sábado, 19 de abril de 2014

LIÇÃO 04 – DONS DE PODER

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

2º TRIMESTRE DE 2014/CPAD

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 12.4,9-11

TEXTO ÁUREO:A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder, Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1 Co 2.4,5).

INTRODUÇÃO:
Jesus, em seu ministério terreno, demostrou que não viera trazer mais uma corrente filosófica para o mundo. Jesus começou, transformando “água em vinho” (Jo 2.10). “Curou cegos” (Mc 10.51,52; Jo 9.6,7), “paralíticos” (Mt 8.6,13; 9.6,7), “[...] e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.” (Mt 4.24). Jesus fez o que nenhum líder de religião fizera ou haveria de fazer: ressuscitou mortos, inclusive Lazaro, cujo corpo já entrara em estado de decomposição avançada (Jo 11.43). Além de demostrar o poder sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade, repreendendo o vento e o mar (Mt 14.22-34). E, para provar que tinha suprema autoridade sobre todos os poderes, expulsou demônios, libertando os oprimidos do Diabo (Mt 8.28-34). A história da igreja é uma história de pregação e de poder de Deus. Meditaremos sobre os dons de poder, tão necessário nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo, “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1).

I – O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)

1.   O que significa fé?
A palavra fé (gr. pisteuõ; lat. Fides) “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” (Hb 11.1). Para o autor de Hebreus a é uma esperança absolutamente segura de que o que se crê é verdade e o que se espera tem que sobrevir. Não é a esperança que olha para frente com um anelo ansioso; é a esperança que enfrenta o futuro com absoluta certeza. Não é a esperança que se refugia num possivelmente, mas sim que se funda numa convicção. Logo, é a confiança que depositamos em todas as providências de Deus. É a crença de que Ele está no comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção que a sua palavra é a verdade.

2.   A fé como um dom.
É a operação sobrenatural da fé para realização de coisas tidas como impossíveis na expansão do Reino de Deus. Esse dom é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que não tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de Deus, que atende a seus propósitos. E só é dado a quem já tem fé em Deus e em suas promessas. “[...] se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.” (Mt 17.20).

3.   Exemplo bíblico do dom da fé.
O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2 Rs 1.10-12, onde lemos que o rei enviou um capitão de cinquenta com seus cinquenta, pedido que o profeta descesse do monte e fosse até o rei, mas o texto é claro que por duas vezes o profeta Elias disse: “Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinquenta.” (2 Rs 1.10,12). Certamente vemos esse dom operando na vida de Daniel. Quando soube do decreto do rei, proibindo que alguém fizesse qualquer pedido ou suplica a qualquer pessoa ou a qualquer Deus, e não unicamente ao rei, seria lançado na cova dos leões famintos, Daniel continuou orando ao Senhor, como o fazia três vezes ao dia (Dn 6.10). Daniel foi salvo da morte (Dn 6.23). O próprio rei viu que Daniel tinha fé em seu Deus. O apóstolo Paulo, em sua viagem a Roma, foi vítima de um grande naufrágio. Escapando na Ilha de Malta, ele e os demais náufragos foram acolhidos com hospitalidade. Ali, experimentou um milagre extraordinário. Ao colocar alguns pedaços de madeiras numa fogueira, foi picado por uma cobra venenosa, conhecida na região. Os nativos logo imaginaram que Paulo iria morrer dentro de poucas horas, pois sabiam que o efeito do veneno era mortal. Mas, o servo do Deus, simplesmente, sacudiu a mão e a víbora cai no fogo, e nada lhe aconteceu (At 28.1-6). Os bárbaros acharam que o apostolo Paulo era um deus, mas, na verdade, ele era um homem de Deus.

II – DONS DE CURAR (1 Co 12.9)

1.   O que são os dons de curar?
São um dom plural na sua constituição e operação. A palavra “curar” está no plural no texto grego, indicando diferentes “curas” para vários tipos de moléstias ou enfermidades. A pluralidade dos dons de curar parece indicar que há pessoas que têm o dom de orar por determinadas enfermidades; e outras, para orar por outros tipos de doenças. Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30).

2.   A redenção e as curas.
“E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” (Rm 8.23). A adoção pela qual o crente espera refere-se à redenção do nosso corpo, sua libertação do pecado e da limitação, cuja pressão estamos constantemente sentindo, enquanto temos nossos corpos mortais. Neste mundo o homem é corpo e espírito; e no mundo de glória será salvado o homem total. Só que seu corpo já não será mais vítima da corrupção e instrumento do pecado: será um corpo espiritual apto para a vida de um homem espiritual. Enquanto não recebemos o corpo glorioso estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
  
3.   A necessidade desses dons. 
Devido à multiplicação assustadora das doenças, sem dúvida, os dons de curar são muito necessários. É desejável que os crentes em Jesus Cristo procurem “com zelo os melhores dons” (1 Co 12.31). Deus não muda, “Porque eu, o SENHOR, não mudo [...]” (Ml 3.6); Jesus Cristo continua o mesmo, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” (Hb 13.8); e o Espírito Santo continua a distribuir os dons espirituais aos que os buscam com zelo, “Porque a um pelo Espírito é dada [...]” (1 Co 12.8).

III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)

1.   O dom de operação de maravilhas.
Estes dois vocábulos que designam este dom, no original, estão no plural. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes e espantosos para levar os incrédulos à conversão: convencer os céticos e fortalecer os crentes fracos e duvidosos quanto à suficiência infinita de Deus. O dom de milagres provoca o desprendimento de energia divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no reino natural.

2.   Exemplos bíblicos.
Moisés, na travessia do Mar Vermelho. O povo de Israel, com cerca de 3 milhões de pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à sua frente, acossado pelo exército de Faraó. Mas Deus fez o impossível, alterando o curso dos elementos da natureza (Êx 14.21,22). Josué, o fenômeno em que o sol se deteve por quase um dia inteiro, para que Josué pudesse vencer os amorreus, é um exemplo típico de um milagre ou de maravilhas operada por Deus envolvendo seus servos. Pelas leis da mecânica celeste, o sol se põe, no final da tarde. Mas, se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os poderosos exércitos inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E Josué, o líder da tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em Deus, ao determinar que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no vale de Aijalom (Js 10.13,14). Eliseu, em meio a uma grave crise climática, em Israel, uma viúva clamou ao profeta Eliseu para que seus dois filhos não fossem levados cativos para pagar dívidas deixadas pelo seu esposo. Eliseu perguntou o que ela tinha em casa, e, em resposta, a mulher disse que só tinha “uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). O profeta Eliseu, disse à mulher que conseguisse muitos vasos com seus vizinhos, e os enchesse com aquela pequena quantidade de azeite. A mulher obedeceu ao profeta, e presenciou, com seus filhos um milagre extraordinário. Imediatamente a viúva foi contar ao homem de Deus o que havia ocorrido, o profeta de Deus disse: “[...] Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.” (2 Rs 4.7).

3.   Distorções no uso dos dons de curar e de operações de maravilhas.
Os dons de curar e de operações de maravilhas devem ser usados de forma consciente, se você possui esses dons ou deseja possuí-los, lembre-se que eles foram recebidos de graça: “[...] de graça recebestes, de graça dai.” (Mt 10.8). Logo, os dons de curar e de operações de maravilhas assim como os demais dons, devem ser usados para edificação da igreja da mesma forma que foram recebidos: de graça. Se é da vontade de Deus, e motivo para glorificação ao seu nome, ele pode conceder autoridade a qualquer um de seus servos para operar milagres extraordinários.

CONCLUSÃO:
Nestes tempos trabalhosos a que se refere o apóstolo Paulo (2 Tm 3.1), a igreja cristã está sendo submetida aos piores ataques de sua história. Todavia, mediante os dons de poder, a autoridade e o poder divinos manifestam-se no crente de maneira sobrenatural sobre o mundo físico. Esses dons são: , Curas, e Operação de Maravilhas. Os dons de poder fazem parte do arsenal espiritual que garante a vitória da igreja contra as hostes do mal.


REFERÊNCIAS:

BARSA, Dicionário da Língua Portuguesa / Barsa Planeta Internacional; [lexicógrafa responsável Thereza Christina Pazzoli]. Barsa Planeta, São Paulo, 2008.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Versão Almeida Corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. São Paulo, 1997.

BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. São Paulo: Editora Vida, 1998.

GILBERTO, Antonio. 1 Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções. In Lições Bíblicas para a Escola Dominical. 2º Trimestre de 2009. Rio de Janeiro: CPAD. 

KALISHER, Meno. O livro dos dons: dons do Espírito Santo, curas, sinais e milagres. Tradução de Jamil Abdalla Filho. Porto Alegre: Actual Edições, 2009.

LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.

RENOVATO, Elinaldo. DONS ESPÍRITUAIS & MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

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