A preocupação em relação ao HIV. Na verdade esse passo dado através do aconselhamento pastoral frente ao vírus auxiliará com mais eficiência aos conselheiros. Até porque o HIV não é mais problema apenas fora da igreja, mas na igreja. Hoje temos a epidemia tanto na igreja, ou nas pessoas que vem fazer parte da comunidade evangélica, que adquiriu a epidemia. O desafio é como lidar com esta situação. Não basta apenas fazer algo em prol destas pessoas, mas a atenção, saber ouvir, amar ignorando a doença, isto é: Não repudiá-las pela doença.
Outro ponto importante é aprender falar abertamente sobre o vírus, tanto com as pessoas infectadas como na igreja. Precisamos buscar informações e transmiti-las. A conversa com os familiares, e o apoio moral é uma forma de ajudá-los a superar o problema. A igreja precisa incentivar o apoio voluntário dos médicos e enfermeiros cristãos. O mutirão da saúde ajuda os menos favorecidos. Assim a ajuda pode ser dispensada também aos familiares e enfermeiros que cuidam dos infectados. O simples fato de saber que alguém está infectado deixa os parentes ou enfermeiros com necessidades de ajuda emocional.
Ajudar com doações como: medicamentos, limpeza da casa ou qualquer outra coisa, não supera a necessidade de ouvir. Este é um dos pontos principais do aconselhamento, saber ouvir as pessoas, algumas querem apenas falar, pôr para fora as palavras, mágoas e fazê-las se sentirem aliviadas. A pessoa doente deve ser estimulada a falar do que mais tem medo, o que mais lhe toca ou o incomoda. Assim eles sentem-se mais seguros para partilhar uma conversa neste âmbito, mais primeiro o conselheiro deve transmitir confiança e amizade.
Outro detalhe é fazer a família estarem unidas nestas horas, compartilhar com o infectado, e tratá-lo docilmente e com entendimento, nunca com repulsa medo etc. A partir deste ponto, o aconselhamento tem um destino traçado. O assunto deve ser explorado, e levado para o campo da fé. Pois a fé produz esperança no coração dos enfermos e necessitados. O objetivo do aconselhamento é proporcionar cura e fazer com que a pessoas cresçam espiritualmente. Através do aconselhamento as pessoas aprendem a lidar com o seu problema, superar a estima baixa e viver uma vida normal de superação.
O infectado com HIV produz feridas internas profundas. Estas feridas arraigam-se na alma, as preocupações, o medo com o futuro, e a vontade de voltar ao passado quando tudo estava bem, causam ansiedade e desespero. O aconselhamento pastoral deve trabalhar este lado emocional da pessoa ajudando-a mentalmente. Aqui o aconselhamento dever surgir trazendo paz interior, pois apenas mandar fazer algo, ou ditar regras para o doente não basta. A ajuda é o trabalho na alma, os sentimentos e as emoções devem ser trabalhados de uma maneira correta.
O aconselhamento pastoral não é um trabalho específico do pastor, uma vez que se denomina pastoral. Mas este é um trabalho para toda a igreja, porque cada um de nós tem a participação na obra social. Precisamos fazer voluntariamente este trabalho, aprender a ouvir com atenção, saber elevar a estima das pessoas para reagir contra a doença. Se o conselheiro tiver habilidades profissionais, melhor ainda. Alguém que sabe ouvir e sentir a dor do companheiro sempre terá sucesso. Sentir a dor é se colocar no lugar do outro, tomar para si as decepções, as angústias e aflições como se fossem suas, e deixar que o doente perceba isso, assim ele verá que não está só, e que finalmente alguém se preocupa com ele.
Uma das causas dos doentes serem desprezados era devido ao sexo. Antes a ideia de que todo o infectado era imoral, falar em HIV era falar em imoralidade. Sabemos que outros meios como agulhas podem transmitir a doença. A pergunta que o conselheiro deve fazer na hora do aconselhamento não é como pegou o vírus, mas a forma de lidar com a doença. Isso denota atenção ao infectado, todos precisam de atenção em especial o doente, no momento de fragilidade isso é essencial.
No aconselhamento pastoral não podemos fazer teatro, o infectado vai perceber. Ser puro e sincero é a melhor opção para a aquisição da confiança. O exemplo de homossexualismo citado no texto, ainda é um tabu nas igrejas. Ainda não estamos preparados nem para receber um homossexual como visitante. Percebemos que as pessoas evitam a proximidade e a relação com o homossexual.
O melhor exemplo de conselheiro pastoral que temos é Jesus. Ele sabe ouvir as pessoas, e a imagem de Deus que está em cada um é valorizada por ele. A mensagem de Jesus é de alento, paz interior, libertação, esperança etc. Até as crianças Jesus atendeu. E cada uma teve suas questões atendidas. O indivíduo com HIV tem seus direitos de perguntar, se calar etc. Devemos saber não apenas o nosso preparo, mas estudar o comportamento do doente.
Devemos aprender a lidar conosco mesmo. Precisamos saber ouvir nosso eu interior, observar nossas decisões, só assim seremos capaz de dar o primeiro passo ao aconselhamento pastoral.
Síntese do texto: Ouvindo com amor do Dr. Manoj Kurian
FONTE: http://alertafinal.blogspot.com
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