LIÇÃO Nº 07 - DATA: 14/08/2011
TÍTULO: “A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO”
TEXTO ÁUREO – Jo 13.14
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 13.12-17; At 2.42-47
INTRODUÇÃO: O amor é algo fundamental no reino de Deus, iremos fazer uma breve analise dos versículos da Leitura Bíblica em classe.
João 13. 12-17.
v. 12. Jesus não lavou os pés dos discípulos apenas para ser gentil com cada um deles. Seu objetivo maior era para entender sua missão na terra depois de sua partida. Esses homens deveriam ir as partes do mundo para servir a Deus, ajudando um aos outros e a todas as pessoas a quem levassem a mensagem da salvação.
v. 13. Senhor e Mestre, Esse duplo titulo não era dado a não ser aos maiores entre os mestres.
v. 14. Se eu me dispus a fazer isso por vocês, então vocês devem estar dispostos a fazer os serviços mais humildes para os outros e ser os últimos a buscar honrarias (Fp 2. 1-7). O ato de lavar os pés foi dado para inspirar atos de abnegação e bondade para com todos os necessitados.
v. 15. A igreja primitiva parece ter seguido o ensino de Jesus e exemplo de Jesus, obedecendo literalmente à sua admoestação, de humildemente lavar os pés uns dos outros, com amor. Por exemplo, em 1Tm 5.10, Paulo declara que as viúvas não deviam ser sustentadas pela igreja, sem preencherem certos requisitos. Um desses era: “Se lavou os pés aos santos”. Eu vos dei o exemplo. A humildade de Cristo é um patrão para seus discípulos. Ao invés de aspirar a dominar, eles devem estar ávidos a servir (Mt 20.26-28; Fp 2.5-8; 1Pe 2.21).
v. 16. Emissário, no Grego Apostolos (emissário, alguém enviado); veja Mt 10.2-4,24,25; Lc 6.40; Jo 15.20.
v. 17. Se, como é o caso, Vocês sabem estas coisas (vv. 13-16), Serão abençoados se as praticarem: “vocês encontrarão a felicidade/alegria ao comportar-se em conformidade com isso”. Não lavar os pés, mas servir aos que estão em necessidades.
OBS: A repetição do ato compete a nós (vv. 14,17). Podemos e devemos lavar os espiritualmente os pés uns dos outros (v.14). Para isso é necessário que tenhamos:
a) A água da Palavra (Ef 5.26).
b) A bacia que contém a água. Não é suficiente haver a verdade na Bíblia: importa que esteja também em nosso coração, disponível para o serviço.
c) A toalha que conforta e consola depois da purificação. Com Jesus a toalha estava em evidência antes que Ele começasse o serviço.
A COMUNHÃO DOS CRENTES (ATOS 2.42-47)
Uma das características do método de Lucas, nestes primeiros capítulos, é implantar de tempos em tempos em sua narrativa pequenos quadros tirados da vida da igreja primitiva, com a intenção, sem dúvida, de servirem de modelos para a igreja de seu dia (veja R. J. Karris, Perspectives [Perspectivas], p. 117). Esta seção traz a primeira destas cenas. Diz respeito a várias questões: ensino, milagres, comunhão e oração. Outros resumos como esse são encontrados em 4.32-35; 5.12-16; 9.31; 12.24. Compare também 5.42; 6.7 e 28.30s., que são semelhantes, mas ligam-se intimamente às narrativas precedentes. Sobre o modo de vida retratado no texto diante de nós, C. F. D. Moule escreve: "Seja qual for a data em que o relato de Atos tenha sido escrito, nada há aqui que pareça incompatível com os primeiros dias da igreja cristã em Jerusalém" (p. 16). Sobre os milagres em particular, Dunn observa: "Não precisamos alimentar dúvidas de que se trata de unia série de fatos históricos reais, as muitas curas de caráter miraculoso que ocorreram nos primeiros dias da primitiva comunidade e missão cristãs....
Períodos de excitação religiosa sempre produziram seus curandeiros, e uma enxurrada de curas anunciadas como miraculosas pelos seus contemporâneos" (Jesus, p. 163s.) 2.42 / Lucas menciona quatro elementos que poderiam ter caracterizado as reuniões de modo especial, mas não são exclusivas dessas reuniões. Primeiramente, os crentes tomavam parte na doutrina dos apóstolos. O grego indica que davam atenção constante ao ensino dos apóstolos (o sentido do verbo é enfatizado pelo tempo imperfeito). Mediante o emprego do artigo definido, "a doutrina", parece que Lucas indica um corpo específico de doutrinas. Em segundo lugar, tomavam parte na comunhão. A palavra usada aqui e traduzida por comunhão (gr. Koinonia significa "compartilhar" ou "fazer com que compartilhem" alguma coisa ou alguém, e neste contexto devemos entender que o objeto direto compartilhado é Deus. Deus estava presente, e a comunidade toda compartilhava seu Espírito (veja as disc. sobre vv. 3, 4, 38; cp. 2 Coríntios 13.13). A despeito de suas diferenças e dificuldades (cp. 5.1-11; 6.1-7; 11.1-18; 15.1-21), este laço comum os mantinha unidos. Mas além desse sentido amplo da palavra, koinonia é empregada no Novo Testamento no sentido de coleta e distribuição de ofertas, em que a comunidade dos crentes encontrava expressão particular (cp. Romanos 15:26; 2 Coríntios 8.4; 9.13; Hebreus 13.16). À luz dos versículos que se seguem (44, 45), é quase certo que deveríamos incluir esse sentido na interpretação do versículo. Em terceiro lugar, os crentes compartilhavam o partir do pão. Esta frase não nos compele a entender que fosse algo mais do que uma refeição comum.
Todavia, à vista do artigo definido, "o pão", pode ser que Lucas esteja falando de uma refeição especial, e qual seria esta senão a Ceia do Senhor?
Em quarto lugar, os crentes oravam. Um único verbo governa cada uma das atividades mencionadas neste versículo, de modo que os crentes davam "constante atenção" a todas elas, tanto quanto às orações. De novo, o emprego do artigo definido sugere uma referência particular (veja a disc. acerca de 1.14), ou a orações específicas ou a momentos de oração, correspondendo, talvez, às orações judaicas regulares (veja a disc. acerca de 3.1). Todavia as orações, quer fossem formais (cp. 3.1; 22.17; Lucas 24.53) quer informais (cp. 4.24), em momentos determinados, ou segundo as exigências das circunstâncias, elas constituíam o verdadeiro cerne da vida daqueles crentes. Orar fazia parte integral do grande esforço expansionista da igreja e, aos olhos de Lucas pelo menos, a vitalidade da igreja era a medida da realidade das orações do povo de Deus (cp. v. 47; veja a disc. acerca de 1.14). 2.43 / As cartas de Paulo logo de início proveem evidências de que os crentes possuíam "dons de curar e... operação de milagres" (cp. 1 Coríntios 12.9s.; Gálatas 3.5), embora ele deixe a implicação de que tais dons e poderes pertenciam aos apóstolos (cp. Romanos 15.19; 2 Coríntios 12.12). O mesmo fica implícito aqui na declaração de Lucas de que muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos (veja as notas sobre 2.22).
É claro que os apóstolos nada mais eram do que agentes de Deus (a palavra "pelos" significa literalmente "mediante"; veja as notas sobre 1.26). O poder pertence a Deus (cp. 1.8) e, quer fosse por obra quer por palavra — visto que a pregação em si mesma era uma espécie de milagre — os apóstolos eram canais da graça de Deus (veja ainda a disc. acerca de 5.12). Lucas com freqüência chama a atenção para o espanto despertado pelos milagres (cp. 3.10; 5.5, 11, 13; 19.17). É provável que essa seja a intenção de Lucas aqui, mas no grego aparecem apenas duas declarações (embora intimamente interligadas): "espanto sobreveio a todos" — referindo-se talvez aos incrédulos — e "muitos sinais e maravilhas ocorreram mediante os apóstolos".
2.44-45 / Todos os que criam estavam juntos: (v. 44; veja a disc. sobre o v. 42). Um dos resultados foi a prontidão dos crentes em partilhar seus bens uns com os outros. Isto se tornou prática comum entre os crentes. O verbo está no imperfeito e podia ser traduzido assim: "continuavam a usar todas as coisas em comum". Para esses cristãos a espiritualidade era inseparável da responsabilidade social (veja Deuteronômio 15.4s.; cp. Atos 6.1-6; 11.28; 20.33-35; 24.17; Lucas 19.8). Parece que o comunitarismo teria sido uma solução provisória neste caso, e necessário naquela circunstância. A pobreza prevalecente na Palestina do primeiro século é quase inimaginável, mas a situação já desesperadora da maioria dos palestinos deve ter parecido exacerbada perante a igreja pelo fato de muitos de seus primeiros membros terem abandonado sua fonte de renda na Galileia, e muitos dos convertidos subseqüentes, de outras regiões, haviam permanecido na cidade, atraídos pela intimidade e intensidade da comunhão, e pela esperança do regresso do Senhor.
2.46 / Os crentes se encontravam todos os dias no templo. O texto não nos diz o que faziam ali, mas podemos presumir que participavam tão intensamente quanto possível dos rituais do templo (veja a disc. sobre 3.1; cp. 21.16). Não haviam cessado de julgar-se judeus, embora diferentemente da maioria de Israel, reconhecessem que o Messias já havia vindo. Além disso, comiam juntos. O grego tanto pode significar "em casa" como "de casa em casa". Esta última tradução é a preferível, implicando que certo número de casas estava à disposição dos crentes para suas reuniões devocionais cristãs (veja as notas sobre 14.27). Nessas ocasiões, os crentes comiam juntos partindo o pão; isto levanta uma questão: devemos dar a esta frase o mesmo sentido do v. 42, ou devemos considerá-la agora como simples referência a refeições comuns? As palavras adicionais, "comiam juntos", e a ausência do artigo definido (cp. v. 42, "o pão") sugerem que eram refeições comuns, embora este argumento de modo algum seja conclusivo. A comunhão dos crentes era marcada pela alegria (veja a disc. sobre 3.8) e pela singeleza de coração (NIV traz "sinceridade de coração").
Esta expressão encontra-se só aqui, em todo o Novo Testamento, embora ocorram idéias correlatas. Sugere sinceridade (cp. p.e., 1 Coríntios 5.8; Filipenses 1.10) e singeleza de intenções, ausência de fingimento (cp. Romanos 12.9) — condição mental em que ações e pensamentos são controlados por um único motivo, a saber, o desejo de agradar a Deus. A semelhança da alegria (cp. 13.52), "a singeleza de coração" é dom do Espírito, mas como a maior parte da obra do Espírito, fundamenta-se na total e fiel obediência do crente (veja as notas sobre 2.2ss.).
2.47 / A comunhão dos crentes caracterizava-se também pelo fato de estarem sempre louvando a Deus. Esse padrão de comportamento tinha de impressionar o povo e, consequentemente, a igreja gozava da graça de todo o povo. Por enquanto não há indícios de que teria havido separação entre igreja e sinagoga. Nessa atmosfera de aceitação e boa vontade, a igreja crescia: todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos. O particípio presente, "iam sendo salvos", dá o sentido de que estavam sendo mantidos no estado de graça ao qual haviam chegado.
Haviam sido salvos (cp. p.e., Romanos 8.24) e agora estavam sendo "protegidos" conforme Pedro o descreve: "pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação preparada para se revelar no último tempo" (1 Pedro 1.5; cp. p.e., Romanos 8.23). O crescimento contínuo da igreja era devido em última instância ao Senhor (Jesus; cp. v. 21; veja 11.20). Havia muita atividade humana (essencial), mas acrescentava o Senhor, só o Senhor, os que iam sendo salvos.
Notas Adicionais #
2.44 / Todos os que criam estavam juntos: a frase que Lucas emprega aqui (gr. epi to auto) tem um sentido primário local (ocorre novamente em 1.15; 2.1, 47; 4.26; 1 Coríntios 11.20; 14.23) — "todos se reuniam". Mas à vista da ênfase que Lucas introduz nesses capítulos iniciais sobre a unidade dos crentes é quase certo que ele pretendia enfatizar o sentido secundário, mais profundo, que GNB expressa em sua tradução: eles "prosseguiam juntos em comunhão íntima".
2.45 / Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um: Esta prática compara-se à dos essênios, que praticavam a propriedade comunal de tudo (Filo, Every Good Man is Free [Todo Homem Bom é Livre], 12.86; Hypothetica 11.10-13; 1QS 6) e mantinham uma bolsa comunal administrada por "mordomos" (Josefo, Antiguidades 18.18-22; cp. 1QS 6.19-20; veja as disc. sobre Atos 4:34).
Mas se isto era regra entre os essênios, entre os cristãos era questão voluntária e individual. Assim é que em 12.12ss. encontramos Maria ainda em sua casa e seus empregados, enquanto Barnabé entregou sua oferta do preço de um campo, em 4.37, fato que deve ser citado por ser realmente digno de menção.
2.47 / caindo na graça de todo o povo (cp. Lucas 2.52): A palavra traduzida por graça foi traduzida por NIV como "favor". Com freqüência é usada para denotar "favor" aos olhos de Deus (cp. Lucas 1.30; Atos 7.46), sentido que seria possível aqui, "tendo o favor [de Deus] diante de todas as pessoas". Mas essa palavra também é empregada para definir a boa vontade humana, estando NIV talvez certa em adotar esse sentido neste versículo (cp. 7.10). Entretanto, outra possibilidade seria "dando graças (a Deus) diante de todo o povo".
REFERÊNCIAS
BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Português. Casa Publicadora das Assembleias de Deus : 2004.
BÍBLIA de Estudo DAKE. Português. Casa Publicadora das Assembleias de Deus: 2009.
BÍBLIA de Estudo Genebra. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil: São Paulo, 1999.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal. Português. Casa Publicadora das Assembleias de Deus: 2005.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Versão Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo, 1997.
ETERN, H. David. Comentário Judaico do Novo Testamento. 1ª ed: Editora Atos: 2008.
MCNAIR, S. E. A Bíblia explicada. 4ª ed: Casa Publicadora das Assembleias de Deus : RJ, 2008.
WILLIAMS, J. David. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo ATOS.
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