terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Lição 7 – As Bodas do Cordeiro

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 22.1-14.

TEXTO ÁUREO: “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” (Ap 19.9)

INTRODUÇÃO

Quando Jesus, ao instruir o memorial da ceia, disse que daquela hora em diante não beberia do fruto da videira até ao dia em que o beberia com os discípulos na casa do Pai (Mt 26.29), estava se referindo ao mesmo evento futuro descrito por João como o casamento do Cordeiro (Ap 19.7,9). A ceia das bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. E a figura do casamento, do esposo e a esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens (Jo 3.29; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1 — 22.7). Veremos o que irá acontecer quando Jesus, com sua Igreja já glorificada e coroada, entrar nos céus. Que dia maravilhoso!

I – AS BODAS DO CORDEIRO

1. O que será? Quando alguns famosos de nosso tempo se casam, chamam de “casamento do século”, todavia, nem de longe podem se comparar com o casamento de Jesus com a sua Igreja. Jesus previu esse acontecimento: “E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lc 22.29,30). A Palavra de Deus chama de “Bodas do Cordeiro”, em Ap 19.7 está escrito: “A noiva já se aprontou” (tradução Sueca). Depois da festa a Igreja é chamada de “Esposa do Cordeiro” (Ap 21.9).

2. Quem poderá participar destas bodas? Todos os crentes de todas as épocas, desde o justo Abel; todos os que morreram com fé nos sacrifícios instituídos no Velho Testamento (sacrifícios que “cobriam” o pecado (Sl 32.1) e, por isso, tiveram seus pecados “lavados” no sangue de Jesus quando Ele morreu – morte expiatória – na cruz. Jesus em sua ressurreição, conduziu-os do “Seio de Abraão” para o Paraíso (Ef 4.7-9). João viu essa multidão inumerável que estarão com Cristo nos Céus: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). Logo, serão os que foram ressuscitados em corpo incorruptível e os vivos transformados em corpo incorruptível no arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17).  


3. Quem ficará de fora deste glorioso evento? Em Ap 22.12-15 diz: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. Quem não puder entrar na nova Jerusalém é porque não terá sido arrebatado. Que o Senhor nos guarde. Precisamos vigiar e orar para não cairmos em tentação (Mt 26.41), e sermos apanhados de surpresa pelo arrebatamento.

II – A REJEIÇÃO AO CONVITE DO CORDEIRO

1. O convite ao povo de Israel. No texto de Mateus 22.1-14, vê-se que “um certo rei que celebrou as bodas de seu filho” (v.2). Esse rei representa Deus, o Pai, que preparou tudo nos céus, para as Bodas do Cordeiro, de seu Filho Jesus Cristo. Num primeiro momento, aquele rei manda “seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir” (v.3). Refere-se aos judeus, que, durante séculos, não quiseram ouvir os profetas que lhes transmitiram a Palavra de Deus, convidando-os para viver com Ele. Noutro momento, o rei manda outros mensageiros para convidar o povo de Israel para as bodas do Filho do rei, mas eles rejeitam, e até matam os homens enviados (vv. 4-6). Sobre isso, João escreveu: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1.11).

2. A tragédia dos que rejeitam a Deus. “E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade” (Mt 22.7). O rei da parábola, que representa Deus, executou um terrível juízo sobre os que rejeitaram seu honroso convite para as bodas de seu Filho. A Bíblia diz que os homicidas ficarão de fora da nova Jerusalém (Ap 22.15), e, que eles serão no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 21.8).

3. O Rei convida a todos. “Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados” (Mt 22.9,10). Certa vez Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Logo, esse texto da parábola se cumpriu em Cristo. O Rei convida a todos, porém, poucos querem ir.

III – A NOIVA DO CORDEIRO

1. Assentados à mesa do Rei. Haverá uma grande ceia nos céus, onde Jesus, pessoalmente, há de servir aos salvos sentados à mesa junto com Abraão, Isaque e Jacó (Lc 12.35,37; 22.30; 13.28,29). Quando Cristo instituiu a Ceia, disse que não beberia mais neste mundo do fruto da videira, até o dia em que o bebesse de novo no reino de seu Pai (Mt 26.29; Mc 14.25). Será a festa gloriosa para os que vencerem todas as lutas. “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Nessa reunião, Jesus apresentará sua Noiva, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef 5.27).

2. As características da Noiva do Cordeiro. A Noiva é:

a) virgem. Indica a fidelidade com seu Noivo (Jesus). O apóstolo Paulo escreveu: “... Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura” (2 Co 11.2 – NVI).

b) gloriosa. A glória da Igreja está em ser ela, hoje o templo do Espírito Santo na terra, e também em seus privilégios futuros. O apóstolo Paulo nos dá alguns traços da noiva que Jesus apresentará a si mesmo “como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável” (Ef 5.27 – NVI).

c) fiel. “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2);   “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21); “Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (1 Co 4.2).

d) santa. “[...] como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27).



CONCLUSÃO

No céu, os salvos receberão as recompensas (coroas) por suas obras feitas na Terra, e as bodas do Cordeiro coroará a Igreja pela sua fidelidade a Cristo. Que o Senhor nos ajude, pois, precisamos ter: a) vestidos brancos de linho fino (Ap 19.8), lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap 7.14); b) calçados do Evangelho da Paz (Is 52.7; Ef 6.15); c) e vasilhas para o azeite (Mt 25.4: Ef 5.18) e o próprio azeite (Mt 25.3,4), que é símbolo do Espírito Santo.

REFERÊNCIAS:

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