SUBSÍDIO
PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
4º
Trimestre/2015
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 11.1-9
TEXTO
ÁUREO: “[...] Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que
começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem
fazer” (Gn 11.6).
INTRODUÇÃO
A diversidade cultural é
algo associado a dinâmica do processo aceitativo da sociedade. O termo
diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características
ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.
Qual a origem da
diversidade linguística e cultural da humanidade? Em Gênesis capítulo 11,
Moisés narra como a civilização, a princípio monolinguista e monocultural, veio
a dividir-se em idiomas, dialetos e falares. Multiplicando-se a língua,
subdividiu-se a cultura dos filhos de Noé.
Estudaremos a respeito da
construção da Torre de Babel, considerada o monumento da arrogância, da soberba
e da rebelião do homem contra o Criador. Veremos que o monolinguismo foi um dos
fatores que contribuíram para que a depravação da geração pós-diluviana
pululasse. Já que não havia impedimento quanto a língua, os homens cheios de
soberba, e com um espirito de rebelião se unem para fazer um monumento que
seria símbolo da sua altivez. O Senhor abomina a altivez, o orgulho (Pv 6.17).
Esse sentimento nefasto jamais poderá encontrar guarida no coração do servo de
Deus.
I.
A TORRE DE BABEL
A Torre de Babel é um dos
acontecimentos marcantes do período pós-dilúvio. Dá-nos a origem das línguas e
os característicos físicos humanos. É um evento que revela a deterioração da
condição moral e espiritual dos descendentes de Noé, tendo como figura de
destaque Ninrode. Alguns estudiosos julgam que Ninrode prefigura o homem
"iníquo" que será o último e pior inimigo do povo de Deus (2 Ts 2.3-10).
As pessoas que se dispuseram a construir a Torre (Gn 11.3,4) o fizeram como um
momento à sua própria grandeza, algo para ser visto por todo o mundo. A
construção dessa torre muito desagradou a Deus.
Por que a construção da
torre de Babel desagradou a Deus?
a) Os homens
desobedeceram o mandamento de que deviam espalhar-se e encher a terra (Gn 9.1;
11.4). Um dos motivos que os impulsionavam e pelo qual levaram a cabo a
construção era que desejavam permanecer juntos, no mesmo território. Sabiam que
os edifícios permanentes e uma coletividade firmemente estabelecida produziriam
um modelo comum de vida que os ajudaria a permanecer juntos.
b) Foram motivados
pela intenção de exaltação pessoal ("façamo-nos um nome", disseram) e
de culto ao poder, que posteriormente caracterizou a Babilônia. Uma torre
elevada e visível para todas as nações seria um símbolo de sua grandeza e de
seu poder para dominar os habitantes da terra.
c) Excluíam Deus de
seus planos; ao glorificar seu próprio nome, esqueciam-se do nome de Deus, nome
por excelência: o Senhor.
Deus não estava preocupado
com a construção ou com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava,
novamente, o coração do ser humano. Deus, portanto, desbaratou seus planos não
só para frustrar-lhes o orgulho e independência, mas também para espalhá-los, a
fim de que povoassem a terra.
1.
O monolinguismo. Os descendentes de Noé se
multiplicaram e todos falavam uma mesma língua. Havia uma certa unidade de
pensamento e de entendimento, que se manifestava de modo natural, porque era um
só povo. Diz o texto sagrado: “Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem
e uma só maneira de falar” (Gn 11.1). Unidos pela comunicação, através de
uma só língua, imaginaram fortalecer o poder humano, construindo uma cidade
grande e uma torre que tocasse os céus. Facilmente, esqueceram da aliança que
Deus havia feito com Noé, logo após saírem da Arca. Em Gênesis 11.6, Deus
diz: “O povo é um e tem a mesma lingua”. Esta declaração divina não significa
que a unidade seja uma coisa má. Entretanto, em relação àquele povo, ela tinha
um fim negativo, pois visava confrontar a autoridade divina e estabelecer a
autossuficiência humana.
2.
Uma nova apostasia. A utilização regular de apenas uma
língua facilitava a rápida disseminação do conhecimento, todavia, muito
contribuía para proliferação da apostasia, de adorações a deuses falsos, obra
da imaginação humana.
Parece que Canaã não
gostou da maldição divina que ficou sobre ele, e ficou cada vez mais rancoroso,
ressentido e rebelde. Também que ele passou este ódio e rebelião para o seu
filho Cuse e seu neto Ninrode. O rancor dele foi aumentando até que quando seu
neto nasceu ele recebeu o nome de Ninrode, que significa "vamos rebelar ou
rebelde".
Deus tinha dado para Canaã
e a sua descendência a posição de ser os servos de Sem e Jafé, mas ele não
aceitou e decidiu rebelar-se contra Deus, e foi isto mesmo que fez. Em vez de
se submeter à vontade de Deus e servi-lo obedientemente, ele rebelou-se contra
Deus e disse: "Vamos dominar, governar e reinar sobre os outros".
Observa o texto de Gn 10.8,
a cerca de Ninrode: "este começou a ser poderoso na terra". Também em
Gn 10.9 está escrito que ele era "poderoso caçador diante da face do
Senhor". A palavra “diante” neste versículo significa "contra" o
Senhor. Tudo isto mostra para nós que Ninrode era um guerreiro, rebelde, tirano
e um líder de rebeldes na face do Senhor, e que ficou contra os mandamentos e a
vontade de Deus.
Ninrode construiu cidades,
não altares. Ninrode funda seu império em evidente agressão (Gn 10.8). Seu
império incluía toda a Mesopotâmia, tanto a Babilônia ao sul (Gn 10.10) quanto
a Assíria ao norte (Gn 10.10-12). Como prinicpais centros de seu império, ele
funda a grande cidade de Babilônia, mais notavelmente Babel (Gn 10.10); e,
subsequentemente, tendo mudado para a Assíria, fundou Nínive ainda maior (Gn 10.11).
Todas essas cidades adoraram deuses falsos, frutos da imaginação humana.
Da religião que Ninrode
criou, como resultado de sua rebelião contra Deus, saiu toda religião falsa.
Ela é chamada em Apocalipse 17.5 de "a grande Babilônia, a mãe das
prostituições e abominações da terra". Ninrode e a sua esposa se tornaram
os deuses desta religião blasfema.
A esposa de Ninrode (Semíramis) foi
chamada a rainha dos céus e da Babilônia. Quando Ninrode morreu, Semíramis proclamou
que ficou grávida milagrosamente (a verdade é que ela era adúltera) e o filho
que nasceu era Ninrode reencarnado. Então, Semíramis e o seu filho
(Tamuz) se tornaram a mãe e o filho que este povo idólatra adorou como Deus.
Este filho (Tamuz) se tornou o deus do sol Baal, e Semíramis a deusa Asterote.
Ninrode se tornou o deus
do povo que adorava as hostes dos céus (planetas, estrelas, lua e o sol
principalmente). Eles de forma deliberada deixaram os mandamentos de Deus e
adoraram a criação de Deus em vez do Criador. Eles edificaram uma torre
dedicada à adoração das hostes dos céus que eram seus deuses. É isto que Gn
11:4 significa quando diz que edificaram "uma torre cujo cume toque nos
céus". Era uma clara rebelião, um afrontamento contra Deus.
3.
Um monumento à soberba humana. “Vinde, edifiquemos para
nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos
célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a
terra" (Gn 11.3,4).
A Torre de Babel é um
monumento ao pecado humano e não à bondade e faculdade inventiva humana. Mostra
a depravação humana bem no princípio da nova geração descendente de Noé. Gênesis
11.4 mostra que a Torre de Babel foi uma grande conquista humana, uma
maravilha do mundo; no entanto, era um monumento para engrandecer as pessoas,
não a Deus.
- “edifiquemos para nós
uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus”. O interesse
principal da geração pós-diluviana estava numa torre, embora também houvesse a
construção de uma cidade. A intenção era que a torre alcançasse os céus. Nada é
dito sobre um templo para adoração a Deus. Isto mostra que o paganismo estava
indiretamente envolvido neste empreendimento, pois havia um ímpeto construtivo
em direção ao céu e o único verdadeiro Deus foi definitivamente omitido de todo
o planejamento e de todas as metas. Mas Deus observava tudo o que estava
acontecendo e logo mostrou sua avaliação da situação. O homem deve estar
cônscio de que não pode viver à margem de Deus; ele foi criado à imagem de Deus
(Gn 1.26), e isto significa que o homem é dotado de grandes poderes, mas que é
totalmente dependente de Deus para sua essência de vida e razão de ser.
- “e tornemos célebre o
nosso nome”. Esta expressão denota a busca pela fama. Esses construtores
estavam tentando obter relevância e imortalidade nos seus feitos, porém apenas
Deus pode dar um nome eterno àqueles que engradecem o nome dEle, assim como Ele
fez com Abraão (Gn 12.2).
- “para que não sejamos
espalhados”. Assim como Caim, no seu afastamento de Deus, esses pecadores
orgulhosos temiam deslocamento, desejavam segurança. Assim como Caim, eles
encontraram solução para isto numa cidade que se rebelava contra Deus –
estratégia que envolvia desobedecer à ordem de Deus de “encher a terra” (Gn
9.1). A desobediência às ordens de Deus é um grande pecado contra Ele e um
grande perigo para o ser humano. Isto sempre trouxe consequências desastrosas
para o ser humano e para o meio em que ele vive.
Podemos construir monumentos
para nós mesmos (grandes edifícios, carros luxuosos, cargos importantes) a
fim de chamar atenção para as nossas realizações. Estas coisas podem não estar
erradas em si mesmas, mas quando as utilizamos para promover nossa identidade e
valor, elas tomam o lugar de Deus em nossa vida. Somos livres para prosperar em
muitas áreas, mas não para pensar em tomar o lugar de Deus. Quais “torres” você
tem construído em sua vida?”
II.
A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
Depois do dilúvio a raça
humana viveu primeiramente na região do Ararate, nas montanhas da Armênia, e
ali Noé tornou-se lavrador (Gn 9.20). Como as pessoas aumentaram em número, uma
parte delas se espalhou pelas margens dos rios Tigre e Eufrates, a leste do
Ararate, e assim chegou às planícies de Sinar ou Mesopotâmia (Gn 11.2). Ali
eles criaram colônias e muito cedo, como cresceram em riqueza e poder, fizeram
planos de construir uma grande torre para fazer célebre o seu nome e evitar a
dispersão do grupo. Em desobediência à ordem de Deus de multiplicar e dominar
toda a terra, eles tentaram criar um grande centro para manter a unidade e
reunir toda a humanidade em um reino mundial que encontraria sua sustentação na
força e na glorificação do propósito e do esforço humano. Pela primeira vez na
história surge a ideia de concentração e organização de toda a humanidade com
toda a sua força e sabedoria, com toda a sua arte, ciência e cultura, contra
Deus e Seu reino. Essa ideia foi ventilada várias vezes depois dos eventos de
Babel, e sua realização tem sido o objetivo de todos os tipos de grandes homens
no curso da história.
Como punição dessa
rebeldia, Deus confundiu a linguagem deles e os dispersou em todas as direções
sobre a Terra. Babel significa “confusão”, resultado inevitável de qualquer
empreendimento que deixe Deus de lado ou não esteja de acordo com a Sua
vontade.
1.
Uma cidade à prova d’água. "Vinde, façamos tijolos e
queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa.
Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue
até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados
por toda a terra" (Gn 11.3,4).
Percebe-se pelo texto que
eles buscavam uma cidade à prova d'água. Se houvesse outro dilúvio, estariam
eles a salvo naquele centro urbano. E, caso este viesse a ser inundado,
correriam todos à torre, onde, segundo imaginavam, estariam a salvo. Parecem
que eles desconheciam ou não acreditavam no pacto firmado entre Deus e Noé, que
não mais destruiria a terra por um dilúvio (Gn 9.11). Todo esse complexo era
alicerçado por uma filosofia deletéria e antagônica a Deus: concentrar a todos
num só lugar, substituir o culto ao verdadeiro Deus Criador por um culto
antropocêntrico.
2.
A torre que Deus não viu. “Então, desceu o SENHOR para ver a
cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam” (Gn 11.5).
Neste texto há uma ironia quase
imperceptível: “desceu o SENHOR para ver”. Deus é onipresente, logo não precisa
sair do seu trono para ver algo na Terra. Esta é uma descrição
antropomórfica da atividade de Deus, e serve para enfatizar que o
julgamento divino é sempre de acordo com a verdade. As torres da Mesopotâmia
(zigurates) foram construídas com escadas para a descida dos deuses (falsos,
claro!). Deus desceu em julgamento nessa torre de orgulho e rebeldia
humana contra o Senhor.
Muitas vezes, os homens
poderosos orgulham-se de seus projetos. Mas, aos olhos de Deus, são pequenos e
simplesmente desprezíveis. O que dizer das pirâmides? Dos arranha-céus que são
construídos em alguns países - como o de Burj Khalifa - na cidade de
Dubai -, a maior estrutura feita pelo homem no mundo, com 800 metros de altura.
Ainda que se avultem em grandezas, não subsistirão para sempre. Um dia serão
apenas pó e cinza.
3.
Quando ninguém mais se entende. “Eia, desçamos e
confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim,
o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar
a cidade” (Gn 11.7,8).
Os habitantes estavam
unidos, tinham comunicação aberta entre si, contudo arruinaram estas bênçãos em
rebelião contra o Criador. Deus não permitiria ser ignorado, e a loucura da
ilusão humana de que posses e atividades criativas eram insuperáveis não
ficaria sem confrontação.
Para demonstrar que a
unidade humana era superficial sem Deus, Ele introduziu confusão de som na
língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi
abandonado e a sociedade unida, mas sem temor de Deus, foi despedaçada em
segmentos confusos. Deus frustrou o propósito daquela geração, multiplicando
idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si. A
diversidade de línguas resultou em balbucios ou fala ininteligível. Isso deu
origem à diversidade de raças e idiomas no mundo.
Alguém observou que se
pode considerar o dom de línguas no dia de Pentecostes como o contrário da
confusão de línguas em Babel. Quando os homens, motivados pelo orgulho,
vangloriam-se de seus êxitos, nada resulta exceto divisão, confusão e falta de
compreensão; mas quando se proclamam as obras maravilhosas de Deus, todo homem
pode ouvir a mensagem do evangelho em seu próprio idioma.
III.
A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
Com a intervenção de Deus
em Babel, impedindo que um império totalitário mundial fosse estabelecido,
aconteceu o surgimento de nações e povos, e de línguas e dialetos. Pessoas que
tiveram os mesmos antepassados, o mesmo espírito empreendedor, que
compartilharam a mesma carne e o mesmo sangue, essas pessoas começaram a se
tratar como estranhos. Eles não se entendiam uns aos outros e não podiam
comunicar-se uns com os outros. A raça humana foi dividida em nações distintas,
que a partir de agora, disputariam sua existência umas com as outras. Foram
criadas diversas fronteiras entre os descendentes de Noé: linguísticas,
culturais e geográficas.
1.
Linguísticas. Como punição, o Senhor
confundiu a linguagem dos edificadores da torre de Babel, e assim surgiram as
diferentes línguas que o mundo possui atualmente. Nós não somos informados
sobre como essa confusão aconteceu. O que aconteceu foi que pessoas fisiológica
e psicologicamente diferentes umas das outras começaram a ver e a dar nome às
coisas diferentemente, e, consequentemente, foram divididas em nações e povos,
e se dispersaram em todas as direções sobre toda a Terra. Devemos nos lembrar
que essa confusão de línguas foi preparada pela separação em tribos e famílias
dos descendentes dos filhos de Noé (Gn 10.1ss). Diz o texto sagrado que nos
dias de Pelegue se repartiu a terra (Gn 10.25).
Considerado o maior
inventário de línguas do planeta, existem cerca de 6.912 idiomas em todo o
mundo. Essa enciclopédia, editada desde 1951, é uma espécie de bíblia da
linguística, indicando quais são as línguas em uso, onde elas são faladas e
quantas pessoas usam o idioma. De acordo com os organizadores da enciclopédia,
o total de línguas no planeta pode ser até maior. Estima-se que haja entre 300
e 400 línguas ainda não catalogadas em regiões do Pacífico e da Ásia.
O idioma mais popular do
planeta é o mandarim, o principal dialeto chinês, falado por algo em torno de
900 milhões de pessoas. Em segundo lugar aparece o híndi, a língua oficial da
Índia, falada por cerca de 70% dos indianos. O espanhol vem em terceiro lugar,
o inglês em quarto e o nosso português em sétimo.
Já imaginou se todos
falassem um único idioma? Não precisaríamos de interpretes, nem de tradutores
para testemunhar de Cristo aos alemães, chineses e belgas. Inexistindo
barreiras idiomáticas, sentir-nos-íamos mais irmanados. A comunicação com os
africanos e asiáticos fluiria sem dificuldades. O conhecimento poderia ser
transmitido com eficácia sem os perigos que representam as traduções apressadas
e temerárias. Mas Deus, a fim de preservar a espécie humana, achou bem
confundir-nos a língua, para que o caos não fosse maior, afirma pr. Claudionor
de Andrade.
2.
Culturais. Com a dispersão da comunidade única pós-diluviana
após o juízo de Babel (Gn 11.9), naturalmente que os povos ali nascidos
passaram a construir diferentes culturas, até porque a língua é um fator
fundamental na formação de uma cultura e Deus confundiu as línguas, impondo,
pois, uma diversidade cultural para o mundo. Cada povo, uma língua, uma cultura
e costumes bem característicos.
As nações ali formadas,
inicialmente isoladas, passaram, pouco a pouco, a manter um contato que hoje é
muito intenso e praticamente diário. Esta diversidade gera nos seres humanos a
sensação de que não existe um único modo de vida, uma única forma de se viver
sobre a face da Terra, a mesma impressão que toda criança sente ao ir para a
escola e perceber que nem todas as famílias têm o mesmo sistema de criação e
educação que ela tem em casa.
Esta sensação, porém, não
pode, em absoluto, levar-nos à conclusão de que não existem valores morais
absolutos. A comunidade única pós-diluviana, de onde provêm todas as nações,
tinha como fundamento moral a principiologia divina, a conduta estabelecida por
Deus ao homem, desde o Éden, e que foi renovada a Noé (Gn 9.1-17), princípios
que são denominados pelos estudiosos da Bíblia de “pacto noaico”, a saber:
praticar a equidade, adorar e servir somente a Deus, não blasfemar o nome de
Deus, não praticar idolatria, imoralidades, assassinatos, roubos, honrar pais,
não cobiçar os bens do próximo.
A diversidade cultural
existe e é obra de Deus, mas a existência de valores morais universais, válidos
para todos os homens, pois são decorrentes de uma determinação divina a toda a
humanidade, é também uma realidade presente e inafastável.
3.
Geográficas. Acrescente-se a essas dificuldades as
fronteiras naturais: rios, mares, montanhas, vales, etc. Cada povo com o seu
território. Deus sabe o que faz.
CONCLUSÃO
Deus não destruiu a torre
de Babel por recear que o homem pudesse elevá-la até os céus, pois isto era
impossível. Esta atitude do Criador foi uma resposta à desobediência dos
descendentes de Noé, pois o Senhor lhes falara que crescessem, multiplicassem e
enchessem a Terra. Temos aqui uma demonstração da soberania divina intervindo
na vida humana para salvá-la.
REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavra Chave. Rio de Janeiro: CPAD.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA.
Estados Unidos da América: Editora
Vida, 1998.
Hamilton,
Victor P. Manuel do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD.
http://luloure.blogspot.com.br/
Merrill,
Eugene H. História de Israel no Antigo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD.
RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia:
Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012.
Waltke, Bruce
K. Gênesis. Editora Cultura Cristã.
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