sexta-feira, 7 de abril de 2017

Lição 2 - Abel, exemplo de caráter que agrada a Deus

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

2º Trimestre/2017 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 4.8-16.

TEXTO ÁUREO: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4).

INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Gênesis, o homem estava em perfeita comunhão com Deus, no capítulo 4 a raça humana já não tem comunhão com Deus, antes está completamente morta e tende para o mal. Este capítulo também revela como o pecado se espalhou na primeira família e então na sociedade. Verdadeiramente a depravação bem cedo floresceu e se espalhou. A oferta de Caim foi rejeitada porque ele mesmo não era justo diante de Deus. A Bíblia toda ensina que nada do que nós oferecemos a Deus é aceito se não estivermos corretos diante dEle [Gn 4.5, Hb 11.6; Is 1.10-15]. Caim se achou no direito te tirar a vida do próprio irmão por pura inveja. O pecado do capítulo 3 está tomando uma nova cara. Vemos em Caim inveja, cobiça, ódio, ira… Triste realidade: a violência cresce! Vemos claramente a violência crescendo a cada dia. A crueldade dos homens parece não ter fim. Primeira vítima da violência, Abel (hb Havel; "fôlego", "vapor", "exalação" ou simplesmente "nada". Algo considerado "perecível", um prenúncio de seu destino, morto ainda bem jovem. O escritor de Hebreus o classificou como "justo" (Hb 11.4), enquanto que do réprobo Caim é dito que era um filho “do diabo” (1Jo 3.10), porque “suas obras eram más” (v. 12). Caim era “abominável ao Senhor” (Pv 3.32; 11.20; 16.5), assim como tudo dele: suas “mãos” (6.16-17), seus “lábios mentirosos” (12.22), seus “pensamentos” (15.26), seu “sacrifício” e “caminho” (15.8-9).). Caim e Abel foram pessoas gratas a Deus, isso num tempo em que nenhuma lei prescrevia que devessem algum tipo de oferta, ou seja, ambos deram voluntariamente. Cada um deles ofertou conforme o fruto do seu trabalho. Contudo, Deus atenta somente para Abel, não pela qualidade de sua oferta, mas pela disposição do coração. Deus primeiro se agradou da pessoa de Abel, e então de sua oferta; o que mostra que ele não foi aceito por causa de sua oferta, mas por causa de seu caráter espiritual e digno. Aprendemos que as melhores obras dos crentes são imperfeitas e estão manchadas pelo pecado, e somente são aceitáveis a Deus através de Jesus Cristo, em quem, e em quem unicamente, que é o amado, suas pessoas são aceitas e agradáveis a Deus. Notemos que o autor da Epístola aos Hebreus observa,que pela fé, Abel ofereceu mais excelente sacrifício que Caim (Hb 11.4).

I. A OFERTA DE ABEL

1. Uma oferta agradável a Deus. É bom esclarecer o seguinte: note o seguinte texto:“e a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR.” (Gn 4.26); aparentemente, há uma contradição, não é? Como se explica isso? “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.” (Gn 4.3,4); a resposta é simples, de fato, sempre houveram verdadeiros adoradores a Deus, começando pelos nossos pais, Adão e Eva, passando por outros tantos, ocorre que o que houve de especial em Gn 4.26 é que agora a população já estava maior, se fala em adoração pública, distinta das realizadas anteriormente, quando era restrita ao seio do lar, esta é a diferença, uma é reservada, a outra é pública. Nenhum homem pode ser justificado ou salvo por suas obras, e portanto nenhum homem pode ser aceito por Deus por esta causa; Como já dito na introdução, foi o caráter espiritual e digno de Abel que o tornou apto a ofertar. Não há a ideia de barganha com o que é a obrigação do crente, contrariamente ao que é ensinado em alguns púlpitos, Deus não negocia bênçãos. Deus não nos deve nada, se Ele nos dá algo é por sua maravilhosa graça, não pelo nosso merecimento. E a primeira primícias que Ele quer é a nossa vida. Não há oferta ou trabalho que esconda uma vida de pecados ou dedicadas a outras atividades. Da mesma forma que não existe dedicação à Igreja que substitua a permanente entrega das nossas vidas a Deus. O adorador e sua oferta são inseparáveis, pela fé, Abel obteve testemunho de ser justo, pois Deus aprovou suas ofertas; sem fé, nem Caim, nem suas ofertas eram agradáveis a Deus (Hb 11.4,6). A exemplo de Jó, Deus tem prazer em destacar as virtudes, as motivações corretas do coração, as ações que glorificam Seu Nome e refletem Seu caráter. O importante na adoração é a atitude de coração e mente. A verdadeira adoração não é apenas forma e cerimônia, mas realidade espiritual que está em harmonia com a natureza de Deus, em verdade, transparente, sincera e de acordo com os mandamentos bíblicos.

2. Uma oferta profética. Cada um dos irmãos trouxe uma oferta voluntária apropria da a sua vocação (Gn 32.13-21); Abel trouxe das primícias (Dt 26.1-11) e do melhor que o adorador tinha a oferecer: o primeiro e o melhor, pelo que, Caim deixou de trazer os dois. Alguns estudiosos apontam para o fato de que Abel trouxe um sacrifício de sangue, enquanto Caim não o fez.

3. Uma oferta valiosa. O louvor de Abel ainda ecoa o fato de que um verdadeiro adorador deve vir com fé, apresentando o sacrifício exigido por Deus. Deus deu testemunho da justiça de Abel porque o justo vive da fé, ou seja, de toda palavra que sai da boca de Deus. A justificação de Deus é de vida, pois Ele cria o justo, e o declara justo “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm 5.18). O problema da rejeição de Caim não estava na voluntariedade e nem na sua oferta. O problema estava em Caim, pois primeiro ele foi rejeitado, para depois a oferta ser rejeitada (Gn 4.5). Ao oferecer voluntariamente seu sacrifício, Abel foi justificado por Deus, foi aceito por Deus, e consequentemente também a sua oferta (Hb 11.4). Abel sabia da existência de Deus por intermédio de seus pais, e ao aproximar-se para ofertar, tinha plena certeza que Deus recompensa aqueles que O buscam. O mesmo fato pode ser observado com Abraão: “Creu Abrão no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15.6), e Paulo atesta “Não obstante, aquele que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé e imputada como justiça” (Rm 4.5). Finalizando o tópico, da própria terra, o sangue de Abel clamou por vingança (Gn 4.10), mas o sangue de Jesus, usando a mesma figura, ‘fala coisas superiores’, clama pelo perdão dos filhos de Deus! (Hb 9.12-15;10.19-22). Note que é neste sentido que o texto de Hb 12.24 diz que o sangue de Cristo “fala melhor que o de Abel” – o de Abel clama por vingança, o de Cristo por perdão!

II. A INJUSTIÇA CONTRA ABEL

1. Abel era um homem justo. Abel recebeu pouca revelação, mas creu. E Deus o purificou graciosamente por meio da fé e da obediência. E se a Escritura dá o testemunho de uma fé salvadora como essa, qualquer outra fé que não essa, é enganosa, falsa, controversa, manipuladora, escravizante. Pois há um só meio de salvação, como diz Paulo e apenas um Mediador entre Deus e os homens, e o próprio Jesus afirmou ser ele o Caminho, não “um” caminho. Se você tem qualquer outra fé que não essa testemunhada na Escritura, livre-se dela, ou ela se livrará de você. Segundo o relato de Hebreus 11.4, Abel ofereceu ao Senhor um melhor sacrifício do que o de Caim. Como já vimos anteriormente, Deus avalia a qualidade do culto que prestamos; a oferta de Abel foi melhor do que a de seu irmão porque Deus viu o interior (Gn 4.7). Não podemos desassociar nossa vida cotidiana de nosso culto ao Senhor. De nada adianta nossas mãos erguidas na adoração se durante a semana nossa vida está associada com o pecado.

2. Abel, o primeiro mártir. Seu nome significa sopro, vaidade, vapor. E tão rapidamente Abel subiu da terra, foi morto, desapareceu de entre os viventes. Mas o seu testemunho de fé falou a todos os homens que viriam depois dele. Falou que as promessas de Deus reservam coisas excelentes a se esperar e que se tornariam fatos, embora naquele momento ainda não fossem visíveis ao olho. É exatamente isso o que a fé de Abel fala. Ela fala de coisas superiores aos infortúnios desta vida. Mesmo depois de morto sua fé fala coisas superiores à própria morte. Pois a Palavra da fé diz: Se vivemos, para o Senhor vivemos; e se morremos, para o Senhor morremos; assim, quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor (Rm 14.8). Jesus Cristo, o Justo também foi morto por ter obedecido ao Pai. O sangue de Abel clama por vingança e maldição (Gn 4.10,11). Porém o sangue de Jesus fala coisas superiores ao de Abel (Hb 12.24), por que não clama por vingança e maldição, mas por reconciliação, paz, bênção, justificação, liberdade. Era isso que a fé de Abel e sua oferta gritavam quanto aquilo que ele esperava, embora não visse. Outro seria morto em seu lugar – era essa sua convicção, e isso foi imputado a ele como justiça por Deus. Sua fé, afinal, falava da graça prometida.

3. O sangue de Abel. O tema do amor fraterno ocorre muito cedo na Escritura; desde o início, fica claro que Deus coloca uma alta prioridade na maneira como irmãos se relacionam. Nest5a passagem, a questão da responsabilidade de um pelo outro surge pela primeira vez. Caim pergunta: “Sou eu guardador do meu irmão?” O termo usado para guardador (Hb shamar) significa “guardar, proteger, prestar atenção, ou considerar.” Somos nós responsáveis pelos outros? “Sem sombra de dúvida” é a resposta de Deus. Nós não somente somos guardadores do nosso irmão, como também somos responsáveis pelo nosso tratamento e pela nossa maneira de relacionar-se com os nossos irmãos (de sangue e espirituais). Em virtude do pecado de Caim contra o seu irmão, Deus o amaldiçoa em toda a terra, retira a sua habilidade para o cultivo da terra e o sentencia a uma vida como fugitivo e errante. Isto indica claramente que a falta de amor fraterno destina a pessoa à esterilidade e ausência de propósito na vida. Ao longo da Bíblia, o Senhor podia ter perguntado a muita gente pelos seus irmãos. O Senhor, hoje, ainda continua a fazer essa pergunta a cada um de nós: “Onde está o teu irmão?” Só que nós também respondemos: “Não sei. Será que eu sou o guarda do meu irmão? Gn 4.9 retrata um encontro de Caim com Deus, logo após o assassinato de Abel. Ao ler esse texto, destaca-se a expressão “meu irmão”. É como uma cobrança de algo que parece não fazermos mais: Será que temos falhado com algum irmão? Será temos nos preocupado ou até mesmo nos esquecido de alguns deles? Com alguns somos mais chegados e nos importamos mais, já outros nos parecem ser indiferentes. “Portanto, recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus” (Rm 15.7); “Pai... quando eu estava com eles, GUARDAVA-OS no teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu” (Jo 17.12) - Que diferença! Jesus não só os guardou, mas selou seu compromisso com seus irmãos entregando sua própria vida. Ao passo que o sangue de Abel clama por vingança (Is 26.21; Mt 23.35; Ap 6.10) o de Cristo clama por perdão (Hb 12.24).

III. UM HOMEM QUE AGRADOU A DEUS

1. Abel soube agradar a Deus. Na tentativa de agradar a Deus o homem se lança em jejuns, orações, penitências, abstinências, meditação, caridade, confissões, esmolas, etc., mas somente pela fé, a que uma vez foi dada aos santos, é possível tornar-se agradável a Deus (Jd 1.3). O que podemos oferecer a Deus que seja tão precioso a ponto de ser agradável a Ele? A única coisa que realmente nos pertence nesta vida: nosso coração. Não há nada mais precioso do que o nosso coração, a sede de todos os pensamentos e sentimentos – que controla nossa ser. Através da Bíblia, a única abordagem que agrada a Deus é lhe obedecer no que ele manda. Porém esta questão envolve muito mais do que isso. Deve-se lembrar que ao lidar com a palavra de Deus, estamos lidando com Deus. A coisa que Deus exige é uma reverência para com ele que comove até a obediência, seja esta obediência em relação a uma proibição, ou uma questão de honrar o silêncio de Deus, ou de examinar as Escrituras para ter certeza daquilo que ele quer. Quando Deus repetiu a Isaque as promessas dadas a Abraão, ele disse que cumpriria estas promessas, “Porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gênesis 26.4-5). Quando Saul falhou em cumprir o que Deus lhe havia dito, Samuel disse a ele: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22). O coração de um filho amável procura obedecer ao pai. Se amarmos a Deus, vamos querer fazer a sua vontade, independente de como ele expressá-la. Jesus falou daqueles que estavam dispostos a fazer a vontade do Pai (João 7.17). A prova mais verdadeira da devoção a Deus não é simplesmente fazer a sua vontade, mas fazer a sua vontade porque assim desejamos. Note também que o amor por outros cristãos é tanto uma característica da nova natureza dos crentes quanto da vida justa (Jo 13.35). Aquele que ama de verdade não se deixa dominar nem pela inveja nem pelo ódio.

2. Abel, buscou a Deus. A base do capítulo 11 de Hebreus é, do princípio ao fim, um exemplo de que os antigos também viveram por fé. “Porque pela fé os antigos obtiveram bom testemunho. As 20 repetições da expressão “pela fé” no capítulo onze, indicam que a salvação sempre tem sido pela fé. Mesmo Abel, não foi salvo pelo sacrifício que ofereceu a Deus, mas pela sua fé no Senhor. Do mesmo modo Enoque agradou a Deus, e Noé foi herdeiro da justiça (Hb 11.5,7), os quais devemos imitar, como exemplo”. Deus quer ser adorado e louvado em espírito e em verdade. Não é cerimonialismo, tradições ou invenções impostas pelos homens, mas adoração que saia de um coração contrito, quebrantado. O autor aos Hebreus nos pede: "Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15).

3. Caim agradou ao Diabo. Já vimos que o ponto central da questão da rejeição de Caim foi o seu coração mau, por isso, Deus rejeitou a sua oferta. Enquanto Abel não se valia do sacrifício para buscar o favor de Deus, mas sim da fé, Caim, esperava algum mérito pela oferta, pois não dedicava o seu coração a Deus. (Hb 11.4). No texto de Gênesis o único indício que temos sobre o motivo de Deus não aceitar a oferta de Caim está no versículo 7: “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”. O problema de Caim era “não fazer o bem”. Muitos interpretes tentam explicar essa recusa e três possibilidades são as mais sugeridas:
a. A primeira sugestão é que Abel ofereceu o melhor que possuía, ao contrário de Caim. Curiosamente essa é a sugestão mais conhecida, porém não existem indicações bíblicas que defendam essa hipótese no texto.
b. A segunda é que Caim trouxe uma oferta onde não houve um “derramamento de sangue”, e, desta forma, se passou por um homem justo e sem necessidade de qualquer sacrifício pelos pecados. Essa hipótese assume que Deus previamente havia instruído sobre o tipo de oferta que deveria ser apresentada para fazer a expiação pelos pecados, logo, Caim desobedeceu a essa instrução. O versículo 3 do mesmo capítulo é utilizado para defender essa interpretação, afirmando que o sacrifício já era habitual para eles.
c. A terceira possibilidade defende que a atitude de Caim estava errada, em seu interior em relação a sua comunhão com Deus. Em Hebreus 11.4 é relatado que “foi pela fé” que Abel ofereceu um sacrifício maior que o de Caim, e, por sua ira invejosa, Deus censurou Caim. A ira de Caim mostra quão decidido ele estava em agir por conta própria, sem se submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora. Nunca poderemos nos desculpar por ter ofendido alguém dizendo: 'Tenho um temperamento agressivo'. Precisamos considerar a ira como pecado e conscientemente nos submeter à vontade de Deus. O poder do pecado dominou o coração de Caim, que se tornou maligno. Sob o doinínio de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem que o mesmo tivesse feito qualquer coisa que justificasse sua raiva, ele usou de engodo, ao convidá-lo a ir ao campo, para depois atacá-lo e matá-lo ((Gn 4.8). O fato de tê-lo levado, indica que o crime fora premeditado, para escapar dos olhos de seus país e, deste modo, evitar testemunhas contra o seu pecado. Caim procurou fugir da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz boje, por não querer as­sumir seus próprios pecados. No texto de Genesis 4. 11 e 12 Deus expressa a sua rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe: "E agora maldito és desde a terra, que abriu a sua boca para receber das tuas mãos o sangue de teu irmão". Caim ficou no estado em que estão muitos, hoje. Não tinha coragem nem sentia ânimo para clamar por perdão, mas num espírito pessimista e com os olhos fechados para a misericórdia de Deus só exclamou: "Maior é a minha pena do que eu possa suportar." (v. 13)


CONCLUSÃO

O sacrifício deve ser oferecido com fé, pois, sem fé é impossível agradar a Deus, indiferente do sacrifício. Os dois filhos de Adão trouxeram sacrifício ao Senhor. O Senhor se agradou de um e desagradou-se do outro. E o que levou o Senhor agradar-se de um e do outro não agradar-se está diretamente ligado ao procedimento de fé de cada um dos irmãos. Havia no sacrifício de Abel um ingrediente muito importante chamado fé, ao passo que, Caim, talvez estivesse apenas cumprindo um ritual religioso. O que separa uma vida religiosa de uma vida de intimidade com Deus é o ingrediente “fé” no que fazemos diante de Deus e para Deus. Note que a razão do sacrifício é evidenciar a fé do ofertante: Hebreus 11.4 assevera: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.” A diferença entre Caim e Abel pode ser vista em todas as épocas. Os Publicanos e Fariseus nos dão um retrato disto no Novo Testamento [Lc 18.9-14]. O "caminho de Caim" [Judas 11] é o caminho da salvação através das obras e da religião. Deus alertou a Caim, porém, ele não deu ouvidos. Eva foi induzida a pecar e agora Caim não podia o resistir. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd.24-25).

REFERÊNCIAS:

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BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
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Bíblia de Estudo Matthew Henry. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do Cristão. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
_____. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.

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