SUBSÍDIOS PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL (EBD) DA IPAD (IGREJA PENTECOSTAL ASSEMBLEIA DE DEUS)
LEITURA TEMÁTICA:
“E toda a multidão se
admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?” (Mateus 12:23)
LEITURA EM CLASSE: (ISAÍAS
42.1-4)
INTRODUÇÃO
A figura do Servo em Isaías
53 é uma das mais profundas revelações messiânicas do Antigo Testamento. O
profeta Isaías apresenta o Messias não como um rei triunfante à maneira humana,
mas como o Servo Sofredor, aquele que se humilha para servir e redimir.
Em Filipenses 2:7-8 lemos: “Mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz.”
E Jesus mesmo declarou em Marcos
10:45: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para
servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.”
O apóstolo Pedro testifica: “Cristo
padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” (1
Pedro 2:21)
Jesus é o Servo fiel, que
cumpre a vontade do Pai e realiza o plano eterno da redenção.
1 O MESSIAS
Jesus é o Messias prometido,
o Servo ungido por Deus para cumprir a redenção. Ele não veio como um
libertador político, mas como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
1.1 O Servo Ungido
“O Espírito do Senhor Deus
está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos...”
(Isaías 61:1)
Comentário: A unção de Jesus é espiritual, não militar. O Espírito Santo
repousa sobre Ele para anunciar libertação interior e restaurar o relacionamento
do homem com Deus.
1.2 O Servo Escolhido e
Aprovado
“Eis aqui o meu servo, a
quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu
Espírito sobre ele, e ele trará justiça às nações.” (Isaías 42:1)
Comentário: Essa profecia,
confirmada no batismo de Jesus (Mateus 3:17), mostra o prazer do Pai no Filho
obediente. Ele é o Servo que cumpre perfeitamente a vontade divina.
1.3 O Servo Sofredor
“Foi desprezado e rejeitado
pelos homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos.” (Isaías 53:3)
Comentário: O sofrimento de
Cristo é o caminho da glória. Ele revela que o Messias reina não pela força,
mas pela entrega sacrificial.
2 O TRABALHO QUE O SERVO
VEIO DESENVOLVER
Jesus veio realizar o plano
redentor do Pai, não buscando Sua própria vontade, mas cumprindo o propósito
eterno de Deus.
2.1 Servir e Salvar
“O Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.”
(Marcos 10:45)
Comentário: A essência do ministério
de Cristo é o serviço. O verbo “servir” (diakonein) implica ação voluntária e
amor sacrificial. Seu serviço culmina na cruz, onde entrega Sua vida como
resgate.
2.2 Ensinar e Iluminar
“Eu sou a luz do mundo; quem
me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)
Comentário: O Servo veio
ensinar e revelar o caminho do Pai. Sua pedagogia é divina: Ele não apenas fala
da verdade, Ele é a Verdade (João 14:6).
2.3 Curar e Restaurar
“Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e levou as nossas doenças.” (Mateus 8:17)
Comentário: A cura física de
Jesus simboliza a restauração espiritual. O Servo veio trazer saúde completa —
corpo, alma e espírito — reconduzindo o homem à comunhão com Deus.
3 O TRABALHO DO SERVO
O trabalho de Cristo não
terminou na cruz; ele continua em Sua obra de intercessão e no envio da Igreja
como continuadora de Seu serviço.
3.1 O Servo Intercessor
“Por isso mesmo pode salvar
totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles.” (Hebreus 7:25)
Comentário: Jesus não apenas
morreu; Ele vive e intercede continuamente. Sua obra sacerdotal garante nossa
salvação e sustentação diária.
3.2 O Servo Glorificado
“Pelo que também Deus o
exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome.” (Filipenses
2:9)
Comentário: A exaltação vem
após a humilhação. O Servo agora é Senhor, exaltado à destra do Pai, e todo
joelho se dobrará diante d’Ele.
3.3 O Servo e Seus Servos
“Como o Pai me enviou,
também eu vos envio a vós.” (João 20:21)
Comentário: O serviço de
Cristo continua na Igreja. Ele forma servos que refletem Sua imagem, vivendo em
humildade, compaixão e obediência.
CONCLUSÃO
Jesus é o modelo supremo do
verdadeiro servo. Ele foi o Messias prometido, o Servo ungido, o Redentor
sofredor e o Senhor glorificado.
Ele serviu até o fim (João
13:1).
Cumpriu perfeitamente a
vontade do Pai (João 4:34).
E nos chama a segui-lo no
mesmo caminho de serviço (Marcos 9:35).
APLICAÇÃO:
Servir a Cristo é o chamado de todos os que foram alcançados por Sua graça.
Quem foi redimido pelo Servo deve também viver como servo — amando, perdoando,
ajudando e anunciando o Evangelho.
“Se alguém me serve,
siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo; e, se alguém me
servir, meu Pai o honrará.” (João 12:26)
CONCLUSÃO TEOLÓGICA:
O Servo que desceu para servir voltará para reinar. Aquele que se humilhou será exaltado, e todos os que aprenderem Dele o caminho do serviço participarão do Seu Reino glorioso.
BÔNUS
SERMÃO: JESUS, O SERVO
Texto-base: “Mas ele foi
ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.” — Isaías 53:5
INTRODUÇÃO
Certa vez, um missionário
contou a história de um rei africano que, ao ver um de seus súditos cair num
poço lamacento, tirou sua coroa, desceu ao fundo e o resgatou. Ao subir, o povo
se espantou — o rei havia se tornado semelhante a um servo.
Assim também é Jesus: o Rei
que desceu do trono para servir a humanidade.
O mundo busca grandeza
através de poder, prestígio e status, mas o Filho de Deus mostrou que a
verdadeira grandeza está em servir.
Ele não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Marcos 10:45).
“Mas esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo...” (Filipenses 2:7)
Hoje veremos que Jesus, o
Messias, veio como Servo, para desenvolver a obra da salvação e continuar
operando através dos seus servos.
1 O MESSIAS
Jesus é o Messias prometido
desde os tempos antigos, o Servo ungido de Deus para cumprir o plano da
redenção.
1.1 O Servo Ungido
“O Espírito do Senhor Deus
está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos...”
— Isaías 61:1
Jesus iniciou Seu ministério
dizendo que esta profecia se cumpria nEle (Lucas 4:21).
Ele foi ungido não com óleo, mas com o Espírito Santo, para libertar os
cativos, curar os quebrantados e anunciar o Reino.
COMENTÁRIO TEOLÓGICO:
A unção do Messias revela o cumprimento da aliança davídica e a manifestação do
Espírito sobre o Ungido.
Cristo é o Rei, mas o Seu
trono é a cruz — o cetro, a obediência.
1.2 O Servo Escolhido e
Aprovado
“Eis aqui o meu
servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o
meu Espírito sobre ele.” — Isaías 42:1
No batismo, o Pai confirma
essa profecia:
“Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo.” (Mateus 3:17)
COMENTÁRIO:
O prazer do Pai não está na
força do Filho, mas em Sua obediência. Jesus foi escolhido não para dominar,
mas para se entregar.
1.3 O Servo Sofredor
“Foi desprezado e
rejeitado pelos homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos.” — Isaías
53:3
Cristo foi o Servo rejeitado
pelos que deveria salvar. A glória divina se manifestou através da dor humana.
O sofrimento do Servo não é
fracasso — é o instrumento da redenção.
TRANSIÇÃO:
O Servo prometido não veio
apenas para existir entre nós, mas para realizar uma grande obra.
Vamos ver agora qual foi o trabalho
que o Servo veio desenvolver.
2 O TRABALHO QUE O SERVO
VEIO DESENVOLVER
Jesus veio cumprir a vontade
do Pai e revelar o caráter de Deus aos homens. Sua missão foi tríplice: servir,
ensinar e restaurar.
2.1 Servir e Salvar
“O Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.” — Marcos
10:45
Jesus trocou o trono por uma
toalha. Lavou os pés dos discípulos e serviu até a cruz.
Seu serviço culmina na entrega da própria vida — o maior ato de amor já visto.
COMENTÁRIO TEOLÓGICO:
O verbo “resgatar” (lytron)
indica o preço pago pela libertação de um escravo.
Na cruz, Jesus pagou o preço que nos libertou do pecado e do domínio de Satanás.
2.2 Ensinar e Iluminar
“Eu sou a luz do mundo; quem
me segue não andará em trevas.” — João 8:12
Jesus veio iluminar a mente
e o coração do homem.
Ele não apenas transmite
conhecimento, mas revela o Pai.
Seus ensinos trazem vida, não apenas informação.
COMENTÁRIO TEOLÓGICO:
Cristo é o Logos encarnado
(João 1:1,14) — a revelação suprema de Deus.
Cada palavra Sua é luz que dissipa as trevas da ignorância e do pecado.
2.3 Curar e Restaurar
“Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e levou as nossas doenças.” — Mateus 8:17
Jesus curava o corpo, mas
também a alma.
Onde o pecado destruiu, o
Servo reconstrói; onde havia morte, Ele traz vida.
APLICAÇÃO:
Hoje, Ele continua curando feridas da alma, restaurando famílias e sarando
corações quebrados.
TRANSIÇÃO:
O Servo realizou Sua obra redentora, mas não parou ali.
Há um trabalho contínuo do
Servo exaltado — e é sobre isso que falaremos agora.
3 O TRABALHO DO SERVO
Mesmo após a cruz, o
trabalho do Servo continua — agora como Intercessor, Senhor e exemplo para Seus
servos.
3.1 O Servo Intercessor
“Vivendo sempre para
interceder por eles.” — Hebreus 7:25
O Servo ressuscitou e está à
direita do Pai, intercedendo por nós.
Cada vez que o inimigo nos acusa, a voz do Servo se levanta dizendo: “Meu
sangue já pagou por ele!”
COMENTÁRIO:
A intercessão de Cristo é
contínua, perfeita e eficaz.
Ele é o sumo sacerdote eterno que nos mantém firmes até o fim.
3.2 O Servo Glorificado
“Pelo que também Deus o
exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome.” — Filipenses
2:9
O Servo foi exaltado após a
humilhação.
Aquele que serviu como
Cordeiro voltará como Leão.
O servo ferido se tornou o Rei coroado.
3.3 O Servo e Seus Servos
“Como o Pai me enviou,
também eu vos envio.” — João 20:21
O servo de Deus não busca
tronos, mas toalhas.
Somos chamados a continuar o
serviço de Cristo, amando, pregando, ajudando e servindo ao próximo.
APLICAÇÃO:
Servir é a marca do
verdadeiro discípulo.
Quem não serve, não segue o
Servo.
CONCLUSÃO
Jesus, o Servo, foi o Messias
prometido, o Servo obediente, e o Senhor exaltado.
Seu serviço nos salvou, Sua humildade nos inspira e Sua glória nos aguarda.
“Se alguém me serve,
siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo.” (João 12:26)
Servir a Cristo é participar
de Sua missão.
Ele desceu para servir — e
nós servimos para subir com Ele.
APELO FINAL
Hoje, Deus procura servos e
servas dispostos a seguir o exemplo de Jesus.
O mundo precisa de mais servos do que de senhores.
Cristo te chama: “Vem, segue-me — aprende de mim, que sou manso e humilde de
coração.”
Ore dizendo:
“Senhor, faz de mim um servo
à semelhança do Teu Filho. Que eu viva para servir, e sirva para Te
glorificar.”
Esboço de Pregação: LÍDERES
HOJE — Servos ou Senhores?
INTRODUÇÃO
Ilustração inicial: imagine
um dirigente de igreja que exige que seus líderes se curvem diante dele, que
claque bade dele, que ninguém ouse contradizê-lo — mas que “esquece” de cuidar
dos pobres, de ouvir os aflitos, de viver em humildade.
Jesus disse: “O Filho do
homem … não veio para ser servido, mas para servir…” (Marcos 10:45).
Nosso objetivo hoje:
confrontar a realidade, identificar onde os líderes têm se desviado desse chamado,
e desafiar nossa igreja a seguir o exemplo de Cristo Servo.
Desenvolvimento
1. O PROBLEMA: LÍDERES
QUEREM SER SERVIDOS
1.1 Honras, Títulos,
Privilégios
Muitos líderes insistem em
títulos elevados (“Apóstolo”, “Profeta”, “Mestre”, “Pastor Chefe”) de modo que
fiquem acima da congregação.
Pedem respeito, deferência,
tratamento exclusivo, sem se colocarem ao nível do rebanho.
1.2 Vida de Luxo e Acúmulo
de Recursos
Há escândalos de uso
indevido de dízimos e ofertas para sustentar ostentação: imóveis de luxo,
carros caros, estilo de vida dispendioso, às vezes em contraste com as
necessidades mais básicas de membros.
Exemplos públicos: denúncias
de corrupção, abuso financeiro, líderes que “vivem como magnatas” enquanto muitos
na congregação lutam para pagar dízimo, aluguel ou alimentação.
1.3 Autoritarismo, Falta de
Prestação de Contas
Liderança que não permite
diálogo ou crítica; que demanda lealdade irrestrita, silencia dissidências ou
quem levanta questionamentos.
Estruturas eclesiásticas em
que não há transparência: finanças escondidas, decisões tomadas “na retaguarda”
(sem consultar) etc.
2. COMPARATIVO BÍBLICO:
SERVIR, NÃO SER SERVIDO
2.1 Jesus Como Modelo
“O Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.”
(Marcos 10:45)
“Se tu, sendo Senhor e
Mestre, lavaste os pés deles…” (João 13:14) — Ele não só mandou servir, Ele
serviu.
2.2 Mandamento Claro de
Humildade
“Mas entre vós não será
assim; pelo contrário, quem quiser ser grande entre vós será vosso servo.”
(Mateus 20:26)
“Quem quiser ser o primeiro
entre vós seja vosso servo” (Marcos 10:44)
2.3 A Servidão como Marca
dos Discípulos
O servo se une à cruz:
renuncia ao ego, ao poder – não busca glória humana, mas glória de Deus.
Paulo ensina que todo
ministério deve ser exercido com humildade, não por vanglória, mas por amor (1
Coríntios 4:1-2; Filipenses 2:5-8).
3. FATOS ATUAIS COMO
ADVERTÊNCIA
3.1 Escândalos de Abuso e
Exploração
Casos recentes em que
líderes foram acusados de abuso sexual, exploração de poder, tráfico, etc. Por
exemplo, o caso da igreja La Luz del Mundo, acusada de operar sistema de
tráfico sexual e abuso sob fachada religiosa, com líderes chamados de
“apóstolo” exigindo obediência absoluta. The Guardian
Igrejas que encobrem abusos
em vez de responsabilizar, colocando reputação acima da justiça.
3.2 Autoritarismo que Causa
Ruptura
Exemplo: relatório recente
na Church of England onde líderes foram acusados de não agir diante de abusos,
de ignorar denúncias, mantendo estruturas fechadas. Reuters+2AP News+2
Condutas onde líderes impõem
regras rígidas de “lealdade” ou “alinhamento” político ou doutrinário,
sacrificando o amor fraternal e a liberdade bíblica.
3.3 Ausência de Prestação de
Contas e Cultura de Cobertura
Em muitos casos não há
supervisão externa, transparência financeira, nem mecanismos para denúncia.
Quando há crise, a reação é
silenciar, gastar mais energia em gerenciar reputação do que em assumir pecados,
pedir perdão e restaurar.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Como igreja, precisamos
exigir líderes que vivam servindo, que sejam modelos de humildade, acessíveis,
transparentes.
Promover estruturas de
prestação de contas: conselhos independentes, auditorias, participação da
congregação nas decisões importantes.
Educar o rebanho para não
idolatrar personalidades, mas seguir a Cristo. Ensinar que a autoridade precisa
ser sujeita, criticável, refutável se desviar do ensino bíblico.
CONCLUSÃO / APELO
Jesus veio como Servo — e
Ele chama todo líder cristão a esse padrão.
Se permitirmos modelos de
liderança senhorial, estaremos traindo o evangelho e ferindo o rebanho.
Apelo: líderes,
arrependam-se de ambições desmedidas; membros, exijam integridade; igreja,
volte ao modelo de serviço.
“Mas entre vós não será
assim; pelo contrário, quem quiser ser grande entre vós será vosso servo; quem
quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo.” (Mateus 20:26-27)
Vamos orar para que o
Espírito nos molde à imagem de Cristo Servo e que nossos líderes — todos nós —
vivamos para servir, não para ser servidos.
Tema: LÍDERES HOJE — SERVOS
OU SENHORES?
(Base: Marcos 10:45; João
13:14–15; Mateus 20:26–28)
INTRODUÇÃO
Vivemos dias em que muitos
líderes religiosos amam o púlpito, mas não amam as pessoas.
Jesus ensinou:
“O Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.”
(Marcos 10:45)
Porém, hoje, vemos líderes
que buscam ser adorados, tratados como celebridades espirituais, esquecendo que
o ministério é cruz, não trono.
Jesus lavou os pés dos
discípulos — mas muitos hoje esperam que lavem os seus.
Vamos analisar biblicamente e à luz de fatos atuais do Brasil como estamos
longe do exemplo do Servo.
1 O MESSIAS, O MODELO DE
LIDERANÇA
1.1. Jesus veio como Servo,
não como Senhor terreno
“Esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo…” (Filipenses 2:7)
Jesus não buscou glória
humana. Enquanto fariseus amavam ser saudados nas praças e ter os primeiros
lugares (Mateus 23:6), Ele lavava os pés dos outros.
APLICAÇÃO: muitos líderes
atuais buscam aplausos e fama.
Exemplo: pastores que
aparecem em programas de TV, nas redes sociais, com segurança e tapete
vermelho, mas não visitam um doente nem atendem o necessitado.
1.2. Jesus serviu por amor,
não por interesse
“O bom pastor dá a vida
pelas ovelhas.” (João 10:11)
Hoje, infelizmente, há
líderes que usam as ovelhas para seu enriquecimento.
Casos recentes no Brasil mostram isso:
Escândalos financeiros
envolvendo líderes de igrejas que desviaram milhões em nome da “obra de Deus”.
(Ex.: investigações da
Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro e evasão de divisas em ministérios
neopentecostais).
Comércio da fé: venda de
“sementes”, “lenços ungidos”, “chaves da vitória” — práticas que Jesus combateu
(Mateus 21:12-13).
COMENTÁRIO TEOLÓGICO: o
servo verdadeiro não mercantiliza o sagrado; ele oferece o evangelho gratuitamente
(1 Coríntios 9:18).
1.3. Jesus liderou com
humildade
“Aprendei de mim, que sou
manso e humilde de coração.” (Mateus 11:29)
Mas muitos líderes atuais governam
com autoritarismo.
Há igrejas onde o pastor é
“dono” do templo, decide tudo, e quem questiona é excluído.
Isso é anticristo, porque Cristo repartiu autoridade e formou servos, não
súditos.
2 O TRABALHO QUE O SERVO
VEIO DESENVOLVER
2.1. O Servo veio ensinar a
verdade
“Conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará.” (João 8:32)
Jesus pregou arrependimento,
não popularidade.
Mas hoje, muitos líderes pregam
o que agrada, não o que liberta — falam de prosperidade, mas não de santidade.
As redes sociais estão
cheias de “pregadores motivacionais”, mas vazias de pregadores arrependidos.
APLICAÇÃO: o servo fiel
anuncia a verdade, mesmo que perca seguidores.
2.2. O Servo veio curar os
feridos
“O Espírito do Senhor está
sobre mim... enviou-me a curar os quebrantados de coração.” (Lucas 4:18)
Enquanto Jesus se aproximava
dos marginalizados, muitos líderes hoje se distanciam dos simples.
Templos luxuosos são
erguidos enquanto famílias passam fome.
Em vez de servirem ao povo, se servem do povo.
Exemplo brasileiro:
campanhas de arrecadação milionárias sem transparência — e igrejas que gastam
mais em estrutura do que em ação social.
COMENTÁRIO: o servo
verdadeiro usa os recursos do Reino para aliviar sofrimentos, não aumentá-los.
2.3. O Servo veio restaurar
o relacionamento com o Pai
“Reconciliai-vos com Deus.”
(2 Coríntios 5:20)
Mas muitos líderes se
colocam como intermediários entre Deus e o povo, quase como “semideuses”,
exigindo submissão cega.
O verdadeiro servo leva o povo a Cristo, não a si mesmo.
3 O TRABALHO DO SERVO NA
IGREJA HOJE
3.1. Servir com integridade
“Convém que os homens nos
considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” (1
Coríntios 4:1)
O servo de Deus não é dono
da igreja — é administrador do que é de Cristo.
No Brasil, há igrejas sérias
sendo feridas por maus líderes, e o nome de Jesus sendo ridicularizado por
causa de escândalos.
Mas Deus sempre preserva os
que permanecem fiéis.
3.2. Servir com simplicidade
“Quem quiser ser o primeiro
entre vós, seja vosso servo.” (Mateus 20:27)
A simplicidade do servo é a
sua coroa.
Enquanto muitos buscam
status e poder, os verdadeiros servos continuam lavando pés, visitando
hospitais, evangelizando nas ruas.
Esses são os grandes no Reino de Deus.
3.3. Servir com amor
sacrificial
“Ninguém tem maior amor do
que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (João 15:13)
Jesus serviu até a cruz.
O líder que segue Jesus não
foge da dor, não abandona a ovelha quando há lobo.
Ele continua cuidando, mesmo cansado, porque ama.
CONCLUSÃO
Vivemos uma geração de
líderes que buscam tronos, mas Jesus oferece bacias e toalhas.
Ele não nos chamou para
sermos “chefes espirituais”, mas servos do Reino.
“Entre vós não será assim…”
(Mateus 20:26)
Que essa palavra desperte
líderes e igrejas no Brasil:
A pregação não é palco de
ego, é altar de serviço.
O cargo pastoral não é coroa
de ouro, é cruz de madeira.
O servo verdadeiro se mede
não pelo número de seguidores, mas pelas marcas do amor de Cristo.
APELO FINAL:
Que o Espírito Santo levante
uma geração de servos humildes, transparentes, tementes a Deus — homens e
mulheres que lavem pés, não que ergam tronos.
Porque o maior no Reino é aquele que serve.
REFERÊNCIAS:
BERGSTEN,
Eurico. Teologia Sistemática. 13.
impr. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio
de Janeiro: CPAD, 2004.
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de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio
de Janeiro: CPAD, 2011.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio
de Janeiro: CPAD, 2005.
BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional - NVI. São
Paulo: VIDA, 2000.
BOYER,
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Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GEISLER,
Norman. Teologia Sistemática (vol. 2).
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
GILBERTO,
Antonio. Bíblia com Comentário de
Antonio Gilberto. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
PEDRO,
Severino. A Doutrina do Pecado. 1.
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RENOVATO,
Elinaldo in Teologia Sistemática
Pentecostal. 1. ed. (16a imp.) Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
RIBAS,
Degmar (Trad.). Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2.
SILVA,
Severino Pedro da. O Homem. Corpo, Alma
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VINE, W.
E., UNGER, Menil E & WHITEJR., Willian. Dicionário Vine. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
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