24/01/2012 11:58 - Com informações de DANÚBIA JULIÃO - Do FolhaPE
Um pequeno grupo de manifestantes está reunido na frente do prédio da Faculdade de Direito do Recife (FDR), no centro da cidade. O grupo espera a chegada de mais integrantes para sair em passeata em direção a corregedoria geral para uma reunião com o corregedor Sidney Lemos. Na ocasião, os participantes do protesto vão reivindicar uma postura do Estado contra os supostos excessos cometidos pelos policias durante a manifestação da última sexta-feira (20).
Durante a caminhada até a Corregedoria, os manifestantes vão passar para a população um abaixo assinado pedindo a abertura de sindicância. Segundo os integrantes do movimento, o documento já tem mais de 50 assinaturas entre professores, estudantes e membros da sociedade de maneira geral.
O estudante Yuri Corleoni chamou atenção para os excessos dos policiais contra os manifestantes. “A gente já estava parado por uns 25 minutos e sabíamos que o Choque (Batalhão) iria agir. Por isso, pedimos que o protesto seguisse seu caminho. Mas uma pessoa jogou uma pedra e a confusão começou”, explica. Já a também estudante Juliana Ramos , de 23 anos, ressaltou que o ato de hoje é pacifico e vai abranger todas as pessoas da sociedade que usam o ônibus.
Neste momento a polícia militar continua fora da faculdade observando a ação dos estudantes que estão aglutinados. Segundo informações de Paulo Silva, superintendente Institucional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um comunicado foi emitido a (FDR) sobre a mobilização desta terça-feira. O superintendente, em referência aos atos de violência dos outros dias de protesto, afirmou, que dentro da legislação e das limitações, a PM só poderá agir do Brasil para fora, e lá dentro, não.
Os estudantes estão protegidos por seguranças da própria faculdade de Direito, munidos com três máquinas fotográficas e duas fimadores, que poderão registrar uma futura ação hóstil dos policiais contra os estudantes. “Esse material servirá de prova e será enviado à Justiça Federal”, disse o Diretor de Gestão de Operação em Segurança, Ivanildo Barbosa.
Com faixas e cartazes, o protesto seguiu da (FDR) por volta das 11h. No trajeto até a Corregedoria, cruzaram a Conde da Boa Vista com a rua do Hospício. Sem maiores tumultos o grupo fez o percurso emanando os hinos característicos do movimento, “polícia pra ninguém o povo é refém” e “polícia é pra ladrão pra estudante não, sou estudante não abro mão da liberdade de expressão”, até chegarem à corregedoria.
Uma comissão de cinco estudantes foi delegada para entrarem no prédio e participarem de uma reunião com o corregedor da (FDR) José Sidney Veras Lemos. Do lado de fora estudantes aguardam, acompanhados de duas viaturas e nove motos do BPTRAN e uma viatura do 16º Batalhão.
Fonte: http://www1.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cotidiano/noticias/arquivos/2011/outubro/0277.html
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