel ofereceu o melhor que possuía, ao contrário de Caim. Curiosamente essa
é a sugestão mais conhecida, porém não existem indicações bíblicas que defendam
essa hipótese no texto.
b. A segunda é que Caim
trouxe uma oferta onde não houve um “derramamento de sangue”, e, desta forma,
se passou por um homem justo e sem necessidade de qualquer sacrifício pelos
pecados. Essa hipótese assume que Deus previamente havia instruído sobre o tipo
de oferta que deveria ser apresentada para fazer a expiação pelos pecados,
logo, Caim desobedeceu a essa instrução. O versículo 3 do mesmo capítulo é
utilizado para defender essa interpretação, afirmando que o sacrifício já era
habitual para eles.
c. A terceira
possibilidade defende que a atitude de Caim estava errada, em seu interior em
relação a sua comunhão com Deus. Em Hebreus 11.4 é relatado que “foi pela fé”
que Abel ofereceu um sacrifício maior que o de Caim, e, por sua ira invejosa,
Deus censurou Caim. A ira de Caim mostra quão decidido ele estava em agir por
conta própria, sem se submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora. Nunca
poderemos nos desculpar por ter ofendido alguém dizendo: 'Tenho um temperamento
agressivo'. Precisamos considerar a ira como pecado e conscientemente nos
submeter à vontade de Deus. O poder do pecado dominou o coração de Caim, que se
tornou maligno. Sob o doinínio de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem
que o mesmo tivesse feito qualquer coisa que justificasse sua raiva, ele usou
de engodo, ao convidá-lo a ir ao campo, para depois atacá-lo e matá-lo ((Gn
4.8). O fato de tê-lo levado, indica que o crime fora premeditado, para escapar
dos olhos de seus país e, deste modo, evitar testemunhas contra o seu pecado.
Caim procurou fugir da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz
boje, por não querer assumir seus próprios pecados. No texto de Genesis 4. 11
e 12 Deus expressa a sua rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe:
"E agora maldito és desde a terra, que abriu a sua boca para receber das
tuas mãos o sangue de teu irmão". Caim ficou no estado em que estão
muitos, hoje. Não tinha coragem nem sentia ânimo para clamar por perdão, mas
num espírito pessimista e com os olhos fechados para a misericórdia de Deus só
exclamou: "Maior é a minha pena do que eu possa suportar." (v. 13)
CONCLUSÃO
O sacrifício deve ser
oferecido com fé, pois, sem fé é impossível agradar a Deus, indiferente do
sacrifício. Os dois filhos de Adão trouxeram sacrifício ao Senhor. O Senhor se
agradou de um e desagradou-se do outro. E o que levou o Senhor agradar-se de um
e do outro não agradar-se está diretamente ligado ao procedimento de fé de cada
um dos irmãos. Havia no sacrifício de Abel um ingrediente muito importante
chamado fé, ao passo que, Caim, talvez estivesse apenas cumprindo um ritual
religioso. O que separa uma vida religiosa de uma vida de intimidade com Deus é
o ingrediente “fé” no que fazemos diante de Deus e para Deus. Note que a razão
do sacrifício é evidenciar a fé do ofertante: Hebreus 11.4 assevera: “Pela fé
Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou
testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela,
depois de morto, ainda fala.” A diferença entre Caim e Abel pode ser vista em
todas as épocas. Os Publicanos e Fariseus nos dão um retrato disto no Novo
Testamento [Lc 18.9-14]. O "caminho de Caim" [Judas 11] é o caminho
da salvação através das obras e da religião. Deus alertou a Caim, porém, ele
não deu ouvidos. Eva foi induzida a pecar e agora Caim não podia o resistir. “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o
sempre. Amém”. (Jd.24-25).
REFERÊNCIAS:
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BOYER, Orlando. PEQUENA
ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
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Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O
Caráter do Cristão. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
_____. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo
por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
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